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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

COMO SE VER UM FILME 2 - OS GÊNEROS: Parte 3

Nos dias 26 e 27 de Maio, participarei do curso Como Se Ver Um Filme 2 – Gêneros, criado pelo CENA UM  e ministrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui falarei sobre qual é o melhor (em minha opinião) filme de cada gênero. 

MELHOR SUSPENSE: PSICOSE (1960)

Sinopse: Secretária (Janet Leigh) rouba 40 mil dólares para se casar. Durante a fuga, erra o caminho e chega em um velho motel, onde é amavelmente atendida pelo dono (Anthony Perkins), mas escuta a voz da mãe do rapaz, dizendo, que não deseja a presença de uma estranha. Mas o que ouve é na verdade algo tão bizarro, que ela não poderia imaginar que não viveria para ver o dia seguinte.

Um dos filmes mais famosos do mestre de suspense, em que o soberbo domínio da técnica cinematográfica faz esquecer eventuais imperfeições do argumento e do roteiro. Os pontos altos são a fotografia em preto e branco de Jhon L Russell e a trilha sonora de Bernard Herrmano, o planejamento visual de Saul Bass, especialmente na cena do chuveiro e o desempenho de Perkins o melhor da sua carreira. Baseado no romance de Robert Bloch, teve duas seqüências produzidas para o cinema e uma para a tv.

Leia também: Especial Alfred Hitchcock 

MELHOR TERROR: O EXORCISTA(1973)

Sinopse: Em Georgetown, Washington, uma atriz vai gradativamente tomando consciência que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento completamente assustador. Deste modo, ela pede ajuda a um padre, que também um psiquiatra, e este chegam à conclusão de que a garota está possuída pelo demônio. Ele solicita então a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina desta terrível possessão.

A narrativa simples apóia-se nos efeitos visuais e sonoros que tornam explicitas as cenas de possessão demoníaca. De tão copiada, a formula hoje em dia parece um tanto envelhecida, mas é um marco do cinema de horror. Baseado no romance de Willian Peter Blatty, que ganhou o  Oscar de melhor roteiro.



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quarta-feira, 23 de maio de 2012

COMO SE VER UM FILME 2 - OS GÊNEROS: Parte 2


Nos dias 26 e 27 de Maio, participarei do curso Como Se Ver Um Filme 2 – Gêneros, criado pelo CENA UM  e ministrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui falarei sobre qual é o melhor (em minha opinião) filme de cada gênero. 

 MELHOR COMÉDIA: 
O PROFESSOR ALOPRADO (1963)

Sinopse: Um professor feio e desajeitado (Jerry Lewis) é ridicularizado por diversas pessoas, mas só após ele ser humilhado pelo treinador na frente de sua turma e de uma bela estudante é que ele decide criar uma poção que o transforma em um indivíduo atraente. Mas como os efeitos não são permanentes, ele se vê metidos em situações complicadas quando sua real aparência toma conta do seu corpo.
Não, não, não.

