Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: O filme conta a história de uma Terra infestada de alienígenas no ano de 2065. Os humanos vivem em “cidades barreira”, todos numa tentativa de livrar o planeta dos Phantoms (que significa Fantasmas), uma misteriosa raça alienígena. A única esperança vem da cientista Aki Ross e de seu mentor, Dr. Sid, que tem um plano de destruir os Phantoms sem causar danos ao planeta, mas um general chamado Hein está determinado à usar o canhão espacial “Zeus” para destruir os Phantoms - mesmo que isso cause danos à Terra no processo.
Vendo Planeta dos Macacos: A Origem que é a ultima palavra na criação de efeitos visuais, me fez me lembrar desse pequeno classico da ficção que estreou a exatos dez anos, que bem que tentou, mas não conseguiu ser revolucionário. O filme é uma versão alterada do famoso jogo de video game que é um dos mais famosos e premiados do mundo, abdica de atores e é inteiramente protagonizado por personagens virtuais. Foi uma opção ousada de Sakaguchi, co-diretor do filme e criador da patente. O aspecto visual da produção era impressionante e agradava em cheio os fãs de ficção cientifica. Mas se a evolução tecnica na reconstituição de detalhes humanos como cabelo e textura de pele, são fatos consumados, é inevitavel verificar a frieza do “elenco”. Por mais fantasiosa que seja a trama, falta calor humano que promova identificação com oespectador. Sem muito interesse no que acontece na tela, o publico cai no enfado. É claro que isso tudo acontece justamente devido a falta de vida nos protagonistas e uma das principais causas disso é o fato dos olhos virtuais não passarem vida nenhuma para o espectador dando a nitida impressão de corpos sem vida andando na tela. Problemas como esse que se extendeu em outros filmes como O Expresso Polar, mesmo com atores servindo de modelo para que depois fosse incrementado o visual digital. Pelo visto, a Weta Digital conseguiu um equilibrio com relação a esse problema apartir deAvatar e agora Planeta dos Macacos.
Na versão original de Final Fantasy, as vocês são de astros conhecidos como Alec Baldwin, Donald Sutherland e James Woods.
Curiosidades: Quase 4 anos foram gastos na pesquisa, no desenvolvimento e na criação de Final Fantasy. O orçamento de Final Fantasy foi de US$ 137 milhões.
Ao longo dos anos, O Planeta dos Macacos já recebeu inúmeras homenagens e sátiras muito bem humoradas, mas acredito que dentre todas, o episódio dos Simpsons (Planet Of the Apes) está entre as melhores, confira:
Sinopse: A arrogância do Homem deflagra uma cadeia de acontecimentos que leva os símios a ter um outro tipo de inteligência e a desafiar nosso posto de espécie dominante no planeta. Caesar o primeiro símio inteligente é traído pelos humanos e se revolta passando a liderar a incrível corrida de sua espécie rumo à liberdade e ao inevitável confronto com o Homem.
Uma nova visão de uma obra prima do cinema. Um diretor praticamente estreante. Fãs do filme original na maioria contra a uma nova versão. Somando dois mais dois, muitos esperaram pelo pior nesta nova versão do clássico O Planeta dos Macacos, filme que marcou em 1968 e até hoje impressiona por não ter envelhecido e criar as mais diversas reflexões na mente das pessoas. Mas num ano que Fox provou que fez a lição de casa (vide X-Men: Primeira Classe) eles decidiram apresentar uma nova historia totalmente fresca, mas que ao mesmo tempo possui um forte vinculo com os filmes anteriores da cine série (principalmente a Conquista Do Planeta dos Macacos). Dirigido pelo praticamente estreante Rupert Wyatt, acompanhamos o cientista Will Rodman (Franco) que desenvolveu um vírus que poderá curar o mal de Alzheimer – doença que afeta seu pai, o músico Charles (Lithgow). Durante os testes com uma macaca, Olhos Brilhantes, porém, Will percebe que o tratamento aumenta a inteligência da cobaia, que passa esta característica ao filhote Cesar antes de ser morta no laboratório. A fim de evitar que o chimpanzé seja sacrificado, o cientista adota-o, percebendo, com o tempo, que suas habilidades cognitivas continuam a crescer de uma forma fantástica, até que um confronto com um vizinho tira o animal de suas mãos e leva Cesar a abandonar a docilidade habitual.
