Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: UM FINAL DE SEMANA EM HYDE PARK


Sinopse: A história de amor entre Frankin D. Roosevelt (Bill Murray) e sua prima distante Margaret Stuckley (Laura Linney), centrada em um fim de semana de 1939, quando o rei George VI (Samuel West) e a rainha Elizabeth (Olivia Colman) do Reino Unido visitaram os Estados Unidos pela primeira vez na história, em missão oficial para pedir apoio contra as forças nazistas na iminente Segunda Guerra Mundial
  

Houve certo erro na tradução desse filme quando veio para cá: a trama não se passa no  parque de Londres, mas sim nos Estados Unidos, na casa de campo do então  presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt (Bill Murray,ótimo como sempre), em um fim de semana de 1939 ( no momento que a Segunda Guerra Mundial começou a ter inicio) em que o presidente recebe uma visita ilustre do Rei George VI (o mesmo rei gago de “O Discurso do Rei”, aqui interpretado com eficiência por Samuel West) e da Rainha Elizabeth (Olivia Colman, numa interpretação aquém do esperado), buscando aliados para enfrentar o exército alemão. Ao mesmo tempo, Franklin Roosevelt, que, quando não está na capital americana comandando, mora com uma mãe meio desequilibrada, vive um romance (?) com sua prima, Margaret Stuckley (Laura Linney ótima como sempre). O diretor Roger Michell quis dar a mesma importância para ambas as tramas, mas o resultado ficou abaixo do esperado e muita coisa poderia ser mais explorada, se não fosse a sua curta duração. Na realidade o filme se envereda mais para uma comedia sobre os costumes norte americanos, que por vezes choca a realeza inglesa, e rende alguns bons momentos (a passagem sobre o cachorro quente é hilária). O problema é que o filme se envereda para um drama romântico que fica devendo por não saber explorar direito no momento certo. Baseado em cartas escritas por Margaret, e encontradas embaixo de seu colchão após sua morte, aos 100 anos, Um Final de Semana em Hyde Parkpoderia ir muito mais além do que foi apresentado, mas vale mais para assistir ao Bill Murray interpretando um presidente histórico, num desempenho muito melhor, mais leve e solto, do que aquele visto por Daniel Day-Lewis em Lincoln.


Me sigam no facebook ewitter. 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Um Toque de Pecado


Sinopse: Na China dos dias contemporâneos, quatro pessoas de regiões e classes sociais muito distintas se cruzam. A história, descrita como um "road movie com cenas de ação", passa tanto pela barulhenta metrópole de Guangzhou quanto pela calma província rural de Shanxi.
  
