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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Cine Dica: Estreia de "A Loucura entre Nós" no CineBancários

"A Loucura entre Nós" estreia no CineBancários
O premiado “A Loucura entre Nós”, da diretora Fernanda Fontes Vareille, estreia no CineBancários nesta quinta-feia, dia 20 de outubro, após ser exibido em festivais nacionais e internacionais. O filme ficará nas sessões das 15h e 19h, dividindo a programação com o documentário “O Botão de Pérola”, dirigido por Patricio Guzmán e ganhador do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cinema de Berlim de 2015, que fica na sessão das 17h.
O longa-metragem reflete sobre as fronteiras do que é considerado “normal” ao dar voz a pessoas que lutam para resgatar suas conexões sociais após experiências no hospital psiquiátrico. “A Loucura entre Nós” ganhou o prêmio de Melhor Longa-Metragem da Mostra Competitiva Nacional (júri popular) na primeira edição do Pirenópolis.Doc e foi exibido ainda no Ateliers Varan, prestigiada escola de cinema francesa em Paris (numa sessão especial para professores e estudantes de cinema).
O CineBancários abre de terça-feira a domingo. Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os cartões Vale Cultura do Banrisul, Banricompras, Visa e Mastercard.

SINOPSE
Quais os limites da nossa sanidade? O que nos define como “normais”? A loucura entre nós, filme dirigido por Fernanda Fontes Vareille, lança um olhar sobre os corredores e grades de um hospital psiquiátrico, buscando personagens e histórias que revelam as fronteiras do que é considerado loucura. Através, principalmente, de personagens femininas, o documentário exala as contradições da razão, nos fazendo refletir nossos próprios conflitos, desejos e erros. Livremente inspirado no livro homônimo do médico psiquiatra Marcelo Veras, o filme faz um sensível mergulho nos paradoxos da reinserção da loucura no mundo em geral, subvertendo qualquer tentativa de reduzir as personagens retratadas a marionetes de questões envolvendo a sanidade mental.

A LOUCURA ENTRE NÓS
Chaves, grades, olhares, preconceitos, tudo nos separa do que não consideramos “normal”. E numa época onde é cada vez mais difícil lidar com as diferenças, o documentário “A Loucura entre Nós” nos tira da zona de conforto ao quebrar o isolamento de pessoas que vivem nos limites de ruptura com a realidade, para fazer um sensível mergulho nos paradoxos da reinserção da loucura no mundo em geral. Ao mesmo tempo, desata nós de personagens e histórias que exalam as contradições da razão, nos fazendo refletir sobre nossos próprios conflitos, desejos e trajetórias.
“A Loucura entre Nós” é o primeiro longa metragem da diretora Fernanda Fontes Vareille e terá sua estreia nacional no dia 04 de agosto de 2016 em Salvador, Rio de janeiro e São Paulo, seguindo para mais dez cidades nas semanas seguintes: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Niterói, Porto Alegre, Recife e São Luiz.
O documentário tem patrocínio da Petrobahia e a Carbocloro, através do artigo 1° da Lei 8685/93, Lei do Audiovisual. Produzido pela Águas de Março Filmes, ele foi livremente inspirado no livro homônimo do médico psiquiatra Marcelo Veras, sobre sua experiência com o Hospital Juliano Moreira, na Bahia, e a ONG Criamundo, de reinserção na sociedade da pessoa em estado de sofrimento mental. Tanto o dia a dia da Criamundo quanto o do Hospital Juliano Moreira são o ponto de partida para o encontro com personagens singulares, cujos depoimentos, histórias e relações, retratados sem filtros ou julgamentos, nos leva a pensar nos caminhos, ganhos e perdas que cada um de nós vive na busca por uma possível “normalidade”. 

