"Graças ao senhor, a minha infância foi mais rica e imaginativa. Os seus filmes eu assistia, numa sessão da tarde de qualidade jaz esquecida, rendendo para mim tardes inesquecíveis e que jamais esquecerei. Descanse em paz grande gênio dos efeitos visuais".
Quem sou eu

- Marcelo Castro Moraes
- Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
- Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
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quarta-feira, 8 de maio de 2013
LUTO: RAY HARRYHAUSEN: 20 DE JUNHO DE 1920 / 07 DE MAIO DE 2013

terça-feira, 7 de maio de 2013
Cine Especial: François Truffaut : O Homem que Amava o Cinema: Parte 2
Nos dias 18 e 19 de maio, eu
estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema,
criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da
Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não
chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse
diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento
Nouvelle Vague.
Jules
e Jim - Uma Mulher para Dois
Sinopse: Na Paris do
início do século 20, os amigos Jules e Jim se apaixonam pela mesma mulher,
Catherine. Ela, porém, ama Jules, com quem se casa. Depois da Primeira Guerra
Mundial, quando o trio se reencontra na Alemanha, Catherine se apaixona por
Jim. O filme mostra como esse triângulo de amor e amizade evolui ao longo dos
anos.
Se muitos na época consideravam
Jean Luc Goldard como o cineasta mais inovador, François Truffaut foi o mais
querido. Dono de uma personalidade que transmitia simpatia, ele nos brindou com
obras humanas, que fala de sentimentos, relacionamentos, alegria nas pequenas
coisas, e que talvez com esses elementos, tenha ajudado a ganhar o carinho do
publico. Com essas formulas, Truffaut criou aqui uma obra curiosa sobre
relacionamentos humanos, que foi baseada na obra autobiográfica de Henri-Pierre
Roché, que Truffaut comprou num sebo anos antes: foi amor à primeira vista quando
leu a historia, que chamava de “perfeito hino ao amor e, talvez á vida.
Ao lado de Os Incompreendidos, esse talvez
seja a maior obra prima de François Truffaut. Aqui ele cria um triangulo
amoroso inusitado (a frente da sua época), que criara situações de proporções
arrasadoras, em meio a uma fotografia primorosa e cenas inesquecíveis (a cena
do trio correndo juntos é inesquecível).
Henri Serre, Oskar Werner e Jeanne Moreau fazem seus papeis como se
fossem os últimos de suas vidas e Moreau é a que mais se sobressai, numa
interpretação completa e intensa. Uma
das musicas temas do filme foi cantada pela própria atriz, numa determinada
cena e se tornou clássica.
Jules e Jim é uma comemoração
sobre o amor, sinceridade vinda de humanos verdadeiros e que faz um contraste dos
nossos tempos atuais em que certos valores parecem instintos. Se muitos
quiserem embarcar no cinema francês comece por esse então, pois anos mais
tarde, o filme serviu até mesmo de base para a criação de outros filmes
posteriormente, como o filme Três Formas de Amar, dos anos 90 e até mesmo
inspirou outras mídias, como a HQ Estranhos no Paraíso.

Cine Dica: Fantaspoa 2013: O Gabinete do Dr Caligari em nova versão
Um dos melhores
representantes do expressionismo alemão será exibido no Fantaspoa, numa copia restaurada,
rara e será musicada ao vivo pelo pianista alemão Marian Lux. Esse restauro,
explicam os organizadores, foi possível combinando trechos do filme garimpados
em diferentes acervos. O filme será
exibido hoje, às 21h15min no instituto Goethe (rua 24 de outubro, 112) e o
valor da entrada é R$ 6.00.
O Gabinete do Dr
Caligari
Sinopse: Hipnotizado
pelo maléfico Dr Caligari, sonâmbulo vai assassinando diversas pessoas, até se
rebelar quando lhe é exigido que mate bela jovem.
Em certa ocasião Tim Burton
disse uma vez que se inspirava e muito no diretor Ed Wood nas suas criações,
mas pelo visto, a filmografia de Wood não foi sua única inspiração. Assistindo
recentemente O Gabinete do Dr. Caligari (dirigido por Robert Wiene), percebo
vários elementos visuais que sempre estiveram nos filmes de Burton. Pegue o
filme Batman: O Retorno como maior exemplo: o Pingüim (Dany Devito) na visão de
Burton era idêntico a Caligari. Marco do expressionismo alemão fascina até hoje
pelos criativos cenários e pela brilhante iluminação, que remetem o filme a um
belíssimo clima surrealista que não deve nada ao salvador Dali. Trazendo ainda
um desfecho fabuloso e surreal, O Gabinete do Dr. Caligari talvez tenha sido
uma das obras mais influentes de todos os tempos: é fácil assistir o filme e
pensar o quanto dele é tomado como referência, não só em obras feitas na época
depois dele, como até hoje (o desfecho deve ter sido assistido inúmeras vezes
por David Lynch, por exemplo). Merece ser revisto, relembrado, ou, descoberto
pelos novos cinéfilos de hoje.
Programação completa: http://www.fantaspoa.com.br/2013/

