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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Os Fabelmans'

Sinopse: O jovem Sammy Fabelman se apaixona por filmes depois que seus pais o levam para ver "The Greatest Show on Earth". Armado com uma câmera, Sammy começa a fazer seus próprios filmes em casa, para o deleite de sua mãe solidária. 

Em uma época que ainda passava bons filmes em uma distante "Sessão da Tarde" eu nunca me esquecerei de um dia em que passaram o clássico "O Maior Espetáculo da Terra" (1952) de Cecil B. DeMille. Eu fiquei tão absorvido pelo encanto daquele filme que simplesmente não queria que o tempo passasse, pois eu já estava mais do que envolvido com os personagens e espantado pela qualidade do filme mesmo tendo sido rodado no início dos anos cinquenta. Nunca me esquecerei da famosa batida do trem e que que com certeza marcou marcou uma geração inteira.

Talvez os filmes não mudem o mundo, mas quem sabe possam mudar o curso da vida das pessoas. Portanto, eu compreendo que o pequeno Steven Spielberg talvez tenha visto realmente "O Maior Espetáculo da Terra", mas poderia ter sido outro qualquer filme da era de ouro que poderia mudar o curso de sua vida e fazendo o mesmo abraçar o seu destino em ser um dos maiores cineastas de todos os tempos.  "Os Fabelmans" (2022) não é somente uma reconstituição da juventude do cineasta, como também uma espécie de reconciliação que o realizador faz com relação a sua própria família.

Em "Os Fabelmans", o jovem Sammy Fabelman crescendo no Arizona pós-Segunda Guerra Mundial, se apaixona por filmes depois que seus pais o levam para ver "O Maior Espetáculo da Terra". Armado com uma câmera, Sammy começa a fazer seus próprios filmes em casa, para o deleite de sua mãe solidária. Porém, quando o jovem descobre um segredo de família devastador, ele decide explorar como o poder dos filmes nos ajuda a ver a verdade uns sobre os outros - e sobre nós mesmos. Os Fabelmans é uma história vagamente baseada na própria infância do diretor Steven Spielberg, com um jovem aspirante a cineasta no centro da história.

Curiosamente, antes da abertura do filme, Steven Spielberg fala rapidamente com a gente e diz que essa obra é sua mais pessoal de sua carreira e realmente dá para sentir em cada quadro do filme ao longo da projeção. Ao começar pela abertura, que não somente presta uma homenagem ao clássico de  Cecil B. DeMille, como também é uma declaração de amor ao cinema como um todo e de como essa arte proporciona para nós experiências inesquecíveis e que servem até mesmo como grande aprendizado. Uma vez que o jovem futuro cineasta está mais do que conquistado se tem logo adiante a construção gradual do protagonista, mas cujo os personagens em volta é que fazem ele formar a sua real pessoa.

No primeiro ato, por exemplo, ficamos encantados ao vermos o pequeno Sam filmar como gente grande os seus primeiros curtas e quase sempre usando as suas irmãs como cobaias para as filmagens. É interessante que a famosa cena do trem vista no clássico de Cecil B. DeMille aparece aqui constantemente, mas de uma forma feita pelo olhar do futuro cineasta e sintetizando o fato em que olhar pessoal dele dá o primeiro passo, mas é as imagens do super 8 que falam muito mais do que nós imaginamos. Aliás, essa magia das imagens falarem por si é algo que será visto e revisto constantemente no decorrer do filme e sendo algo que representa o verdadeiro dom de Sam, mas que ao mesmo tempo lhe trará certas adversidades que até mesmo ele não gostaria de testemunhar.

Em um determinado momento, por exemplo, através de cenas em que Sam havia filmado a sua família ele descobre algo que ele próprio não havia descoberto em seu dia a dia. Aliás, é notório que Steven Spielberg presta aqui uma homenagem ao seu companheiro Brian De Palma quando o mesmo havia rodado o clássico "Um Tiro na Noite" (1981) e cuja a arte de se fazer cinema é usada dentro do filme para revelar um possível crime. Aqui neste caso não existe um crime em que Sam testemunha, mas sendo algo que ele irá aprender na melhor e pior maneira possível e é então que os interpretes que dão vida aos pais do protagonista realmente brilham.

