Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Na falta de idéias criativas,
os produtores de cinema sempre se rendem ao passado, mais precisamente aos heróis
e vilões que fizeram sucesso. Esse ano se tem novamente uma leva de personagens conhecidos que retornam
as telas para conquistar uma nova geração de cinéfilos e despertar uma nostalgia
dos antigos. Só para se ter uma ideia, irá haver dois filmes do Hércules em 2014. Abaixo solto cartazes e trailer de Robocop, Godzilla, Os Cavaleiros do Zodíaco:
Lenda do Santuário, Malévola, Hércules, Hércules: As Guerras Trácias, As
Tartarugas Ninja, Noé e Drácula 3D.
Sinopse: Os grandes amigos
Seth Rogen e Jay Baruchel vão em uma festa na casa do ator James Franco, que
reuniu diversas celebridades no local, como Jonah Hill, Rihanna, Jason Segel e
Emma Watson. Tudo corria bem até que um aparente terremoto se revela como sendo
o dia do julgamento final. Rogen, Baruchel, Franco, Hill, Danny McBride e Craig
Robinson acabam se vendo presos no local na torcida para que o mundo pare de
acabar do lado de fora.
O cinema sempre esta sendo
invadido por filmes apocalípticos, sendo uns cheios de aventura e efeitos visuais
(2012), ou outros levados mais para o drama (Melancolia). No caso de É o Fim, além
de ser uma comedia em meio ao juízo final, é uma inusitada historia, que mostra
como iria reagir certas celebridades no dia do julgamento. O que vemos não é atores
interpretando personagens e sim eles mesmos, sendo uma situação pouca vezes
vista no cinema.
Claro, que não quer
dizer que a personalidades deles mostrada no filme seja exatamente o que é na
vida real, sendo que eu acredito que seja uma representação caricata do que as
pessoas acham do que eles sejam fora das telas. Sendo assim, vemos os nossos
conhecidos atores e comediantes James Franco, Jonah Hill, Seth Rogen, Jay
Baruchel, Danny McBride e Craig Robinson agindo não muito diferente dos
personagens que eles interpretaram nos filmes (como Ligeiramente Grávidos e
Segurando as Pontas). Ou seja: podem esperar muito palavrão, piadas com
conotação sexual e várias referências divertidas com relação á outros filmes conhecidos como Harry Potter, 127 horas, Forrest Gump, O Exorcista e Homem que mudou o Jogo.
Mas o lance mais
divertido do filme é que quando começa o apocalipse, muitas pessoas são levadas
para o céu, mas as inúmeras pessoas que estão na festa de James Franco acabam
não indo, sendo que muitas celebridades morrem (Michael Cera é uma delas) e o
restante fica isolado na mansão tentando sobreviver. Durante esse tempo, Jay
Baruchel começa acreditar que eles estão ainda na terra por serem pecadores e
precisam a aprender de que maneira precisam provar que merecem o céu. Claro que
não faltam motivos para eles provarem para eles mesmos que cada um deles não merece
a passagem para o paraíso de jeito nenhum, sendo que no ato final, quando um
deles consegue a chance, perde unicamente por ser egoísta e mal educado em
poucos segundos.
O filme em si, não
passa de uma brincadeira no bom sentido, passando a mensagem que vale a pena
ser tolerante, compreensivo e companheiro com o próximo, pois basta agir assim que ganhará a sua passagem na hora do juízo
final. Claro que não se pode levar a sério em nenhum momento ao assistir o
filme, principalmente para aqueles que forem mais conservadores, pois o filme
não poupa nem piadas com relação a Deus e a Jesus Cristo. Sendo assim,
seguidores de certo pastor chamado Feliciano passem longe.
Com participações divertidas
como de Emma Watson, É O FIM é a típica comedia para se divertir numa boa,
mesmo quando seu cérebro grita para você dizendo que está desperdiçando o seu
tempo de vida com isso.
Não muito diferente dos últimos anos, o cinema de 2014 será
novamente invadido por adaptações de HQ. Uns vão viver, outros irão morrer, mas
o importante é o cinéfilo que sai ganhando ao assistir boas aventuras no
cinema. Abaixo, confiram os trailers de
O Espetacular Homem Aranha 2, Capitão America: Soldado Infernal, X-Men: Dias de
Futuro Esquecido, 300 Ascensão do Império e Guardiões das Galáxias.
