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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Cine Dica: Programação abril - Sala Redenção


Mostra Corpos Elétricos

Sala Redenção – Cinema Universitário e Sesc/RS apresentam a mostra Corpos Elétricos para abrir a programação de abril. A discussão de gênero é hoje uma das mais importantes e que precisamos enfrentar de maneira afirmativa. Fomentar debates acerca dea temática permite que coloquemos em evidência o preconceito que habita cada umde nós e também envolve garantir o respeito à diversidade e o direito dos corpos se expressarem livremente em busca de sua identidade. Os filmes escolhidos têm em comum colocar a questão como integrante de uma realidade social já posta. Os filmes abrangem a questão em três países americanos: Brasil, Chile e Estados Unidos. Divinas Divas e Uma Mulher Fantástica são obras que humanizam os seus personagens, um documentário e outra ficção que trabalham diretamente com as dificuldades e preconceitos cotidianos impostos a esses corpos que fogem do padrão heteronormativo.

Uma Mulher Fantástica

 Dir. Sebastián Lelio | Chile | 2017 | 100min
 Marina (Daniela Vega) é uma garçonete transexual que passa boa parte dos seus dias buscando seu sustento. Seu verdadeiro sonho é ser uma cantora de sucesso e, para isso, canta durante a noite em diversos clubes de sua cidade. O problema é que, após a inesperada morte de Orlando (Francisco Reyes), seu namorado e maior companheiro, sua vida dá uma guinada total.

01 de Abril | Segunda-Feira | 16h
03 de Abril | Quarta-Feira | 19h

Corpo Eletrico

 Dir. Marcelo Caetano | Brasil | Drama | 2017 | 94min

 Elias (Kelner Macêdo) é assistente numa confecção de roupas no centro de São Paulo. Ele mantém pouco contato com a família na Paraíba e passa seus dias entre os tecidos do trabalho e encontros com homens. O fim do ano traz reflexões sobre possibilidades de futuro, reconexões com o passado e muitas horas extras, que acabam por aproximá-lo dos colegas da fábrica e consequentemente inseri-lo em novos círculos de amizade e cenários.


01 de Abril | Segunda-Feira | 19h
02 de Abril | Terça-Feira | 16h


Divinas Divas
Dir. Leandra Leal |Brasil | Documentário | 2017 | 110min |
Rogéria, Valéria, Jane Di Castro, Camille K, Fujika de Holliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios formaram, na década de 1970, o grupo que testemunhou o auge de uma Cinelândia repleta de cinemas e teatros. O documentário acompanha o reencontro das artistas para a a montagem de um espetáculo, trazendo para a cena as histórias e memórias de uma geração que revolucionou o comportamento sexual e desafiou a moral de uma época.

04 de Abril | Quinta-Feira | 19h
05 de Abril | Sexta-Feira | 16h

Tangerine
Dir. Sean Baker | EUA | Drama | 2015 | 88min | Legendado
Filmado inteiramente com uma câmera de celular (na verdade, três aparelhos iPhones 5s).
Assim que sai da prisão, a prostituta transexual Sin-Dee (Kitana Kiki Rodriguez) descobre através de sua melhor amiga (Mya Taylor) que o namorado Chester (James Ransone) está saindo com outra pessoa, uma mulher cisgênero. Sin-Dee decide encontrar os dois e puni-los pela traição.

02 de Abril | Terça-Feira | 19h
04 de Abril | Quinta-Feira | 16h
05 de Abril | Sexta-Feira | 19h


O EXPRESSIONISMO ALEMÃO
“É possível passear durante horas em Berlim e contar nos dedos as pessoas que sorriem.

Um véu de tristeza e apreensão cobre os rostos. [...] Só se encontram fisionomias

acuadas, vultos esquivos, olhares fugidios, todos os esgares da bancarrota”. Com estas

palavras o jornalista francês Édouard Helsey descreve a Alemanha dos anos 20,

atormentada pela crise econômica e pela instabilidade política e marcada por uma

guerra e por um tratado que trouxeram consequências desastrosas para a sua população.

É justamente durante este período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, na

República de Weimar, que surge, juntamente com várias outras vanguardas culturais, o

Cinema Expressionista Alemão, caracterizado por seus cenários disformes e agônicos,

seus personagens melancólicos e perturbados e tendo no jogo de luzes e no contraste

entre o claro e o escuro seus maiores signos.

Não é possível dissociar o Expressionismo Alemão de seu contexto histórico, uma vez

que ele teve seu ponto de partida na exclusão que a Alemanha sofreu do circuito de

distribuição do cinema internacional durante a Primeira Guerra, e seu declínio na

censura e no exílio aos quais foram submetidos a maioria de seus realizadores durante o

regime nazista. Além do mais, o cenário social e político da época não influenciou

apenas na produção, mas também na temática de seus filmes, que geralmente

apresentavam ambientações soturnas e uma visão de mundo sombria e pessimista.