Cine Dica: Mostra de Curtas Universitários na Sala P. F. Gastal
SALA P. F. GASTAL
RECEBE MOSTRA DE CURTAS UNIVERSITÁRIOS
Nos dias 7 e 8 de
maio, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) recebe a programação
da 1ª Mostra Universitária de Curtas, a MOUC. Serão exibidos 17 curtas
(selecionados entre mais de 40 trabalhos inscritos), distribuídos em dois
programas, no horário das 19h, com entrada franca.
O projeto da mostra
foi criado e desenvolvido pela estudante de Publicidade e Propaganda da UFRGS,
Juliana Balhego, para abrir um espaço para a divulgação de curtas-metragens. A
MOUC tem como objetivo integrar estudantes produtores de audiovisual e
interessados em cinema. A ideia partiu da vivência pessoal de quem cursa
Comunicação e tem que produzir pequenos filmes para as disciplinas da
universidade. Para isso, a Mostra selecionou apenas produções que foram feitas
como exercício ou atividade prática durante alguma disciplina, trabalhos
normalmente realizados em grupo e exibidos apenas em sala de aula e na internet.
A meta é estimular a produção audiovisual e levar essas obras para a tela do
cinema, para que o trabalho e a dedicação dos estudantes possa chegar até um
público maior.
A 1ª Mostra
Universitária de Curtas inclui produções realizadas por estudantes de diversas
universidades de Porto Alegre e região metropolitana. Os títulos estão assim
distribuídos:
PROGRAMA 1 (7 de
maio, 19h)
Alice na Cama, de
Fernando Bassani
Na Lata, de Daniel
Camargo e Gabriela Martins
Sem Créditos no
Final, de Eduardo Dall’Agnol
Um Conto à Deriva, de
Germano de Oliveira
A Entrevista, de
Lucas Cunha
O Cão, de Abel Roland
e Emiliano Cunha
O Pertencente, de
Gabriel Faccini
Lesão Treinando &
O Filhote de Cachorro Selvagem, de Tiago Rezende
Como Ser um Grande
Escritor, de Guilherne Petry
PROGRAMA 2 (8 de
maio, 19h)
O Matador de Bagé, de
Felipe Iesbick
Operação P: A
Proposta, de Sedenir Medeiros Junior
Rocco, de Filipe
Matzembacher
Marcelo e Alice, de
Elissa Brito
Quem é Rogério
Carlos?, de Pedro Bughay
Rua da Liberdade, de
Leandro Dias Engelke
Depois da Pele, de
Márcio Reolon e Samuel Telles
Floresta Negra, de
Anderson Meinen
No dia 9 de maio, às 19h30, a Sala P. F.
Gastal exibe o documentário Teresa Poester – 10.357 Metros em Linha, de Niura
Borges, e a partir de sexta-feira, dia 10 de maio, o cinema da Usina do
Gasômetro recebe uma mostra de filmes relacionados à literatura, dentro da
programação da 6ª Festipoa Literária (aguarde divulgação específica de ambas as
programações).
Mais informações e horários
das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

segunda-feira, 6 de maio de 2013
Cine Especial: François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema: Parte 1
Nos dias 18 e 19 de
maio, eu estarei participando do curso François
Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela
coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por
aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que
foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague.
OS INCOMPREENDIDOS
Sinopse: Antoine
Doinel é um garoto de 14 anos. Seus pais não lhe dão muita atenção, então ele
mata aula para ir ao cinema e sair com seus amigos. Certo dia, ele descobre que
sua mãe tem um amante, mas isso é apenas o principio para inúmeras mudanças que
o jovem experimentaria dali em diante.
Numa época (final dos
anos 50) em que o cinema Francês estava cada vez mais sendo feito por pessoas
mais velhas e que não tinha nenhuma sintonia com a juventude daquele período,
coube um grupo de jovens críticos de cinema (de uma revista intitulada
L’Express), para injetar novo sangue para a sétima arte daquele país, mas que
ao mesmo tempo fortalecia o termo “cinema de autor”. Assim nasceu o movimento
Nouvelle Vague, que é referenciado até hoje, como um dos momentos mais
importantes do cinema mundial e que influenciou o surgimento de outros
movimentos pelo globo, como o nosso "Cinema Novo" e a "Nova Hollywood" do cinema
americano. Desse grupo que gerou essa
onda, meu favorito sempre será François Truffaut, que diferente de seus colegas
(como o gênio Jean Luc Godard) não queria fazer um cinema que apenas dizia
sobre o que acontecia na França daquela época, como também queria falar um
pouco de si próprio e do seu amor pelo cinema, em uma filmografia autoral e
muito simpática.
Em sua estréia como
diretor, Truffaut cria em Os Incompreendidos (o que muitos consideram) uma
espécie de reconstituição de sua infância difícil, onde beirava entre a rebeldia
e a busca (mesmo que escondida) por uma redenção. Agora se o personagem Antoine
era um retrato genuíno ou não de sua juventude, isso é o que menos importa, já
que o importante é o fato do diretor ter se encarregado de criar inúmeras
passagens de cenas inesquecíveis: a seqüência onde o jovem protagonista está
caminhando e depois correndo para a praia, está entre as melhores cenas da
historia do cinema. Isso sem contar a cena anterior do brinquedo do parque de
diversões, onde faz inúmeras voltas, fazendo uma representação, não somente o
estado de espírito do protagonista, como também um prenuncio de uma mudança de
360º graus que o cinema Francês experimentaria dali em diante.
Mas essa não seria a ultima
vez que veríamos o personagem Antoine, já que o filme fez tanto sucesso, que
acabou gerando inúmeras continuações, com ele já crescido e com o mesmo ator,
Jean-Pierre Léaud, que se tornaria figura bem conhecida na filmografia, tanto
de Truffaut, como de Jean Luc Godard.

