Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: Na década de 1980, em Hollywood, a estrela do cinema pornográfico Maxine Minx tem sua grande chance de atingir o estrelato.
COMO VENDER A LUA
Sinopse: Chamada para consertar a imagem pública da NASA no cenário de alto risco do histórico pouso na lua, a prodígio do marketing Kelly Jones causa tumulto na já difícil tarefa do diretor de lançamento Cole Davis.
NINGUÉM SAI VIVO DAQUI
Sinopse: Inspirado no livro "Holocausto Brasileiro", de Daniela Arbex, o filme traz um retrato fiel de um hospital psiquiátrico na década de 70. Elisa é internada à força pelo pai em um hospital psiquiátrico ao engravidar do namorado.
ORLANDO, MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA
Sinopse: O filme é uma adaptação de uma das obras mais conceituadas da escritora inglesa Virginia Woolf, “Orlando”, em que o realizador, Paul B. Preciado, dirige uma carta à escritora a dizer que a sua personagem Orlando tornou-se real: o mundo está a tornar-se orlandesco.
LUCCAS E GI EM: DINOSSAUROS
Sinopse: Os irmãos Luccas (Luccas Neto) e Gi (Gi Alparone) irão embarcar em uma divertida aventura em uma viajem com seus amigos para conhecerem um novo parque de diversões com famosas réplicas de dinossauros.
TWISTERS
Sinopse: Kate Cooper é uma ex-caçadora de tempestades assombrada por um encontro devastador com um tornado durante seus anos de faculdade, que agora estuda padrões de tempestades nas telas em segurança na cidade de Nova York.
Sinopse: A trajetória de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, dos Trapalhões. A infância pobre, a carreira militar, a relação com a Mangueira e o sucesso com o grupo Originais do Samba, além dos bastidores como integrante dos Trapalhões.
Quando penso no Mussum logo me vem à mente o programa humorístico "Os Trapalhões", sendo que eu cresci justamente na fase de ouro desse quarteto e de tempos em que o humor politicamente incorreto atraia milhares de brasileiros. A figura do Mussum por si só acabou fazendo parte da nossa cultura brasileira, sendo que Antônio Carlos Bernardes Gomes não só tinha um talento incrível de nos fazer rir, como também fez parte da história da nossa música em si. Portanto, "Mussum, O Filmis" (2023) pode até ter uma reconstituição resumida sobre esse grande talento, mas que nos conquista de imediato e nos despertando em nós o desejo de revistarmos tempos mais dourados do humor brasileiro.
Dirigido por Silvio Guindane e roteirizado por Paulo Cursino, com base no livro Mussum - uma história de Humor e Samba, de Juliano Barreto. A trama mostra a história real sobre a vida e trajetória de Antônio Carlos Bernardes Gomes, popularmente apelidado de Mussum - interpretado, no filme, pelo ator Ailton Graça (Carandiru, Travessia). Tendo crescido como um garoto pobre, filho de empregada doméstica analfabeta e com passado militar, Mussum ficou conhecido por ter se tornado um dos maiores humoristas do Brasil. Além de fundar o grupo musical Os Originais do Samba, ele encontrou seu caminho para a fama na televisão após se unir ao famoso quarteto Os Trapalhões.
O filme poderá frustrar aqueles que esperam uma reconstituição sobre os fatos que envolvem Os Trapalhões, sendo que neste último caso isso fica em segundo plano, já que o filme se dedica somente a figura de Mussum, mas é exatamente isso que o torna especial. Nós o vemos ainda na infância, sendo cuidado por uma mãe que deseja o melhor para o seu filho, mas não tendo uma noção de como ele chegaria tão longe. A partir daí vemos esse jovem se tornando gradualmente um talento somente equiparado ao Grande Otelo e que os realizadores da cinebiografia fizeram questão de trazê-lo na adaptação, pois o mesmo foi responsável por uma pequena peça central que daria início a carreira de Antônio Carlos Bernardes Gomes.
O filme em si traz uma reconstituição precisa dos anos setenta e oitenta, onde havia um Brasil mais colorido, ousado e sedutor. A figura do Mussum seguia de acordo com a maneira em que o público e os artistas o viam, mas o mesmo foi muito além, como se houvesse uma espécie de força da qual o fez contornar diversos obstáculos, mesmo custando um alto preço em alguns momentos. E se essa força conseguimos sentir muito se deve a interpretação de Ailton Graça.