Mas não foi apenas pela temática de suas narrativas que o cinema expressionista se

tornou mundialmente famoso, influenciando posteriormente outros grandes nomes do

cinema, como, por exemplo, Werner Herzog e Alfred Hitchcock. No quesito estético o

cinema expressionista foi extremamente inovador, tendo uma forte inspiração na pintura

e no teatro expressionista, que se manifestava na busca por imagens que fogem de

qualquer realismo para tentar traduzir visualmente os conflitos emocionais dos

personagens apresentados nas narrativas.

É em reconhecimento à importância que o cinema expressionista possui para a cultura

alemã e para o cinema mundial que o Setor de Alemão do Instituto de Letras da

UFRGS, em parceria com o instituto Goethe, traz a mostra O Expressionismo Alemão,

fruto do projeto de extensão Aprendendo a Legendar, iniciado em 2018, que buscou

oferecer aos estudantes de língua alemã e de tradução uma oportunidade de

aprendizagem sobre o processo de legendagem de filmes e sobre o cinema alemão. A

mostra será exibida durante a Semana da Língua Alemã, evento nacional organizado

pelas Embaixadas da Alemanha, Áustria, Bélgica, Luxemburgo e Suíça – em

cooperação com seus consulados e parceiros culturais no Brasil – com o objetivo de

divulgar a língua alemã e a cultura dos povos que possuem o alemão como língua

materna.

Nosferatu
 Dir. Friedrich Wilhelm Murnau | Alemanha | Ficção | 1922 | 94 min | Legendado
O corretor de imóveis Thomas Hutter é enviado para uma remota região da Transilvânia com a missão de encontrar uma casa em Wisborg para o excêntrico e temido conde Orlock. O conde, na verdade, é um vampiro milenar que, ao ver uma foto de Ellen, esposa de Hutter, se sente imediatamente atraído pela moça e começa, então, a persegui-la.

08 de Abril | Segunda-Feira | 16h
12 de Abril | Sexta-Feira | 19h

O estudante de Praga
Dir. Hanns Heinz Ewers, Stellan Rye | Alemanha | Ficção |  1913 |  85 min | Legendado

O pobre estudante Balduin decide vender o seu reflexo no espelho para o perverso mago Scapinelli. Inicialmente o rapaz consegue aproveitar sua nova condição de vida, proveniente da fortuna recebida com a venda, mas então seu reflexo passa a surgir para atormentá-lo.

09 de Abril | Terça-Feira | 16h

O gabinete do doutor Caligari
Dir. Robert Wiene | Alemanha | Ficção | 1920 | 72 min | Legendado
Um pequeno vilarejo é abalado pela chegada do misterioso Dr. Caligari (Werner Krauss) e de seu show envolvendo o sonâmbulo Cesare (Conrad Veidt), supostamente adormecido há 23 anos e capaz de prever o futuro.

09 de Abril | terça-Feira | 19h
10 de Abril | Quarta-Feira | 16h

M – O vampiro de Düsseldorf
Dir. Fritz Lang | Alemanha | Ficção | 1931 | 117 min | Legendado
Um misterioso infanticida causa terror e histeria entre a população. Quando a polícia local não consegue capturar o serial killer um grupo de foras-da-lei se une para encontrar o assassino.

08 de Abril | Segunda-Feira | 19h
11 de Abril | Quinta-Feira | 16h

Metrópolis
Dir. Fritz Lang | Alemanha | Ficção |  1927 | 148 min | Legendado
Em uma cidade futurista chamada Metropolis dividida entre a classe trabalhadora e os planejadores da cidade, Freder, o filho do mestre da cidade se apaixona por uma jovem pertencente à classe trabalhadora, chamada Maria, que prevê a vinda de um salvador para mediar a diferença entre as classes.

11 de Abril | Quinta-Feira | 19h
12 de Abril | Sexta-Feira | 16h

Mostra de Terror Giallo
A sedução exercida da imagem é algo que muitos pensadores vêm se debruçando e tentando compreender melhor. Mas quando essa sedução vem permeada pela violência a questão se torna um pouco mais complexa e nos faz indagar sobre o papel da imagem em nosso mundo contemporâneo. A vertente do terror é o que mais se defronta com essa questão e o Giallo, a faceta italiana desse gênero, é talvez a que mais coloca em evidência essa questão da relação entre violência, imagem e beleza.
Inicialmente vindo da Literatura, o termo Giallo faz referência às revistas pulp que eram comercializadas na Itália, onde o subgênero teve seu estopim no início dos anos 1930. Tudo isso porque as capas desses livros eram amarelas, giallo, em italiano. É, também, uma espécie de movimento no qual suas histórias retratam preferencialmente assassinatos em série, no qual ou um detetive ou uma mulher se tornava a protagonista ao tentar descobrir quem realizou os crimes. Nas tramas, apenas no grande clímax final se é descoberto quem realmente foi o culpado, construindo uma tensão e perturbando o público ao longo da história.
É sempre importante relativizar o que representa socialmente uma imagem, ela não pode ser analisada simplesmente como verdade. Uma imagem sem contexto descamba inevitavelmente para o blefe. Por isso, contextualizar, analisar, criticar e relativizar são atos necessários para uma compreensão mais complexa acerca do papel que a imagem exerce na sociedade. A apropriação e a aceitação acrítica das imagens no mundo contemporâneo é um caminho para o desastre coletivo, pois não podemos esquecer o poder que as chamadas redes sociais e os mass media exercem em nossas vidas atualmente. A mostra contempla quatro realizadores do subgênero giallo: Mario Vava, Dario Argento, Lucio Fulci e Sergio Martino.

