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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Monsieur Lazhar'

Sinopse: Quando a professora de uma escola primária morre de forma trágica, o substituto escolhido é Bachir Lazhar, um imigrante argelino. Ninguém suspeita do passado doloroso do professor ou de seu risco de ser deportado a qualquer momento. 

A sala de aula é uma espécie de base preparatória para que as crianças possam sair de lá e enfrentar o mundo que elas irão encontrar. Porém, essa fase também nos traz adversidades, tristezas, mas que com elas possamos amadurecer e obter algo que não nos ensinam dentro de casa. "Monsieur Lazhar" (2011) fala sobre uma classe que sofre metamorfose após um evento trágico, mas obtendo novas fronteiras através de novos ensinamentos.

Dirigido por Philippe Falardeau, a trama começa quando uma professora de uma escola primária sofre uma morte trágica, o substituto escolhido é Bachir Lazhar, um imigrante argelino. Enquanto as crianças passam por um longo processo de luto, ninguém suspeita do passado doloroso do professor, ou do grande risco que Lazhar seja deportado a qualquer momento. Aos poucos o cenário daquele local de estudo vai mudando conforme o tempo vai passando.

Os minutos iniciais são primorosos, já que testemunhamos um dia comum de escola e onde as crianças despreocupadas não esperam nada de inesperado naquele momento. Porém, basta um incidente trágico ocorrido com uma professora para que a realidade daqueles jovens se torne pesada e fazendo com que os mesmos tenham certa dificuldade de compreender o ocorrido. Essa abertura, aliás, não deve nada para um filme de suspense, pois ela é chocante para o nosso olhar, assim como também para os pequenos protagonistas.

Philippe Falardeau escancara no filme o fato que ninguém está preparado para dialogar sobre o assunto, principalmente no momento em que vemos a diretora da escola em tentar recuar sobre o ocorrido em diversas formas e usar somente o básico para que tudo volte como era. O caso que isso só não basta, pois é preciso as pessoas, independentemente de sua idade, colocar para fora os seus sentimentos sobre determinada situação, pois nada se resolve pelo convencional, mas sim através das palavras e das quais possam ser ouvidas. Com a chegada do professor substituto o mesmo decide ouvir esses jovens de perto, nem que para isso indo contra os seus superiores.

Interpretado por Mohamed Fellag, o professor Bachir se apresenta em um primeiro momento como alguém controlado, simpático e disposto em ajudar os alunos após os eventos trágicos. Porém, o próprio já vem de um passado dolorido, onde a violência a intolerância lhe tirou muito, mas optando em buscar alguma razão em continuar existindo. Ao se tornar professor ele vê nos jovens uma segunda chance dentro dessa realidade e ao mesmo tempo buscando uma forma de ajudar cada uma delas antes que seja tarde.

Curiosamente, é justamente através das crianças que o filme engrandece ainda mais, já que o elenco mirim são todos bem expressivos e sendo que cada um consegue sintetizar através dos olhares de seus personagens peso dos últimos eventos escolares que eles passaram. Destaque para os jovens atores Sophie Nélisse e Émilien Néron, dos quais interpretam dois alunos que eram muito próximos da professora anterior e sendo que cada um carrega consigo uma dor distinta uma da outra e cabe cada um deles saber expressar a sua dor pela perda antes que seja tarde. Não há como não se emocionar no momento em que cada um expressa os seus sentimentos em momentos cruciais dentro da sala e que fará com que tome novos rumos naquele cenário em que ainda carrega diversas lembranças.

Embora seja de 2011 o filme continua mais atual do que nunca, não somente com relação da maneira correta de como lidar com a classe escolar, como também sobre qual a maneira melhor de lidar com o luto, seja na vida pessoal ou no ambiente de trabalho. Em tempos em que a maioria das pessoas se encontram cada vez mais no piloto automático devido as redes sociais, é sempre bom nos lembrarmos sobre o que realmente nos faz humanos e que é mais do que necessário ouvirmos o próximo. "Monsieur Lazhar" é uma singela carta de amor para aqueles que realmente exercem a profissão de ensinar e ouvir os futuros talentos desse mundo complexo. 


