Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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De 30 de julho a 11 de agosto, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra 1944, o ano noir, destacando obras-primas que definiram as bases do subgênero mais sedutor do cinema policial norte-americano. O valor do ingresso é R$ 10,00. No sábado, 03 de agosto, às 19h15, a mostra apresenta uma sessão de Pacto de Sangue, de Billy Wilder, apresentada pelo pesquisador César Almeida, idealizador do evento Porto Alegre Noir.
Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/7485/1944-o-ano-noir/
LA CHIMERA EM CARTAZ
A partir de quinta-feira, 01 de agosto, o filme italiano La Chimera, dirigido por Alice Rohrwacher e protagonizado pela brasileira Carol Duarte, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio. O valor do ingresso é R$ 16,00.
A Sessão Vagalume do mês de agosto vai te levar a uma viagem espacial na grande nave da Cinemateca Capitólio com a exibição, nos dias 03 e 04 de agosto, às 15h, de WALL-E, de Andrew Staton. O valor do ingresso é R$ 4,00.
No domingo, 04 de agosto, às 18h30, o Cineclube Academia das Musas apresenta na Cinemateca Capitólio a sessão de Janie (1970), da diretora Roberta Findlay, seguida de debate com integrantes do coletivo que pesquisa a obra de diretoras na história do cinema. Entrada franca.
Sinopse: Wolverine está se recuperando após uma grande tragédia, mas quando cruza no seu caminho Deadpool. Juntos, eles formam uma grande dupla para salvarem os multiversos.
Quando "Vingadores - Últimato" (2019) atingiu o seu teto tão desejado, a Marvel Estúdios/Disney se viu na obrigação de continuar com as franquias a todo custo. Então veio a ideia de criar a super-saga do Multiverso, onde os heróis quase sempre são envolvidos em viagens no passado ou em realidades paralelas. O problema é que essa ideia acabou não levando a lugar nenhum, mesmo nas boas investidas que foram como, por exemplo, a série de "Loki, mas isso não foi o suficiente para o estúdio fugir das críticas e tão pouco esconder o fato que as obras estavam decaindo e muito.
Em meio a esse declínio testemunhamos a Disney comprar a Fox, que era a casa dos X-Men e de outros heróis pertencentes a Marvel, mas que estavam separados devido aos longos contratos. Dessa compra ficávamos nos perguntando onde se encaixaria Deadpool, já que é um personagem que tira sarro do seu próprio gênero em que vive e fazendo piadas a todo o momento, ao ponto que nem a própria Fox conseguia fugir de sua língua afiada. Mas Ryan Reynolds deve ter uma ótima lábia, pois somente assim para explicar a existência de "Deadpool e Wolverine" (2024), filme que tira o maior sarro do gênero, homenageia heróis esquecidos e lembrando quase sempre do legado que a franquia X-Men havia deixado.
Na trama, Deadpool está procurando uma forma de se encaixar na vida, mesmo largando a ideia de super herói para dentro do armário. Porém, ele fica sabendo através da AVT, uma organização secreta cuja missão estava em proteger a linha temporal do universo, de que a sua realidade está prestes a deixar de existir após a morte do Wolverine e que foi visto pela última vez em "Logan" (2017). Correndo contra o relógio, Deadpool decide viajar em diversas realidades paralelas para encontrar o Wolverine perfeito e com isso possa manter vivo o seu mundo.
Falar mais sobre o filme é o mesmo que estragar diversa surpresas que a trama nos esconde. Aliás, é exatamente isso que o filme é, sendo rechegado de aparições surpresas, heróis do passado que foram vistos pela última vez antes da Marvel/Disney dominar e, para nossa surpresa, determinadas versões de personagens que nunca foram levados as telas e que aqui ganham o seu tão esperado estrelato. Se vocês gostaram da versão nunca realizada de Nicolas Cage como Superman vista no filme do "The Flash" (2023) é algo parecido com que acontece aqui, mas muito melhor diga-se de passagem.