Michelle Williams nos brinda com uma de suas melhores atuações em anos, já que ela interpretada a mãe do futuro cineasta de uma forma complexa, delicada e que faz com que sintamos raiva e ao mesmo tempo pena dela. Não há como negar que os momentos de até mesmo tensão familiar são protagonizados por ela em cenas que o olhar da interprete constroem todo o sentimento que a sua personagem está passando naquele momento. A cena do armário, por exemplo, é digna de um Oscar e onde a sua personagem se entrega a sua real pessoa perante o seu filho e do qual não deseja perde-lo.

Já Paul Dano transita entre a simplicidade e ao mesmo tempo complexidade ao interpretar o Pai do Sam. O personagem, aliás, é pura carisma e positividade, mas ao mesmo tempo não esconde ser um homem preso ao sistema capitalista norte americano e sempre desejando que o filho procure algo que o realmente lhe sustente e tratando a sua paixão pelo cinema como um simples hobby. Logo ele vai percebendo que as paixões de cada um jamais podem ser contidas e que elas precisam seguir em frente para só então a pessoa saber que valeu a pena não contê-las.

Ainda é cedo dizer se o ator Gabriel LaBelle que faz do seu modo a versão jovem de Steven Spielberg seguirá longe no ramo de cinema. Aqui, ao menos, ele cumpre o objetivo de passar para nós algum traço familiar do que foi a juventude do futuro cineasta, mas que logicamente a gente sente isso graças ao próprio Spielberg conseguir extrair através de sua direção segura e acima de qualquer suspeita. Direção essa que enche os nossos olhos na medida em que o filme avança.

É primoroso ver os velhos, porém, sublimes planos-sequências que o realizador realiza no decorrer do longa, onde acompanhamos o movimento dos protagonistas de perto e fazendo com que cada cena se torne um belo balé filmado. Além disso, o realizador presta uma bela homenagem as cenas em Super-8, já que foi o seu primeiro grande contato com relação a sétima arte e, portanto, era mais do que obvio que haveria cenas como essa em tamanha abundância. E se vocês acham que já viram de tudo com relação ao que ele já havia filmado para os seus pais e para escola, aguardem para as cenas filmadas na praia e que irá fazer o pior valentão da escola reconhecer o grande talento que está por detrás daquele nerd de poucos amigos.

Como eu disse acima, o filme não é somente uma visão particular sobre Steven Spielberg, como também uma forma dele fazer as pazes com relação ao seu passado e compreender de uma vez por todas os caminhos que os seus pais decidiram trilhar naquele momento. Se nos tempos de "Contatos Imediatos de 3º Grau" (1978) e "ET" (1982) a gente sentia um Spielberg rebelde sobre isso, atualmente concluímos que ele está compreensivo sobre o assunto e através desse filme ele encerra um capítulo de sua vida como um todo. Mas como o filme em si é sobre a paixão pelo cinema aguardem os minutos finais, pois o realizador presta uma bela homenagem para um grande mestre e que obtêm esse feito graças a presença de outro grande mestre e que ao cruza-los se tem um grande encerramento do longa como um todo.

"Os Fabelmans"  é uma declaração de amor que Steven Spielberg faz aos seus pais, mas ao mesmo tempo é uma bela homenagem a sétima arte e cujo os cinéfilos não irão se esquecer por um bom tempo.     


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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (02/02/2023)

 BATEM À PORTA

Sinopse: Em Batem à Porta, Eric (Ben Aldrige) e Andrew (Jonathan Groff) estão de férias com sua filha Wen (Kristen Cui) em uma cabana isolada no campo. Enquanto brincava na floresta, o pequeno Wen conhece o educado Leonard (Dave Bautista). A tranquilidade da família então chega a um fim abrupto quando ele, acompanhado por três outros estranhos armados (Rupert Grint, Nikki Amuka-Bird e Abby Quinn), conseguem entrar à força na cabana e faz a família como refém. Os invasores contam a seus reféns sobre uma visão misteriosa e os forçam a tomar uma decisão inimaginável, um sacrifício para evitar o apocalipse iminente.



