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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 5 de julho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Indiana Jones e o Chamado do Destino'

Sinopse: O lendário herói arqueólogo está de volta neste aguardado capítulo final da icônica franquia, uma incrível e empolgante aventura cinematográfica. 

A trilogia "Indiana Jones" é apontava quase sempre como um dos melhores filmes de aventuras de todos os tempos. Isso se deve ao fato que a dupla Steven Spielberg e George Lucas terem feito os três filmes de acordo com a sua formação cinéfila, já que ambos cresceram assistindo as antigas matines onde determinado herói se metia em diversas enrascadas. Tudo isso embalado com velhas fórmulas de se fazer cinema e do qual sentimos um peso maior em cada uma delas. 

O mesmo não se pode dizer de "Indiana Jones - O Reino da Caveira de Cristal"(2008), que embora seja bem filmado por Spielberg ele se perdia por algumas ideias forçadas de George Lucas e pelo fato de usar abusar do CGI que envelheceu mal nos últimos anos. Parecia, portanto, difícil de imaginar que um dia veríamos novamente Indiana Jones nas telas, principalmente pelo fato de Harrison Ford estar em uma idade muito avançada. Mas eis que surge "Indiana Jones e o Chamado do Destino" (2023), filme que não somente supera o capítulo anterior como também dá um final mais digno para esse rico personagem.

Dirigido por James Mangold, que dirigiu o filme "Logan" (2017), o herói lendário, Indiana Jones, encontra-se em uma nova era, aproximando-se da aposentadoria. Ele luta para se encaixar em um mundo que parece tê-lo superado. Mas quando as garras de um mal muito familiar retornam na forma de um antigo rival, Indiana Jones deve colocar seu chapéu e pegar seu chicote mais uma vez para garantir que um antigo e poderoso artefato não caia nas mãos erradas. Mas, desta vez, ele tem o sangue de uma nova geração para o ajudar nas suas descobertas e na sua luta contra o vilão Jürgen Voller (Mads Mikkelsen). Acompanhado de sua afilhada, Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), o arqueólogo corre contra o tempo para recuperar o item que pode mudar o curso da história.

O filme começa exatamente na fase dourada do personagem, onde vemos um Indiana Jones ainda jovem e tendo que enfrentar diverso nazistas na reta final da Segunda Guerra. Se o filme custa mais de duzentos milhões de dólares boa parte deste investimento foi investido para rejuvenescer Harrison Ford, pois o CGI aqui é tão perfeito que chega até mesmo superar o que foi visto em "O Irlandês" (2019) de Martin Scorsese. Porém, o filme não fica preso somente ao que foi visto no passado, pois a trama se passa em 1969 e, portanto, vemos um Indiana Jones envelhecido, sem muitas motivações para seguir em frente enquanto o mundo vai mudando vertiginosamente e se tornando cada mais perigoso diga-se de passagem.

De forma bem natural Harrison Ford se apresenta sem nenhuma maquiagem ou algo do gênero, mas destacando o fato que o aventureiro ali envelheceu e que cabe algo extraordinário que venha acontecer para que o faça convence-lo a voltar ativa. Isso acontece com a chegada de sua afilhada Helena e que é brilhantemente interpretada por Phoebe Waller-Bridge e cuja sua personagem não deve nada em termos de aventura se formos comparar ao protagonista. Aliás, é preciso destacar as cenas de ação em que a personagem de Bridge nos surpreende e fazendo a gente até pensar na possibilidade de um dia ela ter o seu próprio filme.

Porém, ela não é uma Indiana Jones de saia, sendo que ela está mais para uma espécie de Jack Sparrow, já que ela rouba relíquias para vender ao invés de entregá-las ao museu. Por conta disso temos o atrito de dois mundos diferentes, entre o homem já muito vivido perante uma jovem que é, por vezes, inconsequente, mas que aprenderá certos valores dos quais ela tentará preservar. Ao mesmo tempo, é superdivertido ambos juntos nas cenas de ação, principalmente aquela onde ocorre em Marrocos e para mim um dos melhores momentos do filme como um todo.

Logicamente o filme não deixará de trazer de volta em cena velhos conhecidos do protagonista como no caso de Sallah, novamente interpretado por John Rhys-Davies e também uma participação surpresa nos minutos finais do filme e que irá emocionar o público fã de carteirinha. Já Mads Mikkelsen como o cientista nazista que deseja obter a relíquia possivelmente criada por Arquimedes nos passa uma atuação econômica, da qual não é muito digna de nota, mesmo sendo o grande responsável pelo jogo de xadrez que colocou o protagonista e a sua afilhada. Verdade seja dita, suas motivações e o seu destino não são muito diferentes dos vilões anteriores, mesmo com uma dinâmica diferente.

Em tempos em que os filmes de ação e aventura andam se perdendo cada vez mais em CGI fracos e sem nenhum peso, esse novo capítulo do herói arqueólogo, ao menos, vem como certo refresco, já que James Mangold não abusa por demais da pirotecnia, mas sim elabora boas cenas de ação na medida certa e que não poluem a história. Embora o filme se estenda por demais o seu tempo ele jamais nos cansa, pois queremos saber qual será o verdadeiro destino de um dos personagens mais queridos do cinema fantástico. Ao final, contatamos que precisamos de personagens como Indiana Jones, mesmo quando ele já esteja na hora de ter que descansar, mas não significa que não possamos levar conosco tudo o que foi apreciado e ensinado nestes anos todos de boa aventura a moda antiga.

