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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: CINEMA NOVO



Sinopse: Um ensaio poético, um olhar aprofundado e um retrato íntimo sobre o Cinema Novo, movimento cinematográfico brasileiro que colocou o Brasil no mapa do cinema mundial, lançou grandes diretores (como Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues) e criou uma estética única, essencial e visceral que mudou a história do cinema e a história do Brasil para sempre.


O cinema nasceu como entretenimento, como escapismo, para que as pessoas pudessem fugir um pouco dos seus problemas do mundo real. Com o tempo, o cinema foi se enveredando para um lado mais cru, menos plástico e isso se fortaleceu com o nascimento do movimento do cinemaNeo Realismo Italiano” a partir da década de 40 e posteriormente com o movimento “Nouvelle vague” do cinema francês nos anos 60. São movimentos que nascem a partir de inúmeras formas, desde um nascimento criativo para se fazer um cinema diferente, ou até mesmo para se fazer uma crítica com relação ao mundo do qual vive.
Isso se tornou um fenômeno em diversas partes do mundo e o Brasil não ficou atrás com relação a isso. Formado por cineastas como Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Cacá Diegues e dentre outros, surgia entre o final dos anos 50 e início dos anos 60 o “Cinema Novo”, movimento do qual mostrou a verdadeira cara de nosso país na época e que ecoa até mesmo nos dias de hoje. Saindo para rua e esquecendo-se dos cenários artificiais, esses cineastas filmavam o dia a dia da vida suburbana, a miséria do sertão, relações conflituosas e os males da política contra o povo.
Cada um possuía um modo de filmar, mas todos passando uma mesma idéia, sendo ela extraída das palavras de Glauber Rocha: “uma idéia na cabeça e uma câmera na mão”. Infelizmente com a chegada do golpe de 64, esse cinema aos poucos acabou sendo silenciado devido seu grande teor crítico. O que não deixa de ser curioso, já que justamente no mesmo ano, filmes como Deus e o diabo na terra do sol e Vidas Secas estavam conquistando os festivais pelo mundo.
Anos se passam, o cinema brasileiro vive entre seus altos e baixos, mas sempre mantendo uma forma de resistência em se querer fazer algo de diferente. Muito disso veio do “Cinema Novo”, sendo que os cineastas pernambucanos de hoje como Kleber Mendonça Filho (Aquarius) já deram inúmeras provas que fizeram a lição de casa com relação a esse assunto. Mas como é um período muito rico, o diretor Eryk Rocha prova que não basta apenas surgirem cineastas hoje em dia em querer fazer um cinema resistente, mas sim uma vez ou outra nos lembrarmos desse período rico de informação do nosso cinema. Portanto, o documentário “Cinema Novo” não é somente sobre aquele período, mas uma mostra do melhor que ele tinha a oferecer.
Diferente dos documentários tradicionais, o filme não se envereda para depoimentos de pessoas de hoje que viveram naquele período, mas sim compostos por imagens dos próprios filmes da época e intercalados com imagens de arquivos dos seus cineastas. Com uma edição de montagem caprichada criada por Renato Vallone, as imagens de inúmeras obras acabam se casando uma com a outra, como se todos fossem um único filme e criando então uma espécie de enredo, onde mostra a cara, os males, as alegrias e tristezas do Brasil daquele tempo e que ecoam até mesmo nos dias de hoje. Assistindo ao documentário, temos então uma plenitude daquele movimento e não é toa que os donos da revista francesa Cahiers du Cinéma reconheceram esses cineastas e fizeram com que os seus filmes fossem reconhecidos pelo mundo a fora.
Por outro lado, se o nosso cinema daquele tempo era reconhecido com prestigio em outros países, o mesmo não se poderia dizer aqui mesmo no Brasil. Com imagens de arquivos, observamos as opiniões de diversas pessoas na rua com relação ao cinema brasileiro, sendo que a maioria delas não gosta, ou não possuem nenhuma noção com relação a sua importância. É então que, ao assistirmos essas cenas, concluímos que pouco mudou o brasileiro com relação aquele tempo para os dias de hoje, do qual prefere o cinema internacional, ou um cinema brasileiro, cuja linguagem sempre se envereda para o previsível ou para as comédias populares.
O que não deixa de ser curioso, já que o próprio “Cinema Novo” também havia filmes com teor popular, mas que o público em geral não assistia. Contudo, parece que quanto mais o movimento era desprezado, mais prazeroso e crítico ele se tornava, culminando com o nascimento de filmes como Terra em Transe de Glauber Rocha, do qual incomodaram muitos em Brasília. O golpe foi posto em pratica em 64, filmes foram censurados, cineastas perseguidos, mas parece que nada impediu para que eles sobrevivessem ao tempo, pois eles não se tornaram somente um retrato daquele tempo, mas sim vieram a se tornarem filmes a frente do seu tempo.
Assistir ao “Cinema Novo” é mais do que conhecer um movimento enriquecedor do nosso cinema, mas também para nos darmos conta que, infelizmente, tanto a cultura como a política brasileira andam sempre em círculos, para então sempre voltamos para o mesmo caminho que começamos. 