Um olhar cru de um diretor chinês, que através de quatro histórias que ele cria, inspirada em fatos verídicos, sobre como é a China atual, assusta pelo fato daqueles acontecimentos não acontecerem somente lá, como também muito perto de nós. O sangue já jorra de uma forma inesperada, numa situação que poderia acabar de uma forma melhor, mas aqui é mostrada para retratar a reação do homem (ou mulher) perante a violência que não aceita mais tão facilmente, desencadeando então um lado obscuro da pessoa e que o leva ao caminho sem volta. Um retrato não somente da China atual, como também da própria civilização do século 21 infelizmente.  
Em pouco mais de duas horas, Jia Zhang-ke (Em Busca da Vida) retrata o dia a dia de quatro pessoas comuns, que embora se cruzem umas com as outras no decorrer da projeção, suas tramas trabalham independentemente uma da outra, mesmo com o fato da violência ser um assunto que tenham em comum. Assunto que este, vai da pessoa mais velha, para o jovem a recém começando com a vida, mas que não consegue administrar o descontrole de uma  sociedade, que embora tenha a faca e o queijo na mão para tudo ficar bem, não esconde o fato de não saber lidar com o despertar da besta do interior de um ser humano. O despertar esse que começa através das más ações de pessoas que acreditam que acham que podem fazer o que bem entenderem, mas que no fim, querendo ou não, sofrem as conseqüências.   
Acima de tudo, o filme é sobre a perda dos valores de um ser humano, desmoronamento da família contemporânea, o viver do dia a dia difícil, corrupção a torto e a direito, o lado cruel do ser humano contra animais indefesos, o valor abusivo do dinheiro na vida das pessoas que a transformam em seres como pedra e o nascimento do seu lado brutal.  O filme se concentra em quatro historias, enlaçadas através de inúmeros detalhes que exigem um pouco de nossa atenção. Bom exemplo disso é o titulo do filme que é visto num papel de parede que avistamos na terceira historia do longa.
Sublime é a forma de apresentação dos personagens de cada historia que às vezes eles surgem rapidamente dentro da historia de outro personagem. O protagonista da segunda trama surge no inicio da trama do primeiro, que já desencadeia uma onda de violência sem precedentes e já fazendo o cinéfilo se preparar para o que está por vir. Existem os encontros em ônibus e trens e um dos personagens da terceira trama vai voltar ao cenário da primeira história e fechando assim um circulo.
Talvez um dos mais trágicos personagens do longa seja Dahai, da primeira história, um trabalhador de uma mina que se revolta contra a corrupção local. Tenta debater, argumentar, reclamar pelos direitos do povo aonde ele vive, mas tudo acaba de uma forma inútil. O seu rifle enrolado em um tigre enfurecido que molda um pano, irá encher a tela de sangue sem dó. A segunda leva a roubo e assassinato de um trabalhador deslocado de sua região natal, que perde o contato da mulher, o filho e a família. O terceiro caso traz à bela Zhao Tao, a mulher do diretor, que faz uma moça que trabalha como recepcionista de uma sauna e não consegue que o homem que ela está apaixonada deixe a sua esposa. Sem querer, ele deixa um canivete com ela e o objeto se tornara uma arma para ela, num dos momentos mais angustiantes do filme.     
É triste a quarta historia que envolve um jovem que tenta ajudar a família, mas que não consegue suportar a pressão dela e o leva num caminho trágico e sem volta. Em frente aos restos de um passado longínquo e mais dourado, a cantora de ópera chinesa pergunta para uma platéia que se encontra quieta:

“Você entendeu o seu pecado?”


Um toque universal apresentado neste filme, vindo desse cineasta genial, que fala não somente sobre a China, como também de todos os povos desse planeta. 


Me sigam no facebook ewitter. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: 9º Festival de Verão 2013: O RIO NOS PERTENCE


Sinopse: Após 10 anos longe da cidade do Rio de Janeiro, Marina (Leandra Leal) recebe um cartão postal misterioso que a faz retornar à cidade. Sem saber claramente os motivos que a fizeram retornar, ela procura por respostas. Aos poucos, sua mente é conturbada com paranoias e os sonhos começam a se confundir com a realidade.