Sinopse: Sem conseguir
dormir direito há semanas devido à recente separação, o detetive Bernie Reid
(Gabriel Byrne) ronda a cidade de madrugada. Ao atender uma chamada, ele parte
para um apartamento onde encontra um homem morto. Lá vê de relance uma mulher,
Anna Welles (Charlotte Rampling), que lhe chama a atenção. Eles apenas se
conhecem realmente em uma festa de solteiros e não demora muito para que
engatem um relacionamento. O que Bernie não imaginava era que Anna era a
assassina que estava procurando.
Baseado no best
seller internacional de Elsa Lewin, Eu,Annaé o primeiro longa metragem do
diretor britânico Barnaby Southcombe, onde em menos de uma hora e meia, nós joga em um filme de suspense elegante e que
nem tudo que nos é apresentado é 100% explicado de imediato. Na verdade,
a grande alma do filme fica na própria protagonista, interpretada de uma maneira assombrosa pela atriz britânica Charlotte
Rampling (Melancolia). Durante todo o filme, ficamos ao lado de Anna, que sofre
com o divorcio recente, mas ao mesmo tempo busca um novo parceiro numas festas
de solteiros.
Em uma dessas festas,
acaba conhecendo o inspetor chefe Bernie Reid (Gabriel Byrne), que ao mesmo
tempo sofre com um possível divorcio, também está investigando um assassinato
que aconteceu na cidade. De alguma forma, Anna está envolvida nesse crime, mas
até aonde ela é culpada? O diretor destrincha as respostas em flashback, que
tanto mostra a noite do crime aos poucos, como também mostra a queda psicológica
de Anna e os motivos que a levaram até ali.
Na verdade ao poucos,
percebemos que a protagonista não está bem, sendo que ela se mostra realmente
sã, no momento que dialoga com a sua filha Emmy (Hayley Atwell), que
(aparentemente) mora com ela e com a sua neta recém nascida. Através dessa
relação é que se tiremos certas pistas sobre o que se passa realmente com Anna
e o que aconteceu com ela. As respostas que vem não são fáceis, principalmente
que se cria um sentimento confuso no espectador que assiste com relação à Anna,
sendo que não sabemos se sentimos pena ou ficamos bravos com ela devido as suas
ações.
Embora estreando na
direção, Barnaby Southcombe surpreende ao criar uma trama que prende a atenção
do cinéfilo do começo ao fim e fazer um belo casamento com a sua forma de
filmar ao lado de uma trilha sonora de suspense bastante bela de se ouvir.
Todos esses ingredientes culminam num final surpreendente, triste, ao mesmo
tempo corajoso e poucas vezes visto no cinema. O desempenho de Charlotte
Rampling fortalece isso e mesmo sendo mãe do diretor, ela não foi poupada em
cenas fortes e que se exigia o melhor dela.
Embora curto Eu, Anna
é uma pequena aula de como se faz um belo suspense, que embora a trama soe familiar, quando
se é bem dirigida nos emociona pelos destinos dos personagens que ficam em
abertos, que são vitimas de suas próprias ações e que não desejavam estar
naquela posição melancólica.
A comédia Depois do Almoço,dirigida por Rodrigo Diaz Diaz, continua em cartaz dentro do
projeto Curta nas Telas, entre os dias
17 e 23 de janeiro. As exibições ocorrem na sala 2 do Arcoíris Vitória,
acompanhando as sessões das 17h e 19h de Confissões de
Adolescente, de Daniel Filho.
Depois do Almoço narra as descobertas amorosas de duas amigas
num típico almoço de domingo onde os maridos estão entretidos com o futebol e
os filhos arrumam problemas. Após algumas discussões triviais, segredos são
expostos, entre eles um sonho erótico revelador.
O filme fez parte da 4ª edição da série Fucking Different,
projeto idealizado pelo alemão Kristian Petersen, que propõe que diretores
expressem suas ideias sobre sexo & amor entre mulheres e que diretoras
expressem suas ideias sobre sexo & amor entre homens. As edições anteriores
do projeto Fucking Different foram realizadas em Berlim (2005), Nova York
(2007) e Tel-Aviv (2008). As compilações foram exibidas em diversos festivais
internacionais, como o Festival de Berlim.