“Encontrei uma realidade que provoca reflexões profundas sobre como a sociedade brasileira pode lidar de uma maneira mais humanizada com a questão da Saúde Mental” – Fernanda Fontes Vareille
Fernanda Vareille lembra que “A Loucura entre Nós” não é um filme sobre essas instituições, mas sobre sujeitos e suas histórias. Revela, principalmente, a subjetividade de duas personagens em especial: Leonor e Elisângela, duas mulheres de realidades sociais bem distintas, mas que se encontram em trajetórias e questionamentos comuns. Ao dar voz àqueles que, muitas vezes, compõem uma parcela da população negligenciada, a obra abre ao público um universo novo e cheio de contradições. Cabe, então, à humanidade retratada pela câmera da diretora subverter qualquer tentativa de reduzir as personagens a marionetes da Saúde Mental. O documentário, portanto, não se propõe a discutir questões envolvendo a possível validade dos dispositivos de atendimento e assistência da pessoa em estado de sofrimento mental, mas prefere questionar: Quais os limites da nossa sanidade? O que nos define como “normais”?
O filme divide suas cenas entre as ruas da capital baiana e a realidade entre muros, salas e portões do Hospital Juliano Moreira. Neste último, uma equipe enxuta de quatro pessoas filmou em clima de imersão. Esse processo foi fundamental para o amadurecimento no olhar que é dividido ao longo do documentário. A realidade se impõe com os momentos de surto, aparente normalidade e apatia por parte das duas personagens principais. Extremamente generosas com a câmera, elas têm muito a dizer e despem-se completamente para o olhar do público, revelando muitas coisas que, ainda hoje, permanece como tabu quando se fala de questões envolvendo o sofrimento mental.
 Ao mostrar o exato momento em que um grupo de pessoas sai do hospital para conquistar autonomia nas suas relações com suas famílias – e com a própria cidade – o filme dialoga também com questões absolutamente contemporâneas em relação à Reforma Psiquiátrica e a Luta Antimanicomial no Brasil. Nesse sentido, a voz dada aos pacientes reforça o ideal de um futuro onde não existam manicômios, mas sim processos capazes de extinguir para sempre qualquer lógica de cidadãos de primeira e de segunda classe no tratamento de pessoas com sofrimento mental.

“Presenciar o surto de Leonor, por exemplo, foi um momento revelador e, de certa forma, influenciou na direção do filme. A realidade passou a ser mais dura do que imaginávamos. Perdemos a ingenuidade”. – Fernanda Fontes Vareille
A equipe de “A Loucura entre Nós” chegava cedo ao hospital e permanecia durante todo o dia convivendo com as personagens. Muitas vezes estavam presentes sem produzir nenhum material, apenas observando e conversando para que todos, pacientes e funcionários, se acostumassem com a nova presença – e, principalmente, com a presença da câmera. Ao todo foram três anos de filmagem (iniciada em 2011, com finalização de produção em março de 2015), numa jornada onde houve uma tomada de nova consciência, capaz de ressignificar todo o processo. E se o mundo retratado no início atrai nossa atenção por ser distante e exótico, ele passa a revelar novas camadas de interesse à medida que vai se abrindo.  A maior conquista desse amadurecimento é a produção de um material que nos leva à percepção de que “A Saúde Mental” talvez sequer exista; o que existem são histórias contadas, uma a uma. 

FESTIVAIS E PRÊMIO
A primeira exibição de “A Loucura entre Nós” aconteceu no dia 16 de julho de 2015 na 4 ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Depois participou da primeira edição do Pirenópolis.Doc, que aconteceu no início de agosto de 2015 na cidade de Pirenópolis, em Goiás, de onde saiu com o prêmio de melhor longa-metragem da Mostra Competitiva Nacional (júri popular).  Em 2015, o documentário foi exibido ainda no Ateliers Varan, prestigiada escola de cinema francesa em Paris (numa sessão especial para professores e estudantes de cinema), além de participar da 6ª edição do CachoeiraDoc – Festival de Documentários de Cachoeira, na Bahia, do Indie Festival, em Belo Horizonte, e da 13ª edição do VLAFF – Vancouver Latin American Film Festival, no Canadá. Em 2016, participou (no dia 7 de abril) do Festival du Cinéma Brésilien em Paris, no Cinéma L'Arlequin, do Festim Lisboa e do Madeira Film Festival, ambos em Portugal, e da Mostra do Filme Livre do Centro Cultural Banco do Brasil.

FICHA TÉCNICA
A LOUCURA ENTRE NÓS

Documentário|76’|cor|DCP|Brasil|2015
Direção⋅Fernanda Fontes Vareille
Roteiro⋅Fernanda Fontes Vareille, Marcelo Veras
Produção Executiva⋅Fernanda Fontes Vareille, Amanda Gracioli
Direção de Produção⋅Amanda Gracioli
Direção de Fotografia e assistente de direção⋅Gabriel Teixeira
Técnico de som e assistente de câmera⋅João Marcos Tatu
Montagem⋅Juliana Guanais, Juliana Veras
Assistente de Montagem⋅Flávia Cardoso Sampaio
Mixagem de som⋅José Jorge Cardoso, Flávia Cardoso Sampaio, Bruno Mercère
Assistente de produção e design gráfico⋅Marina Brito
Trilha original⋅Laurent Perez Del Mar
Consultoria de psicanálise e saúde mental⋅Marcelo Veras, Juliana Veras
Assessoria de imprensa⋅Beto Mettig
Correção de cor⋅Ghislain Rio
Desenho de som⋅Napoleão Cunha, Sylvianne Bouget
Prestação de contas⋅Márcia Cardim
Elaboração do projeto técnico⋅Tenille Bezerra, Bruno Senna