Nos primeiros momentos de projeção, a protagonista interpretada por Leandra Leal está relaxada ao lado do namorado, falando inglês (não espere explicação por isso) e se esquecendo por completo do mundo lá fora. Contudo, um cartão postal que ela recebe, faz com que ela de encontro com o passado, para resolver assuntos não resolvidos, tanto com sua família como também de amores não resolvidos. A partir daí, somos levados a ir juntos ao lado da protagonista, numa realidade familiar, mas pouco convencional aqui.
Escrito e dirigido por Ricardo Pretti (Estrada para Ythaca, 2010, e No Lugar Errado, 2011), O Rio nos Pertence por vezes lembra Nina de Heitor Dhalia, onde ambos os filmes possuem uma realidade filtrada, onde faz parecer que determinados ambientes que nos conhecemos, acabam por ser apresentados de uma forma jamais vista. É como se aquela visão sempre esteve lá, mas nunca nos demos conta, ou faz entender que há duas realidades, mas que nunca dão espaço uma para outra e somente nos, num determinado momento da vida, é que nos damos conta disso.
Mas diferente de Nina, a questão não é o fato de a protagonista estar vendo coisas, mas talvez não se dando conta de onde realmente está. Numa das melhores cenas do filme (que me lembrou O Som ao Redor), a protagonista começa a rasgar uma parede, que por sua vez se mostra ser uma grande janela que da de encontro com a paisagem carioca. Mas o visual é sombrio, para não dizer melancólico e com que faz a protagonista gritar por alguém, mas sem ser respondida.
Gritos e escuridão é que fazem também o clima da produção se tornar bem estranho, beirando até mesmo num clima de filme de terror clássico, mas muito distante daqueles vistos do cinema americano. Na realidade o filme de Pretti está mais para A Hora do Lobo de Ingmar Bergman, onde só faltou mesmo a protagonista dialogar com a gente. Mas em vez disso, ela se encontra com um amor antigo chamado Mauro e com sua irmã vivida com maestria por Mariana Ximenes, onde ambas se digladiam numa conversa reveladora e que da uma dica (ou não) do que está acontecendo na tela.
É um filme que poderia ser filmado da forma mais simples, mas o cineasta preferiu ir contra a maré e apresentar uma obra mais experimental e que fizesse com que a gente tirasse inúmeras interpretações do que estamos vendo realmente. Podemos até mesmo ir para um caminho fácil sobre a verdadeira natureza da jornada da protagonista, mas ir para esse caminho seria obvio demais, então o diretor nos joga outros inúmeros detalhes para fazermos uma teia de teorias sobre inúmeros significados das seqüências apresentadas.  Fora o momento da janela já citada, não há como ignorar a enigmática cena da praia, onde a personagem da a entender que está sendo puxada contra a sua vontade por algo, mas não se importando muito com isso.    
Assim como o já cultuado Doce Amianto, Rio nos Pertence é mais um de muitos filmes experimentais brasileiros que veio para ficar. Mesmo indo contra a onda de comedias que assola nossos cinemas, mas são obras como essa de Pretti, que faz com que a trama continue em nossas mentes e nos convencendo a dar mais uma conferida na sala escura.       


Me sigam no facebook e twitter. 

LUTO...


Peter O'toole (1932 - 2013)

O deserto nunca mais foi o mesmo depois que ele surgiu. Em Laurence da Arábia, O'toole interpretou um dos melhores personagens da historia do cinema, onde sua presença se mistura com o incrível cenário do filme.  


JOAN FONTAINE (1917 - 2013)



Dona de um ar de simpatia, Fontaine foi uma das primeiras musas do mestre do suspense e sem duvida nenhuma uma das minhas favoritas.


Me sigam no facebook e twitter. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cine Especial: Palma de Ouro em Cannes: Parte 3

Com a chegada do aguardado filme Azul é a cor mais quente nos cinemas brasileiros, vamos nos relembrar um pouco dos principais grandes vencedores de anos anteriores no Festival de Cinema de Cannes e que levaram a cobiçada Palma de Ouro.
  
Coração Selvagem (1990)

Sinopse: Numa estranha homenagem ao filme "O Mágico de Oz", Sailor e Lula são dois amantes que vivem intensamente a vida e a paixão. Tentando fugir das garras da mãe da garota, os dois caem na estrada para uma viagem violenta e psicodélica, uma vez que a mãe de Lula contrata um grupo de assassinos profissionais para matar Sailor.

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, o filme é outra homenagem de Lynch á violência escatológica, ao grotesco e com pitadas de bizarrice, que desta vez, é temperada com o gosto pela caricatural. Existe uma versão original de quatro horas e meia de duração, sendo que os cortes contribuirão para realçar a obsessão pelas imagens fortíssimas, marcadas pela presença do fogo e pela trilha sonora de Angelo Badalamenti. A todo o momento, o filme faz referencias ao clássico de O Mágico de Oz, em momentos imaginativos e muito bem amarrados. Destaque para monstruosa participação de Willem Dafoe, cujo destino de seu personagem é grotesco, porém hilário. Um final inesperado, mesmo parecendo convencional para alguns.   
  
Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994)


Sinopse: Três histórias são apresentadas de forma não cronológica ao público. Em uma, conhecemos Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), dois mafiosos que devem fazer uma cobrança, que termina em chacina e com uma violenta seqüência no carro. Em outra história, Vincent deve levar a mulher de seu chefe (Uma Thurman) para se divertir enquanto ele viaja, mesmo com todos os boatos que rodeiam o caso. Por último, conhecemos Butch Coolidge (Bruce Willis), um boxeador que deve lutar em um combate com vencedor pré-definido, mas que surpreende a todos, vence e foge com o dinheiro da luta para provar o seu valor, sendo perseguido logo após.

