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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cine Especial: Ingmar Bergman: Trilogia DA VIOLÊNCIA

A HORA DO LOBO
 Leia mais sobre o filme no especial Ingmar Bergman: Parte 4 clicando aqui



Vergonha
Sinopse: Para fugir da guerra, um casal de violinistas vive isolado numa ilha. Essa existência idílica acaba quando a casa deles é invadida por um grupo de soldados. Agora, eles terão de se defrontar com as misérias, a destruição e os horrores da guerra.
De uma forma simples, sem muitos recursos, Bergman cria sua visão sobre a guerra, não importando em que parte do mundo ela aconteça, ela sempre mostrara o lado mais sombrio do ser humano. O filme é surpreendente ao mostrar o casal central (Liv Ullmann e Max von Sydow, ótimo como sempre) nos seus respectivos papeis e suas características e que vão, ambos aos poucos, mudando gradualmente, devido os efeitos devastadores da guerra iminente. O filme é uma analise do comportamento humano perante o horror e também uma espécie de retrato da  guerra interna do ser humano, que acaba por vezes se perdendo no meio do percurso. O filme é uma espécie de segunda parte da trilogia Da Violência que o diretor começou em A Hora do Lobo e terminou com A Paixão de Ana. Apesar de Gostar bastante do primeiro, devo reconhecer que essa segunda parte vai muito mais longe, principalmente pelo fato de uma certa suspeita ser levantada durante o filme, mas que curiosamente é respondida no terceiro filme.


A PAIXÃO DE ANA
Sinopse: Andreas, um homem que sofre pelo fim de um recente casamento e por seu isolamento emocional, fica amigo de um casal que também passa por um momento delicado. É então que ele conhece Anna, que está superando uma tragédia que ocorreu com sua família. Andreas e Anna iniciam um relacionamento, porém para ambos é difícil esquecer o que aconteceu anteriormente em suas vidas. Enquanto isso, a comunidade em que vivem está aterrorizada por vários animais que estão sendo encontrados brutalmente assassinados.
Encerrando sua visão particular sobre a violência, tanto interna como externa do ser humano, A Paixão de Ana é um filme mais contido dos três, mas não menos chocante, ao mostrar o que acontece quando simples gestos são responsáveis por nos levar a um caminho, por vezes, sem volta. Andreas (Max von Sydow) ao ter sua vida pacata  mudada, apartir de um encontro com Ana (Liv Ullmann, extraordinária) o filme entra num território sobre os desejos internos do ser humano e seu desejo em satisfizer certas coisas, mesmo que com elas, despertem situações desagradáveis e que acabam por descascar camada por camada da personalidade humana.
Apesar de serem historias diferentes, pode-se dizer que A Paixão de Ana é uma continuação de Vergonha, pelo fato que a personagem Ana, em determinada parte do filme, começa a ser assombrada por estranhos pesadelos, e quando Bergman nos apresenta uma seqüência de um desses sonhos, somos surpreendidos com uma seqüência de cenas que é na realidade uma continuação direta do final do filme anterior. Ou seja, Vergonha era uma historia dentro dos sonhos de Ana, que talvez representasse sua dor interna, mesmo que os fatos que ocorreram nestes determinados sonhos (ou seja, do filme anterior) não tenha nada haver com sua dor externa que sente.
Assim como em seus filmes anteriores (como Persona) que por vezes deixam mais perguntas no ar do que respostas, Bergman novamente surpreende, na sua forma de contar historias, de uma maneira diferente e única.


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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CINE ESPECIAL: ALFRED HITCHCOCK: Parte 6

Nos dias 16 a 19 de novembro, estarei participando do curso, criado pelo CENA UM, intitulado “A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme desse diretor, que não é somente o mestre do suspense, mas um dos melhores diretores de todos os tempos.
Onde está Alfred Hitchcock?
Quando Hitchcock fazia seus filmes, tratava-os de uma maior seriedade possível, para então nascer dali um grande filme. Mas nem por isso ele deixava de se divertir durante as filmagens, tanto, que uma de suas brincadeiras, na qual todo mundo adorou, foi de sempre participar como figurante em seus filmes. Com isso, o publico ia ao cinema, para além de assistir uma ótima historia, para também ver aonde Hitchcock iria aparecer. Abaixo, solto suas melhores aparições em seus filmes.