GRADE DE HORÁRIOS
18 de outubro (terça-feira)
15h – O Silêncio do Céu, de Marco Dutra
17h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán
19h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán

19 de outubro (quarta-feira)
15h – O Silêncio do Céu, de Marco Dutra
17h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán
19h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán

20 de outubro (quinta-feira)
15h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle
17h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán
19h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle

21 de outubro (sexta-feira)
15h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle
17h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán
19h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle


22 de outubro (sábado)
15h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle
17h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán
19h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle


23 de outubro (domingo)
15h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle
17h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán
19h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle


25 de outubro (terça-feira)
15h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle
17h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán
19h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle


26 de outubro (quarta-feira)
15h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle
17h – O Botão de Pérola, de Patricio Guzmán
19h – A Loucura entre Nós, Fernada Fontes Veirelle

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: KUBO E AS CORDAS MÁGICAS




Sinopse: Kubo vive no Japão com sua mãe. Ele acaba se tornando alvo de um espírito vingativo e passa a ser perseguido por monstros e também deuses. Nessa longa jornada de sobrevivência, Kubo precisa achar a armadura mágica usada por seu pai falecido, um guerreiro samurai, para acertar as contas com esse ser do mal.


Embora o estúdio Pixar seja responsável pela criação de inúmeras obras primas ao longo da sua história, é preciso reconhecer que, até mesmo ela, esteja passando por uma falta de originalidade e se entregando até mesmo a sequência de grandes sucessos.  Se isso acontece com um estúdio de quilate como este, não tem o que dizer muito de outros que tentam comer pelas beiradas, mas que pouco nos brindam com algo de originalidade que mereça nota. Nesse cenário atual, é curioso observar como o estúdio Laika (casa do filme Coraline) nos brinde com tramas corajosas, sombrias e usando o velho artifício do stop motion nos dias de hoje de forma eficaz.
É através dessa coragem e nostalgia é que eles novamente nos brindam com uma trama original e inspirada na terra do sol nascente. Dirigido pelo estreante Travis Knight, Kubo e as Cordas Mágicas conta a história do pequeno Kubo, que vive isolado numa montanha com a sua mãe que vive de depressão. Todos os dias ele desce da montanha e vai num pequeno vilarejo, onde através de seu violão com cordas mágicas, ele conta histórias das aventuras do seu falecido pai, fazendo com que papéis criem vida e se transformem em origamis para representar o conto. Porém, o seu avô e tias, sendo eles responsáveis pela morte de seu pai, vão ao seu encalço para lhe roubarem o seu olho e assim tirar a poder escondido dentro dele.
Já nesse primeiro ato a trama nos fisga, pois facilmente nós somos seduzidos pela beleza das cenas, das quais presta uma homenagem a toda cultura do Japão. Ao mesmo tempo é um filme fácil de nos identificarmos, já que é a velha história do jovem herói se descobrindo e procurando saber qual é o seu papel no mundo do qual vive. Tudo isso embalado com o melhor da tecnologia atual, mas se casando muito bem com a velha forma de fazer animação, com o direito de surgir passagens onde as cenas são criadas pelo velho desenho tradicional a lápis e fazendo até mesmo a gente se lembrar de filmes de animação japonesa.
Curiosamente, é impressionante que, embora seja um filme para todas as idades, existam algumas passagens do filme bem sombrias, onde os olhos se tornam o real foco da trama. Se a Laika já havia explorado um pouco disso em Coraline, aqui é expandido para inúmeras propostas, com relação à vida, morte e o mundo do espiritismo. São assuntos raros ao serem visto num filme de animação, mas que aqui é vista de uma forma com que o jovem que for assistir não se assuste, mas sim se sinta atraído pela mitologia japonesa, tão raramente vista em sua plenitude num filme criado no ocidente. 
O filme ainda consegue a proeza de brincar com a nossa atenção. Se no início da trama o pequeno protagonista nos diz para piscarmos agora para não piscarmos depois, é para então prestarmos atenção nas inúmeras pistas das quais escondem inúmeras surpresas, principalmente com relação às reais identidades de alguns personagens importantes que surgem na trama. Quando o quebra cabeça começa aos poucos se montando e revelando a real natureza sobre o que realmente acontece em volta do personagem, tudo acaba fazendo sentido, mas ao mesmo tempo pode pegar alguns desprevenidos, principalmente para aqueles que não prestaram atenção ou piscaram.
Com um final melancólico, porém eficaz, Kubo e as Cordas Mágicas é um exemplo de coragem de um estúdio que não se preocupa em termos de bilheterias, mas sim de entregar um produto de qualidade e que faça a diferença.  


