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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: OBLIVION

Leia a minha critica já publicada clicando aqui.

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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cine Especial: SUPERMAN NO CINEMA: FINAL


Bom, chego aqui ao final dos melhores momentos do Superman do cinema e chego há uma conclusão:  Christopher Reeve sempre foi e sempre será o melhor interprete do personagem de todos os tempos. Embora tenha gostado muito do desempenho de Henry Cavill nesta ultima versão, Reeve ainda esta na vantagem, pois o filme de Richard Donner, talvez seja o melhor exemplo de bom casamento de filme de entretenimento com arte, onde nos sentimos a verdadeira magia do cinema e que ali realmente acreditamos que um homem pode realmente voar.   
Reeve provou ser um verdadeiro homem de aço, tanto na ficção como na vida real: após ter sofrido um grave acidente com o seu cavalo que o deixou tetraplégico, o ator jamais descansou, tendo lutado para conseguir uma cura e lutado contra a própria política com relação a pesquisas de células de tronco. Reeve viria a falecer em 2004, mas sua força de vontade de viver permaneceu na memória de todos os fãs.
Um ano após o seu acidente, o ator apareceu de surpresa na cerimônia do Oscar, rendendo um dos momentos mais emocionantes da premiação.
                                   Sempre para o alto e avante Christopher 

Leia também: Partes 1,2,3,4 e 5.

Leia também: O Homem de Aço. 

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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Cine Especial: SUPERMAN NO CINEMA: Parte 5

Com o Homem de Aço nos cinemas, irei recapitular aqui um pouco sobre as melhores adaptações que Superman teve no cinema ao longo de sua historia. 

Superman - O Retorno 

Sinopse: Após alguns anos de um misterioso desaparecimento, Superman (Brandon Routh) retorna ao planeta Terra. Porém a situação em Metrópolis está bastante mudada desde que o Homem de Aço deixou o planeta, pois a cidade se acostumou a viver sem ele. Além disto Lois Lane (Kate Bosworth), sua grande paixão, seguiu sua vida após o sumiço do herói. Ao mesmo tempo em que precisa se adaptar à nova realidade, Superman precisa enfrentar um antigo inimigo, que planeja um meio de acabar com ele de uma vez por todas.

Quando eu penso em Superman – O Retorno, eu enxergo esse filme como uma espécie de conclusão de uma trilogia iniciada por Richard Donner em 1978, porque convenhamos, Superman III e Superman IV são ruins de doer. Após anos de tentativas frustradas de levar o herói para o cinema (como Superman: Lives), a Warner investiu pesado, ao ponto de conseguir convencer Brian Singer, que na época estava se dedicando aos filmes dos X-men, a abandonar os mutantes e fazer magia como ele havia feito para os estúdios Fox. Para Singer, era preciso não criar um filme que reiniciasse as aventuras herói no cinema, mas sim um que continuasse a visão “pé no chão” que Donner havia criado anos antes.
Talvez esse seja o maior acerto, mas ao mesmo tempo grande erro criado para o filme: O Retorno se situa alguns anos após os eventos de Superman II (ignorando os capítulos III e IV) e mostra o herói (Brandon Routh) retornando a terra, após a tentativa frustrada de achar algum sinal de vida em Krypton. Confesso que perdi o fôlego quando assisti os primeiros minutos do filme, pois tudo estava lá: a trilha clássica de John Willians, o lado majestoso de Krypton, mas acima de tudo, a voz do eterno Marlon Brandon soando na sala de cinema e que me fez lamentar ainda mais o fato de eu nunca ter tido a chance de vê-lo atuando na tela grande.
Mas se por um lado o filme é uma bela homenagem aos primeiros filmes, por outro isso o prejudicou, pois se acabou não se criando uma identidade própria e tão pouco superando os capítulos anteriores. Para piorar, Singer sabendo que todo mundo só pensava no Superman como Christopher Reeve, decidiu contratar um ator semelhante ao ator e sobrou para o semi desconhecido Brandon Routh, que embora tenha até certa semelhança ao inesquecível interprete, sua atuação é tão mecânica, que por vezes parecia um boneco eletrônico atuando. Por outro lado, embora os produtores tenham repetido o vilão Lex Luthor, pelo menos acharam um ator de calibre e Kevin Spacey para mim é o melhor interprete do personagem, ao introduzir um ar de maldade e certa loucura controlada, algo que não se via na interpretação de Gene Hackman.

MAS CADE A AÇÃO?