Conhecido pelos cinéfilos desde "Carandiru" (2003), Graça consegue encarnar o eterno Mussum de uma forma assombrosa, onde todos os trejeitos e o modo de falar me fizeram voltar no tempo quando via o comediante roubando o espetáculo nos Trapalhões. Ao mesmo tempo, o intérprete consegue muito bem transitar entre os momentos de humor e dramáticos, principalmente com relação aqueles em que o artista teve que passar, mas jamais perdendo a força de vontade que obteve ao longo de sua escala para o sucesso. Claro que, infelizmente, ficaram de fora algumas passagens de sua vida nesta adaptação, mas nada que comprometa o resultado final, pois afinal, nem tudo pode ser descascado, mas sim somente o essencial para termos uma ideia da importância do artista como um todo.
"Mussum, o Filmis" é uma cinebiografia que sintetiza sobre quem foi realmente Antônio Carlos Bernardes Gomes, mesmo quando frusta aqueles fãs que desejariam ir mais a fundo sobre a sua vida pessoal do seu grande ídolo de infância.
Onde Assistir: Google Play Filmes, Apple TV e Youtube.
No sábado, 13 de julho, às 17h, a Cinemateca Capitólio e o Reconto, coletivo clínico de psicanálise, apresentam uma sessão com debate de Cidade dos Sonhos, de David Lynch. O valor do ingresso é R$ 16,00. Será exibida a versão restaurada do filme, aprovada pelo diretor. O debate será um espaço para pensar em um enlace possível entre cinema e psicanálise. O valor do ingresso é R$ 16,00.
Um lote de 80 ingressos será colocado à venda a partir de terça-feira, 9, no horário de abertura da bilheteria da Cinemateca (sempre 30 minutos antes de cada filme). O restante será vendido no dia da sessão.
A mostra Volta ao Mundo – Diálogos Africanos segue em cartaz até o dia 16 de julho. A seleção de filmes destaca produções realizadas entre 1964 e 2023, por cineastas de Costa do Marfim, Madagascar, Congo, República Centro-Africana, Guiné, Cabo Verde, Somália, Níger, Guiné-Bissau, Egito e Tunísia. O valor do ingresso é R$ 10,00.
Sinopse: SHHHHH! O nosso mundo entrou em silêncio. Descubra agora o porquê.
"Um Lugar Silencioso" (2018) foi sem sombra de dúvida uma grande surpresa para os aficionados por filmes de terror. Ao testemunharmos personagens principais em não fazerem barulho para não atraírem os monstros em cena se cria um verdadeiro jogo de gato e rato e a construção de momentos de pura tensão e medo. Já um "Um Lugar Silencioso - Parte II" (2021) pode não ter superado o seu antecessor, mas também não fez feio ao explorar ainda mais os métodos para combater esses alienígenas mortíferos a todo custo.
Após o término do segundo filme muitos esperavam com certa ansiedade a sua continuação, principalmente pela forma que o filme terminou. Porém, estamos falando de hollywood, sempre viciada em criar franquias, seja continuações do primeiro grande sucesso, como também a famigerada ideia de realizar longas que tenha certa ligação com o original. Por conta disso, ao invés de ser lançado um terceiro filme eis que testemunhamos o Spin-off "Um Lugar Silencioso: Dia um" (2024) que, se por um lado me frusta por não ser uma continuação dos eventos do capítulo anterior, ao menos capricha em uma atmosfera de pura tensão e com bons desempenhos.
Dirigido agora por Michael Sarnoski, acompanhamos a história de Sam (Lupita Nyong'o) que estava entre os humanos acostumados aos ruídos de uma metrópole, como Nova York, até o momento em que ela testemunha a chegada das criaturas no planeta Terra e o consequente massacre. Ela sofre de um câncer terminal e antes de morrer deseja realizar algumas vontades. Porém, ela recebe a companhia do sobrevivente Eric (Joseph Quinn) e ambos lutam para não fazerem nenhum ruido ao longo de uma jornada pela sobrevivência.