O mais importante (e melhor) filme Americano da década de 90, premiado com o Oscar de roteiro Original (do diretor Tarantino) e Palma de Ouro em Cannes em 94. É pouco para esse filme pop, nervoso, violento, mordaz, verborrágico e na maioria das vezes genial. Começa melhor e termina brilhantemente. Tem atuações perfeitas como Jackson e marca o retorno de Travolta em especial a uma cena de dança com Uma Thurman. Se muitos achavam que Cães de Aluguel era o máximo que poderiam esperar de Quentin Tarantino, muitos desses então devem ter ficado de queixo caído com a revolução da forma de filmar e contar historia que foi esse filme de 94. Assim como o filme anterior, a trama explora o mundo dos gângsteres, mas de uma forma similar do que já foi visto, onde os diálogos afiados e muito espertos dominam durante todo o filme de uma forma, que não tem como cansar deles, porque são soberbos.
Mas o mundo não estava preparado naquela época para Pulp Fiction, tanto que muitos colegas cinéfilos da época, simplesmente não entenderam o vai e vem da historia, sendo que muitos ficaram confusos, quando um dos personagens centrais da historia, morre repentinamente no meio do filme, para depois surgir ainda vivo perto do final da trama. Essa forma de se contar a historia, foi sem sombra de duvida, uma forma de Tarantino fazer o espectador prestar 100% de atenção do que está vendo, sendo que ao longo dos anos, essa forma de apresentar um enredo, foi ainda mais aprimorada e atingindo o auge em filmes como Amnésia e 21 Gramas. Tarantino ainda por cima não deixa de focar em nenhum momento os seus personagens, onde vemos eles não só falando, mas vendo suas mudanças de expressões no rosto a cada momento, de acordo com a situação em que eles estão passando, fazendo das sequências, quase uma espécie de filme documentário.
Como sempre, a trilha sonora é outro grande trunfo da trama, sendo que cada seguimento da historia (dividida em quatro partes, mais um prólogo e um epilogo) possui suas trilhas sonoras, que de uma forma bem redondinha, faz um ótimo casamento com as cenas, em especial, dos momentos juntos dos personagens de John Travolta e Uma Thurman. Alias, o seguimento onde aparecem os dois lado a lado, é sem sombra de duvida o melhor de toda a produção, já que ambos estão a vontade em seus respectivos personagens, onde imediatamente se cria um laço de sintonia de ambos, sendo no dialogo (onde as palavras do mundo de Tarantino saem da boca deles) ou então nos olhares. Uma Thurman faz aqui o papel de sua vida e merecia realmente ter levado um Oscar para casa, pois sua imagem de Mia Wallace (dançando com Travolta) ficou registrada para sempre na mente dos cinéfilos. Samuel L. Jackson é outro que saiu ganhando, tanto, que não foi somente o seu personagem, mas também o próprio ator, que acabou virando um ícone pop. As cenas onde ele dispara (literalmente) palavras da bíblia, ou quando tenta buscar redenção no momento em que excita em não matar um casal de assaltantes é momentos nos quais até hoje Jackson tenta se superar (apesar de ter chegado perto em Jackie Brown, também de Tarantino).
Ao longo dos anos, os fãs do filme levantaram inúmeras teorias sobre inúmeras mensagens subliminares, ou até mesmo situações não explicáveis no decorrer da trama, como do porque de não aparecer o que tem dentro da maleta, ou qual o significado do curativo na nuca Marcelos Wallace. Isso e muito mais, serviu para aumentar a aura pop e de obra prima do cinema que Tarantino lançou com esse filme, fazendo do cinema independente algo tão importante quanto à super produções, que pipocaram os anos 90, e que na maioria delas, se tornaram dispensáveis. Nada mal para um filme com orçamento modesto ( R$12 milhões de dólares), mas com um grande conteúdo significativo e que merece ser sempre visto e revisto inúmeras vezes. 

O Pianista (2002) 

Sinopse: O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe.
  