Uma das maiores reclamações que ouço até hoje sobre esse filme é a falta de ação, sendo que alguns dizem que ela é inexistente. Mas a ação esta lá, principalmente no inicio do filme, onde o protagonista salvou inúmeras pessoas de um avião, mas no fim os roteiristas se concentraram mais no conflito do personagem, em se dar conta que é o único sobrevivente de seu planeta e no fato das pessoas que ele amava terem mudado e seguido com suas vidas. Com isso, se inicia uma espécie de novela mexicana entre o herói e Lois Lane (Kate Bosworth) e as cenas que eles se reencontram nada mais é do que uma releitura do clássico encontro dos dois no filme de 78.
Deixando de lado esse vai e vem romântico, do final do segundo, até o final do terceiro ato, o filme se envereda para ação, onde o herói encara os planos maquiavélicos de Luthor. Mas se por um lado esses momentos têm ação como todos queriam, por outro não há um super ser que combata de igual para igual contra o herói como todos queriam e para piorar (e ai eu concordo 100% com os fãs), o plano do vilão nada mais é do que (de novo), uma releitura do seu plano mirabolante visto no filme de 78. Se até aqui tudo parece ser uma releitura, homenagem ou quaisquer que fosse com relação ao filme de Donner, eis que então Singer teve uma idéia bem original e que na verdade buscou inspiração em Superman II: como naquele filme o casal central havia dormido juntos, isso serviria para inventar uma possível possibilidade de lois ter engravidado e o resultado disso é o fato dela ter gerado um filho do herói e ele ter descoberto a verdade no final trama.
Embora tenha dividido a opinião dos fãs com relação a essa virada da historia, eu particularmente gostei bastante e serviu como um belo gancho para uma eventual seqüência, o que acabou não acontecendo. Superman: O Retorno teve apenas um relativo sucesso e o que acabou não cumprido as expectativas do estúdio infelizmente. Com isso, a Warner se viu novamente com o seu sonho de criar um eventual filme da Liga da Justiça ser engavetado e tendo que obrigatoriamente concentrar os seus esforços na trilogia de Batman comandada por Nolan.
Apesar dos pesares, como eu disse acima, eu vejo Superman: O Retorno como uma espécie de encerramento digno de uma trilogia que se iniciou em 78, mas que infelizmente não se sustenta como um filme sozinho e tão pouco tendo uma identidade própria. Felizmente veio então esse ano o Homem de Aço, que embora não tenha superado o clássico de Donner, pelo menos não é uma releitura e felizmente se sustenta como belo reinício para o personagem no cinema. 

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Cine Dica: Mostra em homenagem ao diretor haitiano Raoul Peck entra em cartaz no CineBancários

 ENTRADA FRANCA 
 
De 6 a 11 de agosto o CineBancários, com o apoio da Cinemateca Francesa, exibirá com entrada franca, uma mostra retrospectiva de seis filmes emblemáticos, realizados pelo diretor haitiano, Raoul Peck. São títulos que representam marcos num conjunto da obra que é ao mesmo tempo prolífico e de uma rara coerência.
 A seleção aponta dois aspectos salientes do trabalho do cineasta: a turbulenta história do Haiti e o destino de Patrice Lumumba, heroica figura dos movimentos de independência africana. A problemática do poder e da injustiça permeia toda a obra de Raoul Peck, abordando assuntos variados como o genocídio de Ruanda, os círculos de poder franceses e outros assuntos sociais.
A força e sentimento que emanam desses filmes, sejam eles ficção ou documentário, vêm de um homem dedicado, cujo trabalho tem o dom de cruzar fronteiras, através do amplo leque de temas com que lida.
Raoul Peck começou a ganhar prestígio com Canto do Haiti, em 1988, recentemente restaurado pela Cinemateca Africana do Instituto Francês. Desde então ele tem alavancado uma carreira internacional que o levou a desenvolver um trabalho específico, tendo como combustível sua vida pessoal. Desde sua juventude passada na República do Congo, nos dias iniciais da independência do país, até seu retorno ao Haiti como Ministro da Cultura, suas várias fontes de inspiração refletem uma dedicada abordagem de criação fílmica como um incisivo defensor da luta contra as formas modernas de injustiça social. Como Presidente, desde 2011, do FEMIS (French Film School), sua nomeação como integrante do júri do Festival de Cannes em 2012 confirma o reconhecimento internacional.


Mais informações vocês encontram na pagina da sala clicando aqui.