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sábado, 24 de junho de 2023

Cine Especial: 'Jurassic Park - 30 Anos Depois'

Embora a minha paixão pelos filmes tenha começado pra valer nos meados dos anos noventa eu desde o princípio queria ver determinados títulos nos cinemas, mas não tinha assim tanta liberdade no início da vida. Na época era os meus pais que me levavam ao cinema e a maioria dos títulos que a gente assistia na tela grande era os filmes dos Trapalhões. O ano de 1993, por exemplo, meus pais me levaram para assistir "Dragão - A História de Bruce lee" (1993) no saudoso Cine Imperial da rua das Andradas de Porto Alegre.

Porém, na outra sala estava estreando aquele que mudaria a história do cinema dali em diante. Dias antes, porém, eu estava assistindo ao Jornal Nacional onde foi noticiado que um cientista havia revelado a chance de reproduzir um dinossauro através de um sangue que estava preservado dentro de um mosquito fossilizado. Tudo é claro não passou de uma brincadeira para promover "Jurassic Park" (1993), o filme de Steven Spielberg que revolucionária os efeitos visuais e que a partir dali tudo seria possível no mundo da sétima arte.

Baseado na obra de Michael Crichton, o filme se passa em um parque construído por um milionário (Richard Attenborough), que tem como habitantes dinossauros diversos, extintos a sessenta e cinco milhões de anos. Isto é possível por ter sido encontrado um inseto fossilizado, que tinha sugado sangue destes dinossauros, de onde pôde-se isolar o DNA, o código químico da vida, e, a partir deste ponto, recriá-los em laboratório. Mas, o que parecia ser um sonho se torna um pesadelo, quando a experiência sai do controle de seus criadores.

Steven Spielberg sempre foi um contador de histórias fantásticas, mas nunca deixou de colocar boas doses de realismo em seus projetos ao longo do percurso. Com a obra de Michael Crichton em mãos, o cineasta teve a brilhante ideia de fazer uma aventura que trazia ao mesmo tempo um debate sobre até que ponto é correto o ser humano brincar de Deus e ter a ousadia de trazer animais extintos há milhares de anos. O resultado é um filme cheio de aventura, suspense, mas que nos faz pensar do começo ao fim dessa jornada.

A tarefa para levar essas criaturas de forma verossímil para as telas do cinema não foi das tarefas mais fáceis. Claro que no passado isso já havia acontecido, mas com o uso de animatrônicos, ou com o velho e bom Stop motion. Neste último caso, por exemplo, a técnica seria usada na recriação dos dinossauros, mas o mais próximo do realismo possível e sendo algo do que já havia sido visto em "Jasão e o Velo de Ouro" (1963). Porém, ninguém contava com a genialidade da Industrial Light & Magic.

Dois anos antes, James Cameron havia impressionado o mundo com o seu "O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final" (1991) onde nos foi apresentado o vilão 1-000 e do qual o mesmo era apresentado inúmeras vezes em efeito digital. Até aquele momento Spielberg estava mais do que satisfeito em fazer dos seus dinossauros em stop motion, porém, ele decidiu chamar os seus técnicos em realizar um curta usando a tecnologia da Industrial Light & Magic e que havia sido posto em prática no último filme de James Cameron. A cena, aliás, é o T-Rex andando como se estivesse caçando na floresta e partir daquele momento tudo mudou.

Pela primeira vez na história testemunhamos dinossauros realistas ao extremo, ao ponto de algumas pessoas terem ficado até desconfiados na época achando que eles foram realmente revividos. Essa revolução é sentida no primeiro vislumbre de um Braquiossauro e do qual deixaram os personagens Dr. Alan Grant (Sam Neill), Dra. Ellie Sattler (Laura Dern) e Ian Malcolm (Jeff Goldblum) estupefatos. Curiosamente, o impacto de realismo da cena é tão grande que os próprios intérpretes não foram capazes de nos transmitir os seus respectivos personagens realmente impressionados perante algo impossível, pois os próprios efeitos visuais naquele momento deixaram eles em segundo plano.

