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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Cine Especial: Anauê!



Nota: filme exibido em sessão especial no Cinebancários de Porto Alegre no último dia 15/10/18.


Sinopse: "Anauê", filme documentário de longa metragem, revê os tempos do  Integralismo e Nazismo na região de Blumenau, em Santa Catarina. Com  depoimentos de populares da região de Blumenau, historiadores, filósofos  e sociólogos, o filme, ao tratar da história passada, visita  enfaticamente o momento atual no Brasil e no mundo.

Muitos se perguntam como pode as pessoas ter a capacidade de serem seduzidas pelo discurso vindo do fascismo, ao ponto de se cegarem e não aceitarem a real realidade sobre o quão é errado isso. Há quem diga que todos nós temos o anjo e o diabo dentro do corpo, sendo que esse último é bem mais fácil de ser seduzido e levado a um lado obscuro. “Anauê!é um filme denuncia sobre uma história pouco conhecida, mas que é preciso ser redescoberta.
Dirigido pelo catarinense Zeca Pires, o filme conta a história dos primórdios da vinda dos imigrantes alemães a Blumenau, Santa Catarina. Lá criaram a sua política, baseado nos seus costumes do seu país, mas não se desligando do que estava acontecendo nos tempos da Alemanha Nazista. Não demorou muito para esses imigrantes criassem o seu próprio partido, o integralista Anauê, que é derivado do próprio partido nazista da época. 
Assim como o documentário Menino 29 de Belisário Franca, “Anauê!” escancara da maneira mais explicita possível sobre como o partido nazista chegou pelas beiradas em território brasileiro e de como ele seduziu uma boa parcela dos imigrantes alemães e dos demais brasileiros que viviam naquele tempo. Não há como não se chocar ao vermos imagens verdadeiras das bandeiras nazistas ao lado das bandeiras do Brasil e gerando um verdadeiro paradoxo. É como se assistíssemos uma realidade alternativa, mas que estava lá escancarada em nossa história.
O integralismo possuía as mesmas regras de etiqueta dos nazistas, assim como uniformes e da maneira como as famílias se comportavam em seu dia a dia. Não faltam momentos em que testemunhamos na tela crianças adorando os líderes integralistas, além do próprio Hitler que se encontrava do outro lado do mundo. O filme ainda ganha mais peso com depoimentos de professores, historiadores e até mesmo de pessoas que conviviam com aquela realidade.
Com narração do próprio cineasta Zeca Pires, o filme faz um curioso paralelo com o clássico Aleluia, Gretchen (1976), de Sylvio Back, que fazia uma reconstituição dos fatos da época e sendo, até então, uma das poucas obras brasileiras ao tocar o dedo nessa ferida. O ritmo da obra de Pires é dinâmico, mas não somente pelas imagens de arquivo saltando da tela, como também dos depoimentos dos entrevistados que não escondem os seus olhares de espanto sobre o assunto. É claro que aquela realidade teve o seu fim, principalmente na era Vargas, mas não eliminando toda a ideia. 
“Anauê!” é sobre um passado desconhecido do Brasil perante os olhares da maioria do povo, mas que, em tempos nebulosos atuais, precisa ser revelado.


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Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: ED WOOD (1994)



Nota: filme será exibido para associados e não associados do Clube de cinema de Porto Alegre hoje, as 19h na Sala Redenção da Ufrgs.


Sinopse:Um retrato da vida de Ed Wood (Johnny Depp) concentrado nos anos 50, quando se envolveu com um bando de atores desajustados, incluindo um Bela Lugosi (Martin Landau) em fim de carreira, e fez filmes de péssima qualidade, que o fizeram passar para a história como o pior diretor de todos os tempos.



Tim Burton faz aqui (ao lado de Peixe Grande) o seu trabalho mais pessoal, sua maior obra prima e um dos melhores filmes da década de 90. Ele apresenta, com carinho e grande respeito, a ascensão de um cineasta que ficou notório por filmes fantásticos vagabundos ou sobre travestidos (Glen or Glenda), uma de suas maiores obsessões e práticas. Em belíssimo preto e branco, o filme é por fim uma homenagem aos loucos que fazem cinema, de ontem e hoje. Para completar, Martin Landau levou o Oscar de melhor ator coadjuvante pela personificação perfeita de Bela Lugosi. O filme também ficou com o Oscar de melhor maquiagem, sendo que a estatueta foi para o maquiador Rick Baker, fã de carteirinha dos filmes de terror clássico da Universal e que, segundo suas próprias palavras, faria até mesmo de graça a maquiagem em Landau que daria vida a Lugosi.



