Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse:Baseado no livro
“Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, o
filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória
do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º
presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma
batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido,
ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com
a escravidão.
Se existe um grande motivo para se assistir um filme como
esse, a resposta é uma só: Daniel Day Lewis. Novamente o ator se entrega ao
trabalho de corpo e alma, que embora possamos sentir certa limitação do ator ao
interpretar um personagem tão histórico como esse, Lewis deixa a sua marca
registrada, fazendo-se desaparecer por completo no papel e transformando no próprio
Lincoln. Contudo, Lincoln é aquele típico filme que os coadjuvantes roubam a
cena, que aqui, nada mais são que os políticos daquele período, onde cada um se
tornou peça chave para aprovação da liberdade dos escravos.
Dessa turma, Tommy Lee Jones
é que se sobressai, ao interpretar o Deputado Thaddeus Stevens, que além de
roubar a cena toda vez que surge, fica soltando perolas com as suas palavras
fortes, que embora alguns acreditem que não tenham sido reais, adaptado para o
cinema se soou muito bem. Como toda boa adaptação de uma época, o filme possui
uma reconstituição de primeira grandeza e a fotografia escura de Janusz
Kaminski é disparada a favorita para o próximo Oscar. Mas assim como o seu protagonista, Lincoln é
um filme contido (talvez o mais contido da carreira de Spielberg), sem inventar
muito, talvez porque sempre é um grande vespeiro ter que se adaptarem fatos históricos
que muita gente conhece. Mas convenhamos: antes apreciar esse filme do que
Lincoln: Caçador de Vampiros que sempre tenta nos tratar que nem idiotas.
A partir do dia 28 de janeiro, o CineBancários recebe a
programação do 5º Festival do Júri Popular, evento que ocorre
simultaneamente em 19 cidades brasileiras, exibindo uma seleção do melhor do
cinema nacional nos formatos de curta e longa-metragem (novidade a partir deste
ano, pois em suas edições anteriores o festival exibia apenas curtas). Grande destaque
dessa edição, os longas são todos do gênero documentário, sendo a primeira
oportunidade para os espectadores locais conhecerem títulos elogiados como Doméstica,
de Gabriel Mascaro, ACidade é uma Só?, de Adirley
Queirós, e Jards, de Eryk Rocha.
Além da mostra competitiva de curtas e longas (cujos vencedores são
eleitos pelo público), o Festival do Júri Popular também terá uma mostra
hors-concours, que homenageia os 40 anos do Festival de Gramado, exibindo uma
seleção de curtas preferidos do público no tradicional festival da serra
gaúcha. Além de Porto Alegre, o Festival do Júri Popular acontece nas seguintes
sedes: Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Brasília/DF, Corumbá/MS,
Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, João Pessoa/PB,
Maceió/AL, Palmas/TO, Parauapebas/PA, Paraty/RJ, Rio Branco/AC, Rio de
Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Paulo/SP e Teresina/PI. A
programação, com entrada franca, se estende até o dia 3 de fevereiro no Cin
ebancários, nas sessões das 17h e 19h. No horário das 15h o CineBancários segue
exibindo o documentárioMarcelo Yuka no Caminho das Setas, de Daniela
Broitman.
Informações sobre todos os filmes e horários das sessões, vocês
conferem na pagina da sala clicando aqui.
Sinopse: A presença
de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos
moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranqüilidade
trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão.
Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta
encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho.
Nos primeiros minutos
de projeção do filme O Som ao Redor, conseguimos ter a absoluta certeza, que as
cenas falarão por si sobre o que acontece na trama, ou mais especificamente falando,
a câmera irá nos mostrar o que acontece. O diretor Kleber Mendonça Filho
demonstra do inicio ao fim nesse filme, uma paixão pelo cinema, pois ele usa a
sua câmera como testemunho, sobre o que acontece no dia a dia de alguns
moradores de um prédio, onde cada gesto, olhar fica registrado e fala por si.
Como próprio titulo
entrega, existem sons durante o decorrer da trama, que muitos casos não fazemos
a menor idéia de onde eles vêm, muito menos sabemos do seu propósito, mas estão
ali para gerar certo desconforto e para a surpresa de alguns, até mesmo criar
um clima de suspense. Todos esses
ingredientes servem na realidade, para guardar as sete chaves, as reais intenções
de alguns dos inúmeros personagens que surgem na trama.