Não me refiro à versão de 1996, na qual o protagonista é o Eddie Murphy, e sim me refiro a obra prima da comedia que foi dirigido, protagonizado e co-produzido por Jerry Lewis. Infelizmente a geração mais nova se lembra somente da versão de 1996, o que é uma pena, já que a de 1963 é anos luz de distância bem melhor. Jerry Lewis foi um ator que se beneficiou do seu talento de caretas e trejeitos originais impagáveis, e assim como nosso mestre Chaplin, deu uma de dirigir e atuar ao mesmo tempo. O resultado desse processo foi uma grande obra prima que ele criou por volta de 1963.
O professor Aloprado conta a historia do professor Julius Kelp (Lewis) é um professor universitário nerdy, trapalhão, tímido, introvertido e sem vida social. Freqüentemente ele é ameaçado de demissão da universidade, por continuamente destruir o laboratório com suas experiências. Depois de ser humilhado por alguns alunos, o professor resolve testar em si mesmo uma fórmula que o transformará numa pessoa completamente diferente. A fórmula é aparentemente um sucesso e a universidade vê surgir uma nova pessoa, que  é elegante, charmosa, inteligente, bem falante, com dons de cantor e pianista. É o misterioso Buddy Love, a versão transformada e secreta do professor Kelp.
Com a transformação, o professor enfim, consegue atrair a atenção da sua amada aluna Stella Purdy. Mas, quando tudo parece correr bem para o Professor Kelp, as confusões recomeçam devido às interrupções bruscas dos efeitos da fórmula. Inspirado claramente no clássico O Médico e o Monstro, O professor Aloprado entrou fácil na lista dentre os melhores filmes de comedia de todos os tempos. Lewis simplesmente se entregou de corpo e alma num personagem que simplesmente se divide em dois, fazendo Buddy Love e o professor pessoas completamente diferentes, que só isso, já é um grande feito. De um lado temos um professor feio e inseguro de si, do outro temos um cara bonito e mais seguro, tanto que as pessoas se sentem impressionadas com a sua segurança quando se aproxima. Mas fora a sua interpretação, Lewis se sai soberbo também na direção, usando e abusando da câmera. Com maestria na direção, ele faz cenas inesquecíveis, sendo minha parte favorita, foi quando após a primeira transformação ele vai comprar roupas, só que em vez de focar ele, a câmera foca a reação das pessoas quando vê ele. A pergunta que fica no ar é se a experiência foi bem sucedida, ou se foi um fracasso, pois pelos rostos espantados das pessoas da o entender que é a segunda opção, mas quando ele abre a porta da festa e todos olham para ele, finalmente a câmera o focaliza, e há então um verdadeiro choque, a experiência foi realmente um sucesso, não só deixando ele bonito, mas seguro de si o tempo todo, fazendo de um verdadeiro maioral.
No geral, O Professor Aloprado como toda boa historia nos traz uma mensagem que sai da própria boca do personagem que é, se você não gostar de você mesmo, como espera que os outros gostem de você?
Essa foi uma grande mensagem que Lewis nos entrega no clímax do filme, e por mais clichê que seja que a verdadeira beleza está no interior das pessoas, aqui funciona de uma maneira bem humorada e delicada. Para aqueles que conhecem somente a versão de 1996, Professor Aloprado de 1963 é um filme a ser descoberto pelas novas platéias, principalmente para aqueles que não agüentam mais curtir comedias fáceis escrachadas e que ofendem a inteligência do espectador. Professor Aloprado não ofende e lhe rende gargalhadas de verdade.

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terça-feira, 22 de maio de 2012

NOTA: EM BREVE, NO MEU BLOG.....


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COMO SE VER UM FILME 2 - OS GÊNEROS: Parte 1


Nos dias 26 e 27 de Maio, participarei do curso Como Se Ver Um Filme 2 – Gêneros, criado pelo CENA UM  e ministrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui falarei sobre qual é o melhor (em minha opinião) filme de cada gênero.  

      MELHOR DRAMA:
          UMA RUA CHAMADA PECADO (1951)
  
Sinopse: Blanche DuBois, uma mulher frágil e neurótica (Vivien Leigh), vai visitar sua irmã grávida (Kim Hunter), em Nova Orleans, em busca de um lugar que possa chamar de seu, já que, após seduzir um jovem de 17 anos, ela foi expulsa da sua cidade natal no Mississipi. Sua chegada afetará fortemente a vida da sua irmã, do seu cunhado e a sua própria vida.