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Cine Dica: Mostra Tela Indígena

A Mostra Tela Indígena propõe divulgar filmes feitos por indígenas ou que tratam desta temática. Nossa intenção é divulgar a pluralidade das culturas indígenas, essa multidão de 246 povos no Brasil, que fala mais de 150 línguas. São diferentes maneiras de ver o mundo - e de ser visto por ele. Nossa “Tela Indígena” é uma tela para este outro universo, que muitas vezes passa despercebido do cotidiano do resto dos brasileiros. O audiovisual aqui está transformado em uma ferramenta de diálogo entre essas experiências de vida, uma ponte entre espectador e os outros modos de perceber o mundo que esses povos têm. Propomos, além disso, continuar esse diálogo com os espectadores de forma ainda mais próxima: a Mostra traz convidados indígenas, antropólogos, diretores dos filmes e especialistas, que ajudam o espectador a compreender melhor esse outro universo cultural.
 A Mostra Tela Indígena é fruto de uma parceria entre o NIT (Núcleo de Antropologia de Sociedades Indígenas e Tradicionais), que faz parte do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da UFRGS, e a Sala Redenção – Cinema Universitário. Na programação, contamos com filmes da atualidade sobre a questão indígena, tanto produzidos por diretores indígenas como em parceria com estes. Escolhemos transitar entre várias experiências de ser indígena. Ressaltamos, por fim, que a Mostra Tela Indígena é uma proposta de diálogo. Diálogo intercultural, diálogo visual. Diálogo entre modos de ver.

                           
Corumbiara (Brasil, 2009, 117 min) Dir. Vincent Carelli

26 de outubro- quarta-feira – 19h
 A busca por evidências e versões dadas pelos índios de um massacre ocorrido na Gleba Corumbiara, em Rondônia, em 1985.
 Após a sessão, debate com José Otávio Catafesto, etnoarqueólogo, pesquisador e professor da UFRGS; e Denise Fagundes Jardim, professora de antropologia social da UFRGS.En Quête de Sens 
A sessão do filme Buscando Sentido é um projeto da aluna de engenharia ambiental Eléonore Pierrat do IPH e a Escola de Engenharia da UFRGS.
A temática ambiental não é mais um assunto periférico, considerado só como preocupação de países ricos e desenvolvidos, mas sim, uma questão de todos. Hoje, ela é muito representada no cinema na forma de documentários, filmes, muitas vezes considerados “alarmistas”. Varios exemplos de obras de qualidade indubitável focam em problemas pontuais, por exemplo: o efeito estufa; o desmatamento de florestas, e; o acumulo de resíduos oriundos cidades e industries, sem explicitar o caráter sistémico desses fenômenos. A proposta de filme é justamente salientar as conexões entre as crises existencial, social, econômica, e ambiental, mostrando a relação que os seres humanos desenvolveram entre si e com a natureza.
O filme Buscando Sentido (En quête de sens) aborda essas questões por meio da ótica ingênua do personagem principal: um recém formado que, depois trabalhar um tempo na área de finanças internacional em Wall Street, forma uma consciência ambiental e começa uma viagem em busca de um entendimento maior. Ao longo do caminho, ele encontrará pessoas singulares que oferecem abordagens diferentes as várias perguntas que ele faz sobre a marcha do mundo. Essas são questões que todos podem se perguntar, sem necessitar uma consciência politica e ambiental forte. Nesse sentido o filme busca incentivar o conhecimento pessoal, e desencadear questionamento acerca da gênese da crise ambiental, das noções de progresso, e da modernidade.
A aluna Éléonore Pierrat conduzirá a conversa acerca dos temas abordados no filme após a projeção. Ela cursou Engenharia na Escola de Engenharia francesa Centrale na cidade de Lyon.. Iniciou em 2015 a dupla diplomação em engenharia ambiental na UFRGS.
Buscando sentido (En Quête de Sens, França, 2015, 87 min) Dir. Nathanaël Coste e Marc de la Ménardière
19 de outubro- quarta-feira – 19h
Um recém formado, após trabalhar no setor financeiro de Wall Street, adquire consciência ambiental e começa uma viagem em busca de um entendimento maior.
 12º Dia Internacional da Animação
Em sua 15ª edição no mundo e 12ª edição na capital gaúcha, o Dia Internacional da Animação é celebrado no Brasil e em mais de 30 países com uma sessão, simultânea e gratuita, de curtas-metragens de desenho animado nacionais e internacionais.
No dia 28 de outubro, às 19h30, haverá exibições em mais de 200 cidades do país, a realização do evento é da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA). Este é o maior evento simultâneo do gênero no país, que tem como principal objetivo difundir o cinema de animação, atraindo novos públicos e proporcionando aos espectadores o acesso a essa arte cinematográfica, institucionalizando esta data, como referência histórica da animação mundial no calendário de eventos culturais do Brasil. Em Porto Alegre o DIA será uma produção da Besouro Filmes.
Desde 2012, a Sala Redenção é parceira e sedia a programação do Dia Internacional da Animação em Porto Alegre no dia 28 de outubro. Neste dia, além da exibição das Mostras Nacionais e Internacionais 2016, teremos a exibição da Mostra Infantil.
Mostra Infantil
28 de outubro- sexta-feira – 14h
Mostra Oficial dos curtas-metragens de animação nacionais e internacionais
28 de outubro- sexta-feira – 19h30min