Curiosamente, o limbo onde vemos diversos personagens dos tempos da Fox sendo jogados por lá não deixa de ser uma metáfora curiosa com relação ao que a Marvel/Disney faz com relação a franquia dos X-Men realizada no passado, da qual com certeza não a veremos de novo futuramente, mas não quer dizer que deva ser esquecida e respeitando tempos em que fazer tramas de heróis para o cinema era tudo ainda mais fresco. Portanto, os excluídos têm a sua vez neste filme, uma vez que cada aparição nos desperta uma nostalgia e nos relembramos de tempos em que a Disney não ditava as suas regras.
Esse talvez seja o maior acerto do filme como um todo, ao saber brincar e ao mesmo tempo criticar e nos fazer rir dos absurdos em que as franquias do cinema chegaram, ao ponto que ninguém sabe mais ao certo aonde isso irá parar e tudo que resta é somente curtir a própria desgraça que criaram. Portanto, nada melhor que o próprio Deadpool brincar com esse circo de horrores e não se importando com as consequências que virá a seguir. Mas o coração pulsante do filme é realmente quando ele e Wolverine se encontram finalmente em cena e pode esperar por diversas homenagens sobre as mais diversas versões que Logan teve ao longo dos anos nas HQ.
Por mais que escape do papel que havia lhe consagrado, Hugh Jackman está mais do que consciente que sempre viverá da sombra de Wolverine, pois o próprio interprete nasceu para o personagem assim como Robert Downey Jr nasceu para ser Homem De Ferro. É impressionante que, mesmo em meio aos absurdos e piadas que são jogadas a todo momento dentro da trama, Jackman consegue nos brindar com momentos até mesmo dramáticos vindos do seu personagem, para logo depois partir pra cima de Deadpool. Falando nisso, a cena dentro do carro Honda é violenta, cartunesca, engraçada e muito absurda.
Em meio a toda essa loucura até impressiona o fato de termos ainda um vilão que nos chame atenção quando surge e que aqui no caso é Casandra Nova, irmã de Charles Xavier e vivida pela atriz Emma Corrin. Assim como nas HQ, Casandra é uma personagem poderosa, trágica e que vive com o desejo de poder e vingança e não se importando aqui em destruir todas as realidades paralelas em sua volta. É claro que a personagem é muito mais do que isso quando surgiu nas HQ, mas Emma Corrin se esforça e valendo a nossa atenção ao longo da projeção.
É claro que com o texto acima vocês já imaginam que o filme possui diversas cenas de ação, mas vocês não estão preparados quando ver a dupla central da trama enfrentar diversos Deadpools de realidades paralelas e provocar um verdadeiro banho de sangue. Neste caso eu preciso reconhecer que o diretor Shawn Levy, mais conhecido pelo cultuado "Gigantes de Aço" (2011), consegue nos brindar com uma ótima e violenta cena de ação em plano-sequência que não deve nada ao clássico e cultuado "Old Boy" (2003), mas com muito mais sangue e bem ao estilo cartunesco da palavra. Tudo isso embalado com a clássica música "Like A Prayer" da Madonna e só faltando a própria surgir e cantar em cena.
Ao final, o filme não revitaliza e tão pouco diminui o gênero como um todo, mas sim chega para nos dizer que é muito melhor tirar sarro da situação que os super heróis se encontram no cinema do que se aborrecer com isso. Ao meu ver, o longa nos diz que os bons tempos sempre estarão lá para a gente revisitar, pois os melhores filmes são que nem vinho, já que eles melhoram no seu devido tempo. Resta saber se futuramente a toda poderosa Disney irá cair na real em que se deve respeitar o passado e se esforçar para se criar algo novo e que revitalize o gênero.
"Deadpool e Wolverine" é uma homenagem e ao mesmo tempo uma piada ao gênero de super heróis para o cinema que se encontra atualmente em declínio e é por isso mesmo que é tão saboroso e que merece ser visto no cinema a todo custo.
De 30 de julho a 11 de agosto, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra 1944, o ano noir, destacando obras-primas que definiram as bases do subgênero mais sedutor do cinema policial norte-americano.
Com grandes obras de Fritz Lang, Otto Preminger, Billy Wilder, Edgar G. Ulmer, Robert Siodmak e Edward Dmytryk, a programação também apresenta dois filmes realizados em 1944 que dialogam com as imagens sombrias do cinema noir: À Meia-Luz, clássico de George Cukor que deu origem ao termo “gaslight”, e Idílio Perigoso, obra marcante dirigida pelo mestre Jacques Tourneur para a produtora RKO.