Seis Mulheres para o Assassino
Dir. Mario Brava | Italia | Terror | 1964 | 88min | Legendado
Isabella, uma jovem modelo, é assassinada por uma misteriosa figura mascarada numa Casa de Moda, pertencente a Condessa Cristiana. Quando o namorado de Isabela se torna suspeito do assassinato, o diário da vítima, contendo informações que relacionem a jovem ao assassino, desaparece. O mascarado passa então a matar todas as modelos da casa para encontrar o diário.

15 de Abril | Segunda-Feira | 16h
22 de Abril | Segunda-Feira | 19h
23 de Abril | Terça-Feira | 16h
26 de Abril | Sexta-Feira | 19h

Tenebre
 Dir. Dario Argento | Italia | Mistério |  1982 | 110min | Legendado
O escritor Peter Neal chega à cidade de Roma para promover seu último livro, “Tenebre”, mas descobre que alguém está usando seus romances como inspiração para cometer assassinatos. Logo, ele se vê envolvido nos crimes e passa a tentar descobrir o provável assassino.

15 de Abril | Segunda-Feira | 19h
16 de Abril | Terça-Feira | 16h
23 de Abril | Terça-feira | 19h
24 de Abril | Quata-Feira | 16h
29 de Abril | Segunda-Feira | 16h

O estranho vicio da Sra. Wardh
Dir. Sergio Martino | Italia | Terror | 1971 | 100min | Legendado
Julie Wardh, de volta a Viena com seu marido diplomata Neil, encontra a cidade aterrorizada por um maníaco assassino. Imediatamente, lembra-se de Jean, seu violento e sádico ex-namorado, que convenientemente voltou à cidade ao mesmo tempo do início dos assassínios e, retomando o contato com ela, parece querer reatar o romance. Também entra em cena o enigmático e elegante George, que também demonstra seus interesses em relação à Julie. Assim, acompanhando os passos do assassino, Julie deve descobrir quem, entre os homens à sua volta, tem intenções mais nefastas do que apenas levá-la para cama.

17 de Abril | Quarta-Feira | 16h
25 de Abril | Quinta-Feira | 16h
29 de Abril | Segunda-Feira | 19h
30 de Abril | Terça-Feira | 19h

O segredo do bosque dos sonhos
Dir.Lucio Fulci | Italia | Mistério | 1972 | 102min | Legendado
Baseado em fatos reais, um maníaco realiza uma série de assassinatos envolvendo um grupo de crianças em um vilarejo da Sicília, na Itália. Com a cidade à beira da histeria, todos passam a serem suspeitos. Andrea Martelli (Tomas Milian) é um jornalista e tenta desvendar o verdadeiro culpado, enquanto a bela Patrizia (Barbara Bouchet) tenta se livrar das suspeitas levantadas contra ela, mas o medo acaba formando uma onda de violência com pessoas inocentes.

18 de Abril | Quinta-Feira | 16h
22 de Abril | Segunda-Feira | 16h
25 de Abril | Quinta-Feira | 19h
26 de Abril | Sexta-Feira | 16h
30 de Abril | Terça-Feira | 16h

11º FESTIVAL ESCOLAR DE CINEMA
O Festival Escolar de Cinema é uma ação do Programa de Alfabetização

Audiovisual que, desde 2008, já levou mais de 80 mil estudantes e professores das redes

públicas de ensino às salas de cinema. Como nos anos anteriores, o Festival Escolar de

Cinema conta com a parceria e o acolhimento da Sala Redenção para receber crianças e

jovens da educação básica para assistirem a uma variada programação de filmes

escolhidos de acordo com cada faixa etária. São cinco semanas de sessões voltadas a

grupos escolares, que acontecem de terça a sexta–feira, nos turnos da manhã e da tarde,

e que abrangem estudantes da educação infantil ao ensino médio.

Este ano a programação do Festival é composta de curtas e longas-metragens e

trechos de filmes, que vão de clássicos como os curtas-metragens de George Meliès a

filmes brasileiros contemporâneos como Café com Canela (2018), de Glenda Nicácio e

Ary Rosa, passando por sucessos atuais, como a premiada animação dos Estúdios Pixar,

Viva: A Vida é uma Festa (2017).


PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO AUDIOVISUAL

O Programa de Alfabetização Audiovisual objetiva qualificar as relações entre

cinema e educação, desenvolvendo atividades de exibição de filmes a estudantes,

formação docente, além de assessorias a escolas, publicação de livros, seminários,

oficinas e workshops. O projeto é uma ação da Pró-Reitoria de Extensão realizada

através da parceria UFRGS / FACED e Difusão Cultural e a Prefeitura Municipal de

Porto Alegre, através da Cinemateca Capitólio. Com esta ação a UFRGS se abre para a

comunidade escolar das redes públicas de ensino que vivenciam espaços, projetos e

equipamento culturais da Universidade. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao

público.

De 09 de abril a 10 de maio de 2019. 14h

Parceiros:
Cinedebhate direitos Humanos
Coração Selvagem
Dir. David Lynch | Comédia, Drama | EUA | 1990 | 125 minutos | Legendado
Marietta Pace Fortune (Diane Ladd) é uma sulista rica e de comportamento instável que não aceitava que Sailor Ripley (Nicolas Cage) namorasse sua filha Lula Fortune (Laura Dern), mas não por se preocupar com ela e sim pelo simples fato de que Marietta queria tanto transar com Sailor que foi ao banheiro masculino para tentar seduzi-lo. Mas como ele a repudiou categoricamente, ela imediatamente mandou Bob Ray Lemmon (Gregg Dandridge), um capanga, para cumprir uma ameaça dita no banheiro. Entretanto, Sailor reagiu prontamente e, com as mãos limpas, matou Bob Ray. Quase dois anos depois ele foi posto em liberdade e, juntamente com Lula, viaja para a Califórnia, fazendo com que Ripley quebre sua condicional. Durante o trajeto ele dá vazão à fixação que tem por Elvis Presley, enquanto Lula tem obsessão por "O Mágico de Oz". Enquanto a viagem transcorre eles fazem muito sexo, compartilham seus passados, são perseguidos por Marcello Santos (J.E. Freeman), um assassino contratado por Marietta, e conhecem diversos tipos bizarros, mas principalmente conhecem Bobby Peru (Willem Dafoe), um ex-fuzileiro naval que convence Sailor a participar de um assalto a banco. 

10 de Abril | Quarta-Feira | 19h
Clube de Cinema de Porto Alegre

Em busca do Ouro
Dir. Charles Chaplin | EUA | Mudo | 1925 | 96min | Legendado
No Alasca, Carlitos (Charles Chaplin) tenta a sorte como garimpeiro em meio a corrida do ouro de 1898. Lá ele conhece o gordo McKay (Mack Swaim), com quem cria bastante confusão após uma tempestade de neve, e se apaixona por uma dançarina (Georgia Hale).

16 de Abril | Terça-Feira | 19h
ESPAÇOS (SUB)TRAÍDOS
“Chega de Fiu Fiu” debate o assédio e o direito das mulheres ao espaço público
O Grupo de Pesquisa Identidade e Território (GPIT-UFRGS) e sala Redenção- Cinema Universitário apresentam a mostra  ESPAÇOS (SUB)TRAÍDOS. As inquietações urbanas que permeiam as pesquisas dos diversos integrantes do grupo dialogam com filmes produzidos pela cena audiovisual brasileira.
A ideia surge com intuito de fomentar o diálogo entre o público em geral e o meio acadêmico sobre a função da imagem cinematográfica como imagem poética. Tal imagem pode possibilitar uma outra visão de mundo, aquela que constrói a diversidade do espaço contemporâneo a partir da subtração, realçando o menos, o esquecido, o invisível.
As narrativas audiovisuais que integram a mostra Espaços (Sub)traídos pautam outras ordens que operam na produção do espaço. Serão dez sessões entre abril e dezembro de 2019, sempre às quartas-feiras. Entre os longa-metragens confirmados, estão Chega de Fiu-Fiu (Amanda Kamanchek, 2018, 73min), Ainda Orangotangos (Gustavo Spolidoro, 2008, 81min), Cio da Terra (Cacá Nazario, 2010, 42min), Antes que o mundo acabe (Ana Luiza Azevedo, 2010, 100min), Rifle (Davi Pretto, 2017, 98min), Hotel Cambridge (Eliane Caffé, 2017, 99min) entre outros. Todos os encontros propõem conversas após as exibições com debatedores convidados e o público presente.

Chega de Fiu-Fiu
Dir. Amanda Kamanchek | Brasil | Documentário | 2018 | 73min
As cidades foram feitas para as mulheres? O filme Chega de Fiu Fiu narra a história de Raquel, Rosa e Teresa, moradoras de três cidades brasileiras, que, por meio de ativismo, arte e poesia resistem e propõem novas formas de (con)viver no espaço público.
Após a sessão haverá um debate com as participações de Joanna Burigo e Lívia Koeche.

17 de Abril | Quarta-Feira | 19h

Cinemas em Rede
Viajo porque preciso, volto porque te amo
Dir. Marcelo Gomes, Karim Aïnouz| Brasil | Drama | 2009 | 71min
José Renato (Irandhir Santos) tem 35 anos, é geólogo e foi enviado para realizar uma pesquisa, onde terá que atravessar todo o sertão nordestino. Sua missão é avaliar o possível percurso de um canal que será feito, desviando as águas do único rio caudaloso da região. À medida que a viagem ocorre ele percebe que possui muitas coisas em comum com os lugares por onde passa. Desde o vazio à sensação de abandono, até o isolamento, o que torna a viagem cada vez mais difícil.