Vivien Leigh ficou até certo tempo da vida sendo lembrada como a protagonista de O Vento Levou, mas foi em 1951 que ela provou que não deixaria a historia do cinema sendo lembrada com apenas um filme. Uma Rua Chamada Pecado foi rodado em 1951 pelo diretor Elia Kazan. Curiosamente, ele havia dirigido a mesma historia, varias vezes no teatro, e é por isso que existe a sensação de se estar assistindo uma peça  filmada.
Na época de seu lançamento, o filme (apesar do grande sucesso), foi criticado, por mostrar a degradação da família norte americana, ou seja, foi o primeiro filme a tirar do armário a realidade que estava acontecendo naquele tempo. O personagem Stanley Kowaiski, interpretado magistralmente por Marlon Brando, é um homem rude, insensível, que não exista em esmagar a moral da pessoa e viciado em noitadas e jogos com os amigos. Enquanto isso tem uma esposa frágil que passa boa parte do casamento sendo dominada.
Esse foi o primeiro grande sucesso da carreira de Marlon Brando, que a partir daí, se tornaria símbolo de personagem desajustado. Kim Hunter interpreta com competência a “esposa vitima” do marido, que curiosamente, essa atriz acabou sendo mais lembrada depois pela sua personagem Zira em O Planeta dos Macacos, mas por mais marcante que foi aquele filme de ficção, eu prefiro pensar que o papel da sua vida foi mesmo neste filme, principalmente pelos momentos finais da película onde ela, cansada de tudo aquilo, resolve virar a mesa, sendo uma das primeiras mulheres do cinema a declarar independência às mulheres, mesmo que não sendo dito, mas sim sugestivamente.
Mas a grande alma do filme é realmente Vivien Leigh. Sua personagem quando se apresenta em cena, já demonstra ser uma pessoa que enfrenta seus demônios interiores, querendo segurar das maneiras mais possíveis os desejos que sente principalmente a certa atração sugestiva que tem com o cunhado, mas essa atração irá lhe custar caro, em um dos grandes clímax da película, onde ficamos nos perguntado o que realmente aconteceu.
Curiosamente, quando foi lançado na época, o filme teve três minutos de cenas cortadas devido a censura na época. Com o DVD nacional, foi mostrado mais cenas sugestivas, sendo que ai  esta a graça do filme. Ele é forte, mas tudo o que acontece na trama é tudo sugestivo o que torna ainda mais precioso.
Uma Rua Chamada Pecado sempre figura entre os melhores filmes de todos os tempos, por sempre ser atual e nunca envelhecer. Filme indispensável para os amantes de cinema.

Premiações:
Ganhou 4 Oscars: Melhor Atriz (Vivien Leigh), Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Hunter), Melhor Ator Coadjuvante (Karl Malden) e Melhor Direção de Arte. Recebeu ainda outras 8 indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Marlon Brando), Melhor Fotografia em Preto e Branco, Melhor Figurino em Preto e Branco, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som e Melhor Roteiro
Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Hunter).
Ganhou o Prêmio do Júri e o prêmio de Melhor Atriz (Vivien Leigh), no Festival de Veneza.

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cine Especial: Michelangelo Antonioni em Quatro Atos: EXTRA



Se encerrou ontem, o curso Michelangelo Antonioni em Quatro Atos, ministrado  pelo entendedor do assunto Henrique Marcusso. Durante dois dias, Marcusso simplesmente dissecou cada imagem dos quatro filmes e explicando os seus significados. Já outros eu que participaram da atividade, não ficamos muito atrás e demos as nossas opiniões, pois esses quatro filmes de Antonioni podem gerar inúmeros debates, onde cada um deles irá possuir um significado diferente.
Impressionado pela nossa participação, Marcusso enviou para cada um de nos, uma mensagem agradecendo e elogiando a nossa participação. E como eu gostei muito da maneira que ele liderou essa atividade, divido as palavras dele com vocês:        

Queridos,
Foi um imenso prazer conhecer vcs e sua bela cidade. Senti-me em casa, muito bem acolhido.
Espero que eu tenha contribuído para uma apreciação mais sensível de um autor tão importante na história do cinema.

Vcs foram maravilhosos, mergulhando fundo em questões tão complexas. Ajudaram-me bastante.
Obrigado! Se ainda quiserem comentar, discutir algo sobre os filmes fiquem à vontade.

Agradeço especialmente ao Jorge pela oportunidade e todo apoio. Este projeto de cursos de cinema da Cena Um é um privilégio. Parabéns! Se morasse em POA, também iria sempre. Aproveitem!!!

Se vierem a Sampa, me avisem para combinarmos algo, um café ou uma pizza heheheh...
Envio em anexo 2 fichas complementares: o elenco e a equipe da tetralogia. espero q consigam abrir.

Grande abraço...
Saudades!!!

As atividades do CENA UM é isso. Não só sabermos mais sobre cinema, mas fazermos novas amizades, que  compreendem o que nos cinéfilos curtimos. Será sempre bem vindo Henrique.  