A premissa do filme original era fantástica, principalmente que servia como uma bela desculpa para o filme remeter aos tempos do cinema mudo e que tudo girava nas expressões dos atores para transmitirem os seus sentimentos. Agora, imagine transferir essa temática para Nova York, a cidade que nunca dorme, barulhenta e se tornando, portanto, prato cheio para a chegada dos alienígenas. Aliás, a chegada e a destruição que eles provocam remete ao 11 de Setembro, principalmente quando surge o rosto sujo da personagem Lupita e que remete uma conhecida foto durante o dia do atentado.
Assim como os anteriores, a grande tensão fica por conta de os personagens não fazerem nenhum ruido pois senão as criaturas começam atacar sem trégua. Vale destacar que o filme possui um orçamento maior, pois se percebe isso tanto nas cenas de ação, como também nas paisagens aéreas que nos dá uma dimensão do número infinito de seres que infestam a cidade como um todo. Mas claro que o filme não funcionaria sem ajuda do calor humano.
Lupita Nyong'o novamente entrega uma atuação digna de nota, ao interpretar uma Sam que está as portas da morte devido a sua doença, mas que luta pela vida a partir do momento que está sendo ataca pelas criaturas. Porém, ela se encontra na corda bamba, tendo o desejo somente de atravessar a cidade para recobrar certas lembranças esquecidas e tendo consigo um gato que lhe acompanha durante essa cruzada. Curiosamente, o gato se torna uma peça fundamental dentro da trama, principalmente por já sabermos que nada de ruim acontecerá com ele, pois em filmes catástrofes como esse, acreditem, os animais nunca morrem.
Vale destacar a presença do personagem Eric, que dá certo combustível para que Sam siga em frente ao invés de se entregar a morte de modo fácil. Joseph Quinn cria para o seu Eric uma atuação econômica, mas o suficiente para nos simpatizarmos com ele, principalmente nas cenas em que ele se dedica ao máximo para manter Sam ainda viva e ao mesmo tempo anima-la em algumas passagens da história. A cena em que ambos imaginam estar apresentando um número mágico para um grande público se torna o momento mais singelo da trama como um todo.
Curiosamente, o personagem Henri, interpretado por Djimon Hounsou, que foi visto no filme anterior, surge aqui para se criar uma interligação entre os dois filmes. Porém, é notório que isso se torna completamente inútil, já que o personagem e sua família se tornam bem secundários dentro da trama e fazendo de suas participações somente uma desculpa para enlaçar os dois filmes. Um artifício dispensável e que poderia ter sido melhor trabalhado.
Além disso, os desdobramentos do ato final já nos dão uma dica sobre os destinos dos personagens principais da trama. Talvez não seja algo que venha agradar a todos, mas como se trata de uma trama anterior aos eventos do filme original eu acredito que os realizadores tiveram maior coragem de ir muito além do obvio. Por conta disso, o filme até que me surpreendeu e cumpriu o dever de não ofender aqueles que defendem a obra original.
"Um Lugar Silencioso: Dia um" foi uma aposta arriscada dos realizadores, mas agrada e surpreende pelo lado humano dentro da história.
A primeira vez que eu assisti a esse filme foi nos tempos em que passava bons filmes na tv aberta, mais precisamente na Band e que acabei gravando em VHS. A história de três irmãos que se apaixonam pela mesma mulher pode soar meio que noveleiro para alguns, mas o filme fala também de questões que vai sobre o papel do ser humano com relação ao mundo e onde ele se questiona até onde se pode servir para o mundo civilizado como um todo. É trama se passa no início do século, sobre tempos de transformação, o início da primeira Grande Guerra e levando os três irmãos para um caminho sem volta.
O filme é baseado em um dos livros do Escritor Jim Harrison. Grande parte da escrita de Harrison retrata regiões da América do Norte escassamente povoada com muitas histórias ambientadas em locais como Nebraska Sand Hills, Península superior de Michigan, Montanhas de Montana, e ao longo da fronteira Arizona-México. Um dos pontos fortes de "Lendas da Paixão" é o elenco talentoso, que entrega performances marcantes. Brad Pitt se destaca no papel de Tristan, um homem atormentado por seus demônios internos e suas escolhas amorosas controversas. Sua atuação intensa e carismática ajuda a criar empatia com o personagem e a transmitir suas emoções de forma visceral.