Até lá, ficamos entretidos
com a dona de casa, que fica incomodada com um cachorro que não para de latir. Do rapaz
que vende os apartamentos e que começa uma relação com uma garota melancolia.
Do dia a dia (e noite) dos seguranças que dão proteção aos moradores. Em meio a
todas essas sub-tramas, da à sensação de que há um cenário que esta sendo
armado no decorrer da historia, para daí então explodir num determinado ponto. Habilidoso
como ninguém, Kleber Mendonça Filho cria inúmeros momentos tensos, que quando
parece que são peças chaves que poderiam nos levar ao x da questão, eis que
eles são apenas pequenos artifícios para aumentar o clima de suspense que o
espectador começa a sentir. Se por um lado são momentos que apenas estendem a
trama, por outro é uma prova de toda esperteza do cineasta, que consegue nos
prender numa historia que poderia facilmente ser mais encurtada, mas que acabamos
ficando fisgados até o final.
Quando as luzes da
sala se acendem, temos a sensação de que fomos enganados, mas tudo de uma forma
que saíssemos satisfeitos. Pois não é todo dia que interpretarmos de uma forma com
relação a uma trama que assistimos, mas que na verdade era algo completamente
diferente do que imaginávamos que fosse acontecer.
Sinopse: Baseado no
livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin,
o filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a
vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º
presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma
batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido,
ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com
a escravidão.
João e Maria:
Caçadores de Bruxas
Sinopse:A história
segue os passos dos personagens que ficaram conhecidos no Brasil como João e
Maria. 15 anos após o traumático incidente envolvendo uma casa feita de doces,
Hansel e Gretel (nomes originais) formam uma dupla de impecáveis caçadores de
bruxas, que migram pelo mundo procurando e matando tais seres malignos.
Estrelado por Jeremy Renner, Gemma Arterton e Famke Janssen.
O ELEVADOR
Sinopse: Na véspera
do Carnaval, dois assaltantes, Carlos e Jhony, e sua vítima, o jovem empresário
Héctor, ficam presos em um elevador de um prédio comercial. O edifício está
vazio e permanecerá assim até que os três dias de festa terminem. Os três
homens terão que aprender a conviver até que o resgate chegue, uma tarefa
difícil dadas as diferenças que os separam. O Elevador é um dos raros
exemplares da cinematografia boliviana a estrear no Brasil e foi sucesso de
público no seu país de origem.
O Resgate
Sinopse: Will
Montgomery (Nicolas Cage) acaba de sair da prisão após ter cumprido pena por
roubar 10 milhões de dólares. Ele decide celebrar sua liberdade com a filha, que
não vê há oito anos. Mas seu antigo parceiro no crime (Josh Lucas), dado como
morto por todos, reaparece e sequestra a garota, colocando-a no porta-malas de
seu carro. Ele deseja justamente recuperar os 10 milhões que acredita ainda
estar com Will. Tendo perdido todo esse dinheiro, Will tem que roubar um banco
para conseguir a soma exigida, enquanto o detetive que o prendeu (Danny Huston)
torna a buscá-lo.
Sudoeste
Sinopse: Em uma
cidade pacata e anônima, durante um dia apenas, Clarice (Simone Spoladore) vê
sua vida se desenrolar de maneira circular, da morte ao nascimento, e depois à
velhice mais um vez. Ela observa as pessoas ao seu redor, que não envelhecem, e
que não entendem sua existência. Esta mulher deve compreender a importância de
temas fundamentais como a vida, a morte, a maternidade e a violência.
Sinopse: Desde o ataque dos
chitauri a Nova York, Tony Stark (Robert Downey Jr.) vem enfrentando
dificuldades para dormir e, quando consegue, tem terríveis pesadelos. Ele teme
não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dos vários
inimigos que passou a ter após vestir a armadura do Homem de Ferro. Um deles, o
Mandarim (Ben Kingsley), decide atacá-lo com força total, destruindo sua mansão
e capturando Pepper. Para enfrentá-lo Stark precisará ressurgir do fundo do
mar, para onde foi levado junto com os destroços da mansão, e superar seu maior
medo: o de fracassar.