Após a Sessão Haverá debate em rede com os realizadores.

18 de Abril | Quinta-Feira | 19h
EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO “VIOLÃO-CANÇÃO”, MESA DE CONVERSA E

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS

Violão-Canção: uma Alma Brasileira
Dir. Chico Saraiva, Rose Satiko Gitirana Hijiki | Brasil | Documentário | 30 min | 2016
Chico Saraiva encontra sete mestres do violão, João Bosco, Sérgio Assad, Paulo César Pinheiro, Paulo Bellinati, Marco Pereira, Luiz Tatit e Guinga, para compartilhar suas experiências e discutir as particularidades desse instrumento tão popular.

24 de Abril | Quarta-Feira | 19h


Tânia Cardoso de Cardoso
Coordenadora e curadora
Sala Redenção – Cinema Universitário
www.difusaocultural.ufrgs.br
(51) 3308-4081

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Dumbo' - Um Estranho no Ninho

Sinopse: Holt Farrier é uma ex-estrela de circo que retorna da guerra e encontra seu mundo virado de cabeça para baixo. O circo em que trabalhava está passando por grandes dificuldades, e ele fica encarregado de cuidar de um elefante recém-nascido, cujas orelhas gigantes fazem dele motivo de piada.  

O grande problema de algumas versões live action recentes dos clássicos da Disney é que elas são muito presas a sua fonte original. "A Bela e a Fera"(2017), por exemplo, parecia uma cópia de cada cena de sua fonte original e não me surpreenderia se a versão de “Aladdin” (1992) seguir o mesmo caminho quando for lançado ainda neste ano. Felizmente,"Dumbo" segue por um caminho inverso, pois ao invés de ser uma cópia de sua fonte original ela possui vida própria e ganhando uma nova cara em tempos em que o assunto sobre a diversidade x intolerância sempre estão em pauta.
Dirigido por Tim Burton, o filme conta a história de Holt Farrier (Colin Farrell), ex estrela do circo que retorna da guerra com marcas que ela havia lhe deixado. Ao chegar ao lar, o seu circo se encontra em frangalhos e tendo a missão ao lado dos seus filhos em cuidar de um elefante a recém-nascido. Curiosamente, o pequeno elefante possui grandes orelhas e um talento escondido que ninguém imaginava.
Quando "Dumbo" foi lançado em 1941 o mundo era outro, onde temas como bullying não estavam em pauta e pessoas que eram excluídas dos demais da sociedade conservadora eram jogados na própria sorte. O filme emocionou inúmeras pessoas da época, ao ver um inocente elefante que era desprezado pelos humanos por ser diferente, mas que possuía um talento que nenhum elefante normal poderia alcançar. Por muito tempo se pensava como seria esse conto clássico em uma versão  live action e Tim Burton decidiu abraçar esse fardo.
Com uma filmografia cheia de personagens que são menosprezados pela sociedade, como foi visto em sua obra prima "Edward Mãos de Tesoura" (1991), Burton possui total controle na apresentação do seu personagem principal. Ao vermos pela primeira vez Dumbo em cena ficamos encantados pelo seu profundo olhar, onde enxergamos um ser cheio de vida, mas confuso perante uma realidade que tornará a sua vida dura. É preciso reconhecer o enorme esforço na criação do personagem, já que poderia soar muito artificial, mas sentimos sentimentos vindo dele na primeira vez que vemos esse doce olhar que nos faz encantar.
Em termos de comparações, Burton jamais esquece do clássico de 1941 e sempre colocando em cenas pequenas homenagens para alegrar os saudosistas. Contudo, as referências vão até certo ponto e o filme ganha independência na medida em que a história avança. Outro fator que separa essa nova versão do clássico é o espaço muito maior dos personagens humanos e tornando cada um deles relevantes para dentro da trama.
Infelizmente eles acabam não se tornando tão interessantes se formos comparar com o próprio protagonista. Embora  Colin Farrell  seja a  personificação humana de Dumbo dentro da trama, sua imagem se torna meio apagada quando se comparado aos velhos veteranos em cena,  que são Deny Devito e Michael Keaton que, aliás, é sempre bom rever os dois finalmente juntos após longos anos desde "Batman - O Retorno" (1992). Curiosamente, Eva Green, a nova musa de Burton, possui um personagem curioso, mas que infelizmente é desperdiçado ao longo do percurso.
Em sua reta final, os realizadores se encarregam de criar um grande espetáculo, onde o protagonista precisará se livrar de suas amarras e dar o seu voo mais alto para assim abraçar a felicidade que quase nunca é alcançada. Embora previsível, é um final satisfatório, mesmo quando a gente deseja que Burton tenha maior liberdade criativa em uma superprodução como essa. Não é um filme perfeito, mas também há um coração ali envolvido.
"Dumbo" é um filme que compra briga contra a intolerância atual e só por isso já merece o respeito vindo de  todos nós. 