A cinematografia do filme também merece elogios, com cenas magníficas que retratam a paisagem deslumbrante das montanhas e dos campos. A fotografia exuberante e os enquadramentos cuidadosamente escolhidos contribuem para criar uma atmosfera poética e melancólica, intensificando a experiência emocional do espectador. No entanto, apesar de seus pontos positivos, o filme apresenta algumas falhas em sua narrativa. A história, embora repleta de paixão e emoção, pode parecer excessivamente melodramática e clichê em certos momentos.
Além disso, o desenvolvimento dos personagens secundários é insuficiente, pois eles não recebem a mesma profundidade e exploração que os protagonistas. Outro aspecto que pode ser criticado é o ritmo do filme, que em determinados momentos se arrasta e torna-se lento. Algumas cenas poderiam ter sido encurtadas ou mais bem trabalhadas para evitar a sensação de que a história se estende além do necessário.
No entanto, apesar de suas falhas, "Lendas da Paixão" é um filme que consegue emocionar e tocar o público. Sua temática central, que aborda temas como amor, lealdade, perda e redenção, é universal e atinge as emoções mais profundas dos espectadores. A trilha sonora envolvente e as performances cativantes dos atores principais ajudam a criar uma conexão emocional com a história.
Em suma, "Lendas da Paixão" é um filme que mescla drama, romance e tragédia de forma intensa e apaixonante.
Sinopse: Em 1977, uma transmissão televisiva liberta o mal nas salas de estar dos que assistem.
Quando a televisão surgiu em meados dos anos cinquenta ela veio há se tornar o vício dos cidadãos comuns que alimentavam os donos de canais que buscavam a todo custo pela audiência. Por conta disso surgiu diversos programas populares que apresentavam absurdos e que eram tudo pelo sucesso, ao ponto de pessoas irem aos programas dizendo que era até mesmo a reencarnação de jesus Cristo. Portanto, "Entrevista com o Demônio" (2023) é uma espécie de síntese pela corrida desenfreada pelo sucesso destes tempos não muito longínquos, nem que para isso vendesse a alma ao próprio Diabo.
Dirigido por Colin Cairnes e Cameron Cairnes, o filme conta a história sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos setenta, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Em uma determinada noite de Halloween, o apresentador aposta as suas últimas cartas convidando pessoas que se envolvem em eventos sobrenaturais e para assim aumentar a sua audiência. O que ele não sabe é que essa investida lhe pagará um alto preço.
David Dastmalchian é um desses casos de grandes talentos que surgem em papeis secundários, mas que roubam a cena mesmo em poucos minutos. Ele havia se destacado como um dos capangas do Coringa em "Cavaleiro das Trevas" (2008), mas ganhando uma projeção maior ao interpretar "Bolinhas" no filme "Esquadrão Suicida" 2021). Aqui ele finalmente ganha o seu primeiro papel de protagonista e sem dúvida alguma um dos melhores de sua carreira.
O seu personagem Jack Delroy é aquele típico apresentador de programas de auditório que estamos acostumados a vermos até mesmo no Brasil e que não mede esforços pela busca do sucesso. O programa visto aqui, por sua vez, remete sobre tempos que a persuasão vinda de certos temas era o grande catalizador para movimentar uma geração cada vez mais livre das regras impostas de uma sociedade em que o seu conservadorismo estava perdendo o seu fôlego ao final dos anos setenta e o começo dos anos oitenta. Curiosamente, o filme é um retrato desse período e se tornando um verdadeiro Pseudodocumentário, onde os eventos que nos são apresentados na tela nos dá a sensação de serem verídicos, quando na verdade não passa de um criativo falso artificio já utilizado em clássicos como "A Bruxa de Blair" (1999).
Ao ser um retrato de tempos mais dourados onde a televisão era o domínio absoluto, os realizadores criam um curioso visual quase envelhecido, remetendo aos tempos do sinal analógico, ao ponto de os chuviscos estarem até mesmo presentes em alguns momentos. Além disso, aquela sensação de Déjà vu com certeza irá lhe atingir em alguns momentos, principalmente se você cresceu assistindo programas como do "Ratinho" do SBT e que surgiam do nada figuras de pessoas que se diziam ser o próprio Diabo, Cristo, Videntes e até mesmo alienígenas.
