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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CINE ESPECIAL: ALFRED HITCHCOCK: Parte 3

Nos dias 16 a 19 de novembro, estarei participando do curso, “A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme desse diretor, que não é somente o mestre do suspense, mas um dos melhores diretores de todos os tempos.



A Sombra de uma Dúvida
Sinopse: Charlie Oackley é um criminoso que seduz e mata viúvas. Para fugir da polícia, acaba indo visitar sua irmã Emma, que vive com seu marido e sua filha Charlie. Com a convivência, Charlie – a sobrinha - começa a cada dia mais desconfiar de que seu tio não seja realmente a pessoa que diz ser.
Alfred Hitchcock sempre disse que A sombra de Uma duvida era o seu filme preferido, e mesmo fazendo ao longo da historia do cinema inúmeros clássicos, é neste pequeno filme que o diretor depositava seu carinho. Hitchcock  sempre gostava de colocar uma pessoa comum perante a uma situação inexplicável, cuja qual, não sabe se sairá vivo dessa, e neste filme, apesar de ser o mais simples de toda a sua filmografia, é o melhor que representa essa idéia. Joseph Cotten que faz o Tio Charlie é o protagonista da trama, e mesmo sendo suspeito de algo que cometeu, Hitchcock sabe brincar com agente e faz que nos fiquemos mais ou menos torcendo pôr ele, para não ser realmente culpado, contudo, ao longo da historia, percebesse que a algo de errado nele, e uma das minhas partes favoritas da historia, é quando toda a família está sentada na mesa e seu lado sombrio começa aflorar, demonstrando total falta de amor com o próximo, mesmo que cauteloso.
A trama em si já diz que o ser humano, pôr mais que se comporte bem, talvez aja nele um lado que floresça, para o bem ou para o mau. E fora o tio, a melhor personagem que representa isso é a sobrinha, interpretada com maestria pela atriz Teresa Wright que na época tinha 25 anos e foi justamente interpretar uma garota de 19 anos, contudo o seu desempenho foi tão bom que faz com que ela demonstre uma total inocência perante o mundo que vive. Contudo, ao decorrer da trama, em que ela começa a descobrir a verdade sobre o tio e vemos que ela começa a amadurecer e encarar o lado sombrio da vida, principalmente pelo fato de ela enxergar que não tem escolha e parte em defesa da família perante o tio, numa cena digna de nota, onde ela ameaça em matar o tio caso ele faça algum mau a eles, é nesta cena que de menina ela vira mulher e chega até a mudar a vos pôr um momento, fazendo um verdadeiro show de interpretação. Como eu disse no inicio da matéria, Hitchcock gostava de colocar pessoas comuns perante o inexplicável e aqui ele faz com louvor, uma das partes mais interessantes sobre isso foi pôr exemplo a chegada do tio no trem.
A família esta a sua espera, tudo está claro e sereno, então, o trem chega, como se fosse uma verdadeira nuvem negra chegando à cidade de Santa Rosa, fazendo que pôr um momento a sobrinha se amedronte. Mas como todo bom filme do mestre do suspense que se preze, não falta humor negro nesta película e isso fica com o pai da sobrinha, cujo seu hobby discutir com o seu amigo, diversos modos de assassinar um ao outro e, embora essas cenas sejam um tanto quanto deslocadas da história principal, trazem um teor muito agradável à obra, definindo-a de vez como um filme leve - mas não superficial.
A Sombra de uma Dúvida é adepto do Expressionismo Alemão, apesar de Hitchcock ter começado a carreira de cinema na Inglaterra, ele era fã de filmar nesta forma. Sombras compridas e destacadas, além de ângulos de câmera irregulares fazem parte de muitas cenas-chaves do filme. É bom destacar que o aspecto visual jamais é muito carregado, como são os filmes expressionistas de forma geral, e somos brindados com cenas externas muito suaves e alegres.
Quando Charlie demonstra ser uma ameaça, o filme adquire tons mais escuros, o que traz uma variedade interessante às cenas. A música está sempre presente nos momentos de suspense, embora não seja especialmente marcante. Mesmo sendo um filme pequeno se comparado a grandes obras do diretor, A Sombra de Uma duvida é o melhor filme de Alfred Hitchcock que destaca todas as marcas registradas que o diretor usou ao longo de sua brilhante carreira, e como diz o ditado o melhor perfume esta sempre nos menores frascos.


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2 comentários:

Gilberto Carlos disse...

Adoro "À sombra de uma dúvida" que assisti em uma mostra que o canal TCM exibiu há um tempo atrás.

Marcelo Castro Moraes disse...

Pois é Gilberto, é outra obra do mestre que é indispensavel.
Talvez o unico filme dele que não tenha me agradado foi O Terceiro Tiro.