DEPOIS DO ALMOÇO, de Rodrigo Diaz Diaz (São Paulo, ficção, 13 minutos,
35mm, 2010)
Elenco: Gilda Nomacce, Lulu Pavarin
Produção: Paula Pripas
Fotografia: Carlos Firmino
Roteiro: Elzemann Neves
Direção de Arte: Renata Rugai
Empresa(s) produtora(s): Filmes de Abril
Edição de som: Ana Luiza Pereira
Figurino: Ingrid Furtado
Montagem: Rodrigo Diaz
Sobre o Curta nas Telas
O projeto Curta nas Telas é fruto de uma parceria entre a Prefeitura
Municipal de Porto Alegre, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do
Sul e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul
e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS). Seu objetivo é divulgar a
produção nacional de curtas-metragens, por meio da exibição dos filmes
selecionados no circuito de cinemas de Porto Alegre. Em 40 edições foram
exibidos 283 curtas de todo o Brasil. Os doze curtas selecionados na 41ª edição
estarão em exibição até 20 de maio de 2014.
Os próximos selecionados na 41ª edição do Curta nas Telas a entrar em
cartaz
FUNERAL À CIGANA, de Fernando Honesko – 24 de janeiro a 6 de
fevereiro de 2014, no Cineflix
5 HORAS RUMO NORTE, de Paula Sabbaga – 7 a 20 de fevereiro de
2014, no Cinemark.
UMA PRIMAVERA, de Gabriela Almeida – 21 de fevereiro a 6 de março
de 2014, no Cinespaço Wallig
PIOVE, IL FILM DE PIO, de Thiago Mendonça – 7 a 20 de março de
2014, na Cinemateca Paulo Amorim
LINEAR, de Amir Admoni – 21 de março a 3 de abril de 2014, no
Guion.
MEMÓRIAS EXTERNAS DE UMA MULHER SERRILHADA, de Eduardo Kishimoto
– 4 a 17 de abril de 2014, no Espaço Itaú de Cinema.
CHAPA, de Thiago Ricarte – 18 de abril a 1º de maio de 2014, no GNC
Moinhos.
A DESCOBERTA, de Ernesto Molinero – 2 a 15 de maio de 2014, no
Cinemark.
DIA ESTRELADO, de Nara Normande – 16 a 29 de maio de 2014, no
Cineflix.
Sinopse: Em Roma durante o verão o escritor Jap Gambardella (Toni
Servillo) reflete sobre sua vida. Ele tem 65 anos de idade e desde o grande
sucesso do romance O Aparelho Humano escrito décadas atrás ele não concluiu
nenhum outro livro. Desde então a vida de Jep se passa entre as festas da alta
sociedade os luxos e privilégios de sua fama. Quando se lembra de um amor
inocente da sua juventude Jep cria forças para mudar sua vida e talvez voltar a
escrever.
Dono de uma visão
incomum na forma de filmar, Paolo Sorrentino havia surpreendido a critica
internacional ao arrancar um ótimo desempenho de Sean Penn no filme Aqui é o
Meu Lugar e agora chega aos cinemas brasileiros com o seu surpreende A Grande
Beleza, cujo protagonista vive em conflitos internos e com relação ao mundo que
vive. Aqui existe uma critica feroz (atenção na cena da conversa entre amigos),
com relação à alta sociedade da Itália, mais precisamente de Roma, que por mais
que vivam no luxo e festas, não escondem o fato de não saberem qual é o seu
lugar naquele mundo cheio de luzes e cores. Tudo isso, através de um olhar
amadurecido do protagonista, que se vê cansado de tudo, mas buscando algum
sentido entre amigos e nas ruas da capital italiana.
Jep Gambardella,
interpretado pelo ótimo ator Toni Servillo (visto recentemente A Bela que Dorme)
fica perambulando e se fascinando pela sua cidade. Vale destacar, que isso é
muito bem representado nos maravilhosos primeiros dez minutos de projeção, onde
o diretor avança de um lado para o outro com a câmera, capturando o mais de
essencial da cidade e fazendo um resgate da Roma de ontem e hoje. Em meio a
isso, testemunhamos o protagonista dançando em meio a inúmeras pessoas
(aparentemente) felizes e desfrutando do melhor que as suas vidas podem lhe
oferecer consigo próprias.