 Tânia Cardoso de Cardoso
Departamento de Difusão Cultural
Coordenadora e curadora da Sala Redenção - Cinema Universitário
tania.cardoso@difusaocultural.ufrgs.br

www.difusaocultural.ufrgs.br
www.salaredencao.com

(51) 3308-3933

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Cine Especial: Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão: Parte 5

Nos dias 22 e 23 de outubro eu estarei participando do curso Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão, criado pelo Cine Um e ministrado pelo escritor e crítico de cinema Rodrigo Gerace. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei relembrar um pouco dos principais filmes do cinema explicito, dos quais não só nos excita como também nos provoca e nos faz pensar.



A SERBIAN FILM: TERROR SEM LIMITES (2011)

Sinopse:Na Sérvia, o ator pornô apostentado Milos (Srdjan Todorovic) tem uma vida tranquila com sua amada esposa Marija (Jelena Gavrilovic) e seu pequeno filho Peter, que só lhe dá orgulho e alegria. A família vem enfrentando problemas financeiros e por isso Milos decide voltar à ativa. Ele recebe uma proposta para participar de um filme pornô experimental e é apresentado ao diretor Vukmir (Sergej Trifunovic). O ator assina um contrato às escuras, sem saber que o iria participar de um filme snuff, repleto de pedofilia, necrofilia, tortura física e mental. Ele tentará proteger a sua família e a si mesmo quando perceber no que está envolvido, mas nem todos os filmes tem um final feliz.


Nem vou me alongar sobre a vasta polêmica que se alastrou na época de lançamento desse filme e que acabou sendo censurado por aqui em nossos cinemas por algum tempo. O que eu irei falar aqui é sobre as qualidades e os pontos negativos que esse filme possui e que deu o que falar. Para começar, o filme não faz uma apologia à pedofilia, mas sim é uma espécie de grande denuncia do qual faz contra esse mundo obscuro que se esconde dentro do gênero pornográfico, mais precisamente os tais snuff movies onde contem estupros, espancamentos e até mesmo (há quem diga) mortes reais filmadas.
Em seu primeiro filme, o diretor sérvio Srdjan Spasojevic não poupa nem o espectador e tão pouco o protagonista (Srdjan Todorovic). Ao adentrar neste território que, mesmo saindo vivo, o protagonista ficará marcado pelo resto da vida, devido aos momentos terríveis onde o diretor pornográfico da história (Sergej Trifunovic) o leva a cometer atos terríveis e o drogando com altas doses para torná-lo um zumbi descontrolado por sexo. É nestes momentos que o ator Sergej Trifunovic rouba cena, pois ficamos perplexos em vê-lo falar com a maior naturalidade e defendendo o que ele faz, pois segundo ele, é arte e que deveria ser respeitada.
É nesses momentos em que há sequências que vão do chocante ao hilário, principalmente em tiradas que, por mais absurdas que sejam as situações, são de humor negro puro, como a frase que ele dispara em determinado momento da trama (“meu filme esta fugindo pela janela”). Visualmente, Serbian film é bem interessante, devido aos seus cenários excêntricos dos tais atos, mais parecendo uma representação de um sonho que, gradualmente, vai se tornando em pesadelo na medida em que o filme começa a ficar cada vez mais e mais pesado. Mas acredito que não havia uma forma de ser diferente.
Muito embora haja partes que realmente chocam somente por chocar, como a tão polêmica cena de estupro de um recém nascido que, mesmo que todo mundo saiba que aquilo é um boneco eletrônico (visto recentemente no youtube), não há como não ficar desconcertado e enjoado, tanto na versão censurada (onde é mais sugestiva) como a sem cortes que chega ser horrível demais para ser vista. É aí que o diretor falha em seu filme denúncia, ao fazer cenas chocantes somente para horrorizar, principalmente no ato final em que o protagonista cai numa armadilha que custará sua sanidade, mas quando chega a esse momento, o espectador já tem uma base do que ira acontecer. Isso logicamente acontece porque já termos tido uma dose de sequências grotescas e, com isso, a cena chave do filme se torna previsível e nada surpreendente se comparada a outros filmes que tocaram com o mesmo tema como Old Boy do qual foi anos luz melhor em querer surpreender e chocar. 
Entrando para o rol dos filmes polêmicos da história do cinema, Serbian film poderia muito bem ter se tornado somente um pequeno filme cultuado pela sua produção de altos e baixos, mas que não sabe ao certo se veio para se criar uma reflexão ou simplesmente chocar em alguns momentos. De qualquer forma, isso foi o suficiente para causar barulho e inúmeros debates acalorados naquele período.
    

