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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Cine Dica: Cine Esquema Novo Expandido na Sala P. F. Gastal

CINE ESQUEMA NOVO EXPANDIDO – BERLINALE FORUM 2015
O Cine Esquema Novo ExpandidoBerlinale Forum 2015 apresenta, entre 03 e 08 de novembro, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), uma curadoria de obras exibidas no mês de fevereiro na seção Forum / Forum Expanded: oficialmente, "a programação mais ousada do Festival de Cinema de Berlim”. O Forum surgiu nos anos 1970, enquanto contraponto cultural e narrativo à competição mainstream da Berlinale. Entrada franca.
 
Os filmes do Fórum equilibram-se sempre na fértil linha que perpassa a arte e o cinema - explorando, segundo seus curadores alemães, “o Avant Garde, as obras experimentais, os ensaios, as observações de longo prazo, a reportagem política e as paisagens cinematográficas que ainda estão por ser descobertas”. Trata-se de uma missão de referência no panorama audiovisual global, e que tornou-se ainda mais aguda a partir de 2006 com a implementação do Forum Expanded - o programa que ocupa diversos espaços da cidade de Berlim com filmes, vídeos, instalações e trabalhos de performance, "fornecendo uma perspectiva crítica e um sentido expandido para a cinematografia".
 
E é sobre este universo que os curadores convidados e sócios do CEN, Gustavo Spolidoro e Jaqueline Beltrame, trabalharam para montar a programação que chega às duas cidades brasileiras com entrada gratuita. Entre os artistas / realizadores selecionados para o Cine Esquema Novo Expandido – Berlinale Forum 2015 estão nomes como os canadenses Guy Maddin e Evan Johnson (“The Forbidden Room”, exibido nos festivais de Sundance, Copenhagen, Barcelona e Istambul), a israelense Silvina Landsmann (com o documentário político “Hotline"), o mexicano Joshua Gil (discípulo de Patricio Guzmán e Carlos Reygadas, que lhe ajudou na fase final de “La Maldad” que o CEN exibe nesta edição), o libanês Akram Zaatari (com o impressionante ensaio visual “Twenty-Eight Nights and a Poem” que estreia este mês no MoMA em Nova York) e os portugueses João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata (com “Iec Long”, onde voltam a explorar o imaginário industrial da Macau, na Ásia). Completam a programação, entre filmes e videoinstalações, obras de Basma Alsharif (Palestina, "A Field Guide to the Ferns”), Janina Herhoffer (Alemanha, "Freie Zeiten - After Work”) e os brasileiros Felipe Bragança ("Escape From My Eyes”), Filipe Matzembacher e Márcio Reolon (“Beira Mar”), Fred Benevides (“Viventes”) e Arthur Tuoto (ganhador da Competição Brasil do Cine Esquema Novo 2014 com o filme-ensaio “Aquilo que Fazemos com as Nossas Desgraças” e que participa do CEN-E com o video loop exibido em Berlim "Je Proclame la Destruction”).
Para Jaqueline e Spolidoro, esta é uma seleção marcada por um olhar artístico que percorre caminhos pouco explorados. “São trabalhos que transitam entre espaços e plataformas, seja na sala de cinema ou na galeria, apresentando uma liberdade formal e narrativa aberta a radicalismos, estranhamentos e ebulição social”.
 
A mostra está dividida em exibições no cinema, com sessões gratuitas na Sala PF Gastal, e videoinstalações na Cinemateca Capitólio. Esta é a primeira edição do CEN-E que será realizada em duas cidades. As 13 obras são produções do Canadá, Portugal, Brasil, Palestina, México, EUA, Alemanha, Israel, França, Líbano e Suíça, e foram selecionadas entre mais de 100 trabalhos assistidos. O filme de abertura em Porto Alegre é The Forbidden Room,exibido ​também no festival​ de Sundance, que traz no elenco Geraldine Chaplin, Maria de Medeiros, Udo Kier e Mathieu Amalric.
O inédito gaúcho Beira Mar, de Felipe Matzenbacher e Mário Reolon, tem pré-estreia na programação do CEN, entrando em cartaz em seguida na programação das salas comerciais.
 