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Cine Curiosidade: Filme AGS concorre em Festival de Cinema de São José dos Campos com Direção de Rodney Borges e atriz internacional Cris Lopes no elenco


Filme AGS concorre em Festival de Cinema de São José dos Campos com Direção de Rodney Borges e atriz internacional Cris Lopes no elenco
O filme AGS - Agence Générale du S... está concorrendo no Festival de Cinema de São José dos Campos em São Paulo: Mostra Formiga Independente, a ser realizada de 05 a 13 de novembro de 2016, a mostra audiovisual reunirá filmes e profissionais, contando com debates, palestras, mesas redonda, maratona de produção, oficinas, incentivando a valorização da cultura e o fomento do audiovisual no Vale do Paraíba.

AGS será exibido na mostra competitiva no dia 07/novembro - segunda-feira às 19h na Literácia (Cine Clube Paratodos: Rua República do Libano, 291 - São José dos Campos). O filme foi inspirado na arte e fotografia do filme O Grande Hotel Budapeste com Direção de Rodney Borges e no elenco, conta com a atriz internacional Cris Lopes (FREER, longa metragem canadense com estréia 2017 Canada & USA), e o ator e roteirista do filme Euler Santi, protagonistas do filme interpretando os personagens: Madame e o Monsieur.

AGS é uma comédia de humor negro que fala de suícidio e o excesso de consumo, vivido pela personagem de Cris Lopes, uma francesa chique, a Madame, que deseja todo o glamour na escolha de sua morte, com escolha de acessórios no "catálogo de produtos" oferecido pelo atendente da agência AGS, o Monsieur, interpretado por Euler Santi, com roteiro baseado em uma obra francesa de Jacques Rigaut dos anos 20, adaptado com piadas atuais, o filme mostra que os prazeres da vida são únicos e essenciais do que escolher morrer mesmo com todo conforto e luxo.

Divulgação: Filme AGS - Fan Page @filmeags
Atriz de cinema Cris Lopes OFICIAL - Fan Page @crislopesoficial . Twitter @crislopesOFC . Instagram @crislopes.oficial
Contato SP: entrevistas : imprensacl@terra.com.br
Filme AGS - Página Oficial: www.facebook.com/filmeags
Página Oficial da Atriz internacional Cris Lopes - Facebook: @crislopesoficial



Confira a Programação da Mostra Formiga Independente - SJCampos : https://www.facebook.com/mostraformigaindependente/

Filme AGS - Página Oficial: www.facebook.com/filmeags

Assista aqui o Trailer do Filme AGS: https://www.youtube.com/watch?v=W8tnO05edfQ

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: MENINO 23




Sinopse: Documentário mostra a investigação do historiador Sidney Aguilar referente a tijolos com suástica nazista numa fazenda do interior de São Paulo. Ao chegar lá, ele descobre que nos anos 30, 50 meninos negros e mulatos foram usados como escravos pelo dono da propriedade, que era simpatizante do nazismo.