Isso também gerou inúmeros debates com relação ao futuro dos próprios intérpretes daquela época, sendo que alguns temiam até mesmo na possibilidade da criação de atores digitais para substituírem os reais futuramente. De imediato isso não aconteceu, mas logo a seguir se temeu o fato que o realismo dos filmes, graças aos efeitos visuais de ponta, seria uma espécie de semente que germinaria e daria certos problemas para o futuro com relação ao que é real ou falso. Uma pequena mostra disso se daria logo a seguir em "Forrest Gump" (1994) e onde vemos o protagonista contracenar com celebridades que até mesmo já haviam falecido.

Polêmicas à parte, por melhor que fosse os efeitos visuais, isso não funcionaria se o filme não fosse comandado por um ótimo diretor e Steven Spielberg provou que era o homem certo na hora certa. Além das habituais formas de filmar de sua autoria, Spielberg teve a proeza de criar verdadeiras aulas de suspense e das quais não se deve nada ao mestre Alfred Hitchcock. Se ele estivesse vivo com certeza lançaria um largo sorriso.

Há pelo menos duas cenas que merecem realmente destaque, sendo uma protagonizada pelo T-Rex e a outra pelos velociraptores. Na primeira, por exemplo, testemunhamos o rei dos dinossauros destruindo a rede elétrica, atacando os carros elétricos e colocando em risco a vida dos protagonistas. Curiosamente, não há trilha sonora alguma, pois o próprio barulho e o rugido da criatura já nos deixam com o coração pra fora da boca.

Ao mesmo tempo, Steven Spielberg foi engenhoso na apresentação do enorme personagem, sendo que ele é apresentado de forma gradual e muito bem-feita. A cena em que vemos o estrondo de suas pisadas e fazendo os copos dentro carro tremerem são dignas de nota e já nos preparando para o verdadeiro terror que viria em seguida. Já a cena dos  velociraptores é outra grande joia do suspense, já que as crianças da trama são presas fáceis para as criaturas e fazendo com que cada cena se torne angustiante na medida em que a trama avança.

Sucesso gigantesco em todo o mundo, o filme se tornou a maior bilheteria de todos os tempos e sendo somente batido pelo megassucesso de James Cameron "Titanic" (1997). O filme renderia duas boas continuações e uma nova trilogia que havia se encerrado no ano passado, mas nenhum capítulo superou o grande clássico, pois dificilmente um relâmpago cai duas vezes no mesmo lugar. A partir dali o cinema abriria as portas para diversas possibilidades, desde ao testemunharmos o universo expandido de "Star Wars" como também das diversas adaptações de HQ e que somente foi possível graças aos avanços tecnológicos.

"Jurassic Park" é aquele clássico que mudou as engrenagens de se fazer filmes para o cinema e cuja mudanças são sentidas até hoje em dia.


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quinta-feira, 22 de junho de 2023

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Medusa Deluxe'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA 

Local: Espaço de Cinema, Sala 3, Bourbon Shopping Country

Data: 24/06/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Medusa Deluxe"

Reino Unido, 2022, 101 min, 12 anos

Direção: Thomas Hardiman

Elenco: Clare Perkins,Kayla Meikle,Debris Stevenson

Sinopse: Depois que um cabeleireiro é encontrado morto em um concurso de penteados, os participantes restantes decidem descobrir quem é o assassino. Rivalidades e desconfiança crescem, enquanto um grupo de determinados hairstylists suspeita de que alguém está tentando fraudar a competição, eliminando competidores de forma macabra.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (22/06/2023)

  ELEMENTOS

Sinopse: Elementos é um filme de animação que se passa em uma sociedade extraordinária chamada Cidade Elemento, na qual os quatro elementos da natureza - ar, terra, fogo e ar - vivem em completa harmonia. 


SEDE ASSASSINA

Sinopse: Em SEDE ASSASSINA, novo suspense policial do diretor Damián Szifron ("Relatos Selvagens"), a polícia e o FBI lançam uma desesperada caçada para identificar e capturar um assassino que está aterrorizando a população. 