Talvez um dos melhores filmes do diretor Roman Polanski e um dos melhores ao retratar o horror do holocausto. Devido ao fato de sua mãe ter morrido no gueto na época, era obvio que o diretor faria um filme como esse, só que ninguém imaginava que faria de maneira tão fantástica. Adrien Broody (King Kong) levou um merecido Oscar por seu ótimo desempenho como judeu que sobrevive graças ao seu talento com o piano. Indispensável para qualquer cinéfilo.


Me sigam no facebook e twitter. 

Cine Dicas: Estreias do final de semana (13/12/13)

 O Hobbit: A Desolação de Smaug 

Sinopse: Segundo filme da trilogia de adaptação da obra-prima The Hobbit de J.R.R. Tolkien O Hobbit: A Desolação de Smaug dá continuidade à aventura de Bilbo Bolseiro em sua épica jornada com o Mago Gandalf e treze Anões liderados por Thorin Escudo de Carvalho para o Reino dos Anões de Erebor.brTendo sobrevivido ao início de sua jornada inesperada o grupo continua em direção ao Leste encontrando no caminho o metamorfo Beorn e aranhas gigantes da traiçoeira Floresta das Trevas. Depois de escapar do cativeiro dos perigosos Elfos da Floresta os anões viajam para Esgaroth a Cidade do Lago e finalmente chegam à Montanha Solitária onde devem enfrentar o maior perigo de todos uma criatura mais aterrorizante que qualquer outra uma que testará não apenas o nível de coragem dos aventureiros mas também os limites de sua amizade e a sabedoria da própria jornada o dragão Smaug.

  
Foxfire - Confissões de uma Gangue de Garotas 

Sinopse: Nova York, anos 1950. Um grupo de garotas, cansadas dos abusos que sofrem diariamente na fábrica em que trabalham, resolvem criar uma gangue só de mulheres chamada Foxfire. Elas carregam uma tatuagem específica nos ombros para identificar quem pertence ao grupo. O bando irá usar de violência para se vingar das humilhações sofridas nas mãos dos homens.


Jovem e Bela 

Sinopse: Durante uma viagem de verão com a família, a jovem Isabelle (Marine Vacth) vive a sua primeira experiência sexual. Ao voltar para casa, ela divide o seu tempo entre a escola e o novo trabalho, como prostituta de luxo. A adolescente explora a sua sexualidade e logo começa a ganhar dinheiro com os seus clientes, mas um incidente irá fazer com que a sua mãe, Sylvie (Géraldine Pailhas), descubra as suas atividades secretas. Ao longo das quatro estações do ano, Isabelle irá viver diversas experiências, passando por altos e baixos.


Um Toque de Pecado 

Sinopse: Na China dos dias contemporâneos, quatro pessoas de regiões e classes sociais muito distintas se cruzam. A história, descrita como um "road movie com cenas de ação", passa tanto pela barulhenta metrópole de Guangzhou quanto pela calma província rural de Shanxi. 

Tanta Água 

Sinopse: Alberto e seus filhos, Lucía e Frederick, decidem passar as férias nas Termas de Arapey. Quando a chuva começa a afetar os ânimos, Alberto resolve animar a família, mas acaba batendo de frente com a pré-adolescente Lucía. Esta viagem vai marcar a vida de todos com muitos momentos de amizade, discussões e descobertas.



Me sigam no facebook e twitter. 

Cine Curiosidade: O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, Foi um Grande Sucesso!


O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, Foi um Grande Sucesso! Em 03 dias úteis (10, 11 e 12 de dezembro, pelo Período da tarde) o Festival teve um Público total de 157 espectadores, e hoje (12/12) no último dia de Festival o público presente teve a oportunidade de apreciar à tão esperada segunda parte, da Palestra do Compositor “Daniel Ramalho” (Compositor da Trilha Sonora do Filme Norte-Americano “Corpsing”). Com seu jeito simples e carismático, Daniel conseguiu envolver o Público em seus dois dias de Palestras, e nós do A Hora Do Cinema satisfeito com o desempenho do Palestrante, estamos desde já contando os dias para uma nova Parceria, com o Grande Profissional que é Daniel Ramalho, obrigado! Amigo. Deixamos também o nosso muito obrigado! Aos atores, as atrizes, os diretores, os técnicos e demais Público presente em todos os 03 dias de Festival, e graças a esses espectadores, o Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, em sua Primeira Edição já pode ser considerado, um Grande Sucesso!

