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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: MEIA NOITE EM PARIS

UM PASSEIO, PELO ONTEM E HOJE NA CIDADE DA LUZ 
Sinopse: Gil, que viajou com a noiva para França, é um romancista frustrado que, apaixonado pela Paris dos anos 1920, viaja no tempo.
Wood Allen se tornou um vinho, melhorou cada vez mais depois de velho. Nos últimos anos, o diretor surpreendeu com seus novos filmes, onde ele simplesmente se desprendeu do território americano, para daí então criar suas historias em diversas partes do globo. O resultado disso são filmes que apresenta todos os ingredientes que consagraram o diretor, mas de uma forma renovada e bem revigorada. Depois de Barcelona, Londres, agora é a vez de Paris, onde já nos primeiros minutos, o diretor mostra os principais pontos turísticos da capital da França, numa espécie de homenagem e respeito à cidade, que nas mãos do diretor, se torna uma cidade mágica, literalmente falando.
Ao andarmos juntos com o protagonista (Owen Wilson) após a meia noite, a trama toma um rumo inesperado, onde a época em que o protagonista mais sente nostalgia (1920) cai diretamente no seu colo, e mesmo ele não se dando conta, acaba se  encontrando com pessoas que ele muito admira daquele tempo, tanto da literatura, como da pintura, mas no meu caso, nada me preparou para aparição de dois ícones da arte e  do cinema, Luis Buñuel e Salvador Dali. Ambos têm aparições rápidas, mas para cinéfilos de carteirinha, é um prato cheio, principalmente quando o protagonista aconselha Buñuel a fazer um determinado filme, de pessoas que simplesmente não conseguem sair de uma sala. Quem é cinéfilo, ira entender a piada de imediato.
Para representar os ícones do passado, Allen recheou o filme de grandes astros para representá-los, que mesmo alguns em pouco tempo em cena, roubam o filme, como no caso de Kathy Bates, Marion Cotillard(linda e talentosa como sempre), Adrien Brody, etc. Todos passam uma mensagem bastante interessante para o protagonista, onde cada um deles admira determinada época (1820, por exemplo), dizendo que aquilo era a idade do ouro para eles. Para o protagonista, os anos de 1920 é o que são a idade do ouro, o que não deixa de ser interessante, já que os ícones começam a se referir a propia época deles, como um tempo movimentado e que a vida esta passando rápido demais, o que acaba sendo irônico, pelo fato que a maioria das pessoas atualmente reclama disso. Ou seja, não importa se seja no passado ou no presente, os problemas do cotidiano sempre estavam lá, só mudou a forma de se andar e na maneira de se vestir. Portanto a vida deve ser bem desfrutada, não importa os problemas do mundo atual que o deixam agitado, e só com essa mensagem, o filme é recomendado para todos, sejam fãs ou não do diretor.
Se há um ponto fraco em tudo isso, é no fato do filme ser curto e terminar bruscamente, mas talvez o problema seja eu, reclamando de barriga cheia, ou simplesmente com o desejo de caminhar novamente com o protagonista nos anos 20 e cruzar com um dos meus ídolos do passado.


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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cine Dica: Estréias no final de semana (18/11/11)

E ai gente. Eu espero que todos tenham um ótimo final de semana e boas sessões de cinema. Quanto a mim, estou envolvido desde quarta feira no curso sobre Alfred Hitchcock e digo, quem perdeu, dançou, pois vale cada centavo as aulas sobre o diretor, administrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. Lembrando, que apartir de semana que vem, começarei a postar por aqui, especial sobre o movimento Francês “Nouvelle Vague”, mais precisamente falando sobre os melhores filmes daquele movimento, que fortaleceu o termo "inema de autor”. Farei esses especiais, pelo fato que irei participar de mais um curso, que ira focar sobre essa época. Portanto aguardem o inicio desses especiais na semana que vem.
Mas enquanto as estréias do final dessa semana? Bom, quem for esperto, ira pensar duas vezes antes de assistir a mais um capitulo da saga Crepúsculo, que em vez de melhorar, vai piorando em cada capitulo. Quem for esperto, ira por outro caminho, como apreciar a 8ª seleção de filmes do Bourbon, que esta trazendo 14 filmes ainda inéditos no circuito tradicional do estado. Portanto, se for esperto, veja abaixo o que a programação tem a oferecer.