Quem diria que o garoto problema
dos anos 90 Robert Downey Jr daria uma volta por cinema tão positiva neste novo
século. Nem bem começou a melhorar a carreira a partir de Beijos e Tiros e
Robert já foi engatando o maior sucesso de sua carreira que foi Homem de Ferro,
filme de abertura do universo Marvel criado pelo mesmo e que abocanhou horrores
em bilheteria com Os Vingadores. Tudo isso talvez muito se deva ao próprio ator,
pois o seu casamento de interprete e personagem é tão bem feito, que não resta
menor duvida que ele nasceu para fazer o personagem.
Após Homem de Ferro 2 e
Vingadores, Downey Jr novamente retorna para o personagem, mas pelo que foi
mostrado pelo trailer, as coisas não serão nenhum pouco fáceis dessa vez. Para
começar, finalmente sai das sombras o maior inimigo do personagem, o Madarim,
que aqui é interpretado por ninguém mesmo Bem Kingsley, veterano do mundo do
cinema, que sempre funciona, tanto como mocinho, como também para o mais maquiavélico
dos bandidos. Resta saber se todo esse clima sombrio mostrado no trailer será posto
por completo em todo filme. Se por um lado há um publico que deseje que o
personagem passe por grandes apuros e aumente na carga dramática, por outro há
pessoas que desejam que o lado do humor do personagem, que é tão contagiante,
permaneça nesse filme.
Somente quando o filme chegar
por aqui é que teremos uma idéia do resultado, que dessa vez é comandado pelo
cineasta Shane Black, que alias, já
havia trabalhado com o astro em Beijos e Tiros. O filme estréia dia 23 de abril
de 2013.
Morreu no ultimo 15
de Janeiro, Nagisa Oshima, que nos anos 70 sacudiu o mundo do cinema com o
elogiado e polemico Império dos Sentidos. Abaixo, leiam mais um pouco desse
clássico que deu o que falar quando foi lançado por aqui.
O IMPÉRIO DOS
SENTIDOS
Sinopse: Proibido na
sua primeira exibição no Festival de Nova York de 1976, esta obra-prima do
erotismo, pe baseada em um dos mais famosos escândalos do Japão. Esta é a história
de uma ex-prostituta que acabou se envolvendo em um obsessivo caso de amor com
o mestre da casa onde trabalha como doméstica. Aquilo que começou como uma
diversão casual, atinge níveis em que a paixão não encontra mais seus limites.
Nagisa Oshima já era
um veterano do cinema do Japão, tendo sido inclusive ter feito parte do grupo
de jovens cineastas, que criaram ótimos filmes, no inicio dos anos 50, que
muitos consideram esse período como "Nouvelle Vague" do cinema
japonês. Mas foi somente em 1976, que Oshima ganhou os holofotes pelo mundo,
através desse filme erótico, provocante e que tem muito a dizer.
Lembrando um pouco
elementos de sucesso do clássico O Ultimo Tango em Paris, acompanhamos os
encontros sexuais do casal central da trama, cujo os encontros vão evoluindo
de tal forma ao longo da projeção, que culmina num dos momentos mais
inesperados daquela época. Sexo, loucura e morte atravessam juntas a cada cena,
numa espécie de ritual, onde cada ato não é o suficiente para saciar ambos.
Devido a isso, o filme foi considerado em muitos países como obsceno e
impróprio para ser assistido, mas devido a toda essa polemica, atraiu milhares
de cinéfilos curiosos, para ver cenas eróticas até então limitadas ao mercado
da pornografia.
Muitos tentam entender a
mensagem que o filme passa. Talvez a mais valida seja, que a entrega dos
protagonistas para um sexo sem limites tenha sido um símbolo de um final de
uma época. Sendo que os anos de 1960, onde a paz, amor e o sexo sem limites dos
jovens daquele tempo, estavam sendo ultrapassados por uma sociedade e política
mais conservadora. Talvez a intenção do cineasta nunca tenha sido polemizar,
mas sim criar um filme premonitório, embora outras teorias possam ser levadas
mais a fundo.