QUE HORAS EU TE PEGO?

Sinopse: Uma jovem falida é contratada para namorar um adolescente introvertido e socialmente desajeitado, que está se preparando para a faculdade.



TINNITUS

Sinopse: Marina é uma ex-atleta de saltos ornamentais que sofre de um terrível zumbido no ouvido, afetando sua estabilidade física e emocional. Afastada de competições profissionais desde um acidente nas últimas Olimpíadas, ela decide voltar ao esporte em busca de uma medalha nos próximos jogos.


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Cine Dica: FANTASIA TCHECA EM EXIBIÇÃO NA CINEMATECA CAPITÓLIO

A Pequena Ninfa do Mar

A partir desta sexta-feira, 23 de junho, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra “Era uma vez na Tchéquia: animações, fantasias e mistérios”, um grande panorama do cinema fantástico produzido em Praga, no período em que o país fazia parte da Tchecoslováquia, com filmes realizados entre 1937 e 1989 por nomes consagrados como Otakar Vávra, Karel Zeman, Věra Chytilová e Jan Švankmajer.

A sessão de abertura apresenta, às 19h30, um programa duplo com o curta animado Romance Noturno, da pioneira Hermína Týrlová, e o longa-metragem A Pequena Ninfa do Mar, inventiva adaptação de Karel Kachyňa, nome essencial do cinema moderno tchecoslovaco, para o conto de fadas A Pequena Sereia, de Hans Christian Andersen.

Nos dias 24 e 25 de junho, as exibições de Krakatit e Doença Branca, filmes inspirados na obra do escritor Karel Čapek, serão apresentadas por Matouš Hartman, professor de tcheco que atua no Rio Grande do Sul no âmbito do programa governamental "Apoio à Herança Cultural Tcheca no Estrangeiro."

No domingo, 25 de junho, Victoria Sanguiné, integrante do Cineclube Academia das Musas, coletivo dedicado ao estudo de filmes dirigidos por mulheres, apresenta o programa de curtas A Pioneira Hermína Týrlová, com filmes realizados pela “mãe da animação tcheca” entre os anos 1940 e 1960.

Com entrada franca, a mostra é uma realização da Cinemateca Capitólio e do Consulado da República Tcheca em São Paulo, e tem o apoio do Museu Karel Zeman, do Arquivo Nacional de Cinema da República Tcheca (NFA), e da Associação Cultural Tcheco-Brasileira em Porto Alegre.


GRADE DE HORÁRIOS

23 a 28 de junho de 2023


23 de junho (sexta-feira)

15h - Compasso de Espera

17h - Uma Noiva em Cada Porto

19h30 – Romance Noturno + A Pequena Ninfa do Mar


24 de junho (sábado)

15h – Viagem à Pré-História

17h – Krakatit

19h30 – Viagem ao Fim do Universo


25 de junho (domingo)

15h – Doença Branca

17h – A Bela e a Fera

19h – A pioneira Hermína Týrlová


27 de junho (terça-feira)

15h – Krakatit

17h – Uma Invenção Destrutiva

19h – Velhas Lendas Tchecas


28 de junho (quarta-feira)

15h – A Pomba Branca

16h15 – A Bela e a Fera

17h45 – Doença Branca

19h30 – Quem Quer Matar Jessie?

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 22 A 28 DE JUNHO DE 2023

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

Tinta Bruta 

A cinesemana de 22 a 28 de junho destaca a estreia do longa brasileiro TINNITUS, vencedor dos Kikitos de fotografia, montagem e direção de arte no Festival de Gramado de 2022. Outra novidade é a mostra CINEMA LGBTQIAPN+ BRASILEIRO, com seis títulos que refletem sobre o tema e lembram o Dia do Orgulho LGBT, comemorado no final do mês.

Também vencedor de Gramado em 2022, com o Kikito de melhor direção, QUANDO ESCURECE segue em cartaz na sessão das 16h45min. Outro título imperdível da nossa programação é A HISTÓRIA DA MINHA MULHER, da premiada diretora Ildikó Eynedi.