Lifeboat (1944) 
Mostrando a barriguinha no antes e depois, mas que na realidade, nunca houve o depois.


Frenesi (1972)
De chapéu preto "a lá Chaplin"


Cortina Rasgada (1966) 
Mostrando o seu lado paternal


Pássaros (1963)
Imprevisivel. Em vez dos pássaros em si, ele preferiu comprar cachorros na loja


Psicose (1960)
Meio escondido ai, por isso levou algum tempo para achar ele na sua obra prima


Um corpo que cai (1958)
Já ai esta bem a vista, e pelo visto, bem atrazado  


O homem que sabia demais (1956)
Aqui ele quiz complicar, mas da para ver que é ele do lado direito com terno sinza

Ladrão de casaca (1955)
Cary Grant só faltava perguntar para ele...Se não devia estar atrás da câmera?


Janela indiscreta (1954)
Hitchicock, apresenta para ele a Senhora Coração Solitário lá embaixo de uma vez  


Notorious (1946) 
Isso se explica a origem de sua barriga



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NOTA: EM BREVE...

Só pela imagem abaixo, alguém advinha quais serão os próximos especiais no meu blog?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

CINE ESPECIAL: ALFRED HITCHCOCK: Parte 5

Nos dias 16 a 19 de novembro, estarei participando do curso, criado pelo CENA UM, intitulado “A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme desse diretor, que não é somente o mestre do suspense, mas um dos melhores diretores de todos os tempos.

ALFRED HITCHCOCK COM JOAN FONTAINE


Rebecca: A Mulher Inesquecível
Sinopse: Uma jovem de origem humilde (Joan Fontaine) se casa com um riquíssimo nobre inglês (Laurence Olivier), que ainda vive atormentado por lembranças de sua falecida esposa. Após o casamento e já morando na mansão do marido, ela vai gradativamente descobrindo surpreendentes segredos sobre o passado dele.
Primeiro grande sucesso de Alfred Hitchcock nos EUA em 1940 (e único da sua carreira a ganhar Oscar de melhor filme) explora os significados das verdades e mentiras através das sombras do passado. Um dos maiores méritos desse filme seja pelo fato da protagonista nunca aparecer de fato. Rebecca está morta, mas o restante dos personagens trama, vivem para o bem e para o mau sobre sua sombra. Até o final da projeção fica a pergunta quem foi realmente essa mulher?
Joan Fontaine e Laurence Olivier esbanjam talento a todo o momento, mas é Judith Anderson que consegue criar uma das mais assustadoras vilãs da historia do cinema interpretando Sra. Danvers empregada de Rebecca no passado.

Curiosidades: Em suas clássicas aparições, o diretor Alfred Hitchcock surge no filme de Rebecca na rua, perto de uma cabine telefônica, aos 126 minutos de filme. Durante o período de testes para a intérprete da Sra. de Winter, Laurence Olivier fez pressão para que a escolhida fosse sua namorada Vivien Leigh. Como Leigh terminou não sendo contratada, Olivier passou a tratar friamente Joan Fontaine, a escolhida para o papel. Percebendo a frustração de Fontaine com o tratamento recebido por Olivier e sabendo que era exatamente aquele sentimento que ela deveria passar à sua personagem, Hitchcock ordenou que todos nos sets de filmagens fizessem com que ela ficasse tímida e deslocada durante as filmagens, de forma a ajudá-la em sua performance em Rebecca, A Mulher Inesquecível.


SUSPEITA

Sinopse:  A socialite Lina McLaidlaw está apaixonada. Ela suspeita que Johnnie Aysgarth, o playboy que entrou na sua vida e casou com ela, é um assassino - e que ela poderá ser sua próxima vítima.
Suspeita de Alfred Hitchcock, combina, de maneira inteligente, romance, mistério e uma incrível atmosfera (como um estranho e incandescente copo de leite, efeito possível graças a uma lâmpada acesa colocada dentro do vidro). Joan Fontaine vive a vulnerável e neurótica Lina, depois de ser aclamada por seu trabalho em Rebecca, também de Hitchcock, numa incrível desempenho que lhe rendeu o Oscar e o Prêmio de Melhor Atriz segundo o New York Film Critics Award, em 1941. Vivendo um papel bem diferente do seu estilo, Cary Grant interpreta Johnnie, um trapaceiro e charmoso esbanjador. Mas seria ele também um assassino? Como um copo que pode ou não conter veneno, as palavras e atos de Johnnie podem ou não ser bem ameaçadores.