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Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: 'Bohemian Rhapsody'

Veja a minha crítica já publicada no meu blog


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terça-feira, 2 de abril de 2019

Cine Dica: Curso Cinema e Pintura


INSCRIÇÕES ABERTAS

Curso


Apresentação
 
Em mais de um século de existência, a pintura está presente no cinema de várias maneiras. Alguns filmes são sobre pintores; em outros, a pintura tem uma importância fundamental na narrativa; outros, ainda, tem sua imagem baseada em movimentos ou pintores específicos - e alguns, claro, tem todos esses aspectos juntos.

 
Objetivos
 
O curso Cinema & Pintura: Um Encontro Artístico, ministrado por Milton do Prado, tem como objetivo apresentar todas essas tendências e entender, com o uso de exemplos, como o diálogo entre essas duas formas de expressão se deu através do tempo, das tendências estéticas de um e outro campo, assim como das expressões pessoais de alguns realizadores e diretores de fotografia.
 

 
Curso
CINEMA & PINTURA: UM ENCONTRO ARTÍSTICO
de Milton do Prado
 
Datas
06 e 07 de Abril (sábado e domingo)
 
Horário
14h às 17h
 
Duração
2 encontros presenciais (6 horas / aula)
 
Local
Cinemateca Capitólio Petrobras
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)
 
Investimento
- Pagamento p/ Cartão de crédito: R$ 95,00
- Pagamento p/ Depósito: R$ 90,00
***
Promoção: R$ 80,00
(Valor para as primeiras 5 inscrições com pagamento por depósito)
 
Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714
 
 
INSCRIÇÕES
www.cinemacineum.blogspot.com.br
 

 Realização
Cine UM Produtora Cultural - 10 Anos

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'Elegia de Um Crime'

Sinopse: Em fevereiro de 2011, a mãe do diretor Cristiano Burlan foi brutalmente  assassinada em Uberlândia pelo parceiro. Isabel Burlan da Silva teve sua trajetória marcada pela violência e pela pobreza, assim como todo o resto da família. Este é o terceiro filme da série "Trilogia do Luto".

“Elegia de um Crime", que é o último filme da “Trilogia do Luto”, que iniciou em 2007 com o o média-metragem “Construção”, sobre a morte de seu pai, que fora pedreiro, e foi seguida por “Mataram Meu Irmão”, de 2013, é acima de tudo uma homenagem a sua mãe Isabel, que o acolheu de braços abertos e amor acima de tudo. Uma forma de perpetuar esse seu amor, interrompido de uma forma trágica aos cinquenta e dois anos. Sua câmera é o seu poder. Em sua obra, Cristiano prefere expressar, com confiança, tudo isso não solitário, mas sim compartilhando lembranças para todos nós. 
Na trama, dividida em entrevistas com familiares, amigos e conhecidos, com a repórter que fez a matéria na época e com a investigação à procura do culpado, o conteúdo e a emoção despertada é muito mais importante que sua forma em si . É um cinema direto, ao resgatar sempre a verdade na medida do possivel. Um filme sobre o futuro. 
Sobre nunca esquecer os seus entes queridos, igual à experiência da Festa dos Mortos da Cidade do Mexico. Seus entrevistados podem confessar e limpar seus sofrimentos e feridas que ainda não se cicatrizam. É uma terapia cognitiva da libertação .Em fevereiro de 2011, a mãe do diretor Cristiano Burlan foi assassinada em Uberlândia pelo parceiro. Isabel Burlan da Silva teve sua trajetória marcada pela violência e pela pobreza, assim como todo o resto da família.
No dicionário, a palavra elegia significa um “poema composto de versos hexâmetros e pentâmetros alternados” e também um “poema lírico de conteúdo, geralmente, triste e ou melancólico” e uma “canção de melodia e ou letra triste; de lamento ou canto triste”. Sim, estas definem precisamente o tom objetivado deste documento, que busca tranquilizar a própria existência pelo confronto orgânico, amador, catártico e de choque passional. É uma ode à dor para reencontrar a paz eterna.
“Elegia de um Crime” embarca em uma jornada road-movie, com o intuito de reconstruir a imagem e a vida da mãe, que “está agora em fuga em um lugar seguro”, depois da “vida dura que levou”. Para assim “refazer os passos” para eternizar outra lembrança com novas imagens menos aterrorizantes. O diretor, com consciência estraçalhada, “que deveria protegê-la, se tornou testemunha”, sente a dureza de que “só há um destino e que não consegue mudar isso”. “Meu primeiro ímpeto no seu enterro foi filmar você”, ele diz e ficou “impactado”. “Não conseguia chorar e pensava que só deveria filmar”.
Entre conversas e registros de fotos, o documentário se envereda principalmente pelo compromisso da exploração pelo mundo real, sendo também um instrumento investigativo de utilidade pública, que ao investigar e seguir pistas do paradeiro do assassino, pode salvar novas vítimas. Há crítica à burocracia da segurança; há verdade sem limites quando fragilidades são expostas e há uma liberdade criativa em ressignificar intimidades.
Perguntas e respostas são buscadas e re-acordadas ao entrar na selva do sofrimento. Cristiano Brurlan precisou desvencilhar-se da realidade para que fosse possível registrar sem a interferência do pessoal. Sim, é complicado e impossivelmente separatista. Assim como o filme “Elena”, de Petra Costa, “Elegia de um Crime” é uma experiência emocional dura, porém, necessária.     