O ciclo sobre laços familiares termina com filme dinamarquês, o primeiro do movimento Dogma 95, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na UP Idiomas Torres. Quase 30 anos atrás, em 95, dois cineastas dinamarqueses, Thomas Vinterberg e Lars von Trier, redigiram um manifesto formulando em poucas regras uma nova estética cinematográfica. Os 10 mandamentos ali contidos são um voto de castidade, para criação de um cinema mais realista, genuíno, anti comercial: câmara na mão, nenhum efeito ou artifício técnico, nenhuma música adicionada a não ser a do ambiente retratado.
"Festen - Festa de Família" foi o primeiro filme a seguir os ditames do Dogma, obtendo imediatamente a adesão de outros diretores e o sucesso da crítica. Festen conta a história de uma reunião de família e amigos para celebrar o 60º aniversário de seu patriarca, mas o jantar comemorativo em pouco tempo se transforma num violento acerto de contas. Vinterberg teve a inspiração do roteiro a partir de um depoimento transmitido por uma estação de rádio dinamarquesa, que posteriormente se revelou inverídico.
Realizado com um elenco de luxo por uma equipe de apenas cinco pessoas e uma câmera, uma diminuta DV Sony DCR-PC3 na mão, o resultado é um alto nivel de concentração dramática, como disse o proprio Vinterberg, "Você podia se mover por todo os lados e fazer tudo o que quisesse. Os atores estavam ligados o tempo todo, estávamos filmando tudo." O filme foi distinguido em 1998 com o Prémio do Júri no Festival de Cannes e com o Prêmio do Cinema Europeu como filme revelação do ano.
A sessão, com entrada franca, integra o ciclo de julho da programação continuada realizada nas segundas feiras, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.
Serviço:
O que: Exibição do filme “Festa de Família" integrado no ciclo “Assuntos de Famílias”.
Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres
Quando: Segunda-feira, dia 29/07, às 20h.
Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).
Cineclube Torres
Associação sem fins lucrativos
Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva
Nota: Filme para os associados no último dia 20/07/2024
Luís Buñuel gostava de incomodar muitos, desde a elite burguesa como a própria igreja católica através dos seus filmes que tem mais a dizer do que se imagina. Se no Espanhol "Viridiana" (1961) realizador provocou a Ira do Vaticano, o que dizer então da "Idade do Ouro" (1930) onde ele retrata o famoso Marquês de Sade na forma de Jesus Cristo. Esse último, aliás, provocou o ódio de diversas pessoas ao ponto de elas cometerem incêndios nos cinemas em Paris.
Conhecido pela famosa frase "sou Ateu, Graças a Deus" Buñuel nunca se preocupou com as consequências que os seus filmes poderiam provocar. Ao meu ver ele sempre teve a coragem de incomodar, mas ao mesmo tempo fazendo com que o público pense nos seus filmes por horas, pois os mesmos não conseguem capitar determinadas mensagens subliminares em suas tramas. "o Anjo Exterminador" (1962) talvez seja uma das mais enigmáticas obras de sua carreira, pois a própria proposta já nasce bastante estranha.
A trama é sobre um casal da elite da sociedade aristocrata que convida um grupo de amigos para um jantar em sua luxuosa mansão. Mas, após o evento, eles descobrem que estão presos em uma sala. Não existe divisória, nem grades que os mantenham lá, porém, ninguém consegue sair ou entrar naquele local. Enquanto os dias passam, as suas máscaras e convenções sociais vão desaparecendo, dando lugar aos instintos mais primitivos de cada um.
No filme "Meia Noite em Paris" (2011), de Woody Allen, o protagonista interpretado por Owen Wilson retorna ao passado em uma Paris do início do século. Lá ele encontra determinados artistas, sendo que dentre eles se encontra o próprio Luís Buñuel em início de carreira. O protagonista dá uma ideia para o diretor de uma trama em que as pessoas não saem de uma mansão, porém, o próprio Luís Buñuel não entendeu a proposta de forma imediata.