Mais informações e inscrições para o curso você clica aqui. 

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Cine Dica: Minha Amiga do Parque na Sessão Plataforma

FILME DA DIRETORA ARGENTINA ANA KATZ, MINHA AMIGA DO PARQUE É ATRAÇÃO DA SESSÃO PLATAFORMA #26.
Na terça feira, 18 de outubro, às 20h, e sábado, 22 de outubro, às 17h, na Sala P. F. Gastal, a Sessão Plataforma tem sua 26ª edição com a exibição do longa da realizadora argentina Ana Katz, recentemente estreado no Festival de Sundance 2016, na competição internacional, onde recebeu o Prêmio Especial do Júri.
 Sobre o filme: Enquanto o marido viaja a trabalho para o Chile, Liz luta para cuidar sozinha do filho pequeno. Sentindo-se deslocada em meio ao grupo fechado de pais no parque, ela se aproxima de Rosa, operária e mãe solo. A diferença social cada vez maior entre elas, assim como rumores estranhos sobre a família de Rosa, fazem Liz suspeitar que sua nova amiga seja uma influência negativa em sua já frágil vida. Uma apreciação honesta dos lados público e privado da maternidade, o filme joga luz sobre as inseguranças e exaltações de uma amizade entre duas mulheres.  Nascida em Buenos Aires, Ana Katz escreveu e dirigiu quatro longas-metragens. Seu primeiro longa EL JUEGO DE LA SILLA, que ela também atuou, recebeu Menção Especial do Júri no Festival de San Sebastián. UNA NOVIA ERRANTE, seu segundo longa, que também atuou, escreveu e dirigiu, estreou na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes. Além de seus filmes, Ana atuou em diversos filmes, incluindo WHISKY (de Juan P. Rebella e Pablo Stoll), LENGUA MATERNA (de Liliana Paolinelli), and POR UN TIEMPO (de Gustavo Garzón). MINHA AMIGA DO PARQUE é seu quarto longa. Em 2016, Ana vai dirigir seu quinto longa SUEÑO FLORIANÓPOLIS.
 
Serviço:
MINHA AMIGA DO PARQUE (Mi Amiga del Parque)
dir: Ana Katz, 84min, ARG/URU/ESP, 2016.
Sessão 18 de outubro (terça) - 20h
Única reprise 22 de outubro (sábado) - 17h
Local: Sala P. F. Gastal
Ingresso: R$ 4,00
Projeção digital
Realização: Tokyo Filmes em parceria com a Coordenação de Cinema e Video da Prefeitura de Porto Alegre.
Sessão Plataforma é uma sessão de cinema, realizada desde agosto de 2013 na cidade de Porto Alegre (RS), que exibe filmes recentes e inéditos na cidade, de qualquer nacionalidade, duração e bitola, sem distribuição garantida no Brasil.

Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Cine Especial: Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão: Parte 4



Nos dias 22 e 23 de outubro eu estarei participando do curso Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão, criado pelo Cine Um e ministrado pelo escritor e crítico de cinema Rodrigo Gerace. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei relembrar um pouco dos principais filmes do cinema explicito, dos quais não só nos excita como também nos provoca e nos faz pensar. 

