Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
A produção do documentário “MAIS DE TRÊS FOI O DIABO QUE FEZ” orgulhosamente anuncia que o filme terá a sua estreia em festivais na noite de hoje, no 7º Festival CineMúsica, na cidade de Conservatória, no Rio de Janeiro.
O CineMúsica é o único festival de cinema do Brasil dedicado ao som, e traz mais de 50 filmes, alguns em pré- estreia nacional! Um grande evento que reúne produtores, diretores e artistas do mundo do cinema e da cultura. Espetáculos de dança, concertos sinfônicos, filmes inéditos, sessões e oficinas infantis, palestras e gastronomia, movimentam o Festival CineMúsica.
O tema desse ano é o BRock. Por isso, o documentário estará abrindo o festival. Quem quiser acompanhar tudo sobre o evento, pode clicar no site www.festivalcinemusica.com.br.
E quem quiser acompanhar as novidades sobre o filme, pode clicar no site www.maisdetres.com.
Na minha 30ª
participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César
Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural,
irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que
conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da
atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua
influencia é sentida até hoje.
Arrebentando em Nova
York
Sinopse: Keung
(Jackie Chan) é um perito em artes marciais de Hong Kong que viaja para o
casamento do seu tio em Nova York. Durante sua estada no Bronx, ele compra
briga com motoqueiros e mafiosos, causando um verdadeiro terremoto de
pancadaria na cidade. Para piorar, os policiais não conseguem controlar a
situação e o lutador vai ter que resolver a situação pelas próprias mãos.
Quando Jackie Chan
estrelou esse filme, ele já era veterano em filmes de artes marciais na China, mas
essa produção onde a trama se passa em Nova York é especial por dois motivos: uma
porque foi o filme no qual eu o conheci e fez me interessar em conhecer os
outros filmes que ele estrelou na China como o divertidíssimo Dragões em dose Dupla. O outro motivo é que
essa foi à primeira produção de Hong Kong ao estrear em primeiro lugar nas
bilheterias dos EUA. Com isso, as portas se abriram para Jackie Chan no cinema americano
e fez com que ele estrelasse franquias de sucesso como á Hora do Rush, Bater ou
Correr e Karatê Kid.
O filme é divertidíssimo,
pois coloca Jackie Chan como um cara comum (embora talentoso nas artes
marciais), mas que acaba se metendo com gangues barra pesada e criminosos sem escrúpulo.
Isso tudo é mera desculpa para colocar Chan em fazer o que faz de melhor: lutar
kung fu ao máximo, mas ao mesmo tempo auxiliado com tudo que está ao redor,
desde as cadeiras, mesas, garrafas, varas etc.
Claro que embora seja
um mestre nisso tudo, Chan não é infalível e muitas vezes ele já se machucou
seriamente em seus filmes e aqui não foi diferente. Durante as filmagens ele
quebrou seriamente o tornozelo e se você assistir os créditos verá não só os
erros de gravação, como também as inúmeras cenas em que o ator se ralou feio
durante as cenas. Com um final divertidíssimo, lutas e perseguições adoidado, Arrebentando
em Nova York pode ser resumido como uma espécie de melhor representante do que
já rolou em toda a carreira de Jackie Chan.
Sinopse: Um pouco cansado da
rotina de professor, Germain (Fabrice Luchini) chega a atormentar sua esposa
Jeanne (Kristin Scott Thomas) com suas reclamações, mas ela também tem seus
problemas profissionais para resolver e nem sempre dá a atenção desejada. Até o
dia em que ele descobre na redação do adolescente Claude (Ernst Umhauer) um
estilo diferente de escrever, que dá início a um intrigante jogo de sedução
entre pupilo e mestre, que acaba envolvendo a própria esposa e a família de um
colega de classe.
Vi pouco, ou quase nada da
filmografia de François Ozon, sendo que o ultimo que me lembro que vi foi 8
mulheres e vendo esse seu ultimo trabalho, faz me arrepender bastante por não ter
o acompanhado mais de perto. Baseado na obra do dramaturgo espanhol Juan
Mayorga, o filme não só mergulha no universo da literatura, como também é uma espécie
de estudo da alma humana, que vai desde as suas obsessões, sonhos, desejos e
vidas frustradas. Tudo isso acontece, no momento que o jovem Claude (Ernst
Umhauer) se infiltra na família do seu melhor amigo, para então fazer uma
analise detalhada do dia a dia deles, escrevendo no seu papel e fazendo ganhar
confiança e respeito do seu professor Germain (Fabrice Luchini).
O que começa como uma
simples curiosidade e admiração de professor para o seu aluno, acaba se tornando
em um verdadeiro jogo de gato e rato, mas que jamais desce para o gênero de suspense,
mas que faz com que o espectador tema pelo pior a cada momento que passa. No momento
que o jovem invade o universo dessa família, acaba por então descascando as
suas verdadeiras personalidades, onde se encontra de tudo um pouco: desejos
reprimidos, frustrações, alienações e a quebra da imagem da família perfeita
internamente. Tudo isso pelo olhar do jovem, que vai da curiosidade, para o
surgimento de um interesse mais sério que começa a sentir por cada um deles,
principalmente pela dona da casa (Emmanuelle Seigner).