Em meio aos filmes, e honrando o debate proposto em seu próprio nome, o Cine Esquema Novo Expandido - Berlinale Forum 2015 abraça naturalmente as videoinstalações, que ocupam as dependências da Cinemateca Capitólio. Da Suíça / Alemanha vem o queer, colorido e hermético Opaque, de Pauline Boudry e Renate Lorenz, que conta com a performance de Werner Hirsch e Ginger Brooks Takahash. E do Brasil, dois trabalhos de cineastas/artistas que chegaram à Berlinale a partir dos encontros com a Curadora do Forum em Porto Alegre durante o CEN do ano passado: Fred Benevides​, ​com Viventes, e Arthur Tuoto (ganhador da Competição Brasil do Cine Esquema Novo 2014 com o filme-ensaio “Aquilo que Fazemos com as Nossas Desgraças”​), que comparece com seu “pequeno” video loop Je Proclame La Destruction.​
 
O Cine Esquema Novo Expandido – Berlinale Forum 2015 é uma realização da ACENDI - Associação Cine Esquema Novo de Desenvolvimento da Imagem, com correalização da Prefeitura de Porto Alegre - Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal de Cultura e Goethe-Institut Porto Alegre. Mais informações no site: www.cineesquemanovo.org.


PROGRAMAÇÃO COMPLETA
 
 
Terça, 03/11 – 20h
The Forbidden Room, de Guy Maddin e Evan Johnson (Canadá)
2015, 120min (Forum)
Uma tripulação de submarino, um temido grupo de bandidos da floresta, um cirurgião famoso e um batalhão de crianças soldados todos recebem mais do que o esperado conforme avançam com ideias progressivas sobre a vida e o amor.
 
Quarta, 04/11 – 20h
Iec Long, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata (Portugal)
2014, 31min (Forum Expanded)
Macau, ilha de Taipa, 2014. Foi em Macau que primeiro se ouviu a palavra panchão. Do chinês, “pan-tcheong” ou “pau-tcheong”, consta nos dicionários como um regionalismo macaense também chamado “estalo da China” ou “foguete chinês”. Quem vive na antiga Fábrica de Panchões Iec Long?
+
Beira-Mar, de Filipe Matzenbacher e Márcio Reolon (Brasil)
2015, 83min (Forum)
Martin e Tomaz passam um fim de semana imersos em um universo próprio. Alternando entre distrações corriqueiras e reflexões sobre suas vidas e sua amizade, os garotos se abrigam em uma casa de vidro, à beira de um mar frio e revolto.
 
Quinta, 05/11 – 20h
A field guide to the ferns, de Basma Alsharif (Palestina)
2015, 11min (Forum Expanded)
Um filme de terror da natureza. “Selvageria primitiva encontra a brutalidade do mundo moderno na peça atemporal do terror de Ruggero Deodato”. O filme ‘Holocausto Canibal’ é revivido nas profundezas das florestas de New Hampshire, onde a apatia e a violência se turvam.
+
La Maldad, de Joshua Gil (México)
2015, 74min (Forum)
Um homem decidido, uma amizade destruída, um país em catarse. Rafael é um camponês ancição que decide escrever a história da sua vida no que considera um roteiro cinematográfico. Cegado pela convicção de realizar seu filme, trai o seu único amigo para conseguir viajar à capital em busca dos fundos necessários. La Maldad é a história de um homem abraçado com a solidão e a falta de esperança.
 
 Sexta, 06/11 – 20h
Counting, de Jem Cohen (EUA)
2015, 111min (Forum)
Os quinze capítulos de Counting unem sinfonias urbanas, filme diário e ensaios pessoais/ politicos (os enteados indisciplinados do documentário) para construir um retrato vívido da vida contemporânea. Filmado em locações que incluem Rússia, Istambul e Nova York, seus temas passam pelo teatro de rua espontâneo de Moscou, pela a espionagem da NSA até a destrução de marcos do Brooklyn. Na exploração de 30 anos de Cohen do documentário como um caminho de questionamentos abertos, o filme é talvez seu cômputo mais pessoal.
 
Sábado, 07/11 – 18h30
Freie Zeiten (After Work), de Janina Herhoffer (Alemanha)
2015, 71min (Forum)
Uma banda de garotas faz música. Mulheres em um curso de emagrecimento falam sobre seu sucesso em perder peso controlando o que se come. Adolescentes saem para dançar ou fazer compras. Uma representação de conflitos profissionais é realizada em um encontro de um grupo de homens. Outras pessoas fazem ioga, meditam ao som de vasos cantantes tibetanos, se aquecem falando bobagens ou correm em círculos em um ginásio. Um documentário que mira o seu olhar em atividades de grupo. Existe algo levemente insano em ver uma turma inteira de ioga pendurada de cabeça para baixo por cordas, uma imagem que fascina e aliena em quantidades iguais. Em momentos assim, os protagonistas aparecem como criaturas desconhecidas performando estranhos rituais. O filme permanece os ouvindo e assistindo com verdadeira precisão. A câmera estática e enquadramentos cuidadosamente planejados geram claridade e concentração. A montagem consegue trazer um cilma de abstraçaõ dessas observações concretas de situações recorrentes. Um retrato do tempo livre surge como um projeto para tratar do próprio corpo, da consciência ou das habilidades performáticas, seja através da disciplina, de jogos ou de conversas. Não se podia imaginar que uma pesquisa sobre o lazer poderia ser tão visualmente rica.
 