“A mentira nunca fica escondida por muito tempo”. Esta é a frase adotada na investigação nascida pelo historiador e professor Sidney Aguilar e adotada pelo diretor e roteirista Belisario Franca, cujo sua intenção é desvendar o que há por trás dos misteriosos tijolos ornamentados com a suástica, símbolo nazista, que foram descobertas por acaso numa fazenda do interior de São Paulo. Fica se sabendo que a família Rocha Miranda, dona da fazenda na época, adotou cinqüenta meninos negros no Rio de Janeiro do ano de 1933.
A época da qual se passa esses fatos é num período nebuloso, onde o mundo cada vez mais se afundava nos regimes nazistas. Infelizmente o Brasil possui uma mancha de irresponsabilidade com relação a isso, pois além de ter sido um dos últimos países do ocidente ao colocar um ponto final na escravidão, não houve uma ação social para ajudar os ex-escravos da época. Além disso, havia o absurdo da propaganda da super raça branca, ao ponto de haverem concursos para os bebês perfeitos, sendo um verdadeiro ato de segregacionista. Mas o pior mesmo, e que poucos sabem, é que o Brasil abrigou por um tempo a maior seção do Partido Nazista fora da Alemanha.
Após a descoberta desses tijolos com símbolos nazistas, Franca e Aguilar juntos começaram a buscar pistas sobre os cinqüenta meninos que viveram uma década de trabalho escravo e que foram renegados pela história desse país. Dos cinqüenta meninos, acabamos conhecendo a história de pelo menos três deles, no momento em que os realizadores chegaram ao local e descobrindo com mais precisão essa história. Ficou se sabendo que, ao chegarem à fazenda, os meninos eram enumerados, assim como os nazistas faziam com os judeus no campo de concentração.
O passado desse lugar acaba ecoando de uma forma tocante e triste pelas palavras de um sobrevivente. Conhecemos então Aloísio Silva, de 89 anos e sendo ele justamente o menino 23 e que dá titulo ao documentário. Não confortável com as lembranças do passado, sentimos revolta nas palavras desse senhor de idade e que não esconde a sensação de decepção com relação ao mundo em que vivia.
Através de fotos da família Rocha e vídeos pela internet (propagandas preservadas da época) Aloíso também dá de encontro com o orfanato do qual ele foi adotado. Todos esses momentos são gradualmente expostos na tela e fazendo com que Aloísio se esforçava para não cair em lágrimas devido ao horror pelo que passou na infância. São momentos como esse que fazem de Menino 23 uma jornada tocante e triste de um passado nebuloso e vergonhoso de nosso país.
Encontra partida, temos o depoimento até bem humorado de Argemiro Santos que toca o assunto num tom de humor e sem ser atingido pelas lembranças. Através dele, por exemplo, que ficamos conhecendo mais a história do menino que todos chamavam de “Dois’. Esse, aliás, foi escolhido para ser adotado pela família Rocha, aparentando ser parte deles, mas não herdando nada e dando a entender pelos depoimentos dos familiares que ele caiu em desgraça através da bebida.
Em pouco menos de uma hora e meia, o documentário jamais perde o seu ritmo, principalmente por ela se intercalar com cenas de arquivos da época, com momentos em que retratam o dia a dia daqueles meninos e tudo moldurado num belo preto e branco. Essas passagens, aliás, são narradas pelos realizadores e pelos protagonistas da obra e fazendo com que o passado ecoe através do tempo. Com isso, o passado desses meninos se torna ainda mais chocantes, principalmente quando fazemos uma comparação com os dias de hoje e nos darmos conta que o país tem ainda muito chão pela frente em termos de aprender  com relação ao  respeito e igualdade. 
Desenterrando o passando, o filme adota o aspecto de reflexão com relação à realidade de hoje: o que estamos fazendo para não cometermos os erros do passado? Será que apenas “liberar”, como o senhor Aloisio chama o dia em que foi jogado no mundo após dez anos na fazenda, seria então suficiente? Qual seria ajuda que nós estamos dando aos que não são da elite hipócrita de hoje? Parece que, assim como a história nos conta, tirá-los de nosso lar ou da nossa frente é o suficiente para resolver o ponto de interrogação. Porém, o documentário veio para esfregar em nossa cara que não é bem assim e que precisamos acordar, mesmo quando a gente quer acreditar que já evoluímos suficiente.  




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Cine Dicas: Estreias do final de semana (04/11/16)



Doutor Estranho


Sinopse: O neurocirurgião Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) sofre um acidente e como sequela ele perde a habilidade com as mãos. Desesperado para voltar a ser um médico de prestígio, Stephen vai ao Himalaia em busca de cura e lá se torna aprendiz de um mestre, que o ajuda a se tornar o grande mago.


 
13 Minutos

Sinopse:Cinebiografia conta a história do carpinteiro alemão anti-nazista Georg Elser (Christian Friedel). No primeiro ano da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) ele teve a grande chance de mudar o mundo quando arquitetou um plano para assassinar o ditador Adolf Hitler (Udo Schenk) com um atentado a bomba.

 A Luz Entre Oceanos

Sinopse: Após o fim da Segunda Guerra Mundial o faroleiro Tom Sherbourne (Michael Fassbender) e sua esposa, Isabel (Alicia Vikander), encontram um barco abandonado com um homem morto e um bebê dentro. Os dois sempre quiseram ser pais e veem nessa situação a chance de realizarem o sonho. No entanto, isso trará consequências graves ao casal. 

Canção da Volta

Sinopse: Julia (Marina Person) e Eduardo (João Miguel) são casados e têm filhos. Eles estão juntos há muito tempo e os conflitos são grandes empecilhos para a continuidade do relacionamento. Tudo piora com as tentativas de suicídio dela.
  
Curumim

Sinopse:Documentário acompanha os últimos dias do surfista e praticante de asa delta Marco Archer, conhecido como Curumim. Ele foi condenado à morte pelo governo da Indonésia quando no aeroporto foi pego com 13 kg de cocaína escondidos.
   
Indignação

Sinopse: O jovem judeu Marcus (Logan Lerman) é filho de um açougueiro de Nova Jersey. Em 1951, ele consegue ingressar na Universidade Winesburg, em Ohio. Lá ele conhece a filha de um ex-aluno, Olivia Hutton (Sarah Gadon), por quem se apaixona. Ele luta contra a repressão sexual, o anti-semitismo e acaba expulso da faculdade, levando-o à lutar na Guerra da Coreia.




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