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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Cine Especial: 'Casablanca' - 80 Anos Depois

Na era de ouro do cinema norte americano a toda poderosa Warner lançava, ao menos, um filme por semana e fazendo com que facilmente alguns deles entrassem para a história. Cada filme pertencia há um gênero, mas havia um ou outro que era muito difícil de ser classificado. A obra prima de Michael Curtis, "Casablanca" (1942) é um dos desses casos que muitos até hoje se perguntam de qual gênero o filme pertence, pois ele acabou se tornando algo único e que talvez não pertença em nenhum grupo especifico.

Nunca me esqueço, por exemplo, sobre uma lista dos melhores filmes de Guerra de todos os tempos, do qual a saudosa Revista Set de cinema havia lançado em uma edição e que "Casablanca" estava incluso. Não demorou para que muitos leitores começassem a questionar a escolha, já que na época quando se falava sobre filme de guerra muitos se lembravam de bombas, tiros e mortes e principalmente após o ótimo "O Resgate do Soldado Ryan" (1998). Talvez o questionamento nasça pelo fato que a maioria dos cinéfilos se lembrem de “Casablanca” unicamente pela sua história de amor e não pelo conflito global que servia de pano de fundo para a trama principal. Se formos pensar mais a fundo todos os personagens envolvidos se conhecerem através da invasão da Alemanha nos demais países Europeus e criando assim uma segunda guerra em que os personagens enfrentam, mais especificamente por sentimentos e conflitos internos não resolvidos.

Rick Blaine (Humphrey Bogart) se apresenta como um dono de um bar e de jogos na cidade Casablanca de Marrocos, local onde muitos Europeus estão fugindo devido a onda nazista que se alastra. Frio e calculista, o personagem baixa a sua guarda no momento em que revê um amor de seu passado, Ilsa Lund (Ingrid Bergman) e que hoje é casada com o francês Victor Laszlo (Paul Henreid) soldado da resistência contra os nazistas. Não demora muito para que, aos poucos, o roteiro nos revele o passado do casal central e dos quais os mesmos se conheceram um dia em Paris.

Basicamente é uma história de amor como tantas que a era de ouro poderia nos oferecer para a época, mas sendo incrementado elementos que fizeram a diferença. Com grande elenco, a produção possui uma das produções mais caprichadas naqueles tempos, tanto é pelo fato que os atores jamais pisaram em Marrocos, pois toda a trama foi rodada em estúdio, mas o perfeccionismo dos realizadores foi tamanho que muitos até hoje acreditam que realmente a trama foi rodada na verdadeira Casablanca. Vencedor de somente três Oscars na época, incluindo Melhor Filme, é pouco para uma produção que nos conquista pela sua beleza visual e de sua história de amor.

Vale salientar que o filme é carregado de diversas fórmulas de sucesso do "subgênero Noir", que na época estava em abundância e a escolha de Humphrey Bogart como protagonista era mais do que óbvia. Afinal, o astro recém havia obtido um grande sucesso com o clássico "O Falcão Maltes" (1941), obra máxima de John Huston e do qual Bogart provou que nasceu para interpretar um detetive durão e imprevisível. Embora longe de ser uma trama policial, não há como negar que visualmente o filme nos prega essa ideia e com o astro em cena essa sensação somente se acentua.

Fugindo das damas fatais da época, Ingrid Bergman apresenta a sua personagem Ilsa Lund como alguém que desde a sua primeira cena já constatamos que ela se encontra em desespero interno e que conhecemos um pouco dele através do personagem cantor e pianista Sam (Dooley Wilson), amigo de Rick e que toca o seu piano no bar local. No momento em que ambos se encontram Ilsa pede para Sam cantar a música "As Time Goes By" e é então que ela e Rick finalmente se reencontram. Vale destacar que essa música entrou para a história do cinema, ao ponto de se tornar um símbolo do estúdio Warner e fui conhece-la muito antes de assistir ao clássico, mais especificamente em um clipe em que reunia diversas cenas dos clássicos do estúdio e que se encontrava nas fitas de VHF que eu alugava.