 Sábado, 07/11 – 20h
Escape from my eyes, de Felipe Bragança (Brasil / Alemanha)
2015, 33min (Forum Expanded)
“Eles vêem um homem negro e pensam que viram um leão.” Documentário e imagens ficcionais se misturam para contar as memórias e sonhos de três refugiados de guerra vivendo acampados em uma praça no coração de Berlin.
+
Hotline, de Silvina Landsmann (Israel / França)
2015, 100min (Forum)
Hotline vai ao cerne de uma ONG baseada em Tel Aviv: A Hotline para Imigrantes e Refugiados. Em proporção inversa à pequena escala dessa organização dos direitos humanos, as questões com que eles lidam são enormes, assim como os números daqueles que procuram ajuda.
 
Domingo, 08/11 – 20h
Twenty-eight nights and a poem, de Akram Zaatari (Líbano)
2015, 120min (Forum)
Em parte um estudo do trabalho de um estúdio fotográfico na metade do século XX e parte uma exploração da essência atual dos arquivos, o filme tenta entender como esse modo de produzir imagens funcionava na vida das comunidades que servia e como ele deixou de existir, e onde isso levou? Ele se passa entre a Arab Image Foundation, onde a maior parte da coleção de Hashem el Madani está preservada hoje em dia, e o Studio Shehrazade em Saida, onde o fotógrado ainda passa o tempo cercado por suas velhas máquinas, ferramentas, fotografias, negativos e o que restou de milhões de transações que se passaram por lá. É uma reflexão sobre a criação de imagens, sobre a indústria da criação de imagens, sobre a idade e sobre a vida que permanence e continua a crescer em um arquivo. Tudo é apresentado nesse filme através de um conjunto de intervenções encenadas das quais o próprio Madani faz parte.
 
 
NA GALERIA
 
Cinemateca Capitólio
Rua Demetrio Ribeiro, 1085 (esquina com Borges de Medeiros) – Centro Histórico
Entrada Franca
 
de Terça a Domingo, 03 a 08 de Novembro:
terça a sexta, das 9h às 21h / sábado e domingo, das 15h às 21h
 
* Opaque, de Pauline Boudry e Renate Lorenz (Suíça / Alemanha)
2014, 10min (Forum Expanded Exhibition)
Uma cortina, dois intérpretes dentro dos restantes de uma antiga piscina pública. Os intérpretes dizem ser os representantes de uma organização do submundo. A cortina está lá para o anonimato deles. O publico já foi embora, o lugar parece abandonado. Quando a cortina é removida, outra aparece. Essa, uma zebrada rosa, une a técnica de guerra da camuflagem com o estilo de roupas-homo e se torna um mostruário para a entrada de grandes quantidades de fumaça. A densa fumaça talvez venha de bombardeios, ou é liberada como um sinal durante uma demonstração política. Depois, um discurso é proferido, baseado em um texto de Jean Genet. O assunto? O desejo por um inimigo impecável adequado. Ele abre a questão de como se mover para frente na guerra ou em uma luta de resistência sem nenhum inimigo declarado ou ‘visível’. As cortinas e a fumaça dão o “direito à opacidade” (Edouard Glissant) para os corpos que eles mascaram e disfarçam? Ou elas turvam as linhas que separam um do outro, entre cúmplice e inimigo?
 
* Je proclame la destruction, de Arthur Tuoto (Brasil)
2014, 4min, (Forum Expanded Exhibition)
Dois planos do filme “Le diable probablement” (1977), de Robert Bresson, são repetidos em um loop, criando um cíclico e interminável raccord. A constante repetição da frase “Je proclame la destruction” (Eu proclamo a destruição) revela um mantra anarquista de poder universal e atemporal.
 