O inicio do filme retrata muito bem o conflito que o personagem James Franco passa ao tentar de todos os meios achar uma cura para o seu pai (o fantástico John Lithgow do limite da Realidade) mesmo que acabe não pensando nas conseqüências e uma delas é próprio Cesar que é magistralmente interpretado pelo ótimo Andy Serkis e com o seu visual de macaco fantasticamente criado pela Weta que dentre outras coisas criou os efeitos de Avatar. Talvez o grande trunfo na criação dos movimentos e expressão do personagem Cesar esteja pelo fato de que pela primeira vez assistimos o verdadeiro casamento de interpretação e técnica visual posta nas telas, porque já assistimos a muitos personagens digitais no cinema que visualmente parecem perfeitos, mas caiam na armadilha dos olhos sem vida, que sempre incomodou a maioria dos cinéfilos.
Desta vez sentimos vida a cada gesto e cada expressão que Cesar passa na tela de uma forma assombrosa que da a nítida impressão que realmente estamos vendo um macaco super inteligente na tela, mas aonde se separa a técnica (efeito capture) e a interpretação de Serkis? A meu ver um não vive sem o outro para se criar algo perfeito como foi visto nesta produção, mas desde o principio da historia da sétima arte, uma produção sempre irá funcionar desde que ela tenha uma ótima historia e um ótimo elenco que passe suas melhores interpretações e mesmo com todos os efeitos especiais do mundo a cargo de se criar uma historia, jamais ela irá substituir o calor humano, e Andy Serkis é uma prova disso, tanto, que não me surpreenderia se a academia do Oscar fosse dar uma indicação para ele. Impossível? Nem tanto, porque é o ator que está ali e passando todos os sentimentos possíveis que o personagem sente então não custa imaginar os efeitos especiais que cobrem o ator como uma mera roupa (não custa tentar membros da academia).
Mas a gloria não fica somente para Serkis, sendo que a historia ajuda e é muito bem construída em focar gradualmente a transformação de Cesar, de um simples macaco para um líder dos símios. É simplesmente tocante em vermos a interação dele com os outros macacos normais, que se a principio o tratam com certa hostilidade, aos poucos eles o respeitam principalmente pelo fato que o próprio provocou isso graças ao seu intelecto superior em saber trapacear e criar uma revolta perante os humanos hostis (hostilidade muito bem representada pelo jovem ator Tom Felton da cine serie Harry Potter). E quando a coisa tende a melhorar, ela fica cada vez mais fantástica quando todos os macacos que desejam a liberdade, liderados pelo protagonista, decidem escapar e enfrentar os humanos, onde o conflito se estende até a ponte Golden Gate numa seqüência de eventos espetaculares e desde já uma das melhores cenas de ação do ano.
Por fim, Planeta dos Macacos: A Origem não possui a mesma carga e potencial de se criar inúmeras teorias e reflexões que nem o filme original criou, mas como eu disse no inicio do texto, é uma trama fresca, inteligente e que respeita acima de tudo os fãs da cine serie original, seja em pequenas referencias espalhadas em todo o filme, seja por possuir a mesma mensagem de alerta (embora atualizada) sobre o perigo que nos mesmos podemos criar contra nos tudo apartir das melhores das intenções. E a cena final durante os créditos (e que da uma deixa para uma eventual seqüência) é um belo exemplo disso. Mais atual impossível.
Sinopse: Javier Bardem é Uxbal, um herói trágico, pai de dois filhos, e à beira da morte. Ele luta contra uma realidade distorcida e um destino que trabalha contra ele, o impedindo de perdoar e amar. Está frente a frente com um mundo desestruturado e numa espiral decadente de degradação, mas tenta a todo custo manter a dignidade. Paralelamente, a história mostra a complexa situação dos imigrantes na Espanha.
Novamente Javier Bardem brilha neste papel que lhe rendeu o premio de melhor ator em Cannes. Em sua estréia como diretor, o roteirista Guillermo Arriaça (21 Gramas e Babel) novamente explora elementos já explorados em filmes anteriores e ao mesmo tempo entra no terreno sobrenatural mas nada exagerado, levando mais para o lado pé no chão neste tipo de assunto. A historia vai mais para o lado das formas em que o protagonista tenta driblar as dificuldades em sustentar os seus filhos e ter que agüentar o lado instável de sua esposa (os melhores momentos do filme)
Assim como em filmes recentes como Rio Congelado, a trama aproveita também para explorar o lado obscuro dos imigrantes ilegais que acaba por se tornando um trafico humano. Assuntos como esse delicado, mas muito bem desenvolvidos, assim como também quando o personagem começa a sentir os sintomas do seu câncer terminal. Inúmeros assuntos em um único filme que poderia um tanto que atrapalhar no desenvolvimento, mas levando-se em conta por ser o primeiro filme dirigido Arriaça, ate que se saiu bem e que pode melhorar em uma próxima produção.
