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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Cine Dica: A VINGANÇA DOS FILMES B: PARTE IV

De 09 a 14 de dezembro a Sala P.F.Gastal volta a hospedar A Vingança dos Filmes B, que neste ano chega a sua quarta edição com requintes de crueldade, ação, demência, niilismo e muito humor negro.
"Concebida em 2011 para servir de vitrine para produções que flertam com o cinema de gênero, a mostra se consolidou como um território destinado a divulgação e ao resgate de filmes independentes, produções de baixo orçamento e outros delírios fílmicos, buscando incentivar o público a dialogar com obras que dificilmente encontram espaço nas telas dos cinemas comerciais. Filmes repletos de horror, ação, anarquia, humor e demência, ocupando um mesmo espaço sem restrições quanto ao seu orçamento ou suporte de realização".
Mais informações sobre a programação vocês conferem clicando aqui.
 

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Cine Curiosidade: Curso sobre Cinema Marginal Brasileiro em Destaque

ULTIMO CURSO DO ANO ELABORADO PELO CENA UM FOI DESTAQUE NO JORNAL DO COMÉRCIO DE HOJE. 




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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: Boyhood - Da infância à juventude

Sinopse: Acompanhamos a vida de Mason da infância até o fim da adolescência vivendo no Texas com sua irmã e os pais divorciados. O pai parece mais infantil que o próprio menino enquanto a mãe luta para terminar seus estudos e vive se apaixonando pelos homens errados. Entre 2002 e 2013 o diretor Richard Linklater (Antes do amanhecer e Antes da meia-noite) filmou a evolução da história acompanhando assim o crescimento do jovem ator Ellar Coltrane. Essa experiência inédita resultou num panorama íntimo dos desejos e ansiedades do amadurecimento humano. Melhor direção no Festival de Berlim 2014.