Abaixo imagens do 3º Dia e último Dia de Festival.

Mais informações vocês conferem na pagina A Hora do Cinema clicando aqui.

Fonte: A Hora do Cinema. 

Me sigam no facebook e twitter. 

Cine Dica: Filmes B, Festival de Verão e Curtas nas Telas.

O cinema alternativo da capital gaucha tem tantas opções atualmente, que nem o próprio cinéfilo mais viciado que seja consegue dar conta do recado. Se por um lado é complicado acompanhar tudo, por outro é um prazer saber que há um cardápio tão diversificado e faz com que a gente não fique somente dependendo  do cinema convencional. Abaixo, deixo as principais dicas do que vai rolar na capital neste final de semana,


A VINGANÇA DOS FILMES B NA SALA P.F. GASTAL!

De 13 a 15 de dezembro a Sala P.F. Gastal (3° andar da Usina do Gasômetro) sedia a terceira edição da mostra A Vingança dos Filmes B. Concebida em 2011 para servir de vitrine para produções que flertam com o cinema de gênero, a mostra chega ao seu terceiro ano consecutivo se consolidando como um território destinado a divulgação e ao resgate de filmes independentes, produções de baixo orçamento e outros delírios fílmicos, buscando incentivar o público a dialogar com obras que dificilmente encontram espaço nas telas dos cinemas comerciais. Filmes repletos de horror, ação, anarquia, humor e demência, ocupando um mesmo espaço sem restrições quanto ao seu orçamento ou suporte de realização. 
O filme de abertura desta edição será o documentárioDesagradável, produção que retrata a conturbada trajetória da mítica banda carioca Gangrena Gasosa e sua explosiva mistura de macumba, irreverência e heavy metal. A banda criou o conceito de saravá metal lançando  álbuns agressivos e iconoclastas como Welcome to Terreiro (1993) e Smells Like Tenda Spirita (2000). O diretor paulista Fernando Rick estará presente na mostra para realizar um debate após a sessão.
 Fernando Rick tem se destacado entre os realizadores independentes paulistas, sendo também responsável pelo documentário “Guidable: A Verdadeira História do Ratos de Porão”, pelo premiado curta “Ivan”, e pelo violento e polêmico “Coleção de Humanos Mortos”. 
Três longas-metragens presentes na mostra ajudam a fortalecer e ampliar as possibilidades de se realizar cinema de horror no Brasil, Mar Negro, de Rodrigo AragãoNervo Craniano Zero, de Paulo Biscaia e Zombio 2 - Chimarrão Zombies, dePetter Baiestorf
A sessão Shot or Die apresenta três produções realizadas com pouco, ou nenhum dinheiro, tendo como incentivo apenas a paixão pelo cinema. Obras com orçamento limitado e criatividade de sobra. 
A sessão Malditos Curtas reúne obras de diversos estados brasileiros, constituindo um mosaico representativo da atual produção de cinema de gênero no país. Jovens realizadores investindo em filmes de ação, horror, suspense e ficção científica, injetando sangue novo nas veias do cinema brasileiro. 
E por fim, a sessão Sala Especial é dedicada ao grupo de anárquicos comediantes capixabas da TV QUASE. Unidos por Gabriel Labanca (falecido prococemente aos 30 anos, em 2012) a trupe formada pelos dementes Daniel Furlan, Juliano Enrico, Raul Chequer e Klaus Berg, iniciou a mais de 10 anos o projeto de humor multimidia QUASE. O projeto que começou como uma revista em quadrinhos migrou para o Youtube, e agora começa a semear seu humor nonsense e sua insolência também na televisão aberta. A sessão exibirá além do curta Loja de Inconveniências:A Maldição do Caipora, diversos sketches e a homenagem Labanca Eterno.  E para melhor compreender o que é a QUASE, uma definição do próprio grupo: “Ilogia, delírios, blasfêmia, alucinações, inadequação afetiva, piru, negligência social, devaneio permanente, incoerência, travestismo, cocô, agressividade, mau humor e quadrinhos”.