Confiram as estréias:


8ª seleção de filmes do Bourbon

Clique aqui e veja as opções
Se não nos, quem?
Sinopse: No início dos anos 1960, Bernward Vesper (August Diehl) e sua amiga de universidade Gudrun Ensslin (Lena Lauzemis) se apaixonam no meio da atmosfera da Alemanha Oriental. O casal funda uma pequena editora que, já no primeiro trabalho, causa polêmica: trata-se de um trabalho antigo do pai de Bernward, famoso autor nazista. O questionamento inaugura novos rumos na vida do casal em uma era de mudanças.

Roubando  Ofício
Sinopse: O documentário narra a história de Ademar Berois, uruguaio, 77 anos, que na década de 60 saiu de motocicleta rumo ao Brasil. Seu lema “lutar contra a dificuldade, enfrentando a dificuldade”, o levou a grandes conquistas artísticas, afetivas e profissionais.



Walachai
Sinopse:  Walachai é uma colônia rural alemã localizada há apenas 70 km de Porto Alegre. Em alemão antigo significa lugar longínquo perdido no tempo. Há outros povoados de nomes singulares no país como Jamerthal Batatenthal Padre Eterno e Frankenthal. São comunidades que têm uma dinâmica própria e ainda vivem distantes do mundo globalizado. Muitos de seus habitantes nunca aprenderam a falar português e comunicam-se num dialeto alemão transmitido pelas gerações de descendentes. No entanto nada sabem de sua Alemanha de origem. São todos brasileiros e se identificam como tal.


Amanhecer - Parte 1
Sinopse: O filme enfoca o casamento de Edward Cullen e Bella Swan. Após algumas frustrações os dois decidem finalmente se casar partindo para uma sonhada lua de mel na Ilha de Esme que fica no Rio de Janeiro. Durante a lua de mel a jovem e mortal Bella descobre que está grávida e pretende ter a criança a todo custo. Após um parto frustrante que quase a leva à morte o vampiro finalmente a transforma em imortal e assim podemos conhecer a doce Renesme filha do casal. Ela é a nova preferida de Jacob Black com quem a mesma está destinada a ficar para sempre.


A Chave de Sarah
Sinopse: Julia (Kristin Scott Thomas) é uma jornalista que vê a sua vida envolvida com a de uma garota chamada Sarah: uma menina que teve a família destruída por nazistas, na maior perseguição de judeus na França. Às vezes o passado pode desvendar o futuro.


amores imaginários
Sinopse: Francis (Xavier Dolan) e Marie (Monia Chokri) são amigos inseparáveis. Suas vidas mudam quando conhecem Nicolas (Niels Schneider), um charmoso rapaz do interior que acaba de se mudar para Montreal. Um encontro se sucede ao outro e os três logo se tornam um grupo inseparável. Mas Francis e Marie, ambos apaixonados por Nicolas, desenvolvem fantasias obsessivas em torno de seu objeto de desejo comum. À medida que atravessam as típicas fases da paixão, embarcam numa verdadeira disputa pela atenção do rapaz, comprometendo sua antiga amizade.



O Céu Sobre os Ombros

Sinopse: O céu sobre os ombros" é um filme que rompe as barreiras entre documentário e ficção ao retratar o cotidiano de três personagens de classe média de Belo Horizonte – uma transexual que se divide entre a rotina de profissional do sexo e a vida acadêmica, um operador de telemarketing hare krishna que integra a torcida do Atlético Mineiro e um escritor congolês desiludido com a vida.


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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cine Clássico: UM BARCO E NOVE DESTINOS

