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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cine Dica: [CINETERAPIA] ISMAEL CANEPPELE comenta OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTE

Exibição gratuita e bate-papo com Ismael Caneppele, autor da obra adaptada para o cinema,  acontece segunda-feira, dia 24 de junho, às 20h, no CineBancários 


Um garoto de dezesseis anos, fã de Bob Dylan, acessa o mundo através da internet enquanto vê seus dias passarem em uma pequena cidade alemã, no interior do Rio Grande do Sul. “Estar perto não é físico”, diz ele em seu blog. Por identificação, aproxima-se de uma garota que o apresenta um mundo diferente.
Quando a garota parte para outro mundo, deixa imortalizada sua história em fotos e vídeos na internet, e então guiado pela música de Dylan, ele mergulha em lembranças até o surgimento de uma figura misteriosa que desencadeia diversos acontecimentos em sua vida.
Baseado no livro homônimo de Ismael Caneppele, com roteiro do próprio autor que também participa do elenco do filme, e direção de Esmir Filho (conhecido pela direção do hit online Tapa na Pantera), Os Famosos e os Duendes da Morte dialoga com uma geração que acredita na internet não como passatempo, mas como opção existencial.
A película já participou de diversos festivais, dentre os quais o 60º Festival de Berlim, 62nd Film Festival Locarno e ganhou o prêmio de melhor filme no Festival do Rio, onde ainda foi agraciada pela crítica internacional.
Nesta edição, o Cineterapia apresenta o próprio autor Ismael Caneppele como convidado a debater sua obra adaptada às telas. Considerado uma das revelações da literatura brasileira contemporânea, Caneppele é romancista, desenvolve argumentos e roteiros para o cinema e morou na Alemanha e Croácia, onde foi assistente de direção em ópera e ator de teatro.
Em sua 24ª edição e quarto ano consecutivo, o projeto disponibiliza clássicos que estudam novas formas de desenvolver a sensibilidade e possibilita análise comportamental por destacados pensadores, psiquiatras e escritores gaúchos. Já participaram do evento nomes como Thedy Correa, Frank Jorge, Tatata Pimentel, Jorge Furtado, entre outros. A mediação da conversa fica por conta dos terapeutas Cínthya Verri e Roberto Azambuja.
 
Reservas de ingressos deverão ser feitas pelo e-mail projetocineterapia@gmail.com

CINETERAPIA

Toda última segunda-feira do mês
 Um convidado extraordinário
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Cine Dica: Filme do Grupo Dziga Vertov na Sessão Aurora

SESSÃO AURORA EXIBE FILME DO
GRUPO DZIGA VERTOV NA SALA P. F. GASTAL 

 A Sessão Aurora apresenta neste sábado, dia 22, às 18h, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), o filme Vento do Leste (1970), assinado pelo Grupo Dziga Vertov. Após a sessão, haverá um debate com os editores da revista Aurora. A sessão também marca o lançamento do terceiro número do Zinematógrafo, fanzine de cinema que o grupo produz e distribui gratuitamente em vários pontos da cidade. A entrada é franca.
Filme-manifesto do Grupo, Vento do Leste evidencia toda a radicalidade dos criadores do coletivo, Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin, enquanto criadores de imagens, discurso político e da própria linguagem cinematográfica. Basicamente, a história gira em torno de um grupo de pessoas que pretendem fazer um filme e, durante as circunstâncias das filmagens, questionam política e ideologicamente a própria função dos recursos que o cinema oferece e, principalmente, suas limitações. Nesse sentido, o som e a imagem são problematizados a partir de sobreposições e junções de caráter experimental e provocativo em meio a fotos de Mao e Stalin.
Vento do Leste nasceu da ideia de uma obra coletiva, alimentada por debates entre intelectuais de esquerda de vários países. Durante a realização, as duas correntes mais radicais – os maoístas (liderados por Godard) e os anarquistas (liderados por Daniel Cohn-Bendit) – se desentenderam. Segundo Godard, “os anarquistas foram para a praia”. Sob a orientação maoísta, curiosamente, a obra ganhou em experimentação. Vento do Leste foi encomendado (mas não exibido) pela RAI, televisão estatal italiana, como um western-spaghetti com o ator Gian Maria Volontè. O resultado final, no entanto, mesmo com a presença de Volontè, passa longe de qualquer definição.
Uma das bandeiras do Grupo era colocar em xeque a ideia da “velha esquerda” que realizava filmes supostamente políticos, mas que eram, na opinião dos integrantes, apenas filmes sobre pessoas que faziam política, pois permaneciam inseridos no sistema narrativo hollywoodiano, representando ingenuamente mocinhos e bandidos e o bem e o mal, sem romper definitivamente com as estruturas narrativas burguesas e imperialistas. Os temas anticapitalistas e a orientação maoísta/marxista-leninista do Grupo marcaram os oito filmes que realizaram entre 1968 e 1972, tendo em Vento do Leste a síntese de toda uma concepção de cinema radical e revolucionária. O filme ainda tem uma curta participação do cineasta brasileiro Glauber Rocha apontando o caminho do cinema político.