O GRANDE MAURICINHO

Sinopse: Mauricinho (Marcelo Adnet) é um gato muito esperto que inventa um golpe para ganhar dinheiro fácil. Ele faz amizade com um grupo de ratos falantes e passa a viajar de cidade em cidade oferecendo-se para resolver misteriosos problemas de infestação… de ratos! Tudo vai bem com o golpe, até que Mauricinho e os roedores chegam à cidade de Bad Blintz e conhecem Marina (Sophia Valverde), uma menina muito inteligente que pode fazer o plano ir por água abaixo.



OPERAÇÃO HUNT

Sinopse: Anos 1980. No auge da ditadura na Coréia do Sul, uma caçada a um espião norte-coreano acaba revelando segredos de Estado. Dirigido e estrelado por Jung-jae Lee.



GEMINI – O PLANETA SOMBRIO

Sinopse: Depois de séculos destruindo os recursos da Terra, a humanidade enfrenta a sombria realidade de que sua última chance de sobrevivência pode exigir a criação de um lar totalmente novo – no espaço sideral. Uma expedição internacional é rapidamente formada para encontrar um novo planeta adequado, mas quando os planos dão errado, a tripulação fica repentinamente sem energia em um planeta estranho. Infelizmente, eles logo descobrirão que algo verdadeiramente inimaginável está lá fora observando, esperando pelos incautos exploradores humanos.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO 2 A 8 DE FEVEREIRO DE 2023 na Cinemateca Paulo Amorim

SALA PAULO AMORIM

·A sala está fechada para manutenção e reformas.


SALA EDUARDO HIRTZ


14h30 - AFTERSUN Assista o trailer aqui.

(Reino Unido/EUA, 2022, 100min). Direção de Charlotte Wells, com Frankie Corio e Paul Mescal. O2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Quando tinha 11 anos, Sophie passou alguns dias de férias com o pai, numa praia ensolarada e cheia de descobertas. Vinte anos depois, ela encontra um vídeo daquele verão e tenta se reconciliar com suas lembranças e com aquele homem que até hoje não conhece plenamente. Paul Mescal é um dos cinco indicados ao Oscar de melhor ator.


16h20 - ME CHAMA QUE EU VOU Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 70min). Documentário de Joana Mariani. Vitrine Filmes, 10 anos.

Sinopse: O próprio Sidney Magalhães protagoniza os depoimentos que dão conta da sua trajetória de cinco décadas – ou melhor, de Sidney Magal, um ícone da música popular brasileira. Ao completar 70 anos, segue sendo um homem simples, sorridente e apaixonado e que ainda brilha como cantor, dançarino, ator e dublador. Além de mostrar o homem por trás do ídolo, o filme mostra os bastidores de sucessos como “Sandra Rosa Madalena”, “Tenho” e “Me Chama que eu Vou”. O documentário recebeu o Kikito de melhor montagem no Festival de Gramado 2020.


17h40 - REGRA 34 Assista o trailer aqui.

(Brasil/França, 2022, 100min). Direção de Julia Murat, com Sol Miranda, Lucas Andrade, Lorena Comparato. Imovision, 18 anos. Drama.

Sinopse: Simone é uma jovem advogada negra que pagou a faculdade de Direito fazendo performances online de sexo. Seu sonho é defender mulheres em casos de abuso, mas seu passado volta à tona quando seus interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo. O filme foi o vencedor do Leopardo de Ouro no 75º Festival Internacional de Cinema de Locarno.


19h30 - HOLY SPIDER Assista o trailer aqui.

(Dinamarca/Alemanha/Suécia/França, 2022, 115min). Direção de Ali Abbasi, com Mehdi Bajestani, Zar Amir Ebrahimi, Arash Ashtiani. O2 Play, 16 anos. Drama policial.