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Cine Dica: Filmes brasileiros e Debats D'Idées (2 a 10 de abril)

TRÊS FILMES BRASILEIROS EM CARTAZ NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS DEBATS D’IDÉES APRESENTA DOCUMENTÁRIO DE ANNE POIRET

Cinemateca Capitólio Petrobras exibe três filmes brasileiros na primeira semana de abril: O Último Trago, de Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti, Jovens Infelizes ou Homem que Grita não é um Urso que Dança, de Thiago B. Mendonça, e Tito e os Pássaros, de Gustavo Steinberg e Gabriel Bitar. As Filhas do Fogo, de Albertina Carri, segue em exibição até o dia 10 de abril.
O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
Na sexta-feira, 05 de abril, às 20h, a Aliança Francesa de Porto Alegre promove a primeira edição 2019 do projeto Debats d’Idées, que contará com a presença da jornalista Anne Poiret a exibição do documentário Welcome to Réfugistan na Cinemateca Capitólio Petrobras. Entrada franca.

DEBATS D’IDÉES: ANNE POIRET
Vencedora do Prix Albert Londres, o principal prêmio do jornalismo francês, em 2007 por "Muttur: um crime contra o humanitário" (França 5), a escritora e jornalista produz documentários há 15 anos. Anne participa de sessão comentada do filme Welcome to Réfugistan, que trata sobre histórias de refugiados pelo mundo, que hoje já somam mais de 17 milhões de pessoas.
Welcome to Réfugistan revela o modo como a agência de refugiados das Nações Unidas administra campos que abrigam milhões de refugiados em todo mundo, criando um país virtual do tamanho da Holanda. Como lidar com as necessidades urgentes de milhares de refugiados que chegam todos os dias? Como esta resposta de emergência se transformou em uma situação durável com uma permanência média de mais de quinze anos? Quais são as perspectivas de longo prazo para este tipo de resposta à urgência humanitária? O documentário foi rodado em diversos campos pelo mundo, como no Quênia, Tanzânia, Jordânia, fronteira da Grécia com a Macedônia e em escritórios da agência na França, Inglaterra e Suíça.
Anne é diretora de "Meu País Fabrica Armas", (France 5), "Síria: Missão Impossível" (ARTE), "Sudão do Sul: fábrica de um Estado" (ARTE), "Namíbia: O Genocídio do Segundo Reich" - (França 5) - e colabora com diferentes publicações. No Oriente Médio, África ou Ásia, ela está particularmente interessada nas áreas cinzentas do período do pós-guerra. “Reconstruir Mossul”, gravado ao longo do ano de 2018, será transmitido em breve pelo canal ARTE. A mediação do Débat d´Idées estará a cargo da jornalista gaúcha Claudia Laitano, com tradução consecutiva de Vanise Dresch e a entrada é franca.
O Débats d’Idées é uma realização da Aliança Francesa Porto Alegre que busca promover encontros com pensadores, jornalistas e intelectuais sobre questões como fronteira, geopolítica, imigração, cultura e meio ambiente, entre outros temas contemporâneos. O Débats d’Idées é realizado pela Aliança Francesa de Porto Alegre e pelo Ministério da Cidadania por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet), com patrocínio da Timac Agro e apoio da Cinemateca Capitólio Petrobras.

CINEMA
Débats d’Idées com Anne Poiret
Exibição de “Welcome to Réfugistan” (2016, 72min) seguida de debate com Anne Poiret, mediação de Claudia Laitano e tradução consecutiva de Vanise Dresch
05 de abril, 20h – Cinemateca Capitólio Petrobras
Realização: AFPOA e Ministério da Cultura
Patrocínio: Timac Agro
Apoio: Cinemateca Capitólio Petrobras Entrada Franca

FILMES
O ÚLTIMO TRAGO
Brasil, 2016, 93 min, DCP
Direção: Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti
Uma mulher resgatada à beira da estrada incorpora o espírito de uma guerreira indígena desencadeando uma série de eventos que atravessam os tempos e os espaços. Do sertão nordestino ao litoral, séculos de lutas de dominação e resistência.

JOVENS INFELIZES OU UM HOMEM QUE GRITA NÃO É UM URSO QUE DANÇA
Brasil, 2016, 127 minutos, DCP
Direção: Thiago B. Mendonça
Um grupo de artistas vive reunido em uma pequena casa. Sofrendo com as más condições financeiras, eles tentam criar uma verdadeira arte revolucionária, capaz de enfrentar o sistema e libertá-los da opressão do governo. Quando algumas tentativas falham, eles partem para medidas extremas.