E dois idosos seguem conquistando mais público a cada semana. São os personagens dos filmes O ÚLTIMO ÔNIBUS, do diretor britânico Gillies MacKinnon, e MEU AMIGO ADOLF, do israelense Leon Prudovsky.


Confira nossa programação e o portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


14h15 – A HISTÓRIA DA MINHA MULHER Assista o trailer aqui.

(A Feleségem Története -  Alemanha/França/Hungria/Itália, 2022, 170min). Direção de Ildikó Eynedi, com Léa Seydoux, Gijs Naber, Louis Garrel. Pandora Filmes, 18 anos. Drama.

Sinopse: Jacob Störr, capitão da marinha holandesa, faz uma aposta despretensiosa e acaba se casando com Lizzy, uma francesa linda e com alguns mistérios. Apesar de ninguém acreditar no casamento, o amor entre ambos será sincero e doloroso, principalmente porque Jacob sofre com a suposta infidelidade da mulher. O filme, que concorreu no Festival de Cannes em 2022, é uma adaptação do romance homônimo do escritor e poeta húngaro Milán Füst.


 17h15 – O ÚLTIMO ÔNIBUS Assista o trailer aqui.

(The Last Bus – Reino Unido, 2022, 92min). Direção de Gillies MacKinnon, com Timothy Spall, Phyllis Logan, Grace Calder. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Depois da morte da esposa, Tom Harper sai do lugarejo onde viviam, no norte da Escócia, decidido a cumprir uma promessa. Para isso, ele vai fazer uma viagem de ônibus por 1.400 quilômetros até o sul da Inglaterra, usando seu passe gratuito de idoso. No percurso, enfrenta percalços, conhece pessoas gentis e desafia as limitações da idade – ao mesmo tempo em que revisita o seu passado e se depara com um país diverso e multicultural.


19h – TINNITUS – ESTREIA (NÃO HAVERÁ SESSÃO NOS DIAS 22 E 27) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 105min). Direção de Gregório Graziosi, com Joana de Verona, Indira Nascimento, André Guerreiro, Antonio Pitanga. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Marina é uma ex-atleta de saltos ornamentais que sofre de tinnitus, distúrbio causador de um zumbido constante no ouvido e que afeta sua estabilidade física e emocional. Afastada de competições profissionais desde um acidente nas últimas Olimpíadas, ela decide voltar ao esporte em busca de uma medalha nos próximos jogos. Para isso, ela precisa recobrar a confiança em seu corpo e enfrentar seus medos. O filme ganhou os Kikitos de fotografia, montagem e direção de arte no Festival de Gramado de 2022.


SALA EDUARDO HIRTZ


 15h15 – MEU VIZINHO ADOLF Assista o trailer aqui.

(Colômbia/Israel/Polônia, 2022, 96min). Direção de Leon Prudovsky, com David Hayman, Udo Kier, Danharry Colorado. A2 Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Depois de perder sua família para o regime nazista, o sobrevivente polonês Marek Polsky vai viver em um vilarejo no interior da Colômbia. Em plena década de 1960, já acostumado com a solidão dos dias, o velho Polsky entra em disputa com um novo vizinho por causa de um pedaço do terreno. A situação piora quando Polsky começa a desconfiar que o alemão da casa ao lado pode ser Adolf Hitler – o que até faz algum sentido, pois a América do Sul se tornou um destino de fuga para muitos líderes do ditador.


17h – UMA VIDA SEM ELE Assista o trailer aqui.

(À Propos de Joan - França/Alemanha/Irlanda, 2022, 101min). Direção de Laurent Larivière, com Isabelle Huppert, Lars Eidinger, Swann Arlaud. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Joan Verra sempre foi uma mulher independente, com um espírito livre e aventureiro. Quando seu primeiro amor retorna depois de muitos anos, ela decide não contar que tiveram um filho juntos. Junto com essa mentira, ela terá de enfrentar um segredo do passado.