Embora seja uma ficção, além de uma bela homenagem para o cineasta espanhol, o que talvez Woody Allen quis nos dizer é que o próprio Luís Buñuel não soubesse ao certo qual era a sua mensagem da qual queria nos passar quando realizou o seu "O Anjo Exterminador". Porém, como ele se deleitava ao criticar duramente a elite, talvez a sua principal intenção fosse colocar essas pessoas em situações extremas e fazer com que as mesmas colocassem para fora as suas reais naturezas. É notório, por exemplo, que o realizador permite que os serviçais saiam do local antes que os eventos acontecessem e fazendo que somente o mordomo fizesse parte desta situação inexplicável.
Na medida em que a trama avança cada personagem começa a reagir de uma forma diferente, alguns procurando uma explicação plausível, enquanto outros começam a se entregar a loucura aos poucos. Nota-se que o realizador procura atravessar o cômodo com a sua câmera, como se a mesma estivesse também presa no local e gerando cada vez mais uma sensação claustrofóbica. Mas o que seria o significado do título "O Anjo Exterminador"?
Nota-se, por exemplo, diversas figuras de arcanjos nas paredes, além da presença de ovelhas que passeiam na mansão, mas que logo servem como sacrifício para aqueles que se encontram ali presos. Há todo um simbolismo religioso nas entrelinhas, como se realizador quisesse que esses personagens se entregassem a lógica cristã ao invés de bestialidade vinda da própria alma humana. Algo curioso vindo de alguém séptico com relação a fé, mas que usa esse artificio para moldurar as ações e consequências vindas dessas pessoas que se achavam que tinham tudo, mas logo se dão conta que não são nada perante algo catastrófico.
Assim como o seu filme anterior "Viridiana", essa produção dividiu a opinião de muitos críticos e cinéfilos da época e fazendo com os debates se tornassem ainda mais acalorados na medida em que o tempo passava. Curiosamente, o filme perdeu a Palma de Ouro em Cannes pelo nosso "O Pagador de Promessas" (1962), sendo que a nossa produção de Anselmo Duarte acaba se tornando muito mais convencional se formos comparar com a obra de Luís Buñuel. Ao meu ver os votantes da época acharam que "Viridiana" já havia feito barulho demais e dar novamente o prêmio principal para o cineasta seria o mesmo que explodir uma pólvora.
Anos se passam e o filme cada vez mais se torna relevante e servindo de base para diversas análises. Não é à toa também que a obra serviu até mesmo de inspiração, não somente para a realização de outros filmes, como também para escritores de livros e até mesmo HQ. A clássica história "24 horas", que pertence a um dos arcos da trama "Sandman - Prelúdios e Noturnos" escrita por Neil Gaiman possui uma premissa semelhante, mas se enveredando para algo mais grotesco e violento vindo do próprio homem.
Mais de sessenta anos já se passaram, mas "Anjo Exterminador" continua incomodo, perturbador e ao mesmo tempo fascinante quando é revisitado.
Um personagem bem desenvolvido pode ser apresentado no decorrer de um filme ou em uma série com diversas temporadas. No caso do MCU alguns de seus personagens levou anos para serem explorados ao máximo e para assim obter o seu final perfeito. Foi assim com o arco de Homem de Ferro, Capitão América, Viúva Negra e agora Loki.
É engraçado quando olhamos para trás e nos damos conta que o personagem estreou em um dos piores filmes da fase Um do estúdio que foi justamente "Thor" (2011). Porém, Loki se destacava pelo seu lado trapaceiro, desalmado e não caindo na vala comum de se tornar um mero vilão caricato. Muito disso se deve ao fato de Tom Hiddleston ter se entregado ao personagem de tal forma que se nota que ao explorá-lo ao máximo não bastava um único filme, mas sim continuações, participações especiais e, enfim, uma série própria.
Com duas temporadas, "Loki" o programa pode nos apresentar o personagem com mais calma, longe do cenário do MCU, mas sim em um cenário chamado AVT, uma organização secreta cuja missão estava em proteger a linha temporal do universo a todo custo. Não é preciso ser gênio que a série se tornaria uma das peças centrais com relação a saga multiverso e que se encontra espalhada no MCU nestes últimos anos. Porém, se nesta última fase o estúdio anda em declínio, ao menos a série se diferencia pela sua ousadia ao explorar as diversas questões sobre o tempo e realidades paralelas.
