Sinopse: O cardeal argentino Jorge Bergoglio está decidido a pedir sua aposentadoria, devido a divergências sobre a forma como o papa Bento XVI tem conduzido a Igreja. Com a passagem já comprada para Roma, ele é surpreendido com um convite da própria autoridade suprema do catolicismo para visitá-lo.
Ao pregar as velhas regras ultrapassadas e conservadoras e jamais enxergar as mudanças que ocorrem no mundo, a igreja católica acabou se fechando nesses últimos tempos e perdendo lugar para outras religiões ao redor do mundo. Porém, Papa Francisco é um sopro de renovação para esses novos tempos, onde as velhas tradições da igreja podem sim serem aceitas ao andar lado a lado com as mudanças que ocorrem no mundo e com harmonia. Como ele chegou ao posto mais importante do catolicismo isso é respondido em "Dois Papas", filme que mostra o lado humano de duas pessoas, mas que carregam consigo o peso do mundo nas costas.
Dirigido pelo nosso Fernando Meirelles, a trama começa em Buenos Aires, 2012, onde o cardeal argentino Jorge Bergoglio, interpretado por Jonathan Pryce, do filme "A Esposa" (2017), está decidido a pedir sua aposentadoria, devido a divergências sobre a forma como o papa Bento XVI (Anthony Hopkins) tem conduzido a Igreja. Com a passagem já comprada para Roma, ele é surpreendido com o convite do próprio papa para visitá-lo. Ao chegar, eles iniciam uma longa conversa onde debatem não só os rumos do catolicismo, mas também afeições e peculiaridades da personalidade de cada um.
Dirigido pelo nosso Fernando Meirelles, a trama começa em Buenos Aires, 2012, onde o cardeal argentino Jorge Bergoglio, interpretado por Jonathan Pryce, do filme "A Esposa" (2017), está decidido a pedir sua aposentadoria, devido a divergências sobre a forma como o papa Bento XVI (Anthony Hopkins) tem conduzido a Igreja. Com a passagem já comprada para Roma, ele é surpreendido com o convite do próprio papa para visitá-lo. Ao chegar, eles iniciam uma longa conversa onde debatem não só os rumos do catolicismo, mas também afeições e peculiaridades da personalidade de cada um.
Tanto a morte de João Paulo II, como também o anuncio de Bento XVI como o novo Papa, foram momentos que atraíram os olhares do mundo todo. Devido a isso, os primeiros minutos do filme são uma verdadeira retrospectiva sobre esses dois fatos e onde Fernando Meirelles consegue reconstitui-los com maestria, tanto com cenas filmadas, como também cenas de arquivos reais da época. O resultado é uma bela edição, bem dinâmica e que nos prende de forma imediata.
Mas embora a direção do cineasta chame a nossa atenção, por outro lado, é nos interpretes principais que se encontra a alma do filme como um todo. Tanto Jonathan Pryce, como também Anthony Hopkins, estão impressionantes em seus respectivos papeis, ao interpretarem figuras importantes e recentes da história do catolicismo, mas não passando nenhuma insegurança com relação a isso. Pelo contrário, vemos dois interpretes passando através dos seus talentos o lado humano de duas pessoas normais, mas cada uma agindo de uma forma diferente com relação a responsabilidade e fé.
Logicamente o filme toca em assuntos espinhosos com o que ocorre dentro da igreja, desde aos abusos sexuais cometidos por padres, como também com relação ao papel da igreja dentro da política ao longo de sua história. São questões que colocaram ambos os Papas em dilemas e dos quais fazem se tornarem falhos perante o que acreditam em seu íntimo. Mas são por essas falhas, por exemplo, que os fazem se moverem por escolhas, por vezes, imprevisíveis em suas vidas e obtendo assim esse encontro que faria mudar os rumos recentes da igreja católica.
O filme, acima de tudo, chega em um momento em que os diálogos e ajuda ao próximo estão cada vez mais escassos ao redor do mundo e cabe assim uma renovação social dentro da igreja para assim obter o retorno dos fieis perdidos. Não enxergo aqui uma propaganda em que se venda o papel da igreja dentro do filme, mas sim de um momento de transição do conservadorismo para ideias mais sociais e da ajuda ao semelhante. Com tantos novos muros sendo construídos ao redor mundo, talvez cabe uma renovação da fé para então destrui-los.
"Dois Papas" fala sobre o papel da igreja católica em tempos atuais em que se requer menos poder e mais ideias sociais para assim obter uma renovação na fé.
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