Reveja os posts dos filmes A Aventura, A Noite, Eclipse e Deserto Vermelho

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domingo, 20 de maio de 2012

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Leia minha critica já publicada clicando aqui

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Cine Especial: VIII Edição Fantaspoa: CENTOPÉIA HUMANA 1 E 2



CENTOPÉIA HUMANA


Sinopse: Duas lindas meninas americanas estão em uma viagem pela Europa. Na Alemanha, elas acabam sozinhas à noite com um carro quebrado no mato. Eles procuram por ajuda e encontram uma moradia isolada. No dia seguinte, elas acordam aprisionadas no porão da casa, uma clínica improvisada assustadora, junto com um japonês. Um homem mais velho alemão identifica-se como um cirurgião aposentado especializado na separação de gêmeos siameses.No entanto os seus três “pacientes” não estão prestes a serem separados, mas unidos em uma operação horrível. Ele pretende ser a primeira pessoa a ligar as pessoas através do seu sistema gastrico, a sua fantasia doente de criar “a centopéia humana”.

Polemico do inicio ao fim, o filme de Tom Six é a típica historia de cientista louco, com o intuito de realizar o seu sonho macabro em criar algo único, mas diferente dos clássicos filmes da Universal, a coisa é muito mais bizarra do que parece. Quando o filme foi exibido no Fantaspoa de 2010, a produção já era conhecida pela sua polemica, e como já diz o ditado, “falem mal, mas falem de mim”. Foi justamente devido às pessoas que ouviram a trama bizarra, é que acabaram indo ao cinema assistir, e o que acabou fazendo do filme se tornar cultuado, mas de uma forma precipitada.
De inovador, a trama não tem muito a oferecer, principalmente que de cara, mostra os clichês básicos dos filmes de terror (garotas viajando, se perdem na floresta e acabam sendo acolhidas pelo cientista louco), onde esta bem escancarando, que o ambiente em que as protagonistas ficam não eram para estar. Após o vilão revelar suas reais intenções, começa uma sub-trama meio que desnecessária, das garotas tentarem fugir, e como todos sabem (antes de verem o filme), que isso de nada adiantara e que culminara com a terrível realização da criação centopéia em seguida.
O filme daria para ser feito como um curta metragem, mas devido ao enchimento da linguiça na trama, criou se um longa, que por sua vez gerou o bate boca de quem assistiu, acabou despertando a curiosidade de outras pessoas e deu no que deu. Se a proposta era para chocar, a mim, por exemplo, não me chocou muito, e não será somente por chocar que tornara um filme indispensável. E se era, para fazer uma critica aos nazistas (o cientista louco é alemão), já temos Os Meninos do Brasil!


CENTOPÉIA HUMANA 2
  
Sinopse: homem que se torna sexualmente obcecado pelo DVD do primeiro filme e imagina colocar a ideia da centopeia humana em prática.

Com certeza o diretor Tom Six deve ter ouvido muitas criticas do seu filme anterior, principalmente de psicólogos dizendo que seu filme seria perigoso para mentes fracas. Com isso em mente, ele cria uma trama que é exatamente isso, ao retratar o personagem Martin como uma pessoa perturbada, obcecada sexualmente pela idéia bizarra do filme anterior, que ele por sua vez tanto assistiu em seu trabalho, numa garagem de um prédio. A premissa até que é original, em mostrar o filme dentro de um filme, e o clima claustrofóbico aumenta, graças a fotografia em preto e branco, que por vezes lembra o clássico Eraserhead de David Lynch.
Mas o que começa como uma premissa interessante acaba descambando para o explicito, quando Martin, gradualmente vai seqüestrando suas vitimas na garagem do prédio, para nas escondidas de um deposito, criar uma centopéia humana com doze pessoas. Apartir daí, o filme é puro terror explicito graficamente, onde o único intuito, é mostrar a degradação, tanto de Martin, como de suas vitimas em meio a situação bizarra e asquerosa, com direito de fezes e sangue serem jogados na tela sem excitar.Começa melhor que o filme original, mas acaba se perdendo no caminho de uma forma bem pior.
A pergunta que fica é o que Tom Six irá inventar para tentar se superar num inevitável terceiro filme? Aja estomago forte!

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