Como todo grande clássico, há diversas cenas que fizeram o filme entrar facilmente para a história do cinema, mas nenhuma se iguala com a cena final da pista de voo de Casablanca. O protagonista sacrifica o seu amor por um bem maior e permite que Ilsa e Victor partam para os EUA para fugir dos nazistas. Neste momento, o protagonista está pronto para sofrer as consequências nas mãos da Gestapo, mas sendo salvo pelo Capitão Renault (Claude Rains). Ao fim, vemos o protagonista testemunhando o avião partir, mas tendo o consolo de formar uma bela amizade com Renalt e fazendo o filme se encerrar com chave de ouro.

"Casablanca" é aquele típico clássico onde você não conhece pela primeira vez quando o assiste, mas sim através de homenagens e referencias do mesmo dentro de outros filmes, desenhos e séries de tv. Portanto, se você testemunhar alguém tocando "As Time Goes By"  conhecerá uma parte da lenda antes mesmo de conhece-la. "Casablanca", não pertence a um gênero especifico, mas sim se encontra inserido nos simbolismos da sétima arte como um todo.

Nota: O filme terá Sessão Especial amanhã as 19 horas na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre. 

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (09/12/2022)

 ARMAGEDDON TIME

Sinopse: Em Armageddon Time, na Nova York dos anos 1980, antes de Ronald Reagan ser eleito presidente dos Estados Unidos, uma família vive no Queens e precisa passar por um processo profundamente pessoal. Traçando uma trajetória intensa de amadurecimento, o longa aborda a força da família e a busca que atravessa gerações pelo "sonho americano". 


CLARICE LISPECTOR – A DESCOBERTA DO MUNDO

Sinopse: Ensaio documental criado a partir de uma seleção de depoimentos da escritora, entrevistas com amigos e familiares em uma costura poética visual com trechos adaptados da sua obra. O filme contempla a exibição de material inédito e resgata a participação de Clarice Lispector no programa "Os mágicos" da TV Educativa, em dezembro de 1976.



ELA DISSE

Sinopse: Inspirado em eventos reais, a história de duas jornalistas do New York Times que mudou Hollywood. Megan Twohey e Jodi Kantor escrevem uma das histórias mais importantes de uma geração, que ajudou a lançar o movimento #MeToo e quebrou décadas de silêncio em torno do assunto de agressão sexual em Hollywood. 



IRMÃOS DE HONRA

Sinopse: Conta a história real de dois jovens pilotos de caça da Marinha dos Estados Unidos durante a Guerra da Coreia. Jesse Brown (Jonathan Majors) e Tom Hudner (Glen Powell) são aceitos em um esquadrão de elite para treinamento e serão levados ao limite para se tornarem os melhores pilotos enquanto formam uma forte amizade, que será testada no campo de batalha.



MUCO: CONTRADIÇÃO NA TRADIÇÃO

Sinopse: Os primeiros princípios éticos do Yoga (Yamas) conduzem a trama do documentário Muco: contradição na tradição. O filme apresenta dois irmãos brasileiros que viajam à Índia a fim de entender as implicações que essa prática tem em nossa sociedade. Ao longo da jornada desvelam-se verdades ocultas da Índia que colocam em xeque a própria tradição do Yoga.



PRONTO, FALEI

Sinopse: Renato (Nicolas Prattes) é um jovem tímido e inseguro, que expressa o que verdadeiramente pensa apenas através de e-mails. Escreve para o colega de trabalho (Romulo Arantes Neto), para a namorada (Kéfera Buchmann), para os pais... não esconde nada, diz tudo o que pensa. Absolutamente tudo! E na hora de enviar... não envia. Grava na pasta de rascunhos. 



RUÍDO BRANCO

Sinopse: Ao mesmo tempo hilário e horripilante, RUÍDO BRANCO retrata o drama de uma família americana contemporânea que tenta lidar com os conflitos da vida cotidiana em meio a questões filosóficas e universais, como o amor, a morte e a possibilidade de felicidade em um mundo repleto de incertezas.


SOL

Sinopse: Um pai recém-separado, que não consegue se reconectar com a filha de dez anos, é obrigado a viajar com ela para o interior do País em busca do próprio pai que o abandonou quando criança e agora quer morrer. 