Vento do Leste. França, 1970, cor, 100 minutos. Direção: Grupo Dziga Vertov (Jean-Luc Godard, Jean-Pierre Gorin, Gérard Martin). Com Gian Maria Volonté, Anne Wiazemsky, Cristiana Tullio-Altan, Allen Midgette, José Valéra, Glauber Rocha. O filme será exibido em DVD com legendas em português.

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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cine Especial: STAR TREK: FINAL

Star Trek V: A Ultima Fronteira 


Sinopse: Em férias, a tripulação da Enterprise é convocada ás pressas pra resgatar vitimas de seqüestro num planeta distante.

A estréia na direção de Shatner consegue entreter os fãs da série, revelando detalhes desconhecidos sobre o passado dos personagens e explorando um tema clássico do seriado, a frase que aparecia na introdução dos episódios (na dublagem da TV brasileira, final frontier era "fronteira final" e não "ultima fronteira" como quis o desavisado tradutor).
  
Star Trek VI: A Terra Desconhecida 


Sinopse: O Império Klingon dispõe-se a conversar com a Federação para assinar tratado de paz. Contudo um incidente envolvendo o capitão Kirk pode por tudo a perder.

O Ultimo longa metragem para o cinema com a veterana turma do seriado de TV recupera o diretor do segundo e melhor titulo da série. O roteiro co-escrito por Nimoy, traça um paralelo com o esfacelamento da URSS e da boas dicas para a entrada, na ribalta, da Nova Geração. Espetáculo divertido e repleto de curiosos efeitos especiais como o sangue Klingon flutuando no vácuo.


Leia também: Partes 1, 2, 3 e 4

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NOTA : VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV


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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Além da escuridão - Star Trek


Sinopse: Quando a tripulação da Enterprise é chamada de volta para casa eles descobrem que uma força incontrolável de terror dentro da própria organização destruiu a frota e tudo o que ela significava deixando nosso mundo em estado de crise. Com questões pessoais a resolver Capitão Kirk lidera uma caçada ao homem que representa uma arma de destruição em massa localizado em uma zona de guerra. Enquanto nossos heróis se veem em um épico e mortal jogo de estratégia o amor será desafiado amizades serão desfeitas e sacrifícios serão feitos pela única família de Kirk: sua tripulação.

Um dos maiores charmes de Star Trek, tanto da série clássica, como também dos filmes que foram lançados nos anos 80, é que eles nunca se prendiam em um verdadeiro show de efeitos visuais, mas sim numa boa historia que fazia a gente se entreter e ter boas doses de reflexão. Não que a nova versão comandada por J.J. Abrams se entregue por completo em um turbilhão de efeitos especiais, mas às vezes parece que o cineasta está preocupado caso o cinéfilo estiver se entediando na poltrona e é ai então que a ação corre solta. Bom exemplo é abertura, em que mais parece um ato final emocional onde tudo parece estar perdido para nossos heróis, para somente então todos se encontrarem sãos e salvos na nave.
Mas é interessante observar que Abrams parece querer fazer um filme para os dois públicos: para aqueles que querem curtir um show de luzes do começo ao fim, e para aqueles que procuram uma trama, que não só remete aos melhores momentos de toda a franquia, como também é uma carta de boas vindas para aqueles que nunca pisaram nesse universo. Portanto é de se tirar o chapéu para o cineasta, quando ele usar artifícios, formulas e idéias já vistas nos filmes anteriores e tornar tudo novo, mas ao mesmo tempo extremamente familiar para os velhos fãs. Esses últimos, por exemplo, irão se deleitar com as referencias aos montes que esse filme tem, com relação Á Ira de Khan, que até hoje é disparado o melhor filme de todo o cine serie e era questão de tempo, para que o cineasta retornasse aquela trama e trouxesse certos personagens que marcaram uma geração.
Certo, não precisa ser gênio para adivinhar o obvio: Khan, o grande vilão de toda saga de Star Trek realmente voltou nesta nova versão e interpretado com intensidade por Benedict Cumberbatch, onde ele consegue passar uma irá infinita no que fala e no que transmite em seus olhos, mas que ao mesmo tempo consegue passar um autocontrole e que nos faz até mesmo compreender suas ações terroristas, mesmo elas sendo tão erradas. Sendo assim, o que temos é uma trama que brinca com os destinos de todos os personagens, pois em outra realidade eles já haviam se confrontado e novamente (mesmo numa versão alternativa) eles se chocam para se digladiarem novamente. Tanto Kirk como Spock se colocam em linha de fogo, testando as suas próprias condutas, lealdade e seus próprios destinos. Kirk por exemplo tem a chance de se redimir com o seu passado (o teste kobayashi maru diz algo?) e faz com o que seu destino e de Spock mudem, mas que ao mesmo tempo soa extremamente familiar para os velhos fãs.
Com um ato final cheio de ação, efeitos visuais e momentos imprevisíveis, Além da escuridão - Star Trek pode até desagradar aqueles que não estão procurando um verdadeiro show de luzes, mas não irá desapontar aqueles que buscam o calor humano dos personagens e que existe do começo ao fim da trama. Pois quando se é feito com amor, sempre se tem um bom gosto e Abrams não quer mudar esse tempero.