Fora do MCU tivemos o filme 'Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" (2022), premiada obra que usou e abusou das várias possiblidades de um multiverso e se colocando a frente de qualquer outras ideias que a Casa das Ideias poderia explorar mais pra frente. Embora com a missão ingrata, "Loki" flui de uma forma que podemos compreendê-la, mesmo quando o início dessa segunda temporada faz todo o esforço para nós perdemos durante o percurso. De quebra, temos a participação mais do que bem-vinda do ator Ke Huy Quan, que aqui faz um personagem não muito diferente do que foi apresentado em 'Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo", mas que se torna primordial para a trama como um todo.
Vale destacar que a série também foge de um grande problema que se tornou o personagem Kang, o Conquistador e suas variantes, já que ele era para se tornar uma peça fundamental para a saga do multiverso, mas ao que tudo indica isso está sendo deixado de lado aos poucos devido aos maus resultados dessa última fase do estúdio. Por conta disso, Loki ganha aqui o seu verdadeiro estrelato, principalmente quando os roteiristas fazem com que ele compreenda qual é o seu verdadeiro papel, não somente sendo um mero Deus da trapaça, como também a única salvação das linhas temporais que se encontram fora do controle. Para isso, Tom Hiddleston entrega uma atuação tão complexa e profunda que ela se sobressai em todas as cenas em CGI em que envolve o personagem.
Ao final, concluímos que ele encontrou o seu verdadeiro destino do qual sempre estava procurando e uma vez que se dá conta disso ele vai de encontro ao seu último abraço e concluindo a jornada do personagem de uma forma perfeita e ao mesmo tempo homenageando um dos maiores símbolos da mitologia Nórdica. Claro que algumas questões ficam em aberto, principalmente com relação aos destinos dos personagens de Owen Wison, Sophia Di Martino e Wunmi Mosaku, mas que talvez seja explorado mais adiante em um projeto futuro. Pensar em uma terceira temporada agora seria inviável, pois o final é mais do que perfeito.
"Loki" é uma das melhores produções já realizadas pelo MCU neste momento e que dá certo fôlego para o estúdio que se encontra atualmente em declínio.
Neste sábado, o Clube de Cinema de Porto Alegre apresenta o mais recente sucesso do terror, aclamado por críticos e cinéfilos. Será que as cadeiras do Espaço de Cinema vão tremer na nossa sessão? 😱
Confira as informações!
SESSÃO CLUBE DE CINEMA
Local: Espaço de Cinema, Sala 3, Bourbon Shopping Country
Data: 27/07/2024, sábado, às 10:15 da manhã
"Entrevista com o Demônio" (Late Night with the Devil)
Austrália / EUA, 2023, 93 min, 16 anos
Direção: Colin Cairnes, Cameron Cairnes
Elenco: David Dastmalchian, Ian Bliss, Laura Gordon
Sinopse: No terror "Entrevista com o Demônio", o apresentador Jack Delroy (David Dastmalchian) enfrenta a queda na audiência de seu programa após a trágica morte de sua esposa. Determinado a recuperar o sucesso, Jack planeja um especial de Halloween em 1977. Porém, o que começa como uma tentativa de entretenimento se transforma em um pesadelo ao vivo, levando todos ao limite do medo.
Sobre o Filme: Quando a televisão surgiu em meados dos anos cinquenta ela veio há se tornar o vício dos cidadãos comuns que alimentavam os donos de canais que buscavam a todo custo pela audiência. Por conta disso surgiu diversos programas populares que apresentavam absurdos e que eram tudo pelo sucesso, ao ponto de pessoas irem aos programas dizendo que era até mesmo a reencarnação de jesus Cristo. Portanto, "Entrevista com o Demônio" (2023) é uma espécie de síntese pela corrida desenfreada pelo sucesso destes tempos não muito longínquos, nem que para isso vendesse a alma ao próprio Diabo.
Dirigido por Colin Cairnes e Cameron Cairnes, o filme conta a história sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos setenta, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Em uma determinada noite de Halloween, o apresentador aposta as suas últimas cartas convidando pessoas que se envolvem em eventos sobrenaturais e para assim aumentar a sua audiência. O que ele não sabe é que essa investida lhe pagará um alto preço.
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