* Viventes, de Frederico Benevides (Brasil)
2015, 21min, (Forum Expanded Exhibition)
Fortaleza é uma das muitas cidades brasileiras passando por um processo de “Miamização”, dando origem a uma área blindada e impenetrável para a maioria de seus habitantes. Moreira Campos foi um escritor de olhar cirúrgico para as imagens transparentes das formas de vida de seus habitantes que hoje desaparecem sem deixar rastro. Sua casa, por exemplo, foi demolida para que se construísse ali um estacionamento para abastecer mais um shopping da cidade. Esse trabalho tenta tocar a transparência das imagens desses habitantes e os impasses trazidos por esses processos de formalização da vida.

GRADE DE PROGRAMAÇÃO
03 a 08 de novembro de 2015

03/11 (terça)

15:00 – Alma em Pânico, de Otto Preminger
17:00 – Cimarron, de Wesley Ruggles
20:00 – CINE ESQUEMA NOVO (The Forbidden Room, de Guy Maddin e Evan Johnson)

04/11 (quarta)

15:00 – Rancor, de Edward Dmytryk
17:00 – Cinzas que Queimam, de Ida Lupino e Nicholas Ray
20:00 – CINE ESQUEMA NOVO (Iec Long, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata + Beira-Mar, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon)


05/11 (quinta)

15:00 – O Homem que Vendeu a Alma, de William Dieterle
17:00 –Os Sinos de Santa Maria, de Leo McCarey
20:00 – CINE ESQUEMA NOVO (A field guide to the ferns, de Basma Alsharif + La Maldad, de Joshua Gil)


06/11 (sexta)

15:00 – O Monstro do Ártico, de Christian Nyby e Howard Hawks
17:00 – O Picolino, de Mark Sandrich
20:00 – CINE ESQUEMA NOVO (Counting, de Jem Cohen)


07/11 (sábado)

15:00 – King Kong, de Merian C. Cooper
17:00 – O Mundo Odeia-Me, de Ida Lupino
18:30 – CINE ESQUEMA NOVO (Freie Zeiten (After Work), de Janina Herhoffer)
20:00 – CINE ESQUEMA NOVO (Escape from my eyes, de Felipe Bragança + Hotline, de Silvina Landsmann)


08/11 (domingo)

15:00 – Levada da Breca, de Howard Hawks
17:00 – Cimarron, de Wesley Ruggles
20:00 – CINE ESQUEMA NOVO (Twenty-eight nights and a poem, de Akram Zaatari)
 
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

www.salapfgastal.blogspot.com

Cine Dicas: "Cativas - Presas pelo Coração" e "Beira-Mar" no CineBancários

O CineBancários estreia duas grandes novidades do cinema brasileiro, que estão percorrendo o mundo em diversos festivais, no dia 5 de novembro.
Os filmes que serão exibidos na nossa sala de cinema são o documentário “Cativas - Presas pelo Coração”, de Joana Nin, que recebeu menção honrosa no Festival de Cinema do Rio 2013 além de pariticpar da seleção oficial do Festival de Estocolmo de 2014, e “Beira-Mar”, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, que foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim deste ano, no Festival de Cine en Guadalajara, Toronto LGBT IFF e muitos outros.
Os longa-metragens dividem os horários da programação: “Cativas - Presos pelo Coração” será exibido nas sessões das 15h e 19h enquanto “Beira-Mar” fica com a sessão das 17h. Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$8,00. Estudantes, deficientes físicos, idosos, bancários e jornalistas sindicalizados pagam R$4,00.