E ai macacada. Espero que todos tenham curtido os especiais da cine sériePlaneta dos Macacos como uma espécie de aperitivo para o que irá encontrar no cinema, sendo que essa nova versão do clássico de 1968 está se tornando um dos maiores sucessos de critica do ano. Também temos a reestréia ilustre de O Rei Leão agora em 3D. Se a moda pega, de pegar clássicos e serem convertidos para serem assistidos no cinema, quem dera se os estúdios começassem a pegar clássicos comoBen-Hur, O Vento Levou, Blade Runnere tanto outros para se assistir neste formato, seria um sonho, mas teriam que tomar cuidado na hora de converte-los.
Confiram as estréias:
Planeta dos Macacos: A origem
Sinopse: A arrogância do Homem deflagra uma cadeia de acontecimentos que leva os símios a ter um outro tipo de inteligência e a desafiar nosso posto de espécie dominante no planeta. Caesar o primeiro símio inteligente é traído pelos humanos e se revolta passando a liderar a incrível corrida de sua espécie rumo à liberdade e ao inevitável confronto com o Homem.
O Rei Leão 3D
Sinopse: O Rei das bilheterias está de volta aos cinemas pela primeira vez em 3D A história conta as aventuras de Simba um filhote de leão que está ansioso para se tornar rei. O REI LEÃO é um clássico Disney que encanta os olhos e desperta a curiosidade para os ciclos da vida aos quais todos nós fazemos parte.
Amor a Toda Prova
Sinopse: O careta Cal Weaver (Steve Carell) tem quarenta e poucos anos e uma vida perfeita um bom emprego uma casa legal filhos ideais e um casamento com sua namorada do colégio. Mas quando Cal descobre que sua esposa Emily (Julianne Moore) o está traindo e quer o divórcio sua vida perfeita desaba rapidamente. E para piorar faz décadas que Cal não tem um encontro amoroso e ele é justamente a definição de alguém sem charme.
Esses amores
Sinopse: Esses Amores conta a história de Ilva: nascida na primeira metade do século XX. Uma mulher moderna à frente de seu tempo que vive intensamente suas paixões sem deixar que as regras sociais ou as dificuldades a impeçam de sonhar. Ilva é uma romântica heroína que encarna toda coragem e as contradições de uma mulher livre.
Reino dos Felinos
Sinopse: A Disneynature dá vida ao Rei Leão em sua mais recente aventura da vida selvagem Reino dos Felinos que conta as fantásticas histórias de duas famílias: os reis da savana africana e os felinos mais velozes do mundo. O filme captura o amor o humor e a determinação dos verdadeiros e majestosos felinos.
A missão do Gerente de Recursos Humanos
Sinopse: No filme A Missão do Gerente de Recursos Humanos (The Human Resources Manager), o gerente de RH da maior padaria de Israel está enrascado. A publicação de um artigo pode difamar a empresa na qual trabalha e destruir a reputação da padaria. Ele, então, se propõe a trabalhar para impedir a publicação e não permitir que tudo se transforme em caos.
Com a chegada de Planeta dos Macacos: A Origem, que foi sucesso de publico e critica nos EUA, aproveito aqui para relembrar os primeiros filmes dessa serie de ficção científica que conquistou inúmeras pessoas de todo o mundo desde o final dos anos 60.
A Batalha do Planeta dos Macacos
Sinopse: Quinto e último filme da série de ficção científica Planeta dos Macacos. Roddy McDowall está novamente na pele de Cesar, o macaco que liderou a rebelião de seus semelhantes contra os humanos opressores no filme anterior. Alguns anos no futuro, os humanos praticamente destruiram a Terra numa guerra nuclear e os sobreviventes são cidadãos marginais numa sociedade já dominada por macacos. Caesar é o líder e prega uma coexistência pacífica com os humanos, mas existem símios que pensam diferente e querem uma guerra. Ao mesmo tempo, os humanos que restaram se unem para tomar de volta a civilização, iniciando uma batalha entre humanos e algumas facções dos macacos.
