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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Ferida'

Sinopse: Depois de passar muito tempo afastada do filho, uma ex-lutadora de MMA decadente recebe sua última chance de voltar aos ringues e recuperar a carreira. 

Halle Berry transitou entre o céu e o inferno ao longo de sua carreira como atriz. Sendo a primeira atriz negra a ganhar o Oscar de melhor atriz pelo filme "A Última Ceia" (2001) a mesma viu a carreira afundar ao estrelar o desastro "Mulher Gato" (2004). "Ferida" (2021) parece uma espécie de resposta contra os detratores que sempre acham que ela deveria desistir da carreira.

Sendo dirigido pela própria atriz, o filme conta a história de Justice" (Halle Berry), uma lutadora de MMA em decadência que falhou na única coisa que ela sempre foi boa: lutar. Quando Manny, de 6 anos, o filho que ela abandonou, retorna a sua vida, Jackie tem que vencer seus próprios demônios, enfrentando uma das estrelas em ascensão mais ferozes do mundo do MMA e lutando para se tornar a mãe que essa criança merece.

O roteiro em si não traz nenhuma novidade, pois já vimos tramas similares como no clássico "Rocky" (1975). O que talvez sustente o filme é por ele ser uma espécie de metáfora sobre toda a raiva que talvez atriz tenha carregado ao longo desses anos, tanto contra os críticos que difamavam ela, como também a própria indústria cinematográfica que lhe colocaram no pedestal, mas não se importaram de empurra-la para o abismo. Neste filme Barry diz que ainda está aqui, independente do que aconteça e com o desejo de dar tudo de si em cena.

Sua atuação, aliás, é digna de nota, onde vemos a personagem comer o pão que o Diabo amassou na medida que o tempo passa, ao sofrer nas mãos de um marido e empresário violento, como também de uma mãe com um passado complexo. A partir do momento que surge o seu filho é aí que ela vê uma chance de alcançar a sua redenção, mas para isso passará por um inferno e tendo que recomeçar tudo do zero. As feridas emocionais são que assombram os personagens, tanto para a protagonista como também para o seu filho que desde novo presenciou o horror vindo do ser humano, mas conseguindo uma nova chance através da sua mãe que nunca havia conhecido.

Em termos de direção Halle Berry demonstra que pode ir mais longe nesta nova profissão do que se imagina. Com um bom ritmo, sua câmera sempre está em movimento constante, cuja a edição se casa com a trilha sonora em hip hop e prendendo a nossa atenção mesmo em situações de pura calmaria. Mas é no ato final onde ocorre a tão esperada luta de redenção que Barry mostra para que veio, ao se entregar em uma atuação que exige grande preparo físico e ao mesmo tempo conseguindo manter o ritmo na direção desde o início.

Embora previsível "Ferida" é uma das melhores coisas que Halle Berry se envolveu em anos e provando que nunca é tarde para virar o jogo. 

Onde Assistir: Netflix. 

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