Sinopse: Uma jornalista investiga o submundo da cidade sagrada iraniana Mashad, em busca de um serial killer de prostitutas. Conhecido como Spider Killer, o assassino é um fanático religioso que acredita estar em uma missão espiritual de limpar as ruas da corrupção e imoralidade. Baseado em uma sequência de crimes que aterrorizou o Irã no início dos anos 2000 e que resultou na morte de 16 mulheres, o longa-metragem conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes 2022 para Zar Amir Ebrahimi. Também foi o indicado pela Dinamarca na disputa pelo Oscar de filme internacional.


SALA NORBERTO LUBISCO


15h - CORSAGE Assista o trailer aqui.

(Áustria/França/Alemanha, 2022, 113min). Direção de Marie Kreutzer, com Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield. Imovision, 16 anos. Drama biográfico.

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.


17h - GAROTO DOS CÉUS Assista o trailer aqui.

(Boys from Heaven – Suécia/França/ Finlândia/Dinamarca, 2022, 120min). Direção de Tarik Saleh, com Tawfeek Barhom, Fares Fares, Mohammad Bakri. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Adam é filho de um pescador de uma pequena província que consegue uma bolsa de estudos para a conceituada Universidade Al-Azhar, no Cairo. A morte do Grande Imã, principal líder religioso do lugar, transforma completamente a vida do estudante. Adam só pensava em ajudar sua família, mas acaba envolvido em uma teia de intrigas entre os religiosos egípcios e a elite política. O filme foi o indicado pela Suécia para a disputa ao Oscar internacional. 


19h15 - MARTE UM Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O longa foi o indicado pelo Brasil para concorrer a uma vaga na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Holy Spider'

 Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 04/02/2023, sábado, às 10:15 da manhã

"Holy Spider"

Dinamarca/ Alemanha/ Suécia/ França, 2022, 115min, 16 anos

Direção: Ali Abbasi

Elenco: Mehdi Bajestani, Zar Amir Ebrahimi, Arash Ashtiani

Sinopse: Uma jornalista investiga o submundo da cidade sagrada iraniana Mashad, em busca de um serial killer de prostitutas. Conhecido como Spider Killer, o assassino é um fanático religioso que acredita estar em uma missão espiritual de limpar as ruas da corrupção e imoralidade. Baseado em uma sequência de crimes que aterrorizou o Irã no início dos anos 2000 e que resultou na morte de 16 mulheres, o longa-metragem conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes 2022 para Zar Amir Ebrahimi. Também foi o indicado pela Dinamarca na disputa pelo Oscar de filme internacional.

Sobre o Filme: 

Embora com poucos títulos de sua autoria, o diretor Iraniano, Dinamarquês e Sueco Ali Abbasi tem chamado atenção ao realizar contos que transitam entre a realidade crua, mas alinhada com a fantasia. "Border" (2019), por exemplo, retrata seres extraídos dos contos de fadas, mas que caminham em uma realidade suja e tendo que se acostumarem com as regras da mesma. Porém, diferente dos seus títulos anteriores, o realizador decide explorar a verdadeira face da realidade do Irã em "Holy Sipder" (2022) e do qual certamente renderá debates acalorados por onde irá passar.

O filme acompanha a história real de um dos seriais killers mais temidos do Irã que atuou entre os anos de 2000 e 2001. Saee Hanaei, conhecido como "Spider Killer" embarca em uma jornada "espiritual" onde está convicto que tem que limpar a cidade iraniana, Mashhad, da corrupção e imoralidade que, segundo ele, as prostitutas da cidade fazem para "sujar" a cidade. Após matar 16 mulheres que trabalham com sexo, ele fica cada vez mais desesperado com a falta de interesse do público da cidade com sua "missão divina". É então que a jornalista Arezoo Rahimi vai para a cidade para investigar os assassinatos.

Confira a minha crítica completa do filme clicando aqui e participe do Clube de Cinema.

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 02 A 08 DE FEVEREIRO

REGRA 34

Brasil/Drama/2022/100 min.

Direção: Julia Murat

Sinopse: Simone é uma jovem defensora pública que defende mulheres em casos de abuso. No entanto, seus próprios interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo.