O LADO CRÍTICO, POLÊMICO E EXPLICITO DE LARS VON TRIER
    

  Os Idiotas (1998)

 

O segundo filme do movimento Dogma 95 criado por Von Trier e Thomas Vinterberg, que preza um cinema menos comercial, mais simples, sem tecnologia em nenhum durante qualquer processo do filme, diferente do padrão hollywoodiano que tanto estamos acostumados. E aqui vemos um filme completamente simples e caseiro, quase documental com câmeras tremidas, microfones aparecendo a toda hora, sombras dos produtores e assim por diante, e assim o Dogma diz que pode-se fazer um bom filme sem o equipamento milionário que vemos na américa. E por isso não é um filme para qualquer pessoa, e sua historia e personagens também não são muito digeríveis.
Aqui vemos um grupo de pessoas que se fingem de doentes mentais para fazer um protesto ante a sociedade hipócrita que existe, uma sociedade que não se importa mais com o próximo que pensa somente em como vai ter mais poder e como ficar mais rico, mas que em momento nenhum se importa com a felicidade?
Mas isso é colocado em prova. Será que fingir ser um idiota é de fato uma ideologia para atacar a sociedade, ou apenas uma forma de fugir da realidade?
Cada um do grupo está ali por algum motivo, mas principalmente porque quer ser feliz, liberar esse idiota que existe dentro de você, esse que não se importa com o que esta acontecendo ao redor e sente com mais força os sentimentos que o mundo lhe oferece.
E isso também é um meio de enfrentar a sociedade, a mesma que diz que não vê problema nenhum em conhecer um deficiente até o momento que esse deficiente começa a babar em seu ombro. E assim começa a inventar desculpas para não viver com isso como uma "separação de bairros", ou aquele cumprimento de longe sem emoção, pois quanto mais longe melhor, porque assim não se tem contato.
O elenco está ótimo a toda hora, em nenhum momento você vê algum ator faltar muito menos menos capazes, e isso alavanca ainda mais a força que o filme tem. Von Trier como diretor de elenco também está fenomenal que consegue extrair o máximo de seus atores, a ponto de ter cenas de sexo explicito (sim, onde você vê a penetração) e que chega perto do pornográfico, mas se ajusta onde quer chegar.




ANTICRISTO (2009)


Neste filme Lars Von Trier vai totalmente contra maré, ou seja, contra tudo  que o público em geral espera de um filme, do qual cria uma trama que choca desde a primeira cena, até seu momento final. Dividido em três partes, junto com um prólogo e um epílogo, o filme carrega inúmeras belas imagens nunca antes vistas no cinema, mas ao mesmo tempo com imagens que faz o espectador se contorcer na cadeira e ficar se perguntando, “o que esta acontecendo?”
O prólogo, por exemplo, apresenta o casal protagonista do filme num momento de grande intimidade, (acredite, aparece tudo) ao mesmo tempo o filho único deles sai do quarto, se aproxima da janela, caindo para morte, numa sequência em preto e branco e câmera lenta nunca vista antes na historia do cinema. Além disso, essa sequência é embalada com a trilha sonora clássica do Hande que fica ecoando em nossas mentes por um bom tempo. Só por essa sequência já vale todo o filme, mas não satisfeito, o diretor nos força a assistir a cenas de pura tensão, terror psicológico, sexo explicito e mutilação das mais terríveis.
Tudo isso para contar uma historia que levanta questões como: “da onde vem o mau do homem?”; “onde fica o céu e o inferno?”. Talvez a resposta esteja no subconsciente da pessoa, onde ela pode tanto criar a mais pura paz para si, como também o verdadeiro inferno na terra. Cada um cria o seu mundo conforme você administra a sua vida no dia a dia. Essa foi a conclusão que eu tive após assistir a esse filme, mas cada um irá tirar suas próprias conclusões e portanto o que eu disse seja apenas a ponta do iceberg.
Charlotte Gainsbourg (A Noiva Perfeita, 21 Gramas) e Willem Dafoe (Homem-Aranha 2, Manderlay), interpretam seus papeis como se fossem os último de suas vidas. Se Dafoe entrega novamente uma bela interpretação, Charlotte entrega uma das melhores e mais polêmicas interpretações dos últimos tempos, pois ela é responsável por umas das sequências mais perturbadoras do longa metragem. Não me surpreenderia se a pessoa mais dura do planeta recuasse o rosto nesse determinado momento.
Reerguido das cinzas, após problemas profissionais e pessoais na época,  Lars Von Trier cria aqui um filme inquietante, forte, explicito e cheio de conteúdo.Saído da sua mente no tempo que estava passando por uma terrível depressão. Isso talvez explique o filme ser como ele é, pois Lars retirou tudo que tinha em sua mente depressiva e colocou na tela. Porém, ao em vez de a gente assistir um filme vazio, testemunhamos uma trama que será lembrada ao longo das décadas. 