Sejam bem vindos à Vingança dos Filmes B - Parte 3
Cristian Verardi, organizador.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

9º FESTIVAL DE VERÃO: 

Conhecido por trazer grandes atrações do cinema mundial para o Rio Grande do Sul em meados de março, a 9ª edição do Festival de Verão de Cinema Internacional terá pela primeira vez uma “pré-temporada”. Para não deixarmos passar em branco o ano de 2013, teremos uma mostra em formato de avant-première ainda em dezembro. Será um aperitivo para que o público saiba o que esperar dos filmes e convidados que estarão presentes no estado, no final do verão de 2014. 
O Festival produzido pela Panda Filmes terá esta avant-première entre os dias 13 e 19 de dezembro e conta com o patrocínio exclusivo do Banrisul. Esse pré-lançamento da 9ª edição ocorrerá em Porto Alegre na Cinemateca Paulo Amorim da Casa de Cultura Mário Quintana e no Instituto NT. 
A abertura oficial, dia 13/12, sexta-feira, às 21h, exibirá O Rio Nos Pertence, que esteve presente no Festival de Rotterdam e recebeu prêmio de finalização. Dirigido por Ricardo Pretti, o longa-metragem faz parte da chamada “Operação Sônia Silk”, um projeto de três filmes realizados com baixo orçamento e produzidos juntos em janeiro de 2012. Estrelado por Leandra Leal, Mariana Ximenes e Jiddu Pinheiro, a produção cooperativa de O Rio Nos Pertence é uma das melhores notícias do novíssimo cinema brasileiro. 

CASA AFOGADA SEGUE EM EXIBIÇÃO NA 41ª EDIÇÃO DO CURTA NAS TELAS ACOMPANHANDO CULTUADO FILME CHINÊS 

O filme Casa Afogada, de Gilson Vargas, segue em exibição, pelo projeto Curta nas Telas, até 19 de dezembro de 2013. As exibições ocorrem na Sala 3 do GNC Moinhos, nas sessões das 18h50 e 21h35, acompanhando o longa-metragem Um Toque de Pecado (Tian Zhu Ding), de Jia Zhang-ke.
Vencedor de três Kikitos e quatro prêmios Assembléia Legislativa de Cinema do Festival de Gramado de 2012, Casa Afogada traz a luta de um homem, interpretado por Zé da Terreira, para manter sua casa construída sobre palafitas enquanto as águas se tornam revoltas. Com uma narrativa livre, apoiada em uma poesia visual singular, o filme de Gilson Vargas explora sensações distintas que intensificam a relação entre memória e sobrevivência na desgastante tarefa do personagem.  

CASA AFOGADA, de Gilson Vargas (Rio Grande do Sul, ficção, 14 minutos, 35mm, 2011). Censura livre.

Ficha Técnica – Roteiro e Direção: Gilson Vargas / Direção de Fotografia: Bruno Polidoro / Montagem: Vicente Moreno / Empresa produtora: Pata Negra / Elenco: Zé da Terreira.
  
 Sobre o Curta nas Telas

O projeto Curta nas Telas é fruto de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do Sul e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS). Seu objetivo é divulgar a produção nacional de curtas-metragens, por meio da exibição dos filmes selecionados no circuito de cinemas de Porto Alegre. Em 40 edições foram exibidos 283 curtas de todo o Brasil.

Os doze curtas selecionados na 41ª edição estarão em exibição até 20 de maio de 2014.

Os próximos selecionados na 41ª edição do Curta nas Telas a entrar em cartaz serão:
DEPOIS DO ALMOÇO, de Rodrigo Diaz – 10 a 23 de janeiro de 2014, no Arcoiris Cinema.
FUNERAL À CIGANA, de Fernando Honesko – 24 de janeiro a 6 de fevereiro de 2014, no Cineflix.
5 HORAS RUMO NORTE, de Paula Sabbaga – 7 a 20 de fevereiro de 2014, no Cinemark.
UMA PRIMAVERA, de Gabriela Almeida – 21 de fevereiro a 6 de março de 2014, no Cinespaço Wallig.
PIOVE, IL FILM DE PIO, de Thiago Mendonça – 7 a 20 de março de 2014, na Cinemateca Paulo Amorim.
LINEAR, de Amir Admoni – 21 de março a 3 de abril de 2014, no Guion.
MEMÓRIAS EXTERNAS DE UMA MULHER SERRILHADA, de Eduardo Kishimoto – 4 a 17 de abril de 2014, no Espaço Itaú de Cinema.
CHAPA, de Thiago Ricarte – 18 de abril a 1º de maio de 2014, no GNC Moinhos.
A DESCOBERTA, de Ernesto Molinero –  2 a 15 de maio de 2014, no Cinemark.
DIA ESTRELADO, de Nara Normande – 16 a 29 de maio de 2014, no Cineflix.