Dessa salada, os cineastas Colin Cairnes e Cameron Cairnes criam um filme de terror que vai crescendo gradualmente na medida em que a trama vai avançando, em meio a momentos de humor sombrio e que não esconde o lado hipócrita do ser humano que não se preocupa com as consequências dos seus atos, desde que obtenha algum lucro através do sucesso. É claro que o cinéfilo de olhar mais bem treinado irá adivinhar o que irá acontecer do segundo ao terceiro ato em diante, principalmente para aqueles que estão acostumados em assistir filmes onde se ensina que não se pode brincar com o fogo vindo do próprio inferno. Falando nisso, aguardem, por elementos que remetem ao clássico "O Exorcista" (1973) que, embora breve, é muito melhor do que a famigerada continuação que havia sido lançado recentemente.
No mais, é interessante observar que, embora o filme seja o retrato de tempos mais televisivos, vale destacar que a ideia pela corrida do sucesso seja a mesma vista hoje em dia, onde vemos apresentadores de canais de Youtube correndo contra o tempo para manter os seus canais ativos e sempre implorando para internautas darem a sua curtida. O clássico "Rede de Intrigas" (1976), por exemplo, era um retrato dessa guerra pela audiência, mas revisto hoje como um filme profético para uma geração que não aceita o obscurantismo e se prestando em se aventurar nos mais diversos absurdos para se tornarem conhecidos. Portanto, Colin Cairnes e Cameron Cairnes não falam somente sobre tempos distantes, como também os nossos que se tornam cada vez mais complexos na medida em que o tempo vai passando.
"Entrevista com o Demônio" é um criativo filme de horror que nos faz refletir sobre ambição do ser humano em busca pelo sucesso, nem que para isso venda a sua alma para o próprio Diabo.
Após dois meses fechada devido à situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, a Sala Redenção reabre na próxima segunda-feira, dia 8 de julho. Nos últimos meses, as tragédias decorrentes das enchentes vêm demonstrando a relevância de discutir as maneiras como as cidades se organizam, e como as populações se apropriam do espaço público. Neste cenário, a programação de reabertura do cinema da UFRGS propõe reflexões acerca desta temática.
Em cartaz de 08 de julho a 02 de agosto, a mostra “A Imagem no Espaço” traz a perspectiva da cidade como protagonista. A programação apresenta uma seleção de 16 filmes (entre documentários, ficções e ensaísticos), produzidos em diferentes cidades brasileiras, como Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Contagem-MG. As obras selecionadas colocam em evidência o lugar da cidade nos processos de subjetivação de seus moradores, atentando também para os desafios das incertezas políticas, ambientais, sócio-técnicas e culturais pelas quais o mundo vem passando.
Para uma reflexão mais profunda, a mostra ainda apresenta exibições seguidas de conversa com os realizadores das obras, que ocorrem às terças e quintas-feiras, às 19h. Em sua primeira parte, a programação conta com a participação dos cineastas Bruno Carboni (O Acidente), Gustavo Spolidoro (Errante – Um Filme de Encontros), Adirley Queirós (A Cidade é Uma Só?) e Ricardo Alves Junior (Tudo o que você podia ser). Já a segunda parte da mostra apresenta bate-papos com os realizadores Cha Dafol (De Olhos Abertos), Felipe Diniz (Desenredo), Pedro Vasconcellos (Amadores) e Marília Rocha (A Cidade Onde Envelheço).
Em seu encerramento, a mostra exibe O Flagelo Da Enchente Assola Pôrto Alegre, documentário histórico que retrata as enchentes de 1941. A exibição é seguida de um bate-papo, que se propõe a tecer relações entre as tragédias de 1941 e 2024, e refletir sobre o impacto das mudanças climáticas nas cidades.A programação tem entrada franca e é aberta à comunidade em geral. O cinema da UFRGS está localizado no campus central da Universidade, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333.
A mostra de filmes “A Imagem no Espaço” integra o projeto de mesmo nome, organizado pelo Programa de Pós-graduação em Educação e Programa de Alfabetização Audiovisual da Faculdade de Educação da UFRGS, e conta com outras atividades voltadas a debater o cinema em paralelo com a cidade e a educação.
Confira a programação completa na página oficial da sala clicando aqui.