Curiosidades: Alfred Hitchcock originalmente queria Johnnie como o culpado, mas o estúdio achou que o público não aceitaria Cary Grant como um assassino. Alfred Hitchcock parece no filme enviando uma carta no posto dos correios da cidade.



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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Stake Land - Anoitecer Violento

Sinopse: Uma terrível epidemia de vampiros avança e os humanos precisam correr para salvarem-se das feras. Cidades foram tomadas e os sobreviventes se reúnem em grupos na área rural, temendo o cair da noite. Quando uma família inteira é massacrada, o jovem Martin é acolhido por um caçador, que vive em busca dos mortos-vivos. Os dois seguem procurando por um lugar melhor para viver, enquanto vão deixando, pelo caminho, os corpos dos vampiros que cruzam com a dupla. Os dois encontram novos companheiros de jornada como uma freira, em plena crise de fé, e vão precisar encarar desafios inesperados, como o líder de uma seita que vê, na epidemia de vampiros, uma resposta dos céus.

Alguns culpam a saga Crepúsculo em desvirtuar completamente o que é um vampiro de verdade. É bem da verdade que isso não deixa de ter certo fundamento, pois como ficam os vampiros malvados que nos sempre curtíamos antigamente? Essa geração nova só ficara com vampiro bonzinho e romântico na cabeça e sem poder conhecer o lado mais forte e clássico dos vampiros de antigamente como os da Hammer? Felizmente, se por um lado esses vampiros que brilham no sol, desvirtua a mitolgia clássica dos vampiros, por outro, serve de uma bela descupa, para  renasce novas idéias, para a criação de novas historias onde se pode se explorar e deitar e rolar com a mitologia vampiresca. Com isso, surgiram 2019: O ano da Extinção, o Sueco Deixe ela Entrar (e sua boa refilmagem americana) a serie true blood e agora Anoitecer Violento, que passou no ultimo festival de Fantaspoa, onde recebeu bastante elogios dos cinéfilos, e que agora chega as locadoras.
Misturando elementos do já citado 2019, com Eu Sou A Lenda e filmes de zumbis como Extermino, filme acompanha a jornada do anti-herói e caçador de vampiros Mister (Nick Damici) e de seu pupilo Martin (Connor Paolo) em uma jornada pelas cidades americanas devastadas pelo apocalipse imposto pelos vampiros que surgiram devido a uma possível praga. É bem da verdade que já vimos filmes parecidos como esse, mas nunca até agora inventaram vampiros desse tipo, que parecem mais um cruzamento com zumbis de filmes como do já citado Extermínio e de Madrugada dos Mortos, e com isso, se tornam muito mais perigosos e horripilantes. A trama aproveita para também explorar o lado sombrio do ser humano perante o caos, sendo que muitos mantêm o bom senso, outros se entregam a loucura e a religiões malucas, e isso é muito bem retratado em um líder de uma seita, em que vê a epidemia de vampiros, como uma resposta vinda de Deus. Com isso, a dupla de protagonistas (mais alguns sobreviventes) lutam no dia a dia em meio ao caos, tentando achar um pouco de conforto e felicidade, em meio ao fim do mundo.
Um ótimo filme e uma prova que pode sim ser feitos filmes de vampiros, para um publico mais a fim de curtir assistindo vampiros sanguinários e mortíferos cromo de antigamente.




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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CINE ESPECIAL: ALFRED HITCHCOCK: Parte 4

Nos dias 16 a 19 de novembro, estarei participando do curso, criado pelo CENA UM, intitulado “A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme desse diretor, que não é somente o mestre do suspense, mas um dos melhores diretores de todos os tempos.