Cine Dica: IX Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre
IX Festival de Cinema Fantástico de
Porto Alegre
EM CARTAZ NO CINEBANCÁRIOS DE 3 A 19
DE MAIO
Ingressos para todas as sessões: R$
6,00
O CineBancários exibe, de 3 a 19 de
maio, a nona edição do FANTASPOA. A programação oficial do evento contará com
mais de 150 obras, sendo 99 longas-metragens, que advêm de 42 diferentes
países. As quatro mostras competitivas do Fantaspoa (Apocalipse Zumbi,
Panorama, Ibero-Americana e Competição Internacional) – que se concentram em
exibir as obras produzidas no mundo nos últimos três anos – apresentarão 65
filmes em 2013.
Desses, 48 estarão em première
latino-americana no Fantaspoa; 11 em première nacional; e um em première
mundial. Além disso, a mostra não-competitiva Especiais exibirá dois filmes
brasileiros em première mundial. Dessa forma, o evento demonstra ser eficaz no
atendimento de uma de suas principais funções como festival de cinema: servir
de janela de exibição para obras de inegável valor artístico e cultural que
dificilmente conseguiriam ser exibidas ao grande público nas salas de cinema
tradicionais.
O Fantaspoa realizará 173 sessões,
sendo 33 delas comentadas pelos diretores, produtores e/ ou demais membros
envolvidos nas produções apresentadas. Serão mais de 50 convidados – dentre
esses, 35 estrangeiros – que virão a Porto Alegre apresentar seu trabalho e
conversar com o público.
MOSTRA Profondo Giallo, por Priscila
Poletti e Diego Bertoldi
Paralelamente, o Espaço de Arte da
Casa dos Bancários recebe a exposição fotográfica Profondo Giallo, dos artistas
Priscila Poletti e Diego Bertoldi.
A mostra se concentra em retratar
cenas do cinema de terror italiano no seu auge, anos setenta e oitenta.
Diretores como Mario Bava, Dario Argento e Lucio Fulci, tiveram uma
contribuição vital para o desenvolvimento cinematográfico desse gênero. Bava
foi o precursor de dois famosos subgêneros dentro do cinema de horror, o
slasher e o giallo. Mas foi Dario Argento que conseguiu alcançar o sucesso
através dos elementos visuais característicos do giallo: as cores saturadas e
mortes violentas garantiram o seu reconhecimento no cinema. Lucio Fulci por sua
vez, ganhou notoriedade pelo subgênero gore, ao dirigir filmes como Zombie
Flesh Eaters (1979) e City of the Living Dead (1980).
A escolha do tema e dos três diretores
do cinema de terror reflete o gosto pessoal dos autores e acompanha a
expectativa de apresentar alguns dos elementos cinematográficos utilizados
pelos cineastas através de fotografias.
Programação completa: http://www.fantaspoa.com.br/2013/

domingo, 5 de maio de 2013
Cine Especial: Zé do Caixão: 50 anos de terror: Extra
No final do curso sobre José Mojica
Marins, peguei todo mundo desprevenido, ao inventar em tirar uma foto de todos
nos juntos, homenageando nosso querido cineasta e rogando uma praga para
aqueles que não participaram da atividade. Como sempre, foi um ótimo curso, em que Primati não só nos
fez compreender melhor sobre quem é Mojica como pessoa, como também nos fez
conhecer um pouco mais sobre a situação de ontem e hoje do nosso cinema
brasileiro que sempre vive de altos e baixos.
Para encerrar, confiram um simpático curta
de animação, narrado por um Zé do Caixão animado e que foi exibido no final da
atividade.
Leia também: tudo sobre Zé do Caixão: 50anos de terror.

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