"Indiana Jones e o Chamado do Destino" é uma boa aventura do nosso querido Indiana Jones, mas que ao mesmo tempo nos ensina que todo o começo tem um fim, mesmo quando desejamos uma nova aventura para podermos desfrutar.   

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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Cine Especial: Revisitando 'Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida'

Sinopse: O arqueólogo Indiana Jones precisa encontrar a Arca da Aliança, uma relíquia bíblica que contém os dez mandamentos. Como o portador do artefato se torna invencível, os nazistas também vão fazer de tudo para adquirir esse precioso objeto. 

George Lucas e Steven Spielberg cresceram assistindo filmes de aventura, cuja as tramas se passavam no espaço ou em terra e onde sempre o mocinho salvava o dia. Ambos construíram as suas carreiras se inspirando no que eles assistiram e nos brindando com inúmeros clássicos. Aliás, ambos foram os que inauguraram o termo "filme Blockbuster" e cujo os filmes "Tubarão" (1975) "Star Wars - Uma Nova Esperança" (1977) mudaram a cara do cinema para sempre.

Essa dupla dinâmica cinematográfica dominaria o cinema de entretenimento durante quase toda a década de oitenta, sendo que na maioria dos casos Lucas seria o produtor enquanto Spielberg comandaria na direção. Conta a lenda que ambos estavam tomando um banho de sol na praia quando Spielberg falou para o Lucas o seu desejo de dirigir um filme sobre 007 algum dia. Lucas disse ao amigo que tinha uma coisa melhor, sobre um caçador de tesouros antigos e que enfrenta os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

A trama seria inspirada nas matinés que ambos assistiram quando eram mais jovens, ao mesmo tempo pegando elementos de HQ da era de ouro dessa arte. Spielberg topou abraçar o projeto do amigo e ambos embarcariam nas filmagens do filme que, novamente, mudaria o cinema para sempre. Nascia assim "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida" (1981).

A trama se passa em 1936, onde o arqueólogo Indiana Jones (Harrison Ford) é contratado para encontrar a Arca da Aliança, que segundo as escrituras bíblicas conteria "Os Dez Mandamentos" que Deus revelou a Moisés no Monte Horeb. Mas como a lenda diz que o exército que a possuir será invencível, Indiana Jones terá um adversário de peso na busca pela arca perdida: o próprio Adolf Hitler.

Olhando para trás fica muito difícil imaginar Indiana Jones não tendo o rosto de Harrison Ford, mas por pouco isso não ocorreu. Tom Selleck, conhecido na época pela série "Magnum" (1980), já estava participando das cenas testes para embarcar de cabeça no personagem. Porém, os produtores da série o proibiram e ele acabou deixando o projeto.

Coube a insistência de Spielberg em convencer Lucas em trazer novamente Harrison Ford. O diretor já havia dirigido o astro em "Star Wars" quando o mesmo deu vida ao personagem Han Solo. Depois de várias reuniões finalmente o trio fechou a aliança e Ford vestiu a jaqueta de couro e o chapéu que ficariam imortalizados para sempre na história do cinema. Abertura do filme é antológica, onde vemos o protagonista sempre de costas, mas quando Ford encara a câmera concluímos que ele nasceu para o personagem sem sombra de dúvida.

Tecnicamente o filme remete aos filmes de aventura de antigamente, onde tudo foi feito à mão, em uma época que nem se tinha a ideia da possibilidade de efeitos digitais. Isso deu mais verossimilhança para a trama, mesmo quando a magia do cinema extrapola quaisquer leis da física. Ford, aliás, é protagonista de muitas cenas perigosas, sendo que não me surpreenderia se ele não tenha ficado todo esfolado em determinadas tomadas.

Ação, por sua vez, é o carro chefe da obra como um todo, mas tudo feito de forma muito bem pensada e nada gratuita. Muitas cenas entraram para a história, desde o protagonista escapando de uma bola de pedra gigante ou tendo que resgatar a arca da aliança em uma cena espetacular de perseguição. Tudo moldado por momentos que transitam entre a tensão e várias pitadas de humor e que faz da sessão prazerosa e inesquecível.

Vale destacar os personagens coadjuvantes e que se tornam peças fundamentais para ação acontecer. Ao começar pela durona Marion, interpretada com intensidade pela atriz Karen Allen e se tornando o par perfeito do protagonista. E se por um lado temos o simpático aliado Sallah, interpretado por John Rhys-Davis, do outro, temos Mayor Toht: Membro da polícia secreta Nazista e interpretado de forma enigmática pelo ator Ronald Lacey.

É claro que de todas as partes técnicas do filme é na sua trilha sonora que se encontra no que é, talvez, o maior acerto da produção. Amigo de longa data de Spielberg, o compositor John Williams ganhou novamente a missão de criar uma trilha sonora que se tornaria sinônimo de aventura. Até mesmo a pessoa que jamais assistiu ao filme sabe que a trilha remete ao personagem Indiana Jones e somente Williams teve a capacidade de criar essa proeza.

O filme acabou recebendo várias indicações a prêmios, incluindo nove indicações ao Oscar e faturando quatro prêmios da academia. Logicamente, o filme obteve três continuações sendo elas "Indiana Jones e o Templo da Perdição"(1984), "Indiana Jones e a Última Cruzada"(1989) e "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" (2008). Curiosamente havia sido criado uma série retratando a juventude do personagem e intitulado "O Jovem Indiana Jones" (1992).

Enfim, quarenta anos já se passaram, mas "Indiana Jones - E os Caçadores da Arca Perdida" continua sendo um dos melhores filmes de aventura de todos os tempos.

Onde Assistir: Em DVD, Blu-ray e no Telecine. 

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