Elenco: Sol Miranda, Lucas Andrade, Lorena Comparato, Isabela Mariotto 


ANDANÇA -OS ENCONTROS E AS MEMÓRIAS DE BETH CARVALHO

Direção: Pedro Bronz

Brasil/ Documentário/2022/115min.

Sinopse: Beth Carvalho, a “Madrinha do Samba”, foi uma das maiores sambistas do Brasil, ajudou a revelar grandes nomes e a revitalizar o gênero musical. Seus outros talentos e sua sensível capacidade de percepção da realidade que a cercava fez com que ela própria documentasse os ilustres encontros ao longo dos 53 anos de palcos e pagode. As imagens do documentário são parte desse vasto acervo nas mais diferentes mídias: super-8, vh-s, mini-dv, k7 e fotos. O filme se debruça sobre esse material de Beth Carvalho para traçar um recorte único, íntimo da carreira e da vida dessa singular figura da cultura nacional.


HORÁRIOS DE 02 A 08 DE FEVEREIRO DE 2023 (não há sessões nas segundas-feiras):


15h: REGRA 34

17h: ANDANÇA -OS ENCONTROS E AS MEMÓRIAS DE BETH CARVALHO

19h: REGRA 34


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Holy Spider'

Sinopse: Uma jornalista investiga o submundo da cidade sagrada iraniana Mashad, em busca de um serial killer de prostitutas. Conhecido como Spider Killer, o assassino acredita estar numa missão espiritual de limpar as ruas do pecado. 

Embora com poucos títulos de sua autoria, o diretor Iraniano, Dinamarquês e Sueco Ali Abbasi tem chamado atenção ao realizar contos que transitam entre a realidade crua, mas alinhada com a fantasia. "Border" (2019), por exemplo, retrata seres extraídos dos contos de fadas, mas que caminham em uma realidade suja e tendo que se acostumarem com as regras da mesma. Porém, diferente dos seus títulos anteriores, o realizador decide explorar a verdadeira face da realidade do Irã em "Holy Sipder" (2022) e do qual certamente renderá debates acalorados por onde irá passar.

O filme acompanha a história real de um dos seriais killers mais temidos do Irã que atuou entre os anos de 2000 e 2001. Saee Hanaei, conhecido como "Spider Killer" embarca em uma jornada "espiritual" onde está convicto que tem que limpar a cidade iraniana, Mashhad, da corrupção e imoralidade que, segundo ele, as prostitutas da cidade fazem para "sujar" a cidade. Após matar 16 mulheres que trabalham com sexo, ele fica cada vez mais desesperado com a falta de interesse do público da cidade com sua "missão divina". É então que a jornalista Arezoo Rahimi vai para a cidade para investigar os assassinatos.

Por estarmos acostumado em assistir aos filmes Iranianos dirigidos por mestres como, por exemplo, Abbas Kiarostami, esse "Holy Sipder" acaba nos dando um verdadeiro tapa na cara ao nos colocar frente a frente com algo mais cru ao retratar a realidade por lá na virada do milênio. Não que os filmes de Kiarostami eram fantasiosos, muito pelo contrário, mas ele seguia certas regras impostas pela censura como, por exemplo, retratar sempre as mulheres com o seu véu e vestidas de uma forma que não se visse as suas partes intimas. Aqui é diferente, principalmente na abertura onde vemos uma Iraniana sair a noite para se prostituir e não escondendo os hematomas dessa profissão.

A cena representa a forma como a mulher de lá é tratada de forma machista pelos que se dizem cidadãos do bem e que servem ao Alá. Infelizmente estamos acompanhando a primeira vítima da trama, da qual é brutalmente assassinada por homem misterioso, mas cujo o mistério não perdura muito. Logo se percebe nas entrelinhas que Ali Abbasi procura esclarecer que não estamos diante de somente um assassino, como também de um governo Patriarcado que devora as mulheres como um todo e os restos são devorados pelos seguidores completamente cegos.