Ninfomaníaca (2014)



Volume 1

Considerado “persona non grata” em Cannes depois de declarações bombásticas durante o lançamento do filme Melancolia, Von Trier retorna com esse projeto digno novamente de nota, que vinha sendo divulgado de uma forma maciça de propagandas, tanto pela internet, como TV e revistas de cinema.  Mas para a surpresa de todo mundo, resultado final foi uma produção de mais de cinco horas de projeção, o que forçou a tomar decisão de lançar o filme em duas partes, sendo que a segunda será lançada no próximo mês de março.
Nessas primeiras duas horas de trama, conhecemos Joe (Charlotte Gainsbourg), uma enigmática mulher que é encontrada desmaiada em um beco sujo. É levada para a casa do Seligman (Stellan Skarsgård) para que possa se recuperar. Ela então começa a contar a sua história e o que a levou a se tornar uma ninfomaníaca, desde que era criança, até os seus vinte e poucos anos (interpretada pela jovem e ótima atriz Stacy Martin).
Através de cinco capítulos, acompanhamos a perda da virgindade, a primeira paixão(?), a descoberta da libido, a relação estranha  com o pai (Christian Slater) e o número estrondoso de parceiros sexuais crescendo cada vez mais. Quanto às tão polêmicas cenas de sexo, é importante salientar que foi  lançado uma versão por aqui com cortes (a estendida será exibida em Festival de Veneza), mas creio que a alteração esteja apenas no tempo de duração desses momentos que, já são suficientemente chocantes, muito embora não seja nada fora do comum que já nos acostumamos a ver em muitos outros filmes e sinceramente passa longe do que é visto num filme pornô. 
Ninfomaníaca, pelo menos nessa primeira parte, conquistou a minha simpatia por saber prender a nossa atenção do começo ao fim(?) e tentar saber do porquê ela ter se tornado assim. Além disso, a fusão das cenas com conhecimentos culturais que vai da musica clássica, para a melhor forma de pescar peixe (ou homem) tornam a sessão ainda mais imperdível. Das cenas do filme, destaco a participação de Uma Thurman, como uma desequilibrada esposa de um dos amantes da protagonista. Embora em pouco tempo de cena, Thurman da um verdadeiro show de interpretação que é algo que não se via dela desde Kill Bill. 
Infelizmente quando a gente está todo envolvido com o filme, ele acaba, mas deixando claro através de cenas nos créditos que o melhor estar por vir. 

Volume 2

Lars von Trier não tem medo de cutucar, incomodar e tão pouco falar o que bem entender. Embora polêmico, o cineasta gradualmente foi se tornando ao longo desses últimos anos um dos mais novos diretores autorais que se têm notícias e filmes como Anticristo e Melancolia fortalece isso. No épico Ninfomaníaca: Volume 1 acompanhamos a narrativa contada por Joe (Charlotte Gainsbourg), onde se é explorado os seus anos em busca pelo prazer sexual não importando qual preço a pagar.
Nesta sequência que complementa a trama, adentramos mais ainda ao universo explicito da protagonista, que talvez busque no sexo e masoquismo a mesma sensação que um dia havia sentido e chegado até mesmo a ver santos no céu. Ousado como ninguém Von Trier não poupa o espectador ao misturar cenas explicitas de sexo e violência, mas que por incrível que pareça, funde muito bem ao se fazer um mosaico de acontecimentos nos quais nos leva a verdadeira natureza do subconsciente da personagem. Uma vez lá, conseguimos enxergar não uma mulher fria e calculista em busca dos seus objetivos, mas alguém frágil que tenta achar o caminho da felicidade através de métodos pouco comuns.
Desde o Anticristo Von Trier tenta criar uma espécie de analise filmada sobre os mistérios da mente das pessoas, dos seus desejos, melancolias e loucuras. Talvez Ninfomaníaca seja uma espécie de encerramento sobre essa analise do mundo do sexo, sobre até aonde a pessoa chega a isso, que vai do seu ápice, para a sua queda e. por fim, buscar uma redenção particular. Não é um filme fácil de ser visto, principalmente para uma pessoa conservadora, sendo mais indicado para pessoas com a mente aberta e que enxergam ali alguma mensagem escondida nas entrelinhas.
 

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