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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 8 A 14 DE DEZEMBRO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

BEM-VINDOS A BORDO 


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h45 – GOLIAS    ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Goliath - França, 2021, 120min). Direção de Frédéric Tellier, com Gilles Lellouche, Pierre Niney, Emmanuelle Bercot. Bonfilm, 14 anos. Drama.

Sinopse: Patrick é um advogado especializado em direito ambiental. France é uma professora que se torna ativista depois que o seu marido fica doente devido à exposição a um pesticida. E também há Mathias, um ambicioso lobista que trabalha para uma grande empresa química. Os destinos destes três personagens se cruzam à medida em que milhares de pessoas tentam se unir para impedir uma tragédia. Inspirado em uma história real, o filme fez parte da programação do Festival Varilux de Cinema Francês.


17h – BEM-VINDOS A BORDO    ESTREIA  Assista o trailer aqui.

(Rien à Foutre - França/Bélgica, 2021, 115min). De Emmanuel Marre e Julie Lecoustre, com Adèle Exarchopoulos, Alexandre Perrier, Mara Taquin. Synapse Filmes, 16 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Cassandre é comissária de bordo em uma companhia aérea de baixo custo. Ela dribla o salário baixo fazendo horas extras e sendo o mais eficiente possível – e compensa tudo com uma vida despreocupada. Quando a garota é demitida e precisa voltar para casa, surgem problemas que ela não queria enfrentar. O longa fez sua estreia na Semana da Crítica do Festival de Cannes.


19h – DEUS TEM AIDS (A PARTIR DE DOMINGO, DIA 11)  Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 80min). Documentário de Fábio Leal e Gustavo Vinagre. Vitrine Filmes, 18 anos.

Sinopse: Quarenta anos depois do início da epidemia de AIDS, sete artistas e um médico ativista - todos vivendo com o HIV -, oferecem novas imagens e perspectivas para lidar com a sorofobia no Brasil. O filme participou da mostra competitiva do 29º Mix Brasil e também ganhou os prêmios de melhor filme e de público no Queer Porto.


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


15h – A ACUSAÇÃO Assista o trailer aqui.

(Les Choses Humaines - França, 2022, 138min) Direção de Yvan Attal, com Ben Attal, Suzanne Jouannet, Charlotte Gainsbourg, Mathieu Kassovitz, Pierre Arditi. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Alexandre é um jovem educado e inteligente que estuda em uma concorrida universidade americana. Quando vai a Paris, por motivos familiares, Alexandre conhece Mila, a filha do novo namorado de sua mãe. Os dois jovens vão juntos a uma festa e, no dia seguinte, Mila denuncia Alexandre por estupro. Toda a aparente harmonia familiar desaparece e tem início um complexo julgamento que apresenta verdades opostas. O filme é adaptado do romance homônimo da francesa Karine Tuil.


17h30 – KOBRA AUTO RETRATO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 85min). Documentário de Lina Chamie. Imovision. 10 anos.

Sinopse: Em uma noite de insônia, Eduardo Kobra revê sua vida desde a infância difícil na periferia até o sucesso mundial como muralista. Nessa trajetória de vida, do grafite ilegal nas ruas de São Paulo até pintar grandes murais em mais de 30 países, Kobra passa a entender a arte de rua como voz política e democrática.


19h15 – MOSTRA XIII BRAZILIAN FILM FESTIVAL

O ingresso para os filmes equivale a um brinquedo, que será doado para o Centro Social Madre Madalena.


09/12 (sexta) - 19h15 – A Última Floresta

10/12 (sábado) - 19h15 – Os Arrependidos

11/12 (domingo) - 19h15 – Pixinguinha – Um Homem Carinhoso


DIA 09, SEXTA

19h15 – A ÚLTIMA FLORESTA

(Brasil, 2021, 75min). Direção de Luiz Bolognesi.

Sinopse: Em um grupo Yanomani isolado na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. + Acompanha o curta “Filhas de Lavadeiras” (22min), de Edileuza Souza.


DIA 10, SÁBADO

19h15 – OS ARREPENDIDOS

(Brasil, 2022, 83min). Direção de Armando Antenore e Ricardo Calil.

Sinopse: Em 1970, auge da repressão pela ditadura militar, cinco guerrilheiros presos vieram a público renegar a luta armada e elogiar o regime. Com a repercussão das declarações, o governo resolveu transformar as retratações em prática de Estado e passou a torturar opositores para que fizessem o mea-culpa. + Acompanha o curta “Fantasma Neon” (20min), de Leonardo Martinelli.


DIA 11, DOMINGO

19h15 – PIXINGUINHA – UM HOMEM CARINHOSO

(Brasil, 2021, 100min). Direção de Denise Saraceni e Allan Fiterman.

Sinopse: Cinebiografia sobre a vida e a obra de Alfredo da Rocha Vianna Jr, o Pixinguinha (1897–1973), considerado o pai da Música Popular Brasileira. Neto de escravos, foi um gênio musical muito à frente de seu tempo e ganhou o reconhecimento de artistas como Tom Jobim, João Gilberto e Caetano Veloso. Sua composição “Carinhoso” é a música brasileira mais gravada de todos os tempos. + Acompanha o curta “Belos Carnavais” (16min), de Tiago Mendonça.


DIA 13, TERÇA    ENTRADA FRANCA

19h30 – SESSÃO ESCOLA DE CINÉFILOS


Exibição de Curtas de Barbara Hammer, na abordagem do Cinema Queer.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


Acesse nossas plataformas sociais:

https://linktr.ee/cinematecapauloamorim

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 08 a 14 DE DEZEMBRO

 ESTREIA:

ÊXTASE

Brasil/ Documentário/ 2022/80 min.

Direção: Moara Passoni

Sinopse: Clara enfrenta o medo e a vulnerabilidade criando um mundo onde ela se sente capaz de controlar tudo, até privar-se de alimento. Mas uma vida feita de restrição e tortura pode aparentar o seu contrário e ser extremamente sedutora. Até que esse delírio aprisionante se rompa, a menina levará seu corpo até o limite.



EM CARTAZ:


DEUS TEM AIDS

Direção: Gustavo Vinagre e Fabio Leal.

Brasil/ Documentário/2021/ 82 min.

Sinopse: Deus Tem Aids é um documentário que explica e dá luz a uma nova perspectiva sobre a AIDS. Sete artistas e um médico ativista dão depoimentos, marcando quarenta anos após o início da pandemia do vírus no Brasil e buscando o enfrentamento da sorofobia nos dias de hoje.

Elenco: Carué Contreiras, Ernesto Filho, Flip Couto, Kako Arancibia, Marcos Visnadi, Micaela Cyrino, Paulx Castello, Ronaldo Serruya


BREVE HISTÓRIA DO PLANETA VERDE

Direção: Santiago Loza

Brasil/Argentina/Alemanha/Drama/2019/75min.

Sinopse:"Nós somos um pouco estranhos”, diz Pedro na presença de Daniela e Tania. Eles estão prestes a revelar para alguém o que há dentro da maleta que carregam: um alienígena do tamanho de uma criança, com coloração roxa e grandes olhos pretos. Os três amigos estão passando por uma fase de diversos desencantos em suas vidas e estiveram nos últimos dias seguindo um mapa deixado pela avó de Tania, que acabou de falecer. Seu último desejo era de que o alien retornasse ao lugar onde aparecera na Terra. Levemente surpresa, mas relativamente despreocupada com a descoberta de que sua avó passara os últimos anos de sua vida como cuidadora de um fofo alienígena, Tania, uma mulher trans, embarca com seus amigos em uma jornada através de uma pequena cidade argentina. Com o desenrolar de sua viagem, o vazio emocional que vivem dá lugar a uma força recém-descoberta.

Elenco:Romina Escobar (Tania), Paula Grinszpan (Daniela), Luis Soda (Pedro)


HORÁRIOS DE 08 A 14 DE DEZEMBRO:

(não há sessões nas segundas-feiras)


15h: BREVE HISTÓRIA DO PLANETA VERDE

17h: DEUS TEM AIDS

19h: EXTASE


ATENÇÃO; DIA 8, ÀS 19H, APÓS A SESSÃO HAVERÁ UM DEBATE COM A DIRETORA MOARA PASSONI E CONVIDADOS. 