Com a presença da personagem da atriz Zar Amir Ebrahimi, o filme ganha contornos de um suspense policial, chegando ao ponto de não dever em nada se formos comparar aos outros títulos, como por exemplo, a saga literária e cinematográfica Millennium. Curiosamente, a personagem de Zar Amir Ebrahimi possui um visual similar da famoso hacker Lisbeth Salander, além de possuir uma personalidade forte e não permitindo que o machismo ou preconceito lhe impõem contra ela. Portanto, é até uma pena que ela não tenha tido mais presença em cena durante a trama, mas foi o suficiente para ela ganhar o prêmio de Melhor Atriz no último festival de Cannes.

Ao meu ver, Ali Abbasi optou em dar um protagonismo maior ao assassino para falar sobre a própria sociedade e governo do Irã, sendo eles portanto os responsáveis pelas mortes dessas mulheres e tudo devido pelas leis alinhadas com as suas regras religiosas. O ator Mehdi Bajestani dá um verdadeiro show de interpretação, ao construir um personagem que demonstra ter sérios problemas, mas que ao mesmo tempo se encontra lúcido ao dizer que não se arrepende com relação ao que fez. As cenas em que ele diz isso comprovam que é um cidadão construído por uma nação moldada por um conservadorismo religioso retrógrado e que se tornou uma fábrica para o nascimento de outros monstros.

O ato final nos cria os mais diversos sentimentos, onde a sentença é imposta ao criminoso, mas ao mesmo tempo não escondendo o lado hipócrita de um governo que unicamente usa a religião para os seus fins corruptos. Além disso, os minutos finais se tornam simbólicos, do qual me fez lembrar do filme "O Reino" (2007), onde o mal pode até ser derrotado, mas as sementes que ficaram no percurso irão germinar para continuar o pesadelo. Uma geração inteira perdida por uma ideia e da qual não poderia continuar viva.

"Holy Spider" é um retrato do lado retrógrado do Irã de ontem e hoje e cuja as mulheres pagam alto preço ao se tornarem cadáveres empilhados em algum terreno obscuro. 


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Cine Dica: Cinemateca Capitólio celebra o centenário da atriz Ava Gardner

Para marcar a recente passagem dos 100 anos de nascimento de Ava Gardner (1922-1990), comemorado em 24 de dezembro último, a Cinemateca Capitólio programou uma pequena mostra com quatro filmes que estão entre os principais momentos da carreira da atriz norte-americana, celebrada à sua época como a mulher mais bela do mundo. Entre os dias 2 e 8 de fevereiro os espectadores poderão admirar a beleza e o talento de Gardner na tela grande, seja no clássico do cinema noir Os Assassinos (1946), filme que a consagrou; sob a direção do mestre John Ford em Mogambo (1953), que lhe deu sua primeira e única indicação ao Oscar de melhor atriz; ou ainda nos cultuados Os Amores de Pandora (1951) e A Condessa Descalça (1954), tidos pela crítica especializada como os dois títulos mais icônicos da filmografia da atriz.

Completando a programação, a Cinemateca Capitólio exibe os três filmes gaúchos premiados pela Accirs, a Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, como os melhores do ano passado: o longa 5 Casas, de Bruno Gularte Barreto, e os curtas Madrugada, Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza, e Sinal de Alerta – Lory F., de Frederico Restori.


PROGRAMAÇÃO


Mogambo (1953)

Direção de John Ford

116 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

No Quênia, duas mulheres (Ava Gardner e Grace Kelly) disputam o amor de um caçador (Clark Gable). Aventura romântica dirigida pelo mestre John Ford, rodada em locações na África, com uso virtuoso do technicolor. Filme que deu a Ava Gardner sua primeira e única indicação ao Oscar de melhor atriz.


Os Amores de Pandora (1951)

Direção de Albert Lewin

124 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Em um pequeno porto espanhol chamado Esperanza, vive a bela e enigmática Pandora (Ava Gardner), uma mulher que mantém todos os homens do vilarejo aos seus pés. Um dia, um iate misterioso aparece na baía, comandado pelo misterioso Hendrick Van Der Zee (James Mason). Pandora se sente imediatamente atraída por ele, e logo descobrimos que Hendrick é o capitão do Holandês Voador, um navio fantasma do século 17, amaldiçoado a vagar eternamente pelos mares, a menos que Hendrick encontre uma mulher que o ame a ponto de dar a sua vida por ele. Obra-prima recentemente restaurada, admirada pelos surrealistas por sua atmosfera onírica. Como a sedutora Pandora Reynolds, Gardner está no ápice de sua beleza.