CATIVAS - PRESAS PELO CORAÇÃO

   Os limites impostos pelas grades de uma prisão não representam barreira capaz de deter as “Cativas – Presas pelo Coração”. O amor delas supera todos os obstáculos, o que importa são as três horas por semana ao lado do marido preso e as cartas de amor cheias de mimos e desenhos coloridos que alimentam a paixão até a próxima visita. O filme retrata a vida de sete mulheres com histórias bem diferentes, mas que trazem em comum a perseverança, a dedicação e muita esperança de um dia constituir uma família do lado de fora do presídio.
O documentário longa-metragem de Joana Nin traz a persistência de uma pesquisa que durou 12 anos e teve em uma primeira etapa um curta-metragem de sucesso, Visita Íntima, que venceu o É Tudo Verdade 2006, ganhou outros 20 prêmios e rodou o mundo por mais de 40 festivais em 12 países. “Cativas – Presas pelo Coração” esteve na seleção oficial do Festival de Estocolmo 2014 e na seleção especial da Première Brasil Berlim 2014, além de ter recebido menção honrosa do júri oficial do Festival do Rio 2013. O filme participou ainda de mercados internacionais de destaque, como o Ventana Sur, na Argentina, DocMontevideo, no Uruguai e IDFA, na Holanda, maior e mais importante festival de documentários do mundo. 
As “Cativas – Presas pelo Coração” são pessoas sensíveis, íntegras e dedicadas aos relacionamentos. Andrea escolhe seu vestido de noiva. Kamila luta por cinco meses até conseguir os documentos e ser autorizada a visitar o namorado na cadeia. Simone sofre com o companheiro viciado em crack, mas não desiste. Eliane trabalhava no conselho tutelar quando se apaixonou por um menino de 14 anos de idade, 22 anos mais novo que ela. Largou marido e filhos para fugir com ele. Malu reencontrou o pai de sua filha dez anos depois e finalmente casou-se com o amor de sua vida, mas agora não pode viver ao lado do marido. Camila não pôde vivenciar sua gravidez ao lado do pai do bebê. Cida sofreu uma séria desilusão com o homem por quem era apaixonada. São diferentes fases de romances, mas todos tem em comum um tom de ‘faca nos dentes’ do cárcere, um frisson com misto de ansiedade, excitação e tensão amorosa. 
O filme não só tem predominância feminina em suas imagens, mas também em toda sua produção. Boa parte de sua equipe é composta por mulheres – entre elas a diretora, roteirista e produtora Joana Nin e Jordana Berg, montadora dos filmes de Eduardo Coutinho desde “O Santo Forte” (1999) até o derradeiro “Últimas Conversas” (2014), terminado após a sua morte, e também de “Visita Íntima” e “Cativas – Presas pelo Coração”.
As cartas carinhosamente decoradas formam o fio condutor do longa. Notavelmente, as dos homens são mais caprichadas em matéria de desenhos e cores, há uma cena gravada em uma cela do presídio mostrando como são feitas. Uma ideia de romantismo popular emana dessa correspondência, assim como das músicas que as preferências das próprias personagens sugeriram para a trilha sonora – um mix com composições do curitibano Cesar Mattos e a balada romântica mais consagrada de Márcio Greyck, “Impossível Acreditar que Perdi Você”, em sua gravação original.
“Cativas – Presas Pelo Coração” lança um olhar afetuoso para onde menos se espera. Joana Nin acredita que como a população carcerária brasileira é composta por 95% de reincidentes, talvez seja esta uma forma de repensar o sistema. Porque uma pessoa que cometeu um crime e fica isolada do mundo sem qualquer afeto por até 30 anos, não terá muitas alternativas quando sair da cadeia. Se não tiver uma família, não terá para onde ir e nem por quem sonhar com outra vida. Sem trabalho, certamente voltará a praticar crimes, aqueles que já sabia antes da condenação e os que aprendeu nos anos de condenação.
A penitenciária onde se passa o filme fica no maior complexo prisional do Paraná que abriga cerca de 7 mil presos em seis unidades. A PCE – Penitenciária Central do Estado, onde foram feitas todas as cenas, é a mais antiga delas conta com 1600 presos. O acesso da diretora ao interior da cadeia, aos presos e visitas foi bastante privilegiado. Até mesmo uma visita íntima no motel da penitenciária foi documentada pela equipe. A revista feminina, em vias de ser extinta por seu caráter vexatório, também está registrada da forma como ainda hoje é feita na maior parte dos presídios brasileiros. A cena da visita aos presos foi realizada em uma dia exclusivo, apenas com os casais que concordaram em participar. As mulheres entraram com microfones sobre as roupas para gravar o som das conversas íntimas – tudo com o consentimento de todos os personagens.
O filme é uma produção da Sambaqui Cultural em coprodução com o Canal GNT e foi viabilizado pela Lei do Audiovisual com patrocínio da Sanepar por meio do Conta Cultura, um programa de seleção de projetos promovido pela Secretaria de Cultura do Paraná. A distribuição é da Moro Filmes.

BEIRA-MAR

“Beira-Mar”, o primeiro longa-metragem dos diretores Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, aborda temas presentes no universo da juventude, como a amizade e a sexualidade.