Diferente do filme anterior, esse é o mais leve da série e que encerra de uma forma satisfatória toda a saga, mostrando os macacos e os humanos que restaram de uma guerra nuclear, unidos de uma forma pacifica. McDowall novamente interpreta o líder Cesar e encerrando um circulo que começou no primeiro filme ao interpretar o personagem Cornelios. Atualmente, muitos fãs da serie reconhecem que o grande segredo do sucesso dessa saga cinematográfica se deve a não somente ter tido boas historias, mas também por ter personagens carismáticos e interpretados com atores competentes (como Mcdowall) que atuaram como se fossem seus últimos papeis de suas carreiras.
Durante a produção desse filme, foi acertado que esse seria o ultimo da saga, mas a mania pelo mundo dos macacos falantes continuaria, numa serie de TV de 13 capítulos, numa serie de desenho animado. Isso fora uma serie de HQ e inúmeros brinquedos que foram lançados, após o grande sucesso de audiência que os filmes obtiveram quando foram exibidos para TV. Situação como essa que só se viria no final dos anos 70 com a chegada de Star Wars, mas como a historia conta, foram os macacos que chegaram primeiro.
Curiosidade: Roddy MacDowall e Natalie Trundy são os únicos atores a aparecerem em quatro dos cinco filmes da série. Roddy MacDowell apenas não esteve em De Volta ao Planeta dos Macacos (1970), enquanto que Natalie Trundy não integrou o elenco de O Planeta dos Macacos (1968);
Planeta dos Macacos (2001)
Sinopse: Após sofrer um acidente na espaçonave em que estava, Leo Davidson (Mark Wahlberg) chega em um planeta estranho e primitivo, onde os humanos migalham por sua subsistência, são caçados e escravizados por primatas tiranos, que formam o poder local. Sem concordar com a opressão imposta à raça humana, Leo logo se torna uma séria ameaça ao status quo local e dá início à uma revolução social no planeta.
Alguns amam e outros odeiam essa versão comandada pelo genial diretor Tin Burton, mas se fomos analisarmos bem, poderia ter sido muito pior. Não se tornou pior simplesmente pelo fato de Burton não ter tido a intenção de fazer uma refilmagem do clássico (que considerava uma missão impossível), mas sim fazer uma visão pessoal sobre á historia e com isso escapou de entrar numa fria. Ao criar sua visão própria, Burton também se afastou um pouco das questões que o filme original tanto destacava como religião e discriminação, mas elas estão todas lá, mas de uma forma mais amenizada, concentrando-se mais no conflito entre os humanos e macacos. É neste ponto que se tem o melhor e o pior desse filme. De melhor (do lado dos macacos) temos a interpretação extraordinária de Tim Roth (Cães de Aluguel), onde exala o mais puro ódio contra os humanos e com seus trejeitos de macaco impressionantes que fazem o ator simplesmente desaparecer, e não somente pela incrível maquiagem, mas por ter se entregado ao personagem de tal forma que até hoje não perdôo a academia por não ter dado uma indicação ao Oscar para ele. Por outro lado, temos o lado ruim da produção que é justamente o protagonista interpretado pelo sem expressão (pelo menos neste filme) Mark Wahlberg. Vindo de sucessos como Boogie Nights e Três Reis na época, Mark é bom ator quando quer, mas neste filme, quando deveria demonstrar certo empenho, ele entra e sai da trama sempre com a mesma expressão vazia e nada convincente. Nem mesmo quando ele encara pela primeira vez os macacos falantes, Mark não faz muito esforço perante algo até então impossível de existir.
Tirando esse deslize, assim como no original, Burton também reservou um final surpresa, que se por um lado não superou o final impressionante do filme de 68, pelo menos não faz feio e levantou inúmeras duvidas aos que assistiram e que acabou gerando debates que duraram por um bom tempo. Visto hoje, é um filme de Burton, com sua visão própria da historia, e se não foi um dos melhores de sua carreira, pelo menos serviu para impedir que outro diretor metido a esperto cometesse a heresia de fazer uma copia de cada cena do clássico. E por outro lado, serviu para o diretor conhecer sua cara metade que é Helena Bonham Carter.
Curiosidade: O ator Charlton Heston, que protagonizou O Planeta dos Macacos original, aparece neste filme fazendo uma pequena ponta, interpretando justamente um macaco velho e sábio;