Curiosidade: Durante a cena entre Orson Welles e Ed Wood, Welles comentava que estava fazendo um filme com Charlton Heston, que seria rodado no México. Trata-se de uma referência a a Marca da Maldade, de 1958;



Martin Landau (1928 – 2017)


Nunca foi um ator charmoso, mas possuía um talento enigmático e um ar de ambiguidade irresistível. Esses talvez tenham sido os ingredientes por ter feito uma carreira discreta, mas ao mesmo tempo em que conseguia chamar atenção. Seu papel como vilão no clássico Intriga Internacional (1959) talvez seja um pequeno exemplo de que, os seus personagem, não fugiam muito de sua pessoa misteriosa e de inúmeras camadas.
Nos anos 60, por três anos, foi mestre dos disfarces na clássica série Missão Impossível e do qual lhe deu fama internacional. Porém, caiu no esquecimento entre os anos 70 e 80, mas sendo resgatado por Frances Ford Coppola em 1988 em Tucker – Um Homem e um Sonho e por Wood Allen em Crimes e Pecados de 1989. Foram papeis que lhe deram um novo ar, prestigio e indicações aos prêmios como o Oscar.
Contudo, sempre lembrarei com carinho desse ator por ter dado vida, carne e sangue ao interpretar Bela Lugosi no já clássico Ed Wood de Tim Burton. No filme, Landau interpreta a fase decadente do ator húngaro, do qual não tinha mais nenhum tostão no bolso, vivia viciado em morfina e tentava suas últimas cartadas nas produções baratas de Wood na época. Landau desapareceu por completo em cena, sendo que víamos era Lugosi novamente em vida e ganhando de forma merecida o seu Oscar de Melhor ator coadjuvante. 
Graças a essa atuação de Landau que me fez nascer o interesse pelos filmes de horror da Universal dos anos 30 e 40 e compreendendo então o legado que eles deixaram e do porque de serem tão bem lembrados pelos amantes do cinema até hoje. Martin Landau partiu, mas sua contribuição para o cinema sempre será lembrada com amor e respeito.


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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Djon África


Sinopse: Miguel Moreira, também conhecido como Tibars e Djon África, descobre que a genética pode ser cruel quando sua fisionomia – bem como alguns de seus fortes traços de personalidade – o denunciam imediatamente como o filho de  seu pai; Alguém que ele nunca conheceu. Esta descoberta intrigante leva-o a tentar descobrir quem é este homem. Tudo o que ele sabe sobre ele é o que sua avó, com quem ele sempre viveu, lhe contou.
Entre a transição do documentário e ficção surge uma nova tendência, do cinema verdade, onde acompanhamos a vida de determinado protagonista, quando na verdade é próprio ator sendo ele mesmo e revelando a sua própria realidade. Esse ano, por exemplo, tivemos o genial Baronosa, onde retratava a vida dura das mulheres das periferias tomadas pela violência entre policia e traficantes. Em Djon África essa fórmula de apresentar uma trama ganha ares universais, sobre a jornada de um jovem em busca de suas raízes e descobrindo uma conectividade de povos separados, mas distintos se comparados um ao outro.
Dirigido por Joao Miller Guerra e Filipa Reis, o filme acompanha a história de Miguel Moreira, filho de imigrantes e que mora em Portugal. Certo dia ele decide viajar para Cabo Verde, onde existe a possibilidade de seu pai ainda estar vivo e morar por lá. Em nova terra ele começa a sua jornada, mas descobrindo outros atrativos que antes era para ele desconhecidos.
Embora exista uma linha narrativa com começo, meio e fim, o filme não se envereda para o convencional, mas sim sendo uma trama em que o cinéfilo se torna o observador e acompanha o protagonista como se estivesse ao seu lado como um todo. Os cineastas Joao Miller Guerra e Filipa Reis usam poucos recursos visuais, mas usufruindo da luz do natural do ambiente e revelando o lado belo dos cenários, tanto de Portugal, como posteriormente em Cabo Verde. Outro fator determinante para a qualidade do filme é de não testemunharmos os respectivos atores em cena atuando, mas sim sendo eles mesmos.
Portanto, o que vemos é o próprio Miguel Moreira, cuja sua atuação não se difere muito da realidade, assim como a sua própria história. Miguel não conheceu realmente o seu pai na vida real e isso serviu de ponta pé inicial para o desenvolvimento da trama e criar, então, a jornada do homem comum em busca de respostas do seu passado. A busca serve como mera desculpa, já que os lugares em que ele testemunha, assim como as pessoas que ele conhece, acabam sendo até mais interessantes do que a sua principal meta.
Bom exemplo disso é quando ele conhece as habitantes do Cabo Verde, a cultura do local que, aliás, não é muito diferente da nossa. A simplicidade de lá, moldada com o cenário da própria natureza, é outro grande atrativo e que enche os nossos olhos. Mas o grande atrativo do filme fica por conta quando ele conhece uma senhora de idade, mas que tem mais a lhe oferecer do que se pode imaginar.
Sem papas na língua, a velha senhora convida Miguel em passar um tempo em sua casa, não só para trabalhar, como também aprender certos costumes. É aí que o filme nos rende momentos até mesmo de puro humor, mas isso graças à língua afiada da velha senhora que surpreende até mesmo o próprio protagonista: a cena em que ela pergunta a ele se já experimentou a tal “caixinha” é disparado o momento mais hilário da trama.
No ato final, o filme faz uma reflexão sobre a jornada, não somente do protagonista, como também com relação a nossa própria jornada em vida. Os últimos passos do protagonista na trama me fizeram lembra, por exemplo, o conceito de “A Jornada do Herói” Joseph Campbell, já que a busca do protagonista pelo seu pai talvez seja a melhor forma para ele se conhecer diante dele mesmo. Os minutos finais são poderosos, já que não somente deixa em aberto sobre o destino de Miguel, como também nos faz se perguntar sobre as inúmeras vidas que são jogadas na tela e das quais cada uma tem a sua própria história. 
Djon África é a jornada pela procura do pai, mas se revelando uma busca que nos soa familiar e que todos nós em vida devemos trilhar.



Em Cartaz: Cinebancários: Rua General Câmara, nº 424, centro de Porto Alegre. Horário: 17h.   



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Cine Dica: Sessão especial dia 15 de outubro no CineBancários

  DOCUMENTÁRIO ANAUÊ SERÁ EXIBIDO EM PORTO ALEGRE EM SESSÃO ESPECIAL NO DIA 15 DE OUTUBRO ÁS 19H NO CINEBANCÁRIOS
 "ANAUÊ!, o integralismo e o nazismo na região de Blumenau", documentário escrito e dirigido por Zeca Pires, discute as origens e as diferentes  faces do fascismo brasileiro.

O documentário "Anauê! - O Integralismo e o Nazismo na Região de  Blumenau", dirigido pelo cineasta catarinense Zeca Pires, será apresentado EM SESSÃO UNICA na cidade de Porto Alegre no dia 15 de outubro  (segunda-feira), às 19 horas no CineBancários. COM ENTRADA FRANCA. O diretor Zeca Pires, a  produtora executiva do filme Maria Emília, os montadores Giba Assis  Brasil e Jonatas Rubert , estarão presentes ao evento para  uma conversa com o público, depois da projeção

Anauê!

"Anauê", filme documentário de longa metragem, revê os tempos do  Integralismo e Nazismo na região de Blumenau, em Santa Catarina. Com  depoimentos de populares da região de Blumenau, historiadores, filósofos  e sociólogos, o filme, ao tratar da história passada, visita  enfaticamente o momento atual no Brasil e no mundo. São vários  depoimentos intercalados com imagens e filmes de arquivo cuja narrativa  em primeira pessoa (Édio Nunes faz a voz do diretor) conduz o espectador  a este polêmico tema. Fragmentos dos discursos de Getúlio Vargas e de  uma entrevista de Nereu Ramos são reproduzidos nas vozes de Gringo Starr  e Roberto Lacerda, respectivamente. O material de arquivo fonográfico em  "Anauê!" é riquíssimo com sonoridade da época.
Zeca Pires trabalhou durante anos na pesquisa deste documentário, e o  projeto, há alguns anos, passou pela consultoria de Eduardo Coutinho. O  cineasta  considera que este documentário, sobre o Integralismo e Nazismo  na Região de Blumenau, trás à luz uma discussão que não pode e não deve ficar sem provocação e considera pouco o que é encontrado na  historiografia oficial. Para Pires, as exibições realizadas em Blumenau foram surpreendentemente  muito boas e geraram interesses e discussões importantes bem como desdobramentos, ainda por se efetivar, como a exibição do documentário  para a rede de professores estaduais e municipais da região, com a  intenção de utilizar o documentário como aporte ao material didático. O filme foi realizado com a verba do prêmio Edital Cinema da Fundação  Catarinense de Cultura edição 2013/2014 (prêmio de R$ 120 mil). Zeca e  sua equipe viajaram às cidades do Vale do Itajaí e do Itapocu resgatando  depoimentos e mapeando acervo fotográfico, fílmico e fonográfico.  Portanto, o filme também se caracteriza por esta memória. O documentário tem, em sua equipe, profissionais experientes como Giba  Assis Brasil, que o montou junto com Jonatas Rupert; assessoria de  filosofia da Dra. Maria de Lourdes Borges, e também profissionais  estreantes, citando o diretor de fotografia Adenor Gouvea Filho e o  animador Érico Monteiro, reunião que o cineasta considera de imensa  riqueza de diálogo entre gerações.
Zeca Pires comenta que "As gerações atuais querem conhecer a história, e  o filme é um pequeno degrau para isso", e afirma que "Com o filme, quero  estimular a discussão sobre a importância do diálogo num momento em que  a intolerância cresce em todo o mundo".
Anauê! teve o seu lançamento nacional na abertura do FAM, em junho 2017 (Florianópolis Audiovisual Mercosul).

Links:

CINEBANCÁRIOS
Rua General Câmara, 424 – Centro
Fone 34331204

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Venom



Sinopse: San Francisco, Estados Unidos, Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo. Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido. Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbioses alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.



Minha leitura de HQ começou pra valer mesmo nos anos 90, mas que, infelizmente, foi uma época que mais tinha testosterona nas paginas do que uma história bem contada. Jim Lee, por exemplo, inflava os seus heróis e heroínas com curvas pra lá de inverossímeis e Todd McFarlane foi outro pilar para alavancar ainda mais essa onda da época. Esse último, aliás, foi responsável pela criação de Venom, que agora chega aos cinemas e num filme que sintetiza o lado medíocre daquela época dos quadrinhos.
Dirigido por Ruben Fleischer (Caça aos Gângsteres), o filme conta a história do jornalista Eddie Block (Tom Hardy) que obtém um furo jornalístico para denunciar um cientista chamado Drake (Riz Ahmed), que deseja usar cobaias humanas para se fundirem com simbioses alienígenas. Porém, Brock é despedido, perde sua namorada (Michelle Williams) e cai em desgraça. Numa nova tentativa de denunciar Drake, Block acaba tendo contato com um dos simbioses e se transformando numa criatura horripilante.
Embora nas HQ o personagem tenha surgido nas paginas do Homem Aranha, sua origem aqui é extremamente fiel a sua fonte, mesmo tendo algumas liberdades por parte dos roteiristas. O grande problema é que não se pode tirar leite de pedra de um personagem que já nasceu limitado e, ao invés de melhorá-lo para tela grande, o que vemos é exatamente o conteúdo zero de suas motivações existenciais vistas em sua fonte original. Claro que o filme vai agradar os fãs sedentos pelo personagem, mas que, na maioria deles, somente curtiam o seu visual turbinado dos anos 90 do que o seu lado complexo e quase zero.
Dessa salada duvidosa fica a surpresa pelo bom desempenho de Tom Hardy como Eddie Brock em cena. Com jeito sarcástico, Hardy tem plena consciência que o projeto todo é uma verdadeira piada e leva na esportiva o seu trabalho na interpretação, principalmente quando dialoga com o simbiose alienígena. Aliás, o dialogo de ambos são os momentos mais engraçados do filme e fazendo a gente se perguntar o quão poderia ter sido maravilhoso se os roteiristas tivessem tido mais cuidado na elaboração do roteiro e tendo em mãos uma classificação 18 anos.
Com relação aos demais do elenco é tudo figurativo, mesmo aqueles com grande porte dramático. Michelle Williams, por exemplo, uma das grandes atrizes que surgiram nesses últimos anos, aparece aqui no controle remoto e suas reações perante a situação de Brock é inverossímil e muito bobo. Mas a batata quente fica no colo de Riz Ahmed, cujo seu trabalho como vilão da história é uma das piores coisas que eu já vi dentro desse gênero nos últimos tempos.
Com uma história pífia, as cenas de ação até que poderiam ajudar, mas não é o que acontece aqui. Se por um lado a perseguição de moto nas ruas de São Francisco empolga, do outro, o filme se perde por completo em efeitos visuais duvidosos, principalmente nas cenas a noite onde se esconde todo o seu lado defeituoso. O ato afinal, aliás, não empolga e tudo que se vê na tela é um emaranhado de efeitos visuais dispensáveis e nada empolgantes.
Sem mais delongas, o filme Venom nada mais é do que uma síntese do lado dispensável das HQ dos anos 90 e que somente se sustentava pelo seu lado testosterona.


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