 19h15 – MOSTRA CINEMA LGBTQIAPN+ BRASILEIRO

Mostra com seis filmes, que se integra à programação do Mês do Orgulho LGBT promovida ela Sedac. Ingressos ao preço único de R$ 8,00.


QUINTA (dia 22), às 19h15min

PARAÍSO PERDIDO

(Brasil, 2017, 110min). Direção de Monique Gardenberg.


SEXTA (dia 23), às 19h15min

CORPOLÍTICA

(Brasil, 2022, 100min). Documentário de Pedro Henrique França, seguido de debate com o diretor.


SÁBADO (dia 24), às 19h15min

HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO

(Brasil, 2014, 95min). Direção de Daniel Ribeiro.


DOMINGO (dia 25), às 19h15min

TINTA BRUTA

(Brasil, 2018, 120min). Direção de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon.


TERÇA (dia 27), às 19h15min

CORPO ELÉTRICO

(Brasil, 2017, 95min). Direção de Marcelo Caetano.


QUARTA (dia 28), às 19h15min

A PRIMEIRA MORTE DE JOANA

(Brasil, 2020, 91min). Direção de Cristiane Oliveira, seguido de debate com integrantes da ONG Somos.


SALA NORBERTO LUBISCO


15h – EO Assista o trailer aqui.

(Polônia/Itália, 2022, 85min). Direção de Jerzy Skolimowski, com Sandra Drzymalska, Mateusz Kosciukiewicz, Isabelle Huppert. Zeta Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Em tom de fábula, o filme acompanha a jornada de um burro cinza e suas descobertas pela Europa contemporânea – ele vivia em um circo e ganhou sua liberdade depois de um protesto pela liberação dos animais. Sozinho no mundo e movido por um espírito curioso, ele encara várias experiências e momentos inusitados. Com este longa, o veterano diretor Skolimowski, de 85 anos, faz uma homenagem a Robert Bresson e seu “A Grande Testemunha”, de 1966. O filme competiu no Festival de Cannes 2022 e foi um dos cinco indicados ao Oscar de filme internacional.  


16h45 – QUANDO ESCURECE 

(Cuando Oscurece - Argentina, 2022, 80min). Direção de Néstor Mazzini, com Cesar Troncoso, Matilde Creimer Chiabrando, Andrea Carballo. Distribuição independente, 14 anos. Drama.

Sinopse: Flor acredita que está passeando com o pai quando eles rodam muitos quilômetros por lugarejos do interior. Mas a intenção de Pedro é sequestrar a filha, já que acredita que nunca mais poderá vê-la. Quando a menina percebe o que está acontecendo, decide buscar pela mãe. Prêmio de melhor direção na competição de filmes latinos do Festival de Cinema de Gramado 2022, "Cuando Oscurece" é a segunda parte da trilogia "Autoengano", que Mazzini iniciou com o longa "36 Horas".


18h30 – BEM-VINDOS DE NOVO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 105min). Documentário de Marcos Yoshi. Embaúba Filmes, 14 anos.

Sinopse: Na virada do milênio, os descendentes de japoneses Yayoko e Roberto Yoshisaki foram tentar uma vida melhor no Japão, enquanto seus três filhos ficaram no Brasil com os avós. O casal retorna 13 anos depois e a família passa por uma complexa reconstrução afetiva, documentada pelo filho Marcos Yoshi.


PPREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos.Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 21 de junho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'The Flash'

Sinopse: Os mundos colidem quando Flash viaja no tempo para mudar os eventos do passado. No entanto, quando sua tentativa de salvar sua família altera o futuro, ele fica preso em uma realidade na qual o General Zod voltou, ameaçando a aniquilação. 

Cada filme produzido e lançado pela Warner/DC é rodeado de incertezas com relação ao resultado final da obra. Infelizmente isso acontece em um momento em que o gênero de filmes de Super Heróis para o cinema se encontra desgastado e não sabendo ao certo em que rumo irá tomar. A última carta do baralho se encontra na já explorada questão do multiverso.