A Condessa Descalça (1954)

Direção de Joseph L. Mankiewicz

128 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Durante o funeral de uma condessa, dois homens relembram episódios do seu passado. A história começa na Espanha, onde eles convencem uma dançarina a se tornar atriz em Hollywood. A fama e a riqueza, no entanto, não lhe garantirão a felicidade. Ava Gardner brilha como Maria Vargas, em trama que inclui elementos de sua própria biografia.


Os Assassinos (1946)

Direção de Robert Siodmak

103 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Um ex-campeão de boxe, Sueco (Burt Lancaster) espera em um velho quarto de hotel pelos dois assassinos profissionais que deverão matá-lo. Um investigador (Edmond O'Brien), contra as ordens de seu chefe, irá pesquisar o caso do Sueco, e descobrir uma intricada rede de traição e crime ligada à máfia, e à bela e dissimulada Kitty Collins (Ava Gardner), uma mulher que consegue ser tão fatal quanto sensual. Baseado em um conto de Ernest Hemingway, o diretor Robert Siodmak conta a história desses personagens em uma surpreendente série de flashbacks, que se tornarão cada vez mais reveladores até o final. Filme que alçou Ava Gardner e seu companheiro de elenco Burt Lancaster ao estrelato.


5 Casas

Direção de Bruno Gularte Barreto

85 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Em uma cidadezinha no interior do Rio Grande do Sul há cinco casas e cinco histórias que se confundem em uma mesma. Uma velha professora lutando para manter sua casa de pé, um jovem que sofre agressões por se recusar a esconder sua natureza, uma freira sendo transferida da escola que regeu com punho de ferro por décadas, um velho capataz em uma fazenda mal assombrada e um menino cujos pais morreram 20 anos atrás e que é hoje o diretor que volta para buscar as memórias de sua infância perdida e dar voz a essas pessoas.


 Madrugada (2021)

Direção de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza

19 minutos

Trabalhadores arriscam suas vidas invadindo trens em movimento para recolher restos de grãos e revendê-los. Noites de trabalho sem fim, em que corpos desaparecem, engolidos pela paisagem industrial do porto de Rio Grande e pela crise econômica brasileira.


Sinal de Alerta – Lory F. (2021)

Direção de Fredericco Restori

19 minutos

A vida breve e intensa da compositora Lory Finocchiaro, que nos anos 90, em Porto Alegre, se firmou como uma roqueira à frente do seu tempo. Como vários expoentes dos anos 90, acabou sendo vítima da Aids e faleceu antes de finalizar seu único disco.


GRADE DE HORÁRIOS

2 a 8 de fevereiro de 2023


2 de fevereiro (quinta-feira)

15h – Ava Gardner 100 Anos (Os Assassinos)

17h – Ava Gardner 100 Anos (Os Amores de Pandora)

19h15 – Madrugada + 5 Casas


3 de fevereiro (sexta-feira)

15h – Ava Gardner 100 Anos (Os Assassinos)

17h – Ava Gardner 100 Anos (A Condessa Descalça)

19h15 – Sinal de Alerta – Lory F. + 5 Casas


4 de fevereiro (sábado)

16h30 – Madrugada + 5 Casas

18h30 – Ava Gardner 100 Anos (Os Amores de Pandora)


5 de fevereiro (domingo)

16h30 – Sinal de Alerta – Lory F. + 5 Casas

18h30 – Ava Gardner 100 Anos (A Condessa Descalça)


7 de fevereiro (terça-feira)

15h – Ava Gardner 100 Anos (Mogambo)

17h – Ava Gardner 100 Anos (Os Amores de Pandora)

19h15 – Madrugada + 5 Casas


8 de fevereiro (quarta-feira)

15h – Ava Gardner 100 Anos (Os Assassinos)

17h – Ava Gardner 100 Anos (Mogambo)

19h15 – Sinal de Alerta – Lory F. + 5 Casas