UMA GUERRA PARTICULAR (E EM PLENO MAR) DE HITCHCOCK
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial no Atlântico, um navio e um barco alemão se envolvem em um combate e ambos naufragam, mas existem alguns sobreviventes que vão para um dos botes. No entanto, eles têm diferentes origens e propósitos, mas surge o pomo da discórdia quando um dos sobreviventes se revela um nazista.
Uma de suas (e muitas) características de Alfred Hitchcock, é sempre ele ter aproveitado o máximo de seus protagonistas, pondo eles em lugares limitados, nos quais se concentra a trama, como no caso de Festim Diabólico e Janela Indiscreta. Um Barco e Nove Destinos pode-se considerar como um filme de guerra de Hitchcock, mas tendo toda a historia se passando em um barco em pleno mar, com nove vidas, sobreviventes de um naufrágio, devido a um ataque dos alemães. Até ai tudo bem, o que acontece é que o diretor não poupa os seus personagens e coloca-os cada um em uma situação, na qual ira se explorar suas personalidades de uma forma, que cada um, gradualmente vai caindo a mascara e revelando então outros tipos de pessoas bem diferentes daqueles que começaram o filme. Bom exemplo disso é a personagem da excêntrica atriz Tallulah Bankhead (com uma das vozes mais interessantes e peculiares que eu já ouvi), onde ela começa o filme toda bem vestida e com orgulho inabalável, mas que aos poucos, começa a deteriorar essa imagem e a loucura, (devido a fome e sede) começa a aflorar nela, assim como no resto dos protagonistas, em momentos angustiantes, principalmente a meia hora final.
Como sempre, Hitchcock faz sua ponta habitual, mas como a historia se passa somente em um barco, e ele não podia fazer parte da historia, teve que se contentar aparecendo apenas num anuncio de um jornal que aparece no início do filme. Filme indispensável para os amantes do mestre do suspense.


Curiosidades: Apesar de não constar nos créditos de Um Barco e Nove Destinos, o roteirista Ben Hecht foi chamado pelo diretor Alfred Hitchcock para fazer uma última revisão no roteiro e reescrever o final do filme. Grande parte do elenco de Um Barco e Nove Destinos teve pneumonia durante as filmagens, devido à constante exposição à água fria.


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NOTA: Em breve no meu blog......

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CINE ESPECIAL: ALFRED HITCHCOCK: FINAL


Hoje, quarta feira, dia 16 de Novembro e com isso, começa hoje e vai até sábado, o curso A Obra de Alfred Hitchcock, organizado pelo CENA UM no qual eu irei participar. Devido ao curso, decidi rever boa parte de sua filmografia e ao mesmo tempo postar para vocês um pouco que eu sei sobre ele, e com essa revisão e com o curso chegando hoje a noite, o que tenho a dizer sobre Hitchcock?
Por muito tempo, ele sempre foi rotulado como mestre do suspense, mas isso é pouco para ele, já que Hitchcock fazia cinema como ninguém, onde criava cenas nas quais elas próprias já contavam a historia para o publico que assistia. Hitchcock nasceu do cinema mudo, que por sua vez aprendeu muito com o expressionismo alemão daquela época, mesmo tendo começado a fazer cinema na Inglaterra, mas é fato, que tanto o que foi visto no cinema da Alemanha, como dos EUA, serviu de base para Hitchcock criar suas idéias e transportá-las para as telas. Seu primeiro grande sucesso no gênero do Suspense na Inglaterra foi O Pensionista, que tinha um pouco de Fantasma dos Opera (EUA) e um pouco de Gabinete do Dr. Caligari (Alemanha), mas nascia ali, algo que Hitchcock levaria para quase todos os seus filmes, que era em criar personagens ambíguos e nunca ter uma exata certeza de suas intenções interiores. Fato que se repetiria em filmes já nos EUA, como Acusada, onde a ultima cena, mostra Cary Grant pondo seu braço sobre Joan Fontaine, fazendo com que a cena tenha duas interpretações, de que eles “viveram felizes para sempre” ou que o “gato pegou o rato”.
Hitchcock também foi o melhor entre poucos que soube muito bem sobreviver à passagem do cinema mudo para o falado, mas nem por isso, tenha deixado o que o cinema silencioso lhe ensinou, que era criar a historia sem nenhuma palavra, somente com cenas que falam por si. Exemplo mais do que claro é Janela Indiscreta, onde a câmera apresenta ao publico o ambiente que passara a historia, e quando chegamos a James Stewart, a câmera do diretor começa a passar pelo ambiente, onde mostra no que ele trabalha com quem se relaciona e os motivos que o levaram a ficar com a perna quebrada. O publico acaba ganhando inúmeras informações, sem nenhuma palavra dita, e quando se menos se percebe o palco já está armado para historia. Falando nela, é impressionante como ele sabia intercalar momento de suspense com humor na trama, mas isso era um artifício que ele fazia, para o publico relaxar por uns momentos, para depois voltar a aflição, ou vise versa. E sendo um diretor que tentava se superar era de se esperar que fizesse filmes, nos quais o publico não estava preparado. Portanto tenho a maior inveja, daquela geração dos anos 60, que teve o privilégio de ver Psicose e fazer o publico pensar duas vezes antes de se hospedar num motel de lugar nenhum, ou então assistir Pássaros, e começar a enxergar as aves numa nova perspectiva.
Alfred Hitchcock foi isso e mais, um cineasta a frente do seu tempo, que pensava no que o publico queria assistir, mas sempre querendo passar a eles, no mínimo algo original e com sua visão pessoal do cinema. Não é de se espantar, que cineastas consagrados como Brian De Palma, Robert Zemeckis, M. Night Shyamalan, David Fischer e tantos outros, uma vez ou outra prestam homenagem (ou imitam) a ele, mas a meu ver, só haverá um mestre do suspense, ou melhor, dizendo, um verdadeiro mestre em fazer cinema de verdade.