Na medida em que a obsessão toma conta do jovem,
ao mesmo tempo desperta um desejo de curiosidade e obsessão também no seu
professor, desejando então que o seu aluno vá mais ao fundo disso. No decorrer
da trama, ficamos nos perguntando quais são os motivos para o professor desejar
tanto que o aluno prossiga com isso, que vai de teorias de um possível desejo homossexual,
paternidade que nunca chegou ou simplesmente vê nele alguém que ele jamais foi
um dia. Além de uma direção agiu de Ozon, o filme conta também com um desempenho
incrível de cada um do elenco, principalmente da dupla central Germain (Fabrice
Luchini) e Claude (Ernst Umhauer), onde ambos nos rendem momentos inspirados
tanto quando estão juntos em cena, como também quando estão separados durante á
historia.
Atenção também para o ótimo desempenho
de Kristin Scott Thomas, que embora sua personagem seja um tanto que secundaria,
se torna peça fundamental no ato final da trama. Um agiu, imaginativo filme e
que nos faz querer conhecer mais a filmografia de François Ozon.
Na minha 30ª
participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César
Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural,
irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que
conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da
atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua
influencia é sentida até hoje.
Lutar ou Morrer
Sinopse: O chinês Chen Zhen
(Jet Li) estuda engenharia em Kyoto e está apaixonado por Mitsuko Yamada, a
filha do diretor. Ele retorna para Shangai, ocupada pelos japoneses, após
descobrir que o seu mestre de kung fu morreu em uma luta contra o campeão
japonês Ryuichi Akutagawa. Zhen tenta provar que o guerreiro morreu envenenado,
começando uma disputa que vai colocar a honra da China e do Japão em teste.
Ao fazer um remake do
clássico de Bruce Lee A Fúria do Dragão, Jet Li fez o seu próprio clássico.
Embora não tenha ido tão bem no mercado asiático, no Ocidente sempre aparece
nas listas dos melhores filmes de kung fu de todos os tempos. O filme enfoca o
tema clássico da rivalidade entre chineses e japoneses, o que rende lutas
espetaculares entre Chen Zen e lutadores japoneses, incluindo uma escola
inteira (referência à cena mais conhecida do filme de Lee), um honrado mestre
de karatê e um perigoso militar (o responsável pela morte do mestre). A lenda
viva Yasuaki Kurata é o mestre que luta com Li e o ensina a se adaptar ao
estilo do adversário para vencer, o que será crucial na luta final com Billy
Chau, o general assassino. Reunindo algumas das mais insanas lutas de todos os
tempos, Lutar ou Morrer é, na humilde opinião (ao lado de Herói), um dos melhores filmes de Jet Li.
O CineBancários segue com o novo filme
de Noah Baumbach, FRANCES HA, até dia 15 de setembro, às 15h, 17h e 19h, de
terça a domingo. O filme destacou-se nos Estados Unidos como um grande sopro de
renovação autoral junto às produções americanas.
Comparado á Manhatan, de Woody Allen, Frances
Ha conta a estória de Frances (Greta Gerwig), que mora em Nova York, mas na
verdade ela não tem um apartamento. Frances é aluna numa companhia de dança,
mas não é de fato uma bailarina. Frances tem uma melhor amiga chamada Sophie,
mas na verdade elas não estão se falando mais. Frances se joga de cabeça em
seus sonhos, mesmo que a possibilidade de realização seja pequena. Frances
deseja muito mais do que tem, mas ela leva sua vida com leveza e uma alegria
inexplicável. FRANCES HA é uma divertida fábula moderna, na qual Noah Baumbach
explora Nova York, a amizade, classes, ambição, fracasso e redenção.
Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.
Na minha 30ª participação no
Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César Almeida, que
irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural, irá desvendar
um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que conquistou o
ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da atividade não
chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua influencia é
sentida até hoje.
OPERAÇÃO DRAGÃO GORDO
Sinopse: Ah Lung, rapaz gordo
e caipira, vai trabalhar em Hong Kong e acaba tendo que enfrentar os três
melhores lutadores do mundo. Fã de Bruce Lee, de tanto observar o seu ídolo, se
tornou também um mestre do kung-fu.
Esse filme eu descobri através dos meus pais, quando eles assistiam adoidados nas reprises da Band nos anos 80. Operação Dragão Gordo, Sammo Hung, estrela e dirige esta inteligente paródia do clássico de Bruce Lee, Operação Dragão, como um Bruce inflado que nem um suíno. Este filme é uma homenagem fenomenal ao culto a Bruce Lee, de uma forma divertida e respeitosa. Sammo Hung era praticamente um guri quando dirigiu essa paródia e qualquer semelhança com o Kung Fu Panda não deve ser mera coincidência. O cara é ingênuo, trabalha no restaurante fuleiro do tio, se mete em confusão e luta no melhor estilo kung fu. Até o sonho dele no início lembra o do panda. O filme na verdade veio na época (1978), para fortalecer mais o gênero de kung fu, misturado com altas doses de comédia, o que distanciava bastante de outros filmes em que eram levados mais a sério como o Dragão Chinês. As cenas de lutas são geniais, mas ao mesmo tempo um verdadeiro pastelão e algo que se viria muito nos filmes seguintes estrelados por Jackie Chan, que alias é grande amigo de Sammo Hung. O resultado é mais uma ótima diversão para os fãs do gênero.