Em meio a um circulo
de pessoas da alta, vemos diálogos maravilhosos, que ao mesmo tempo são tapa na
cara para alguns personagens, que se desconstroem com palavras duras, mas
verdadeiras. Jep é um que não possui papas na língua, sendo que ele não suporta o fato de ver seus conterrâneos com a faca e o queijo nas mãos, mas ficam dizendo
que sempre se sacrificaram na vida, quando na realidade nunca sentiram na pele o
verdadeiro significado da palavra. Essa alienação é ainda bem mais sentida no
momento que essa classe da alta mergulha num universo cheio de festas, bebida, drogas
e sexo, sendo que eles experimentam esses ingredientes noite após noite, talvez
por acreditarem que faça eles realmente se sentirem-se vivos.
Jep, por mais que queira, não se sente acomodado nesse universo que vive, que por vezes se refugia ao
passado, se lembrando tanto do seu primeiro amor, como também indo á lugares
que o faça se lembrar da grande beleza que foi aquela visão de quando jovem. Ao
mesmo tempo ele começa a experimentar algum sentido disso tudo, no momento que
começa a dialogar e a observar personagens super interessantes, desde as
confissões de um padre quase papa, como também as girafas que somem, que são sequências de grande conteúdo e beleza. Tudo isso moldado por momentos que lembram o
melhor da filmografia de Federico Fellini (principalmente A Doce Vida), mas Sorrentino
sempre deixou claro que jamais buscou inspiração através da obra desse grande
diretor.
Embora seja um tanto
que longo em alguns momentos, A Grande Beleza nos encanta pelo seu incrível visual
fantástico e por nos apresentar uma fábula adulta contemporânea que nos remete
ao passado glamoroso do cinema Italiano, mas que sobrevive ainda aos dias de
hoje com estilo.
Sinopse: Em Roma durante o verão o escritor Jap Gambardella (Toni Servillo)
reflete sobre sua vida. Ele tem 65 anos de idade e desde o grande sucesso do
romance O Aparelho Humano escrito décadas atrás ele não concluiu nenhum outro
livro. Desde então a vida de Jep se passa entre as festas da alta sociedade os
luxos e privilégios de sua fama. Quando se lembra de um amor inocente da sua
juventude Jep cria forças para mudar sua vida e talvez voltar a escrever.
Caminhando
com Dinossauros
Sinopse: Pela primeira vez na história do cinema os espectadores vão
realmente sentir e viver a era em que os dinossauros comandavam a Terra.
Caminhando com Dinossauros é a experiência mais imersiva em 3D capaz de
transportar o público para o meio de uma aventura épica no mundo pré -histórico
em que um simples dinossauro luta para se tornar um herói para a posteridade.
Baseado no megassucesso da TV o longa é uma experiência inesquecível para toda
a família.
Muita calma
nessa hora 2
Sinopse: Três anos depois da viagem para Búzios as amigas Mari Tita
Aninha e Estrella se reencontram no Rio de Janeiro. Mari está coordenando a
produção de um grande Festival de Música e convida as amigas para o evento.
Estrella volta da Argentina depois da morte da avó mas sua única herança é uma
samambaia. Aninha pede ajuda a uma vidente mas presságios inusitados a deixam
ainda mais indecisa. Tita depois de passar três anos na Europa está decidida a
arrumar um emprego como fotógrafa. Juntas vão perceber que estão prontas para
novos desafios.
O Lobo de
Wall Street
Sinopse: O filme é adaptação do livro de memórias de Jordan Belfort que
no Brasil ganhou o nome de O Lobo de Wall Street. Belfort foi um corretor de
títulos da bolsa norte-americana que entrou em decadência nos anos 90. Sua
história envolve o uso de drogas e crimes do colarinho branco.
Tarzan - A
Evolução da Lenda - 3D
Sinopse: Diferente de todas as outras versões esta clássica lenda é
reinventada nos tempos atuais. Durante uma viagem a uma isolada área da selva
africana apenas Tarzan filho único da família Greystoke sobrevive a um acidente
aéreo. Em completo isolamento Tarzan cresce aprendendo as leis da selva junto
com um grupo de gorilas. Quando ele finalmente estabelece contato com outros
humanos e apaixona-se pela bela Jane descobre que o local onde vive está sendo
ameaçado por um grande empreendimento de exploração mineral. Agora Tarzan terá
que usar seus conhecimentos para salvar esse paraíso intocado.
O Menino e
o Mundo
Sinopse: Sofrendo com a falta do pai um menino deixa sua aldeia e
descobre um mundo fantástico dominado por máquinas-bichos e estranhos seres.
Uma inusitada animação realizada com diversas técnicas artísticas que retrata
as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança.