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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'The Beatles: Get Back'

Sinopse: O documentário apresenta o material da gravação do álbum Get Back, que mostrava músicas mais separadas dos membros, além de exibir os acontecimentos que geraram a última apresentação pública deles em conjunto. 

Peter Jackson abraça determinados projetos com os olhos fechados, mesmo correndo sério risco de se tornar um grande fracasso. Quando ele lançou a trilogia "O Senhor dos Anéis" (2001 - 2003) ele provou que ao querer se arriscar um cineasta pode sim nos brindar com algo novo, criativo e ao mesmo tempo inesquecível. "The Beatles: Get Back" não é somente uma homenagem a uma das melhores bandas do rock de todos os tempos, como também um grande presente para todos os fãs e um dos projetos mais corajosos do ano.

Dividido em três partes, o documentário narra o processo de gravação do 12º e último álbum da banda, "Let It Be", anteriormente conhecido como "Get Back". A produção traz, na verdade, um compilado restaurado a partir de mais de 60 horas de imagens inéditas (captadas pelo cineasta Michael Lindsay-Hogg em janeiro de 1969), além de mais de 150 horas de áudio nunca antes ouvidas. Por fim, a docusérie apresenta, pela primeira vez na íntegra, a última apresentação ao vivo dos Beatles como um grupo: o inesquecível show no telhado de um prédio de Savile Row, em Londres.

Diferente do que se imagina o documentário não resgata os primeiros anos do grupo, mas sim focando os últimos dias dos mesmos ensaiando por quase um mês no estúdio. Com grande material farto em mãos, Peter Jackson aproveita ao máximo para focar não somente no modo como eles criaram determinadas músicas de sucesso, como também o lado mais humano do quarteto como um todo. Não deixa de ser interessante, por exemplo, a interatividade entre Paul McCartney e John Lennon em cena e provando que um era mente do grupo enquanto o outro era o coração pulsante a todo momento.

Curiosamente, é surpreendente a força presente de Paul McCartney em cena, pois além de ser um grande gênio da música ele conseguia saber liderar a banda a cada momento durante o trabalho, mesmo em situações em que os ânimos ficavam aflorados. Neste caso, por exemplo, é notório que George Harrison se sente várias vezes incomodado ao não conseguir inserir as suas ideias para o trabalho, ao ponto de quase desistir do projeto para o último disco. É neste cruzamento de paz e turbulência que Ringo Starr, talvez, tenha sido o único que soube jogar entre eles e não permitindo que o seu ego o dominasse a sua pessoa naqueles tempos.

O grande charme do projeto fica também por conta da presença das esposas e namoradas durante as gravações, sendo que Yoko Ono é quase uma presença constante em cena e jamais se afastando de John Lennon. Essa presença, aliás, é o que torna o documentário mais familiar, ao vermos Paul McCartney, por exemplo, brincar com a sua filha adotiva, ou quando Linda McCartney, esposa na Paul na época, tirando inúmeras fotos do grupo para ser publicada na revista Rolling Stone Magazine. O trabalho no estúdio se torna ainda mais divertido com a participações ilustres como no caso de Billy Preston, grande fã da banda e fazendo parte dessa história.

Embora longo, com mais de oito horas projeção, Peter Jackson capricha em uma edição ágil, capitando os melhores momentos do quarteto e revelando momentos até mesmo tocantes em vários momentos. Não deixa de ser emocionante, por exemplo, o olhar de tristeza de Paul McCartney ao ver George Harrison quase desistindo, ou da não presença de John Lennon em uma determinada parte do documentário. É neste ponto que Peter Jackson nos fisga emocionalmente, já que os sentimentos de Paul naquele momento pareciam um prenuncio sobre destino da banda e dos seus integrantes em um futuro próximo.

Tristezas a parte, o documentário também revela o lado provocador da banda, principalmente com relação a letra "Get Back", da qual seria a música principal do último disco. Curiosamente, alguns acharam ao longo dos anos que a música era contra os imigrantes dentro do território inglês, quando na verdade ela foi criada contra os políticos conservadores daqueles tempos. O resultado é um clássico com várias camadas subliminares e onde cada um tira as suas próprias conclusões sobre o que a banda queria falar naquele momento.

Mas o ápice do documentário se encontra em seu ato final, onde o quarteto grava as suas músicas e fazendo um grande show no telhado de um prédio de Savile Row, em Londres. Logicamente diversas pessoas começam a parar nas ruas para escutar os seus ídolos e ao mesmo tempo despertando a ira dos conservadores daqueles tempos. A tensão aumenta quando as autoridades entram no prédio querendo parar com o evento, mas nada podia ser feito, pois aquele dia acabaria se tornando histórico.

Esse seria, enfim, o último show ao vivo da banda naquele momento. Os Beatles já haviam entrado para a história naqueles tempos, mas foi nesta reta final que eles provaram que eram realmente artistas de grande talento e cuja as suas mentes criativas não poderiam ser preservadas dentro de suas cabeças, mas sim compartilhadas para o todo o mundo. Nós, os fãs em geral, agradecemos a você Peter Jackson.

"The Beatles: Get Back" é um grande presente para todos os fãs e para aqueles que apreciam músicas provocadoras e que falam mais sobre o nosso próprio mundo. 

Onde Assistir: Disney+ 

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Não Olhe para Cima'

Sinopse: Dois astrônomos descobrem que em poucos meses um meteorito destruirá o planeta Terra. A partir desse momento, eles devem alertar a humanidade por meio da imprensa sobre o perigo que se aproxima. 


Na análise especial que eu havia feito tempos atrás para o clássico "Dr. Fantástico ou Como Aprendi a Parar de Me Preocupar e Amar a Bomba" (1964) do mestre Stanley Kubrick eu havia destacado que o filme envelheceu muito bem, pois ainda hoje, infelizmente, somos governados por imbecis. Nos últimos tempos esses mesmos imbecis usaram todos os artifícios, principalmente as redes sociais, para alimentar os negacionistas e negar a gravidade da situação que foi e ainda é o Coronavírus. Pois bem, "Não Olhe para Cima" (2021) não é somente uma mera comédia apocalíptica, como também uma metáfora sobre esses tempos alienados e que nos encontramos completamente perdidos.

Com um elenco estelar, incluindo atrizes como Cate Blanchett, "Não Olhe Para Cima" conta a história de Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) e Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence), dois astrônomos que fazem uma descoberta surpreendente de um cometa orbitando dentro do sistema solar que está em rota de colisão direta com a Terra. Com a ajuda do doutor Oglethorpe (Rob Morgan), Kate e Randall embarcam em um tour pela mídia que os leva ao escritório da Presidente Orlean (Meryl Streep) e de seu filho, Jason (Jonah Hill). Com apenas seis meses até o cometa fazer o impacto, gerenciar o ciclo de notícias de 24 horas e ganhar a atenção do público obcecado pelas mídias sociais antes que seja tarde demais se mostra chocantemente cômico.

Adam McKay surpreendeu em 2015 com o filme "A Grande Aposta" (2015), ao criar uma comédia criativa que mostrava as engrenagens que resultou na crise financeira mundial em 2008. Portanto, era questão de tempo do cineasta em criar algo similar sobre os tempos em que vivemos, mas como a questão do coronavirus ainda é muito fresca no nosso dia a dia ele usa, portanto, a figura de um cometa como uma espécie de metáfora sobre todo esse circo de horrores em que estamos passando. Acima de tudo, ele fala das grandes  potências do mundo, como no caso dos EUA, que deveriam ter se mobilizado antecipadamente, o que não aconteceu e desencadeando assim um cenário de horror e uma divisão dentro da sociedade que se estendeu por todo o globo.

Neste último caso, essa divisão é bastante destacada no filme, principalmente quando os dois protagonistas gritam aos quatro ventos que o fim do mundo irá acontecer daqui a seis meses. Mas ao invés disso, a sociedade se encontra alienada, mais preocupada com a vida amorosa das celebridades, com os reality shows medíocres e dando mais ouvidos as opiniões de pessoas sem noção do youtube. Isso dá direito ao cineasta criar uma edição quase frenética, com o direito de nos mostrar o quadro atual da humanidade e da qual a mesma é controlada pelos simples aparelhos celulares.

O filme também faz uma grande piada sobre toda a gestão de Donald Trump, assim como todas as gestões Presidenciáveis da extrema Direita do mundo recente, que desmereceram a ciência e colocando em risco a a vida humana. Crítica ferrenha contra o Trumpismo, Meryl Streep está a vontade como uma Presidente que ela cria de acordo com a visão que ela tinha com relação ao ex-presidente Trump e fazendo de sua personagem um retrato dos líderes imbecis dos tempos hoje. Já Mark Rylance surpreende como um grande empresário da tecnologia, cuja a sua figura é uma visão sombria e pretensiosa do que era Steve Jobs e não muito diferente do que irá ser um dia Mark Zuckerberg e cujo o mesmo nos obriga a ficarmos presos ao projeto futuro da "Meta".

Tanto Leonardo DiCaprio como Jennifer Lawrence estão ótimos em seus respectivos papeis, sendo que Lawrence nos faz rir de suas atitudes após saber que a vida humana está prestes a deixar de existir e fica refletindo sobre as atitudes peculiares daqueles que se encontram no poder. Já DiCaprio nos surpreende cada vez mais em papeis em que se exige tanto o seu lado dramático como também humorístico e cuja a sua veia cômica ele já havia provado que tinha em títulos como "O Lobo de Wall Street" (2013) e "Era uma Vez em... Hollywood" (2019). Por outro lado, embora conhecido por diversas outras comédias, Jonah Hill até se esforça, mas o seu personagem se torna meio apagado em meio a tantas estrelas e cujo o seu destino final acaba se tornando uma grande ironia.

O ato final com certeza irá dividir a opinião de muitos, principalmente os negacionistas que irão se enxergar ali como pessoas imbecis e que foram enganadas pelo governo e fake news a todo momento. Mas se é para tocar na ferida não poderia ser de outra maneira, pois a mensagem final é a que fica, de que nós retrocedemos através de recursos que criamos e cujos os mesmos estão nos levando para o fundo do poço. Se uma pandemia não é o suficiente para nos despertar tão pouco será um cometa que fará as pessoas aceitarem sobre o quanto somos frágeis perante a força iminente vinda da  natureza e que sempre dará a sua última palavra.

"Não Olhe Para Cima" é um retrato da imbecilidade humana dos dias de hoje, da qual se encontra presa em seus aparelhos celulares, dividida pelos seus próprios interesses e não prestando atenção ao que realmente acontece.

Onde Assistir: Netflix 

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Homem-Aranha: Sem Volta para Casa'

Sinopse: O Homem-Aranha precisa lidar com as consequências da sua verdadeira identidade ter sido descoberta. 

Com "Vingadores - Ultimato" (2019) se abriu a possibilidade do “Multiverso”, onde os personagens principais poderiam ter a chance de se cruzar com outras realidades e até mesmo com suas outras versões. Quando surgiu essa possibilidade muitos sonhavam com a chance do Homem Aranha atual se encontrar com as suas outras versões cinematográficas anteriores. Pois bem, eis que chega "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa" (2021), filme que corresponde com as nossas expectativas, mas acima de tudo nos brindando com uma história digna do amigo da vizinhança.

Peter Parker (Tom Holland) precisará lidar com as consequências da sua identidade como o herói mais querido do mundo após ter sido revelada pela reportagem do Clarim Diário, com uma gravação feita por Mysterio (Jake Gyllenhaal) no filme anterior. Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, além de ter sua reputação arruinada por acharem que foi ele quem matou Mysterio e pondo em risco seus entes mais queridos, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. Entretanto, o feitiço não sai como planejado e a situação torna-se ainda mais perigosa quando vilões de outras versões de Homem-Aranha de outros universos acabam indo para seu mundo. Agora, Peter não só deter vilões de suas outras versões e fazer com que eles voltem para seu universo original, mas também aprender que, com grandes poderes vem grandes responsabilidades como herói.

Antes de mais nada é preciso reconhecer que o filme é carregado de pura nostalgia e que fará muitos fãs dos filmes anteriores se deleitarem pelas inúmeras referências, principalmente por aqueles estrelados por Tobey Maguire. Portanto, a ideia do protagonista em querer que o mundo esqueça a sua real identidade acaba se tornando uma mera desculpa para que as portas de outras realidades se abram e saiam delas personagens queridos pelo público, como no caso dos vilões Doutor Octopus (Alfred Molina) e Duende Verde (Willem Dafoe). Esse, por sua vez, supera todas as nossas expectativas, ao tornar o seu personagem ainda mais ameaçador e afetando a vida do protagonista profundamente.

O nascimento do herói é através de tragédias, da perda de entes queridos e cujo os mesmos lhe deram ensinamentos para praticarem o bem acima de tudo. Talvez a perda seja algo que estava faltando para esse Peter Parker (Tom Holland), cuja as suas ações como herói nunca o haviam lhe afetado, até agora, e por conta disso precisará amadurecer para poder sobreviver e proteger aqueles que ele ama. Tom Holland finalmente encontra o tom certo que os seus antecessores haviam obtido e agradando o fã mais exigente que sempre reclamava de sua atuação... até agora.

Tecnicamente o filme possui um belíssimo visual, não somente de efeitos visuais caprichados, mas cuja a fotografia e edição de arte se combinam como um todo. Vale salientar a participação mais do que especial de Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), cuja a sua pessoa tem um papel fundamental em cena e graças a ele que novamente viajamos na realidade espelhada. É neste ponto, aliás, que os efeitos visuais impressionam, mesmo quando sentimos uma certa artificialidade em alguns momentos.

Logicamente estamos falando de uma aventura baseada em uma HQ e que por conta disso certas regras básicas da nossa realidade são jogadas para o lado. Se você se desligar um pouco irá se deleitar do começo ao fim do filme, mesmo quando sentimos alguns erros não explicados, como no caso da mudança do visual de Electro. Porém, isso é compensado pela boa atuação do ator James Foxx e que consegue obter a sua redenção com o personagem após o mesmo ter sido mal aproveitado em "O Espetacular Homem Aranha 2 - Ameaça do Electro" (2014).

Por fim, nesta altura do campeonato, não é preciso mais esconder de ninguém que tanto Tobey Maguire como Andrew Garfield surgem em cena. Se por um lado isso parecia uma exigência dos fãs fanáticos, do outro, a aparição dos dois é mais do que justificável, principalmente pelo fato deles surgirem após um momento traumático para Peter (Holland) e cabe os Homens Aranhas veteranos ensinarem ao mais novo de que a dor surge sempre quando a gente não quer, mas que é preciso senti-la para então conseguir prosseguir na vida.

Com a união do trio já pode-se imaginar um ato final cheio de ação, efeitos visuais mirabolantes e cuja cena de ambos juntos irá fazer inúmeros fãs gritarem nas salas do cinema ao redor do mundo. Porém, o grande acerto do seu final é possuir uma coragem necessária para que o filme não se torne previsível e com isso selando com chave de ouro os destinos de Peter, MJ (Zendaya) e Ned Leeds (Jacob Batalon) em um momento que fará os fãs rirem, chorarem e desejarem que esse Homem Aranha consiga, enfim, fazer o que estava predestinado a ser desde o princípio, um herói falho, porém, humano e que conseguimos nos identificarmos sempre quando vamos revisita-lo.

"Homem-Aranha: Sem Volta para Casa" é um filme feito de coração para os fãs do personagem e para aqueles que apreciam uma boa aventura cheia de impacto e sentimentos.


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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (23/12/21)

 MATRIX: RESURRECTIONS

Sinopse: Matrix: Resurrections é o novo filme da franquia Matrix, continuando a saga de Neo (Keanu Reeves) em sua busca pela libertação das pessoas aprisionadas mentalmente pelas máquinas. Em um mundo de duas realidades - a vida cotidiana e o que está por trás dela - Thomas Anderson terá que escolher seguir o coelho branco mais uma vez. A escolha, embora seja uma ilusão, ainda é a única maneira de entrar ou sair da Matrix, que é mais forte, mais segura e mais perigosa do que nunca.



A ÚLTIMA NOITE

Sinopse: Em Silent Night, acompanhamos a história de Nell (Keira Knightley), Simon (Matthew Goode) e seu filho Art (Roman Griffin Davis), uma família que está se preparando para receber amigos e familiares em um banquete de natal. Entretanto, tudo muda quando descobrem que todos vão morrer. Após uma nuvem venenosa chegar sobre o Reino Unido, a extinção é iminente. No YouTube, já é possível ver pessoas sangrando pelos olhos e ouvidos. No entanto, mesmo nesta hora de pavor final, anúncios felizes são feitos, desentendimentos surgem, pessoas dançam e ocorrem fraquezas comuns.



ANNETTE

Sinopse: Um comediante que ganha a vida fazendo stand-up (Adam Driver) está passando por sérios apuros. Isso porque, após a morte inesperada de sua esposa, ele se vê sozinho tendo que cuidar de sua filha pequena, de apenas 2 anos. Se não bastassem as dificuldades com o cuidado com a criança, ele acaba descobrindo que ela tem um dom especial.



UNDINE

Sinopse: Undine (Paula Beer) trabalha como historiadora e dá palestras sobre o desenvolvimento urbano de Berlim. Mas quando o homem que ela ama a deixa, o mito antigo a alcança. Undine tem que matar o homem que a trai e voltar para a água.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 23 A 29 DE DEZEMBRO DE 2021 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

Azor


DEVIDO AO FERIADO DE NATAL,

NÃO TEREMOS SESSÕES NOS DIAS 24 E 25 DE DEZEMBRO (SEXTA E SÁBADO)


SALA 1 / PAULO AMORIM


15h – UMA JANELA PARA O MAR Assista o trailer aqui.

(Uma Ventana al Mar – Espanha/Grécia, 2020, 105min). Direção de Miguel Ángel Jiménez com Emma Suárez, Akilas Karazisis. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Depois de receber notícias ruins de seu médico, a espanhola María, de 55 anos, resolve viajar para a Grécia com algumas amigas. Na ilha de Nisyros, ela se sente em paz e ainda conhece Stefanos, que lhe apresenta outras maneiras de encarar a vida.


17h – AZOR Assista o trailer aqui.

(Suíça-Argentina-França, 2021, 100min). Direção de Andreas Fontana, com Fabrizio Rongione, Stéphanie Cléo, Carmen Iriondo. Vitrine Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Ambientado nos anos 1980, durante a ditadura argentina, a trama acompanha Yvan, um banqueiro de Genebra que desembarca em Buenos Aires com uma missão complicada: substituir seu sócio, que desapareceu. Aos poucos, Yvan vai conhecendo os bastidores das transações de milionários argentinos que mandavam dinheiro para contas na Suíça, ao mesmo tempo em que investiga as condições em que seu colega sumiu.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h30 –CONTOS DO AMANHÃ Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 85min). Direção de Pedro de Lima Marques, com Bruno Barcelos, Duda Andreazza, Anderson Vieira, Bruno Krieger, Daiane Oliveira. Bactéria Filmes, 14 anos. Aventura/Ficção Científica.

Sinopse: Em 2165, o sequestro de uma garota chamada Michele coloca a cidade-estado Porto 01, o último reduto humano, em guerra. Jeferson, um adolescente que vive em 1999, na véspera do bug do milênio, recebe misteriosos áudios do futuro. Com uma Internet muito lenta, ele precisará encontrar uma forma de salvar a humanidade. Produção gaúcha que se destaca pelos cenários e efeitos visuais, o filme une passado e futuro com computadores 486 e uma visão do século XXII a partir de naves e aparatos high-tech.


16h30 – UMA VEZ EM VENEZA Assista o trailer aqui.

(When in Venice - Brasil/Colômbia/Alemanha/Itália - 2020, 75min) Direção de Juan Zapata, com Peter Ketnath e Bella Carrijo. Zapata Filmes, 14 anos. Romance.

Sinopse: O alemão Maximilian e a brasileira Maria se conhecem por acaso em um hotel no norte da Itália. Mesmo com visões distintas em relação ao que é o amor, eles decidem se juntar para realizar um sonho em comum: visitar Veneza, uma das cidades mais românticas do mundo.


18h30 – FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2021

Tabela com sinopses abaixo.


QUINTA, DIA 23 DE DEZEMBRO ÀS 18h30


UM INTRUSO NO PORÃO

(L'homme de la cave, 115min). Direção de Philippe Le Guay.

Sinopse: Em Paris, Simon e Helen decidem vender um porão no imóvel onde vivem. O novo proprietário é um homem com um passado conturbado, que aos poucos vai mudar a vida do casal.


DOMINGO, DIA 26 DE DEZEMBRO ÀS 18h30


DELICIOSO: DA COZINHA PARA O MUNDO

(Délicieux, 110min). Direção de Eric Besnard.

Sinopse: No alvorecer da Revolução Francesa, Pierre Manceron, um cozinheiro ousado, mas orgulhoso, foi demitido por seu mestre, o duque de Chamfort. Quando ele conhece uma mulher surpreendente, que deseja aprender a arte culinária, isso lhe dá autoconfiança e o leva a se libertar de sua condição de servo para empreender sua própria revolução.


TERÇA, DIA 28 DE DEZEMBRO ÀS 18h30


PARIS, 13º DISTRITO

(Les Olympiades, 105min). Direção de Jacques Audiard.

Sinopse: No bairro parisiense de Olympiades, Emilie encontra Camille, que se sente atraído por Nora, que acaba cruzando o caminho de Amber. As três garotas e o garoto se tornam amigos e, por vezes, amantes.


QUARTA, DIA 29 DE DEZEMBRO ÀS 18h30


ILUSÕES PERDIDAS

(Illusions Perdues - 150min). Direção de Xavier Giannoli.

Sinopse: Adaptado da obra de Honoré de Balzac, o filme é ambientado no século XIX e segue o jovem poeta Lucien na sua busca pela fama. Ele sai de um pequeno vilarejo do interior da França e vai viver em Paris, onde conta com ajuda de sua amante para encontrar um editor. Mas ele logo percebe que o mundo da arte é pautado por mentiras e subornos e, apesar de ser contra este sistema, decide jogar com as regras. O longa concorreu no Festival de Veneza 2021.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: "A Última noite"

Sinopse: Prestes a vivenciarem a destruição iminente por uma tempestade que se aproxima com a promessa de acabar com toda as formas de vida do planeta, o casal Nell e Simon reúne seus amigos mais próximos e, junto aos filhos, celebraram o Natal em sua propriedade no interior da Inglaterra. 

A mistura de gêneros pode provocar algo no mínimo curioso, como no caso de comédias sendo cruzadas com o terror e gerando assim o subgênero "terrir". Porém, a experiência pode acabar soando estranha, principalmente para o público desavisado e que não esperava reviravoltas durante o percurso. "A Última Noite" (2021) é um desses casos em que achamos ser uma coisa e se enveredando por algo completamente diferente do que se imaginava.

Dirigido pela novata Camille Griffin, acompanhamos a história de Nell (Keira Knightley), Simon (Matthew Goode) e seu filho Art (Roman Griffin Davis), uma família que está se preparando para receber amigos e familiares em um banquete de natal. Entretanto, tudo muda quando descobrem que todos vão morrer. Após uma nuvem venenosa chegar sobre o Reino Unido, a extinção é iminente. No YouTube, já é possível ver pessoas sangrando pelos olhos e ouvidos. No entanto, mesmo nesta hora de pavor final, anúncios felizes são feitos, desentendimentos surgem, pessoas dançam e ocorrem fraquezas comuns.

O cinema "pós terror" já nos brindou com uma reunião familiar que termina em grande tragédia como no caso, por exemplo, "O Convite" (2016). Porém, Camile Griffin procura nos relaxar com todos aqueles ingredientes natalinos que os filmes de final de ano nos proporcionam, para os poucos o tom mudar e gerando um clima de desconforto que vai surgindo. Na medida em que a família se reúne os podres de cada um vêm à tona, com direito a revelações picantes e da perda de várias máscaras.

Pelo fato de os protagonistas descobrirem de um possível fim de mundo se aproximando eles começam agir das maneiras mais imprevisíveis possíveis, sendo que alguns aceitam de bom grado enquanto outros entram em grande desespero. Com um grande elenco, se destaca novamente Keira Knightley que, curiosamente, havia atuado em um filme similar anos atrás intitulado "Procura-se Um Amigo Para o Fim do Mundo" (2012). Aqui, ela não mede esforços de manter a sua família intacta, mesmo quando a própria já se encontra em frangalhos e com os nervos à flor da pele.

Vale destacar a presença magistral de Roman Griffin Davis, jovem ator que havia se consagrado no ótimo "Jojo Rabbit" (2019) e que aqui rouba a cena toda vez que se manifesta. No geral, o filme brinca com as inúmeras possibilidades da maneira como o ser humano agiria em momentos de grande desespero, ao ponto de se comportarem da forma mais estupida possível, para não dizer precipitada. Com relação a esse último ponto, os minutos finais podem gerar inúmeros momentos de desconforto e cuja a imagem final faz com que a gente se pergunte qual é a mensagem que Camille Griffin quis nos passar naquele momento e que com certeza gerará inúmeros debates ao longo do tempo.

"A Última Noite" é aquele filme que irá lhe provocar diversas sensações peculiares e fazendo questionar para si o que acabou de assistir. 


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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Ferida'

Sinopse: Depois de passar muito tempo afastada do filho, uma ex-lutadora de MMA decadente recebe sua última chance de voltar aos ringues e recuperar a carreira. 

Halle Berry transitou entre o céu e o inferno ao longo de sua carreira como atriz. Sendo a primeira atriz negra a ganhar o Oscar de melhor atriz pelo filme "A Última Ceia" (2001) a mesma viu a carreira afundar ao estrelar o desastro "Mulher Gato" (2004). "Ferida" (2021) parece uma espécie de resposta contra os detratores que sempre acham que ela deveria desistir da carreira.

Sendo dirigido pela própria atriz, o filme conta a história de Justice" (Halle Berry), uma lutadora de MMA em decadência que falhou na única coisa que ela sempre foi boa: lutar. Quando Manny, de 6 anos, o filho que ela abandonou, retorna a sua vida, Jackie tem que vencer seus próprios demônios, enfrentando uma das estrelas em ascensão mais ferozes do mundo do MMA e lutando para se tornar a mãe que essa criança merece.

O roteiro em si não traz nenhuma novidade, pois já vimos tramas similares como no clássico "Rocky" (1975). O que talvez sustente o filme é por ele ser uma espécie de metáfora sobre toda a raiva que talvez atriz tenha carregado ao longo desses anos, tanto contra os críticos que difamavam ela, como também a própria indústria cinematográfica que lhe colocaram no pedestal, mas não se importaram de empurra-la para o abismo. Neste filme Barry diz que ainda está aqui, independente do que aconteça e com o desejo de dar tudo de si em cena.

Sua atuação, aliás, é digna de nota, onde vemos a personagem comer o pão que o Diabo amassou na medida que o tempo passa, ao sofrer nas mãos de um marido e empresário violento, como também de uma mãe com um passado complexo. A partir do momento que surge o seu filho é aí que ela vê uma chance de alcançar a sua redenção, mas para isso passará por um inferno e tendo que recomeçar tudo do zero. As feridas emocionais são que assombram os personagens, tanto para a protagonista como também para o seu filho que desde novo presenciou o horror vindo do ser humano, mas conseguindo uma nova chance através da sua mãe que nunca havia conhecido.

Em termos de direção Halle Berry demonstra que pode ir mais longe nesta nova profissão do que se imagina. Com um bom ritmo, sua câmera sempre está em movimento constante, cuja a edição se casa com a trilha sonora em hip hop e prendendo a nossa atenção mesmo em situações de pura calmaria. Mas é no ato final onde ocorre a tão esperada luta de redenção que Barry mostra para que veio, ao se entregar em uma atuação que exige grande preparo físico e ao mesmo tempo conseguindo manter o ritmo na direção desde o início.

Embora previsível "Ferida" é uma das melhores coisas que Halle Berry se envolveu em anos e provando que nunca é tarde para virar o jogo. 

Onde Assistir: Netflix. 

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