Mais informações vocês conferem na pagina do Curta nas Telas clicando aqui. 


Me sigam no facebook e twitter. 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: DOCE AMIANTO


Sinopse: Depois de ser abandonada pelo homem que ama, Amianto (Deynne Augusto) isola-se em um mundo de fantasia e delírios. Sua única amiga é Blanche (Uirá dos Reis), uma garota morta que a protege do além. Misturando ingenuidade e melancolia, Amianto tenta se reconectar com o mundo real.

O cinema convencional norte americano possui a mesma velha formula de sucesso de ontem e hoje: começo, meio, fim, tudo mastigado, e para fazer com o que o cinéfilo não pense muito e saia do cinema satisfeito. Contudo, houve aqueles que lançaram um cinema um pouco diferente, no qual a pessoa que assistiu se ficava depois se perguntando o que viu. David Lynch (Cidade Dos Sonhos) foi alguém que foi contra a maré das regras do cinema norte americano e não me admira que tenha servido de inspiração para os cineastas como Guto Parente e Uirá dos Reis ao criarem Doce Amianto.
Na verdade, a sensação que eu senti quando assisti a esse filme é que o universo de Lynch deu de encontro com o de Pedro Almodóvar (Fale Com Ela). Temos uma trama não linear, enlaçado com um universo no qual nos faz lembrar também o lado autoral do cineasta Espanhol, mas o protagonista não é algo inspirado no que já vimos no mundo de Almodóvar. Embora seja interpretado por um homem (Deynne Augusto) Amianto não é travesti e tão pouco transexual, ao menos não oficialmente.
Por mais que a personagem possua traços que lembrem um homem, o filme sempre se refere a ela como uma mulher como outra qualquer. O mesmo vale para Blanche, uma espécie de fantasma conselheiro para Amianto e a única que lhe da o consolo nos momentos difíceis. Quando as duas surgem em cena, a realidade convencional se quebra na frente do espectador, e fazendo com ele aceite ou não o que acontece na tela.
Essa quebra da realidade convencional da trama faz com que tudo possa acontecer, no qual podemos interpretar nas diversas formas, desde um sonho, delírio ou até mesmo simplesmente metáfora. Esse ultimo exemplo pode ser o mais aceito, principalmente no inicio do filme, quando a protagonista tenta se reconciliar com o seu amado, mas bastou ele ignorá-la que a protagonista cai no chão e meio segundo está toda coberta de sujeira no chão, representando então a sua sensação de estar no fundo do poço.     
Esse convite para um lado mais experimental que o filme nos da, e não se importando com que vamos achar, faz com que a gente pronuncie aquele velho refrão de “ame ou odeie”. Mas foi graças a essa forma de ir contra a maré de um lugar comum, é que o filme nos brinda com uma das melhores partes da trama, em que ele abandona a historia principal e nos joga numa nova e sem nenhuma ligação com a outra. Essa pequena trama apresentada, por mais absurda que seja não deixa de ser a mais divertida, ao injetar um humor negro contagiante e com personagens caricatos, mas que não foge muito do perfil de pessoas reais em determinadas situações apresentadas.  
No resultado geral é um filme que inquieta o espectador, mesmo na sua curta duração (70min) e com uma linguagem original, na qual com certeza atrairá um cinéfilo mais exigente, mas que com certeza fará com que o publico em geral fique se perguntando após a sessão o que realmente viu. Um filme experimental, fora do convencional, mas não menos genial.      


Me sigam no facebook e twitter.