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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Cine Dicas: Em Blu-Ray - DVD – VOD:




Com Amor, Van Gogh



Sinopse: Armand Roulin viaja a cidade natal de Vicente van Gogh para entregar uma carta ao irmão do pintor.

De Dorota Kobiela e Hugh Welchman, o filme é inspirado na correspondência entre os irmãos: Cartas a Theo e toma como eixo narrativo a última carta escrita pelo artista holandês. Em 1891, um ano após o suicídio do pintor, Armand Roulin encontra essa carta que nunca chegou a ser enviada para Theo. Ele conversa com o pai, carteiro e amigo de Vincent, que o aconselha a entregar pessoalmente a correspondência.
Houve um minucioso trabalho de pesquisa e as cerca de 400 telas que Van Gogh pintou, energicamente, em seus últimos anos, não apenas serviram de modelo como foram recriadas. O objetivo último foi chegar a esse dia fatídico. Dorota e Welchman assumem o que para eles é um mistério – Vincent realmente se matou? E por quê?
Um total de 125 pintores trabalhou na captação das imagens, produzindo 65 mil frames. Os atores são facilmente identificáveis, desde Saoirse Ronan, que este ano se antecipa como favorita para o Oscar por Lady Bird – É hora de voar, até Jerome Flynn, o Bronn da cultuada série Game of thrones.
 



Confronto No Pavilhão 99



Sinopse:O ex-boxeador Bradley Thomas (Vince Vaughn) só vê um caminho para sustentar ele e a mulher grávida: entrando para a vida do crime. Uma negociação de drogas acaba dando errado e Bradley vai parar atrás das grades. Lá dentro, ele usa sua força e habilidade como boxeador para sobreviver.


O filme pode não ser o filme que você espera, mas ainda assim é um filme surpreendentemente rico e poderoso, apesar de sua “impressão” de filme B. Ao invés de jogar a plateia no meio da porrada desde o começo,o jovem cineasta Z. Craig Zahler (Rastro da Maldade) e seu filme querem que o público invista no protagonista e se importe com suas decisões, independente do fato do espectador saber que ele é um homem capaz de transformar um indivíduo em suco de carne. Graças à performance colossal de Vince Vaughn (Penetras Bons de Bico) e a direção sem concessões de Zahler, Rebelião no Pavilhão 99 consegue escapar ileso da corda bamba de ser um filme grindhouse, para ser um drama contundente que genuinamente se importa com seu trágico protagonista.

 

Manifesto

Leia minha crítica já publicada clicando aqui.




Rodin



Sinopse: Em 1880, o escultor Auguste Rodin trabalha ao lado da esposa Rose Beuret. Ele se apaixona por sua aprendiz mais talentosa, Camille Claudel, que se torna sua amante. Quando o relacionamento termina, Rodin muda radicalmente a forma de seus trabalhos.


Roteirizado pelo próprio diretor Jacques Doillon, Rodin é uma cinebiografia que foge das convenções do subgênero. Em vez de nos mostrar o nascimento, vida e morte do escultor, interpretado aqui pelo ator Vincent Lindon, o filme retrata um curto período de sua existência, investindo em um ritmo extremamente lento – o qual, por vezes, se torna arrastado – e, no que é uma ousadia narrativa rara nesse tipo de produção, dedicando um tempo considerável à manufatura das obras de arte. Assim, através de um andamento bastante cadenciado, o espectador tem a chance de conhecer um pouco sobre o processo criativo de um artista e os relacionamentos mantidos pelo biografado com Camille Claudel (Izïa Higelin), Paul Cézanne (Arthur Nauzyciel), Claude Monet (Olivier Cadiot) e outros.

 

Z - Cidade Perdida



Sinopse: O filme conta a história de Percy Harrison Fawcett (Charlie Hunnam) – explorador britânico que, em 1925, prometendo fazer uma das mais importantes descobertas arqueológicas da história, desapareceu em uma expedição à Amazônia cujo objetivo era encontrar uma antiga civilização. Sabe-se hoje que a suposta localização dessa civilização, para onde se dirigiu Fawcett, é na Serra do Roncador, em Barra do Garças, no estado do Mato Grosso, Brasil.



Baseado no livro homônimo do repórter da New Yorker, David Grann, com roteiro e direção de James Gray, essa história é considerada um dos maiores mistérios do período das grandes expedições do início do século XX, o destino de Fawcett tornou-se uma obsessão para centenas de viajantes que o seguiram pela selva impenetrável. Inclusive Grann que, durante sua pesquisa para o livro, embrenhou-se na mata para, entre outras coisas, tentar resolver esse mistério e entender a pulsão obsessiva do explorador em relação à existência dessa civilização perdida e sua cidade.
James Gray em seu sexto longa-metragem realiza seu trabalho mais ambicioso, um filme com um grande elenco, um épico ambientado em boa parte na Amazônia, com uma grande duração. Gigantesco em vários os sentidos, até mesmo em cinema. Z: A Cidade Perdida parece ter saído de uma outra época, parece ter sido realizado com a classe primordial dos grandes épicos hollywoodianos dos anos 1940. No filme e na concepção do cineasta reside uma consciência enorme dessa raiz historiográfica do cinema, não sendo um realizador que apenas se utiliza de imagens cristalizadas por um imaginário cinéfilo, mas sim que investiga a fundo os símbolos essenciais do cinema americano. O cinema policial em seus três primeiros filmes (Fuga para Odessa, Caminho Sem Volta e Os Donos da Noite), o melodrama em sua obra subsequente (Amantes), uma obra de transição entre melodrama e o romance histórico (Era Uma Vez em Nova York) e agora a utilização essencial do cinema épico e de sua grandiosidade. 


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Cine Dica: 4x Claire Simon



FILMES DA DIRETORA FRANCESA CLAIRE SIMON EM EXIBIÇÃO NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
 
A programação da sala retorna hoje com a mostra 4x Claire Simon, com quatro filmes da diretora, um dos nomes de destaque do cinema contemporâneo francês. A sessão de abertura, no dia 14 de fevereiro, às 20h, apresenta o recente e cultuado O Bosque que Molda os Sonhos, ainda inédito em Porto Alegre, que figurou na lista dos dez melhores filmes de 2016 da prestigiada revista francesa Cahiers du Cinéma.
A mostra é uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre, em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

MOSTRA 4X CLAIRE SIMON
15 a 28 de fevereiro de 2018

CLAIRE SIMON

 Claire Simon nasceu em Londres, em 1955. Começou sua carreira no cinema como montadora e diretora de curtas como La police (1988). Dirigiu ainda documentários como Custe o que Custar (1996), Recreios (1998) e Mimi (2003). Estreou em longas de ficção com Sinon oui (1997). Entre seus filmes de ficção destacam-se e As oficinas de Deus (2006) e Gare du Nord (2013), selecionado para a mostra principal do Festival de Locarno. Um de seus filmes mais recentes, o documentário O Bosque que Molda os Sonhos, inédito em Porto Alegre, figurou entre os dez melhores do ano de 2016 na lista da importante revista francesa Cahiers du Cinéma.

FILMES

O Bosque que Molda os Sonhos
Le bois dont les rêves sont faits
França/ 2015/146’
Exibição em HD

Há dias em que você já está saturado da cidade e não suporta enxergar apenas construções e ouvir somente motores. Pensando na natureza, pensa-se na madeira. E caminhando pela calçada, chega-se ao campo, na floresta, a infância que volta. É uma ilusão real, um mundo selvagem na mão, um lugar para todos, ricos e pobres, franceses e estrangeiros, gays e heterossexuais, jovens e velhos, antigo ou moderno. Paraíso encontrado. Será?

Gare du Nord
França / 2013 / 119 minutos
Exibição em HD

O filme explora os encontros e desencontros na estação Gare du Nord, em Paris, focando em quatro personagens que, ao meio do fluxo de pessoas que chegam e vão, se apaixonam e descobrem novas formas de ver a vida.

Recreios
Récréations
França/1998/ 54’
Exibição dibital

Existe uma espécie de país pequenino, tão pequeno que às vezes parece o palco de um teatro. É habitado duas ou três vezes por dia pelo seu povo. Os habitantes são baixinhos. Se são regidos por leis, não deixam de questioná-las e de ter grandes brigas a respeito. Este país se chama "Pátio" e seu povo "As Crianças".

Custe o que Custar
Coûte que coûte
França / 1996 / 90’

Exibição digital
A diretora filmou durante seis meses a luta constante que uma pequena empresa leva para sobreviver e pagar as despesas e os salários dos seus empregados, para ela a comédia trágica do trabalho, tudo o que somos levados a fazer para viver em nosso mundo.


GRADE DE HORÁRIOS
14 a 21 de fevereiro de 2018

14 de fevereiro (quarta)
14h – Eles Só Usam Black Tie
16h15 - Os Iniciados
18h – Uma Loura com Açúcar
20h – O Bosque que Molda os Sonhos

15 de fevereiro (quinta)
14h – Paraíso Infernal
16h15 – Os Iniciados
18h – Custe o que Custar
20h30 – Acossado

16 de fevereiro (sexta)
14h – A Dama de Xangai
16h15 – Os Iniciados
18h – Recreios
20h30 – Acossado

17 de fevereiro (sábado)
14h – Gilda
16h15 – Os Iniciados
18h – O Bosque que Molda os Sonhos
20h30 – Acossado

18 de fevereiro (domingo)
14h – Sangue e Areia
16h15 – Os Iniciados
18h – Gare du Nord
20h30 – Acossado

20 de fevereiro (terça)
14h – Uma Loura com Açúcar
16h15 – Os Iniciados
18h – Recreios
20h30 – Acossado

21 de fevereiro (quarta)
14h – Meus Dois Carinhos
16h15 – Os Iniciados
18h – Custe o que Custar
20h30 – Acossado