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Cine Especial: STAR TREK: Parte 4

Star Trek (2009) 

Sinopse: O embaixador Spock inadvertidamente retorna ao passado juntamente com um vingativo capitão romulano. O vilão busca uma violenta e genocida vingança contra o vulcano e a Federação. Cabe a um eclético grupo de novatos tripulantes do recém-inaugurada Enterprise a tarefa quase impossível de impedi-lo.
  
Quando em 1966 Star Trek (ou Jornada nas Estrelas pára os mais velhos) estreou na TV ninguém imaginava o que aconteceria. A historia das viagens espaciais da USS Enterprise com uma mistura de diversas raças incluindo alienígenas na tripulação foi uma idéia ousada e a frente a época, principalmente em uma época em que o mundo vivia em paranóia e que todos os países eram desconfiados um dos outros.
Com três temporadas a serie logo foi cancelada para desespero dos fanáticos fieis que acompanhavam a serie, contudo os anos se passaram, houve reprises e surpreendentemente o sucesso era sempre alcançado com bons índices de audiência fazendo a serie um verdadeiro cult em que os fãs se reunião assistiam juntos e discutiam cada episodio. Passaram se os anos, e Star Trek gerou dez e filmes para o cinema e inúmeras series derivadas como a Nova Geração, contudo depois do ultimo capitulo da serie para o cinema, parecia que Star Trek havia se tornado uma idéia esgotada. Mas coube um certo gênio da televisão J,J Abrams, responsável pela mania LOST colocar a cine serie nos trilhos novamente só que desta vez voltando a historia ao passado, numa época que nunca havia sido explorada.
Com isso vemos os primeiros anos dos dois principais personagens da cine serie, Kirk (o estreante e competente Chris Pine) e Spock (vivido espetacularmente por Zachary Quinto da série Heroes). O filme começa soberbo com o nascimento de Kirk, ao mesmo tempo em que testemunhamos a morte de seu pai numa missão de uma das naves da federação. É neste ponto que esta a chave do sucesso genuíno do filme, pois além de mostrar origem dos personagens ao mesmo tempo algo de diferente acontece, isso devido à chegada do vilão romulano Nero (Eric Bana), vindo do futuro que acaba mudando drasticamente a historia dos personagens. Com isso Kirk cresce sem o pai e se torna um tanto que rebelde mas ao mesmo tempo em busca de algo mais. Já Spock vive dividido em sua herança Vulcana e sua descendência humana (sua mãe é humana vivida pela sumida Winona Ryde). Com isso ele vive dividido entre a lógica e a emoção humana que ele tenta controlar.
Tanto Kirk como Spock são dois homens completamente diferentes que se detestam mas o seus destinos são de ficarem juntos como amigos e parceiros, para que a historia, já afetada, siga o seu curso novamente, algo que o próprio velho Spock vindo do futuro (novamente interpretado pelo mestre Leonardo Nimoy) explica ao jovem Kirk, numa participação pequena mas fundamental para enlaçar esse filme com as séries anteriores e os filmes para o cinema. Ao mesmo tempo o publico em geral que vai assistir o filme não precisara acompanhar tudo o que já foi feito de Star Trek pois além de reiniciar a historia, a trama da entender que tudo o que foi mostrado até agora pode ter sido profundamente afetado, devido as viagens do tempo tanto do velho Spock como também de Nero, algo ousado que afetara profundamente os mais fanáticos mas que não irá ofender em nada, pois J.J Abrans sabe que se meteu num vespeiro, mas que pode explorá-lo.
Scotty (Simon Pegg), Sulu (Jhon Cho), Chekov (Anton Yelchin), Dr Leonard Mccoy (Karl Urban) e Uhura (Zoe Saldana), todos eles, o elenco secundário cumprem muito bem seus papeis e não devem em nada seus velhos antecessores  especialmente Simon Pegg (Todo Mundo Quase Morto) que faz Scotty, impagável.
Apesar de ser um filme mais para lado cerebral, não faltam cenas de ação espetaculares que não devem em nada a outros filmes de ficção como Star Wars, uma trilha sonora envolvente que alguns momentos nos lembra a série clássica e por fim a película amarra não somente todas as franquias que essa mitologia gerou, como também convida o outro lado do publico que jamais colocou os olhos em Star Trek. Sendo um verdadeiro reboot e que algo esta funcionando e muito atualmente no cinema (vide Batman) Star Trek é prova fundamental que certas idéias mesmo que desgastadas no passado podem sim ser reaproveitadas e dar uma nova luz a idéia. Com isso somente desejo vida longa e prospera a esse novo recomeço e que sejamos brindados com novas idéias a serem exploradas neste grande universo de Star Trek.