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br

Cine Dica: Clássicos na Cinemateca [ PROGRAMAÇÃO DE 8 a 14 de dezembro de 2022]

 Cinemateca Capitólio tem semana com filmes clássicos e abre mostra que celebra a era de ouro do VHS

Blade Runner


PROGRAMAÇÃO DE 8 a 14 de dezembro de 2022

Mais uma semana movimentada na Cinemateca Capitólio, com uma programação que comemora vários aniversários importantes. Como o ano está prestes a acabar, os 80 anos de lançamento de Casablanca, de Michael Curtiz, e Soberba, de Orson Welles (ambos lançados em 1942), os 60 anos de O que Terá Acontecido a Baby Jane? (lançado em 1962) e os 40 anos de Blade Runner – O Caçador de Androides (lançado em 1982) não irão passar em branco, com sessões que prometem atrair um grande número de espectadores apaixonados por este quarteto de clássicos do cinema.

Na terça-feira, dia 13/12, acontece a abertura da última mostra do ano, A Era do VHS, que será dividida em duas partes, se estendendo até janeiro de 2023. A mostra foi concebida para relembrar o impacto revolucionário que a chegada ao mercado do homevideo, no começo da década de 80, provocou, tanto em termos técnicos, culturais e comportamentais. O primeiro player de VHS fabricado no Brasil foi lançado em 1982, sendo esta considerada portanto a data oficial do nascimento do VHS no país, embora antes disso aparelhos importados e fitas piratas já estivessem circulando em menor escala. A mostra inaugura na terça-feira, dia 13 de dezembro, às 19h, com a exibição de Videdrome – A Síndrome do Vídeo, de David Cronenberg. A divulgação completa da mostra que será enviada nos próximos dias.

 Já o cinema gaúcho continua em cartaz com Os Bravos Nunca se Calam, de Marcio Schoenardie, que no domingo, dia 11, às 18h30, terá sessão comentada por integrantes da equipe do filme.


SINOPSES DOS FILMES


Soberba

The Magnificent Ambersons (R$10,00)

Direção de Orson Welles

EUA, 1942, 88 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Isabel Amberson (Dolores Costello), uma jovem herdeira de uma das famílias mais ricas de Indianápolis, recebe uma proposta de casamento do belo e impetuoso Eugene Morgan (Joseph Cotten). No entanto ela escolhe se casar com o tedioso Wilbur Minafer (Don Dillaway). Anos se passam e, após a morte do marido de Isabel, Eugene, hoje um rico fabricante de automóveis, tenta se reaproximar dela. No entanto, George (Tim Holt), o filho de Isabel e Wilbur, se opõe a essa união. O segundo e magnífico longa de Orson Welles, realizado após a sua controversa estreia com Cidadão Kane no ano anterior (1941). Adaptação do premiado romance de Booth Tarkington, o filme acompanha a saga da família Amberson, do esplendor à decadência, e foi mutilado pelos produtores.


O que Terá Acontecido a Baby Jane?

What Ever Happened to Baby Jane? (R$ 10,00)

Direção de Robert Aldrich

EUA, 1962, 134 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Jane Hudson (Bette Davis) é uma ex-estrela infantil idosa, que cuida de sua irmã Blanche (Joan Crawford), também uma ex-atriz de sucesso que teve sua carreira interrompida por um acidente de carro e agora está presa a uma cadeira de rodas. Obcecada por recuperar a fama, Jane tenta esconder a existência de Blanche de médicos, visitantes e vizinhos, enquanto planeja uma maneira de se livrar da irmã. O filme que ressuscitou as carreiras de Davis e Crawford, em um duelo de atuações como poucas vezes se viu na tela.


Casablanca

Casablanca (R$ 10,00)

Direção de Michael Curtiz

EUA, 1942, 102 minutos

Classificação indicativa: livre

Durante a Segunda Guerra, um exilado norte-americano (Humphrey Bogart) encontra refúgio na cidade de Casablanca, no Marrocos, e passa a administrar uma casa noturna. Ele reencontra uma antiga paixão (Ingrid Bergman), que agora está casada e precisa de ajuda para fugir dos nazistas. Clássico absoluto do melodrama hollywoodiano, é um dos filmes mais populares e influentes da história do cinema.