Eu ouvi muito falar a respeito sobre o mais novo filme do diretor Richard Linklater (Antes do Amanhecer) e, portanto fazia questão de ir assisti-lo. Não me resta dúvida nenhuma que Boyhood: Da Infância à Juventude, não é somente um ótimo filme, como também um feito notável e raro do cinema recente. Acompanhando doze anos da vida do pequeno Mason (Ellar Coltrane) e a trama é basicamente isso, mas que nos enlaça de tal forma que não vemos o tempo passar durante a projeção.
Embora o projeto seja corajoso (rodado durante quatro dias por ano, num total de doze) basicamente é uma trama simples, onde assistimos o seu protagonista envelhecendo (dos seis aos dezoito anos), acompanhando os seus dramas do dia a dia com os seus familiares, seus conflitos internos da adolescência e seus relacionamentos amorosos, que vão da curtição a frustração. Nesse sentido, Boyhood é uma  entrada ou um retrato do nosso mundo real, em vez de uma mera trama mirabolante juvenil. As conversas soam familiares, a maneira de se vestir e a forma de como ele age com os seus familiares. Tudo pelo que nós mesmos já passamos, talvez até com as mesmas reações de Mason. 
Embora comece de uma forma devagar, o filme nos prende e nos cativa rapidamente. Talvez por transmitir um olhar real do jovem interprete, sendo que o próprio já havia afirmado em uma entrevista que ele mesmo não conseguia às vezes separar o seu mundo real com a trama fictícia que participava. Isso se deve muito pelo fato do filme não apresentar nenhum personagem fora do comum, mas isso torna mais um ponto a favor para produção, já que o cinema contemporâneo de hoje vive escasso com personagens que deveriam ser algumas vezes gente como a gente.
Em outra entrevista, Ellar disse que ao assistir as imagens do filme pela primeira vez se maravilhou. As lembranças em sua mente se misturavam e, após se dedicar doze anos participando das filmagens, ele não se lembrava mais que tinha participado de determinadas cenas. O jovem protagonista Mason realmente se confunde com seu interprete. 
 Existe muito do ator no personagem fictício, sendo que ambos não comem carne e amam de paixão o mundo da fotografia. O ator falou que quando tomava uma decisão de fazer algo com relação ao corpo, logo em seguida ligava para o cineasta, para ver se dava para colocar um brinco ou pintar o cabelo. Linklater por sua vez dava liberdade total para que Coltrane fosse natural, para que o jovem de ontem e hoje se identificasse facilmente com ele.
Alguns dos diálogos filosóficos que Mason dispara na tela foram na realidade algumas sugestões do próprio ator. Antes de começar as filmagens de cada ano, Linklater fazia uma rodada de conversas descontraídas com o elenco principal, de onde se tirava inúmeras ideias para serem aproveitadas durante as filmagens. Embora cineasta afirmasse que realmente havia um roteiro escrito, as conversas dessas rodadas serviam unicamente para que equipe e elenco se atualizassem e que pudessem passar durante as filmagens uma forma de naturalismo ao máximo possível. Quem acompanha a obra do diretor sabe que ele já usava esse artifício, principalmente na sua trilogia que se iniciou em Antes do Amanhecer. 
Embora a trama seja toda concentrada em Mason, o filme não seria nada sem a presença de sua mãe. Interpretada por Patrícia Arquette (Amor a Queima Roupa) ela passa uma imagem real de uma mãe de ontem e hoje: tentando batalhar para realizar os sonhos dos seus filhos e os seus, mas que infelizmente acaba se perdendo algumas vezes no trajeto, alternando em  escolhas erradas (com relação a escolhas de maridos ) como também em certas, ao se dedicar a carreira que queria. A irmã mais velha de Mason e o pai, interpretado por Ethan Hawke (parceiro habitual do cineasta), são também personagens essências na vida do jovem protagonista, mesmo eles não influenciando muito as suas escolhas. 
Mason nunca tenta ser uma imagem espelhada dos seus pais, mas isso não significa que ele não aceite da maneira como eles são. Unicamente ele vive como um adolescente como os outros, sem ser revoltado, mas também não muito conformado com a realidade em que vive e com isso vive se perguntando para si mesmo inúmeras coisas, que por vezes não obtém uma resposta. Embora nunca aja um letreiro nos dizendo quando acontece um pulo no tempo, nós sabemos quando isso acontece: as mudanças do rosto e o físico dos personagens, assim como a cultura, desde musicas, objetos, cortes de cabelo e de um momento divertido com relação ao Harry Potter. 
E é assim durante as quase 3horas de projeção, acompanhamos o crescimento do protagonista, que desde sua primeira cena, como um sonhador deitado na grama, para uma jornada de doze anos aonde acompanhamos de tudo um pouco de sua vida. Vemos sua mudança física e mental, suas desavenças na escola, sua chegada em uma faculdade, seu primeiro serviço e as diversas mudanças com a mãe que vive também em busca de um lugar nesse mundo. Infelizmente o filme termina de uma forma abrupta e fazendo com que nós quiséssemos continuar ao lado do personagem e vê-lo até aonde ele vai durante o seu percurso na vida. O protagonista se vai, para continuar a sua jornada, nos deixando sem a sua presença, mas fazendo a gente pensar em suas atitudes e escolhas.
Boyhood: Da Infância a Juventude  pode não ser uma grande obra prima como muitos dizem, mas  está muito longe de ser um mero filme como os outros que existe aos montes por ai. Acima de tudo, é uma realização incomum sobre a vida comum e um feito de realização dos mais fascinantes e que ficará sendo lembrado por todo cinéfilo que se preze. 


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sábado, 29 de novembro de 2014

LUTO: Adeus grande Gênio


Desde os 5 anos vc me deu muitas alegrias e mesmo quando eu estava triste vc criava um sorriso que não havia mais em meu rosto. Através de vc também conheci as imagens icônicas do cinema como de Charles Chaplin e eu sempre lhe agradecerei muito por isso. Descanse em paz grande gênio.



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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cine Curiosidade: Trailer oficial do novo STAR WARS

 E para encerrar esse mês, nada melhor do que ver em primeira mão o primeiro trailer oficial de Star Wars: O Despertar da Força.
 
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Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a cabo: Amantes Eternos



Sinopse: A história de amor entre dois vampiros eruditos, Eve (Tilda Swinton) e Adam (Tom Hiddleston), cansados da sociedade atual e profundamente incomodados com a evolução da humanidade. Há séculos eles vivem uma relação de cumplicidade e muito amor, que será abalada pela aproximação da irresponsável irmã caçula da vampira, Ava (Mia Wasikowska). 