Protagonizado pelos atores Mateus Almada e Maurício José Barcellos, o longa já foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim deste ano e Festival de Cine en Guadalajara, Frameline, Uppsala ISFF, Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira, Toronto LGBT IFF, Mostra de Tiradentes, Short Shorts, Mecal, dentre outros, e agora terá sua primeira exibição no Brasil na Première Brasil – Novos Rumos do Festival do Rio que ocorrerá em outubro.
 Sinpose: Durante o inverno dois jovens viajam ao litoral gaúcho. Martin precisa visitar parentes distantes, em busca de um documento para seu pai. Tomaz aceita acompanhá-lo nessa jornada, aproveitando a chance para se reaproximar do amigo. 
Os dois passam os dias imersos em um universo próprio, expostos à família que rejeita Martin e à estranha distância que surgiu entre ele e Tomaz. Alternando entre distrações corriqueiras, reflexões sobre suas vidas e sua amizade, os garotos se abrigam em uma casa de vidro, à beira de um mar frio e revolto. 
Sobre os diretores: Filipe Matzembacher e Marcio Reolon são gaúchos e sempre trabalharam em parceria. Os curtas metragens realizados pela dupla já viajaram por festivais pelo mundo, como Festival de Cine en Guadalajara, Frameline, Uppsala ISFF, Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira, Toronto LGBT IFF, Mostra de Tiradentes, Short Shorts, Mecal, dentre outros. Entre eles estão “Quarto Vazio” (2013), “Um Dialogo de Ballet” (2012), “Nico” (2011), “Garoto Neon” e “O Último dia Antes de Zanzibar”.




FICHA TÉCNICA:

CATIVAS – PRESAS PELA CORAÇÃO

Gênero: documentário

Duração: 77 minutos (longa-metragem)

Produção: Joana Nin e Ade Muri

Direção e Produção Executiva: Joana Nin

Direção de Fotografia: Luciano Coelho

Roteiro: Joana Nin e Sandra Nodari

Pesquisa e assistência de direção: Sandra Nodari

Som Direto: Robertinho Oliveira

Montagem: Jordana Berg, edt.

Produtor de Finalização: Ade Muri

Direção de Produção: Sônia Procópio

Preparação de filmagens com presos: Sheylli Caleffi

Fotografia Still: Lauro Borges

Assistente de Produção e pesquisa: Raquel Zanotelli

Assistente de Câmera: Eduardo Azevedo

Desenho de som e mixagem: Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima Armando Torres Jr.

Design gráfico: Marcellus Schnell

Videografismo créditos: Liana Lessa

Trilha Original: Cesinha Mattos



BEIRA-MAR

Gênero: drama

País: Brasil

Ano: 2015

Duração: 83 minutos

Roteiro e Direção: Filipe Matzembacher e Marcio Reolon

Elenco principal: Mateus Almada, Maurício José Barcelos

Elenco secundário: Elisa Brites, Francisco Gick, Fernando Hart, Danuta Zagueto, Maitê Felistofa e Irene Brietzki

Produção: Marcio Reolon

Direção de Arte: Manuela Falcão

Direção de Fotografia: João Gabriel de Queiroz

Montagem: Bruno Carboni e Germano de Oliveira

Trilha Sonora Original: Felipe Puperi

Trilha Sonora: Daniel Johnston, Kurt Vile, No Porn.

Fotos: Miguel Soll e João Gabriel de Queiroz

Distribuição Brasil: Vitrine Filmes

World Sales: Figa/BR

Financiamento: Secretaria da Cultura de Porto Alegre (edital Fumproarte) e Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fundo de Apoio à Cultura)

Empresa Produtora: Avante Filmes



GRADE DE HORÁRIOS:

3 de novembro (terça-feira)

15h – Numa Escola de Havana, de Ernesto Daranas

17h - Numa Escola de Havana, de Ernesto Daranas

19h - Numa Escola de Havana, de Ernesto Daranas


4 de novembro (quarta-feira)

15h – Numa Escola de Havana, de Ernesto Daranas

17h - Numa Escola de Havana, de Ernesto Daranas

19h - Numa Escola de Havana, de Ernesto Daranas


5 de novembro (quinta-feira)

15h – Cativas - Presas pelo Coração, de Joana Nin

17h – Beira-Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon

19h - Cativas - Presas pelo Coração, de Joana Nin


6 de novembro (sexta-feira)

15h – Cativas - Presas pelo Coração, de Joana Nin

17h – Beira-Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon

19h - Cativas - Presas pelo Coração, de Joana Nin


7 de novembro (sábado)

15h – Cativas - Presas pelo Coração, de Joana Nin

17h – Beira-Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon

19h - Cativas - Presas pelo Coração, de Joana Nin


8 de novembro (domingo)

15h – Cativas - Presas pelo Coração, de Joana Nin

17h – Beira-Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon

19h - Cativas - Presas pelo Coração, de Joana Nin