Videodrome – A Síndrome do Vídeo

Videodrome (R$ 10,00)

Direção de David Cronenberg

EUA, 1983, 87 minutos

Classificação indicativa: 18 anos

Max Renn (James Woods), dono de uma pequena emissora de televisão a cabo, capta imagens de pessoas torturadas e mortas. Logo, ele descobre que a transmissão se chama Videodrome, é gerada em Pittsburgh e é muito mais que um programa sensacionalista em busca de espectadores mórbidos. Trata-se de um experimento que usa a televisão para alterar permanentemente as percepções das pessoas, causando sérios danos cerebrais. Obra-prima do diretor canadense David Cronenberg, Videodrome é um dos títulos que melhor sintetiza as suas obsessões estéticas, e conta com a participação da cantora Blondie no elenco.


Mamãe é de Morte

Serial Mom (R$ 10,00)

Direção de John Waters

EUA, 1994, 95 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

Beverly Sutphin (Kathleen Turner) tem uma vida familiar feliz, com seus filhos e seu marido dentista. Porém, quando a professora despreza um de seus meninos, a esposa perfeita desenvolve um gosto insaciável por assassinatos, a começar pela educadora de seu filho. Hilariante comédia negra de John Waters, com grande atuação de Kathleen Turner.


Blade Runner – O Caçador de Androides

Blade Runner (R$ 10,00)

Direção de Ridley Scott

EUA, 1982, 117 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Rick Deckard (Harrison Ford) é um caçador de recompensas. Seu trabalho: eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Seu sonho de consumo: substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal de verdade. A grande chance surge ao ser designado para perseguir seis androides fugitivos de Marte. O clássico da ficção científica que consolidou as carreiras de Harrison Ford e Ridley Scott e tornou-se uma obra de culto desde a sua estreia.


GRADE DE HORÁRIOS

8 a 14 de dezembro de 2022


8 de dezembro (quinta-feira)

15h – Os Bravos Nunca se Calam

17h – Os Bravos Nunca se Calam

19h – Soberba

9 de dezembro (sexta-feira)

19h – O que Terá Acontecido a Baby Jane?


10 de dezembro (sábado)

15h – Soberba

17h – Os Bravos Nunca se Calam

19h – Casablanca


11 de dezembro (domingo)

16h – O que Terá Acontecido a Baby Jane?

18h30 – Os Bravos Nunca se Calam (sessão comentada com a equipe do filme)


13 de dezembro (terça-feira)

15h – Casablanca

17h – Os Bravos Nunca Se Calam

19h – Sessão de abertura da mostra A Era do VHS, com a exibição de Videodrome – A Síndrome do Vídeo, de David Cronenberg


14 de dezembro (quarta-feira)

15h – Mostra A Era do VHS (Mamãe é de Morte)

17h – Os Bravos Nunca se Calam

19h – Mostra A Era do VHS (Blade Runner – O Caçador de Androides)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Cine Dica: Streaming - 'Você Não Estará Só'

 Sinopse: Uma jovem é sequestrada e transformada em bruxa na Macedônia do século 19 por um espírito antigo. Curiosa sobre a vida humana, essa nova entidade assume a forma de uma de suas vítimas. 

Os contos de fadas originais criados pelos Irmãos Grimm possuem um teor muito mais sombrio do que nós imaginamos e que muitos não possuem esse conhecimento por conhecerem mais as suas adaptações orquestradas pelo estúdio Disney ao longo das décadas. Porém, "A Bruxa" (2015) é um exemplo de como se explora a raiz original destes contos, cujo o seu folclore possui algum fundamento e alinhado com os mistérios da natureza que até hoje o homem não sabe ao certo como explicar por completo. "Você Não Estará Só" (2022) vai ainda mais além, ao mostrar a cruzada de uma jovem bruxa em meio a selvageria, pureza e os costumes da vida humana.