Abaixo, um dos últimos prêmios (merecidos) que o diretor ganhou:

REVEJA AQUI TODAS AS PARTES DO ESPECIAL: Parte 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10.


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Cine Curiosidade: HITCHCOCK FOI MANCHETE

CURSO QUE COMEÇA HOJE NA CAPITAL FOI DESTAQUE NO JORNAL DO COMERCIO DA ULTIMA SEGUNDA FEIRA.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

CINE ESPECIAL: ALFRED HITCHCOCK: Parte 10

Nos dias 16 a 19 de novembro, estarei participando do curso, criado pelo CENA UM, intitulado “A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme desse diretor, que não é somente o mestre do suspense, mas um dos melhores diretores de todos os tempos.
  
O MELHOR DA FASE INGLESA


O Pensionista
Sinopse: Um serial killer inicia uma série de assassinatos em Londres, tendo como elemento comum o facto das sua vítimas serem todas mulheres loiras. Um novo hóspede, Jonathan Drew, chega ao hotel do casal Bounting, em Bloomsbury, e aluga um quarto. O homem tem estranhos hábitos, como o de sair em noites de nevoeiro. Ele também guarda a foto de uma mulher loira no seu quarto. Daisy, a filha dos Bouting, também é loira, é modelo e está noiva de Joe Chandler, um detetive. Incomodado com a presença de Jonathan, Joe prende-o, acusando-o de ser o terrível assassino.

Foi o primeiro filme de suspense da carreira de Hitchcock, e o maior sucesso da fase inicial. Hitchcock pretendia dar um final ambíguo ao filme, mas o estúdio não deixou. Na rodagem de uma cena, um figurante faltou e o próprio Hitchcock assumiu o seu lugar. Ele gostou tantou que a partir daí fez isso em todos os seus filmes. Imperdível. 

Os 39 Degraus
Sinopse: Richard Hannay está de férias em Londres e conhece uma mulher misteriosa que lhe fala al- guma coisa sobre o caso de um homem que está sendo perseguido por envolvimento em uma trama de espionagem. Porém, a mulher é assassinada e Richard, mesmo sabendo dos riscos que corre, de- cide tentar resolver o mistério.
 Grande clássico da fase inglesa do diretor. Baseado no romance de John Buchan, ele mistura, com uma incrível habilidade e nas doses certas, suspense, comedia e romance. Donat e Carroll conseguem uma química perfeita como o casal de perseguidos. Refilmado duas vezes, em 59, com Kenneth Moore e direção de Ralph Thomas, e em 78, com Robert Powell e direção de Dom Sharp (ambas produções inglesas, como o original).  

A Dama Oculta (1938)

Sinopse: Em um pequeno recanto da Europa os passageiros de um trem ficam retidos em virtude de uma nevasca e são obrigados a pernoitar em uma pequena estalagem. Lá uma rica jovem conhece uma velha governanta e ambas combinam de se encontrarem no dia seguinte no trem. Entretanto, logo após o início da viagem a governanta desaparece e ninguém, por motivos diversos, afirma ter visto a pessoa desaparecida. Ela persiste em suas investigações e acaba convencendo um musicólogo, com quem ela tinha se desentendido na véspera.
Deliciosa mistura de comedia e suspense, traz muitos personagens e situações chaves dos seus filmes posteriores. É deste filme a famosa cena da freira com saltos altos. Um dos últimos e melhores filmes do diretor na sua fase inglesa.


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