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: TABU

UM  F.W.MURNAU EM PLENOS DIAS ATUAIS

Sinopse: Três mulheres a viver num prédio antigo na cidade de Lisboa: Aurora é uma idosa temperamental e excêntrica Santa a empregada cabo-verdiana e Pilar uma vizinha dedicada. Sentindo o fim a aproximar-se Aurora faz-lhes um pedido invulgar: quer encontrar-se com Gianluca Ventura alguém que até àquele momento ninguém sabia existir. Assim dispostas a cumprir o desejo da velha senhora Santa e Pilar acabam por descobrir que os dois viveram uma história de amor e crime no passado. Uma história que começou há 50 anos em Moçambique algum tempo antes da Guerra Colonial e reza assim: Aurora tinha uma fazenda em África no sopé do monte Tabu.

Tabu é mais um exemplo de que há cineastas atuais, que decidiram olhar um pouco para traz, sendo mais precisamente em resgatar as maneiras de como se fazer cinema de antigamente e o resultado final deixa o espectador maravilhado. Dirigido pelo cineasta Miguel Gomes, ele já havia conquistado o coração da critica através de filmes como o premiado Aquele Mês de Agosto, que foi eleito o melhor longa metragem pela critica na mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Embora Tabu possua um ritmo lento em alguns momentos, a trama consegue fisgar o espectador mais desacostumado (mas curioso) com a forma que ele apresenta a trama, mas ao mesmo tempo conquista o cinéfilo mais atento e isso graças a inúmeras referencias que ele faz a outros filmes.
Para começar, a produção é explicitamente uma homenagem ao cineasta F.W.Murnau (Nosferatu), não só da forma como ele filmava, como também é uma espécie de releitura de um dos seus filmes, Tabu de 1931. Mas para não soar como uma espécie de refilmagem, Gomes cria a trama através de dois capítulos e mais um prólogo: Paraíso e Paraíso Perdido, sendo que no original a trama seguia em linha reta, mas aqui Gomes vai numa direção contraria e que o torna bastante original.   
A primeira parte de Tabu acontece em  Lisboa atual e apresenta a personagem Pilar, uma mulher de meia idade, mas que não se intimida em ajudar o próximo, aja o que houver.  De início, da entender que ela será a protagonista da trama, mas para a nossa surpresa, logo percebemos que será a vizinha Aurora (nome que é uma referencia clara ao primeiro filme americano de Murnal), uma idosa, viciada até o pescoço em jogos e paranóica com relação a todos que a rodeia. Ela divide o apartamento com sua empregada Santa, uma mulher  que segue à risca as ordens  da filha de sua patroa, que sendo assim, suas atitudes há frente da idosa a tornam uma personagem seca, mas ao mesmo tempo com  humor peculiar que nos contagia.   
Graças há um dos inúmeros devaneios de Aurora, conhecemos o seu antigo amor proibido: Ventura. A partir daí, embarcamos em um grande flashback, onde acabamos pousando na África Colonial. A partir desse momento, os toques de humor vistos no capitulo anterior, são substituídos com toques mais dramáticos, que graças ao prólogo, já temos uma vaga idéia de como terminara, onde boa parte da trama é narrada pela voz de Ventura.    
É neste ponto que Miguel Gomes não só fortalece a sua homenagem a F.W.Murnau, como também ao período do cinema mudo: não ouvimos as palavras dos protagonistas, sendo que somente os seus gestos e movimentos dos lábios é o que falam por si e em boa parte das cenas é o som do ambiente que domina a trama (o que me lembrou muito O Som ao Redor). Embora num primeiro momento isso possa assustar um marinheiro de primeira viagem, isso não prejudica o entendimento da historia e faz com que o cinéfilo se lembre de como o cinema mudo tinha o seu charme e de imensas qualidades.   
Além de tudo isso, o longa foi filmado de uma maneira, para que a gente se sentisse que estivesse assistindo o filme em pleno anos 20: em janela 4:3, com um granular diferenciado e totalmente em preto em branco, além de partes em 16mm. Todos estes recursos foram usados com perfeição e são justificados em cada cena vista na tela. Com isso, o final nos deixa com água na boca e desejando que a trama continuasse para a gente sentir mais o gostinho de como era ir ao cinema de antigamente.
Em tempos em que os criadores da sétima arte estão olhando mais para trás, para saber como era assistir um filme no cinema de antigamente (vide O Artista e o recente Branca de Neve), Tabu é uma sessão obrigatória para qualquer fã de cinema de verdade que se preze.   

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Cine Dica: Jacques Rivette: Já não somos inocentes


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