Desde "Vingadores - Últimato" (2019) vemos cada vez mais filmes de super-heróis explorando a possibilidade de testemunharmos novas linhas temporais, outras realidades alternativas e vermos personagens conhecidos por outra perspectiva. Portanto, "The Flash" (2023) chega em um momento em que o bonde já está andando algum tempo, mas não significa que pode ser facilmente descartado.

Dirigido por Andy Muschietti, do grande sucesso "It - A Coisa" (2017), a trama se passa tempos depois aos eventos vistos em "liga da Justiça", onde Barry Allen decide viajar no tempo para evitar o assassinato de sua mãe, pelo qual seu pai foi injustamente condenado à cadeia. O que ele não imaginava seria que sua atitude teria consequências catastróficas para o universo. Ao voltar no tempo, Allen se vê em um efeito borboleta e começa a viajar entre mundos diferentes do seu. Para voltar para seu plano original, Flash contará com a ajuda de versões de heróis que já conheceu.

O filme é baseado livremente na HQ "Flashpoint" e do qual explora uma realidade completamente diferente da DC. Aqui a situação não é diferente, sendo que a volta do tempo em que o protagonista faz para evitar a morte de sua mãe acaba se tornando uma bela desculpa para testemunharmos um outro tipo de viagem do tempo até então pouco explorado no cinema. É então que os efeitos visuais explodem na nossa cara, com direito a um CGI estranho, mas que se casa com a proposta pouco lucida do filme como um todo.

Em termos de ação o início do filme já começa acelerado, com direito a humor, por vezes forçado, explosões e até mesmo com algumas participações especiais. Porém, o filme desacelera para trabalhar mais na questão do drama vivido pelo protagonista, já que ele usa o seu poder para mudar o passado, mas tendo consequências graves ao longo do percurso. É então que o filme ganha fôlego graças ao ótimo desempenho de Ezra Miller que interpreta duas versões temporais do personagem e se tornando a alma do longa como um todo e fazendo a gente somente lamentar o fato do ator ter se envolvido com tantas polêmicas que poderão até mesmo prejudicar o resultado final desse projeto.

Se formos analisar de uma forma mais fria possível, o fio narrativo serve somente como desculpa para que o filme explore outras versões dos personagens, em especial com relação ao Batman. Trinta anos depois é com máxima alegria que eu vejo na tela grande o retorno de Michael Keaton como o homem morcego, sendo que aqui a sua personalidade ainda é mais explorada e se tornando um coadjuvante de peso durante toda a trama. Atenção para o momento em que a clássica trilha sonora dos filmes estrelados por Keaton dispara e sendo uma bela cortesia de Danny Elfman que nos faz ficar com um arrepio na espinha.

Infelizmente o roteiro peca ao não explorar mais as diversas possibilidades sobre o multiverso e fazendo as inúmeras ideias acabarem ficando somente em nosso pensamento. Supergirl, por exemplo, possui uma presença forte em cena, principalmente devido ao bom desempenho da atriz Sasha Calle, mas cujo seu esforço não foi o suficiente para que a sua personagem fosse mais bem explorada e adquirisse novos rumos. Porém, já que tanto insistem no multiverso bem que poderiam dar uma segunda chance para a personagem em um projeto futuro.

O ato final transita entre momentos falhos, surpresas e até mesmo oscilando para momentos dramáticos muito bem dirigidos e que ganham ainda mais força pelo esforço de Ezra Miller em cena. E se por um lado a solução para resolver o conflito da trama soe um tanto que forçado, ao menos essa brincadeira ao mexer com o multiverso nos brinda com uma das cenas mais surpreendentes do filme. Pode-se dizer que testemunhamos todas as adaptações para o cinema da DC em uma única sequência e até mesmo cenas de filmes que jamais saíram da prancheta.

Com essa homenagem, além de uma participação surpresa ainda mais surpreendente no minuto final da trama, "The Flash" é uma boa aventura do herói velocista, mas que chega ao cinema em um momento em que o gênero se encontra cada vez mais em um cenário indefinido e cuja ideia do multiverso já se encontra se esgotando. 


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