Amantes Eternos, para mim, é um dos melhores filmes de vampiros desde Deixe ela Entrar. Aqui não há espaço para romance sem sal estilo Crepúsculo (que fiz questão de botar fora finalmente os DVDs) e também temos poucas cenas rotineiras de terror e suspense. Trata-se de uma experiência um tanto melancolicamente sombria, que explora os problemas da vida eterna de maneira convincente.
Claro, não se pode negar os benefícios de viver ao longo dos séculos: ler quantos livros puder, ver o maior número possível de shows e viver um amor verdadeiro até o fim dos tempos. Mas há algo de errado em uma existência que não seja finita.Por mais que Adam(Tom Hiddleston)  tenha vivido intensamente na companhia de Eve(Tilda Swinton), ele tem dificuldades de levantar de sua própria cama, parece sempre esgotado, com mal humor e começando  a pensar na possibilidade de   suicídio.
O enredo foge de qualquer tipo de formula conhecida e da maioria das vezes desgastada. É mais uma experiência que deve ser aproveitada com total plenitude, tal qual os vampiros fazem quando sorvem o saboroso sangue tipo O negativo.Falando em vampiros, a verdadeira essência dos personagens é revelada gradualmente na trama. O legal é assisti-lo sem saber que é um filme desse tipo de gênero, portanto foi interessante acompanhar as pistas sobre a real identidade do casal de protagonistas, como a preferência pela noite, as coisas  antigas que usam no dia a dia e a compra de sangue no hospital.
Outro ponto interessante são as críticas feitas aos seres humanos em geral. Os vampiros nos chamam de zumbis, acredito que pelo fato de que às vezes fazemos as coisas no piloto automático, sem parar para desfrutar daquilo que temos bem a nossa frente. Percebam como Eve e Adam sentem a beleza das coisas, tanto da natureza como de um belo desempenho musical.
Há ainda espaço para o humor negro, ainda que em poucos momentos. Nesse sentido, o destaque vai para uma cena em que um vampiro lamenta o fato de que hoje em dia não se pode jogar um cadáver no meio do rio qualquer, como era feito antigamente com os que sofriam de tuberculose.
Amantes Eternos exige um pouco de paciência. É um filme mais contemplativo, mas que, se você permitir, te absorve e te hipnotiza com uma fotografia com cores frias que possibilitam inúmeras sensações, inclusive medo, afinal vampiros de hoje, por mais que sejam civilizados, não deixam de ser imprevisíveis em suas ações e seus instintos naturais.  


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Cine Dica: Raros apresenta Nós Vamos Te Comer de Tsui Hark

FILME DE CANIBAIS DE TSUI HARK NO PROJETO RAROS
Nesta sexta-feira, 28 de novembro, às 20h, o Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe Nós Vamos Te Comer (1980), de Tsui Hark, um dos principais nomes do cinema de Hong Kong. Com projeção em DVD e legendas em português, a sessão promove o lançamento da programação da mostra A Vingança dos Filmes B, com estreia no dia 9 de dezembro. A entrada é gratuita.
Em Nós Vamos Te Comer, o agente secreto nº 999 investiga uma aldeia habitada por pessoas insanas, sem desconfiar que a aparente violência da vizinhança esconde um organizado circo bizarro de atos canibalescos.
Tsui Hark é o principal nome da geração que renovou o cinema de artes marciais em Hong Kong no final dos anos 1970. Seu primeiro longa, Os Crimes da Borboleta, de 1979, promove o encontro entre o cinema policial, o wuxia e a fantasia. Com a inusitada aproximação entre artes marciais e canibalismo, Nós Vamos Te Comer, o segundo longa-metragem, intensifica a presença da violência e do humor grotesco no cinema de Tsui Hark. Na década de 1980, o diretor se associou à produtora Cinema City, produzindo e dirigindo obras que estabeleceram os novos paradigmas do blockbuster de Hong Kong, como Zu - Warriors from the Magic Mountain (1983) e Alvo Duplo (1986), dirigido por John Woo.    
 
PROJETO RAROS
Nós Vamos Te Comer
(Di yu wu men)
1980
90 minutos
Direção: Tsui Hark
Elenco: Norman Chu, Chih Hung Ling, Choh Lam Tsang, David Wu, Eddy Ko.
Exibição em DVD com legendas em português.
 
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133 / 8135 / 8137