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terça-feira, 18 de junho de 2013

Cine Especial: V DE VINGANÇA


"Um homem pode morrer, lutar, falhar, até mesmo ser esquecido, mas sua idéia pode modificar o mundo mesmo tendo passado 400 anos."

“EU SOU UMA IDÉIA E IDEIAS SÃO FEITAS A PROVA DE BALAS”

 V de vingança
  
Sinopse: Em uma Inglaterra do futuro, onde está em vigor um regime totalitário, vive Evey Hammond (Natalie Portman). Ela é salva de uma situação de vida ou morte por um homem mascarado, conhecido apenas pelo codinome V (Hugo Weaving), que é extremamente carismático e habilidoso na arte do combate e da destruição. Ao convocar seus compatriotas a se rebelar contra a tirania e a opressão do governo inglês, V provoca uma verdadeira revolução. Enquanto Evey tenta saber mais sobre o passado de V, ela termina por descobrir quem é e seu papel no plano de seu salvador para trazer liberdade e justiça ao país.
  
Marcando a estreia do australiano James McTeigue na direção, após ter auxiliado o trabalho dos irmãos Wachowski (trilogia Matrix), agora produtores e roteiristas, V de Vingança (V for Vendetta, Alemanha/EUA, 2005) é a adaptação para os cinemas da HQ dos renomados autores Alan Moore e David Lloyd. Lembrando muito o clássico 1984, de George Orwell, o filme constrói um Reino Unido tomado por um Partido autoritário, cujo poder tem como conseqüência um controle intenso sobre a população. No entanto, um misterioso – e sobretudo poético – personagem mascarado, conhecido por V (Hugo Weaving), confronta o partido e transmite uma mensagem a toda a nação: dentro de um ano, a situação vai mudar, quando o mesmo planeja destruir o edifício do Parlamento Britânica.
Quando a funcionária de um meio de comunicação Evey Hammond (Natalie Portman), salva por V em um dado momento, resolve ajudá-lo, torna-se um meio termo entre cúmplice e refém. Dessa forma, os membros do Partido, liderados por Adam Sutler (John Hurt), o Chanceler, tentam capturá-la como forma de obter informações do mascarado. No entanto, V, motivado por uma vingança de um passado sofrido por conta do Partido, esconde muitos segredos e pretende levar seu plano até o final. Embora de temática forte e bastante política, V de Vingança possui uma leveza beirando à ingenuidade. O enigmático protagonista, que possui um gosto pela erudição e é incrivelmente habilidoso no combate, encanta o espectador pela sua desafiadora mensagem de esperança. Em 1984, o protagonista também arma contra o Partido, mas é incomparavelmente menos imponente.
Desse modo, mesclando falas otimistas, poéticas e ao mesmo tempo contundentes, V investe no seu objetivo e parece ter tudo muito bem planejado. Paralelamente, Evey, apesar de contribuir um pouco, torna-se uma grande aprendiz – mesmo a contragosto – dos valores pregados por V. Há relação desses valores com a anarquia. Não por acaso, o símbolo adotado por V é desta letra envolta por um círculo, na cor vermelha. De cabeça para baixo, é o ícone anarquista.A cena em que Evey é levada a uma prisão e tem contato com bilhetes escritos por uma moça que foi detida por ser homossexual, é uma das mais bonitas do filme e ilustra bem a luta que se prega pela justiça, liberdade individual e igualdade de direitos. Nessas esferas, o filme expande seu significado.
O lado culto que o filme evoca é uma constante. V, por exemplo, executa demolições de prédios imaginando-se como regente de uma orquestra (detalhe: nas suas bombas, há vários fogos de artifício, que dão um ar de festa). Outro personagem, companheiro de Evey, cozinha ao som de bossa nova.Uma boa produção, que conta com ótimas cenas de ação, misturada com um roteiro interessante que traz uma história envolvente, uma vez que V corre atrás dos “cobrões” do Partido, além de toda a poesia, resultam no sucesso do filme. De V de Vingança podemos concluir que os governos autoritários podem até obter controle político e ideológico, mas nunca vão calar as idéias e a voz dos dissidentes.


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