Dirigido por Goran Stolevski, a trama se passa na Macedônia do século 19, onde um bebê é sequestrado pela sua própria mãe para não ser pega por uma velha bruxa local. Porém, a bruxa encontra a criança e a liberta para conhecer o mundo, porém, carregando dentro de si os dons que ela havia passado. Curiosa sobre a vida humana, a jovem bruxa acidentalmente mata uma camponesa na aldeia vizinha e depois assume a forma de sua vítima para viver em sua pele. Sua curiosidade então acende, e ela decide continuar a exercer esse poder terrível para entender o que significa ser humano.

Se resumirmos o filme dessa forma ele pode ser facilmente mal interpretado, pois a produção de Goran Stolevski vai muito além disso. Para começar o filme é cru, onde a fantasia transita com o realismo e faz com que o gênero fantástico inserido dentro da trama se torne um mero detalhe, mas ao mesmo tempo essencial para o desenvolvimento da trama. Na medida que a jovem bruxa vai adentrando os costumes dos seres humanos ela logo vai aprendendo sobre as suas regras, costumes e ao mesmo tempo o lado selvagem que se encontra dentro deles.

Goran Stolevski opta em fazer com que a sua câmera se torne uma espécie de nosso guia, ao acompanhar essa jovem confusa que vai aos poucos adentrando ao mundo ainda desconhecido para ela e fazendo com que cada detalhe, seja vindo do ser humano ou da natureza, se torne algo complexo e que merece ser explorado. Em alguns momentos, por exemplo, o filme me lembrou do maravilhoso "A Arvore da Vida" (2011) de Terrence Malick, pois em ambos os casos se fala sobre a cruzada do ser humano no decorrer da vida, sobre o qual é o seu papel no mundo e perante a teia cheia de regras criada pelo mesmo.

O filme também não esconde uma crítica ácida sobre o papel da mulher de ontem e hoje, da qual muitas foram queimadas vivas na fogueira ao serem taxadas meramente de bruxas, quando na verdade algumas estavam somente desfrutando da riqueza vinda da natureza. O papel da igreja, aliás, somente serviu em tempos mais antigos como esse aqui retratado em embebedar a sociedade com diversas crendices e simplificando o papel da mulher em simplesmente parir e servir ao homem. Aqui no caso, vemos a protagonista compreender o melhor e o pior desses dois lados da moeda e ao mesmo tempo tentando caminhar a sua própria jornada e não obedecendo as regras, seja elas vinda da velha bruxa, ou da humanidade que a fez ficar curiosa em conhece-la.

Em tempos em que o "Pós-Terror" está obtendo passos largos dentro do gênero, é sempre interessante observar quando surge filmes como esse, ao se apresentar como uma trama fantástica, mas sabendo se alinhar com questões que nos faz pensar após a sessão do cinema. Se hoje o cinema comercial anda cada vez mais preso em sua velha fórmula de se fazer dinheiro, ao menos, um pequeno filme como esse que surge do nada acaba se tornando, enfim, um grande alívio para os nossos olhos e pensamentos. Representante da Austrália para o próximo Oscar, "Você Não Estará Só" é um dos mais belos e interessantes filmes do ano, cuja a sua trama nos enfeitiça e fazendo até mesmo a gente se esquecer do lado mais fantasioso e sombrio de sua história.  

Onde Assistir: Google Play Filmes 

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Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - A Acusação

Segue a programação do próximo final de semana. A sessão será no domingo para evitar colisão com jogos da Copa do Mundo.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA


Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 11/12/2022, domingo, às 10:15 da manhã


"A Acusação" (Les Choses Humaines)

França, 2022, 138 min, 14 anos


Direção: Yvan Attal

Elenco: Ben Attal, Suzanne Jouannet, Charlotte Gainsbourg, Mathieu Kassovitz, Pierre Arditi


Sinopse: Alexandre é um jovem educado e inteligente que estuda em uma concorrida universidade americana. Quando vai a Paris, por motivos familiares, Alexandre conhece Mila, a filha do novo namorado de sua mãe. Os dois jovens vão juntos a uma festa e, no dia seguinte, Mila denuncia Alexandre por estupro. Toda a aparente harmonia familiar desaparece e tem início um complexo julgamento que apresenta verdades opostas. O filme é adaptado do romance homônimo da francesa Karine Tuil.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.