ALFRED HITCHCOCK COM INGRID BERGMAN

Quando Fala o Coração
Sinopse: A dra. Constance Petersen (Ingrid Bergman) trabalha como psicóloga em uma clínica para doentes mentais. O local está prestes a mudar de direção, com a substituição do dr. Alexander Brulov (Michael Chekhov) pelo dr. Edward (Gregory Peck). Ao chegar o dr. Edwards surpreende os médicos locais pela sua jovialidade e também por seu estranho comportamento. Logo Constance descobre que ele é na verdade um impostor, que perdeu a memória e não sabe quem é nem o que aconteceu com o verdadeiro dr. Edwards.
Delirante alegoria que teve a preciosa colaboração de Salvador Dalí nas cenas de sonho. Há uma arrepiante cena de violencia contra um garoto durante uma cena de flashibak. Trilha sonora envolvente de Miklos Roza, premiado com um Oscar.

Curiosidades: O diretor Alfred Hitchcock aparece em cena aos 40 minutos, ao sair do elevador do Empire Hotel. Ele está carregando um violino e fumando um cigarro.
A sequência do sonho foi criada por Salvador Dali, que foi convidado a participar do filme por Alfred Hitchcock. O diretor, que era admirador de seu trabalho, acreditava que Dali seria o único que poderia criar uma imagem de sonho que inicialmente seria incompreensível ao público, para depois ser explicada através da psicanálise.

INTERLÚDIO
Sinopse: Um agente do governo (Cary Grant) estadunidense chantageia a filha de um nazista (Ingrid Bergman), para forçá-la a espionar um agente alemão que mora no Rio de Janeiro.
Com a linguagem cinematográfica ainda moderna, Hitchock concilia tensão e romantismo de maneira peculiar e expressiva, embora algumas situações do roteiro de Bem Hecht tenham envelhecido dramaticamente. Marcantes desempenhos de Claude Rains e principalmente de Bergman que oferece uma provocante sensualidade, ousada para os padrões da época.

Curiosidades: Em Interlúdio tradicional aparição do diretor Alfred Hitchcock surge com aproximadamente uma hora de filme, em meio à festa realizada na mansão de Alexander Sebastian.
Em muitas das cenas em que contracenou com Ingrid Bergman, o ator Claude Raines estava sobre um caixote, para dar a impressão que ele era bem mais alto que a atriz.


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Cine Curiosidade: O QUE EU AINDA NÃO SABIA DE BERGMAN?


Terminou neste domingo o curso sobre Ingmar Bergman, criado pelo CENA UM e administrado pelo entendedor de Bergman, Jorge Roldán. Primeiramente, devo dizer que o curso (mesmo curto) foi ótimo, pois tocou em assuntos que eu mesmo desconhecia sobre o diretor sueco, como no caso de sua infância difícil e de ele sempre ter tido medo da morte. Esses problemas durante a vida acabou por, não só servir de base para a criação de suas principais obras, como também por exorcizar seus medos pessoais. Com isso, Bergman não deixou que seus problemas internos lhe prejudicassem, e seguiu fazendo obras primas até os seus últimos ano de vida.
De legado, deixou filmes que são maiores que a vida, onde cada um deles, poderia se criar um livro, como no caso das misteriosas cenas de Persona, ou da estranha interligação que ele criou entre Vergonha e Paixão de Ana, onde se podem tirar inúmeras interpretações, e que acabou se tornando um dos principais pontos de interroganção no curso, onde cada um tinha a sua interpretação (em breve, abordarei mais sobre esses dois filmes por aqui). O curso também serviu para realizar um pequeno desejo, (pessoal) de ver na tela grande, o belo rosto de Liv Ullmann o grande xodó de Bergman em seus filmes, que atualmente, é bem difícil imaginar a filmografia dele, sem a presença magnética dessa bela e grande atriz.
 E para terminar, fiquei perplexo sobre o poder que Bergman tinha dentro da TV Sueca, com seus tele filmes e mini series. Eu já tinha visto Retratos de um Casamento e sabia de todas as suas qualidades, mas foi só ver uma única cena do tele-filme criado por ele, A Flauta Mágica, que tive a absoluta certeza, que as limitações impostas pela TV não eram problema para Bergman, para criar um verdadeiro espetáculo de imagem e interpretação. Uma pena que nos não temos um Bergman para injetar um pouco de inteligência nessas novelas da Globo, que são uns verdadeiros nós na vida.
Finalizo dizendo, que espero poder retornar novamente ao universo de Bergman e conhecer as inúmeras camadas desconhecidas, seja da sua vida, seja de suas obras.


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