TITO E OS PÁSSAROS
Brasil, 2018, 73 minutos, DCP
Direção: Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar
O filme conta a história de um menino que é responsável, junto com seu pai, por achar a cura para uma doença que é contraída após a pessoa tomar um susto.

GRADE DE HORÁRIOS
2 a 10 de abril de 2019

2 de abril (terça)
14h – Semana dos Estados Unidos
16h – As Filhas do Fogo
18h – O Último Trago
20h – Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança

3 de abril (quarta)
14h – Tito e os Pássaros
16h – As Filhas do Fogo
18h – O Último Trago
20h – Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança

4 de abril (quinta)
14h – Tito e os Pássaros
15h30 – Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança
18h – As Filhas do Fogo
20h – Welcome to Refugeestan + debate

5 de abril (sexta)
14h – Tito e os Pássaros
15h30 – Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança
18h – As Filhas do Fogo
20h – Welcome to Refugeestan + debate

6 de abril (sábado)
14h - Tito e os Pássaros
16h – O Último Trago
18h – As Filhas do Fogo
20h – Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança

7 de abril (domingo)
14h - Tito e os Pássaros
16h – O Último Trago
18h – As Filhas do Fogo
20h – Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança

9 de abril (terça)
14h – Tito e os Pássaros
15h30 – Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança
18h – As Filhas do Fogo
20h – Porto Alegre Noir (divulgação em breve)

10 de abril (quarta)
14h – Tito e os Pássaros
15h30 – Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança
18h – As Filhas do Fogo
20h – Porto Alegre Noir (divulgação em breve)

domingo, 31 de março de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: "SHAZAM" - O Raio que Caiu no Lugar Certo

Sinopse: Billy Batson (Asher Angel) tem apenas 14 anos de idade, mas recebeu de um antigo mago o dom de se transformar num super-herói adulto chamado Shazam (Zachary Levi).  

O tempo passa e logo se percebe que o maior erro da DC/Warner foi realmente se apressarem em reunir os seus personagens e elaborar um universo conectado dentro do cinema. Porém, “Aquaman” (2018) provou que não é preciso possuir essa interligação, mas sim ter sua identidade própria e se preocupando mais em nos apresentar uma boa história. "SHAZAM" veio para fortalecer esse pensamento, ao apresentar uma trama divertida, nostálgica e muito humana.
Dirigido por David F. Sadberg (Annabelle 2), o filme conta a história de Billy Batson (Asher Angel), rapaz órfão e que é adotado por um casal que cuida de crianças abandonadas. Em certa ocasião, ele conhece um mago, que lhe dá um poder sobre humano toda vez que ele pronunciar a palavra SHAZAM. Billy se torna um super-herói, mas inconsequente em suas ações e terá que se virar contra o vilão Dr Thadeus Sivana (Mak Strong) que deseja os seus poderes.
Os realizadores foram muito bem cuidadosos na apresentação dos seus personagens principais, principalmente pelo fato de destacar o lado mais humano e do qual nós facilmente nos identificamos. Billy Batson é uma jovem gente como a gente, cheio de sonhos e que leva consigo o desejo de reencontrar a sua mãe que ele havia perdido no passado. Aliás, é preciso dar palmas para os realizadores pela coragem em ousar com relação ao verdadeiro significado da palavra "família", pois o filme se envereda por um caminho poucas vezes visto para um filme de entretenimento e só por isso já ganha o meu respeito.
Mas o filme possui também outros grandes atrativos, principalmente pelo fato de ter sido pensando desde o princípio para ser um filme leve, divertido e com ares nostálgicos. Ao invés de ser um super espetáculo, a obra tem cara daquelas aventuras dos anos 80, principalmente daquelas que passavam numa "Sessão da Tarde" da vida. Portanto, caso você se lembre, por exemplo, do clássico " Quero ser Grande" (1988) não se surpreenda, já que a intenção é exatamente essa.
Outro atrativo é sintonia entre os atores mirins, principalmente com relação a dupla sher Angel e Jack Dylan Grazer, que interpreta o personagem Freddy e que se torna o melhor amigo do protagonista. Em tempos em que filmes e séries protagonizados por crianças andam fazendo um grande sucesso, o filme segue o embalo com maestria, pois cada um dos jovens talentos possui muito carisma e nos conquista de forma imediata. É graças também essa sintonia mirim que faz o filme ser muito gostoso de ser assistido e que conquistará as pessoas de todas as idades de uma maneira bem fácil.
Mas se o elenco mirim é alma da produção, Zachary Levi como o herói SHAZAM é o corpo e a cereja do bolo do filme como um todo. Interpretando uma criança num corpo de um adulto com superpoderes, Zachary surpreende ao não criar algo muito caricato, mas sim engraçado, divertido e fazendo com que nos simpatizemos com ele de imediato. Nada mal para alguém que só vivia de figurante no estúdio concorrente.
Em termos vilanescos, Dr. Thadeus Silvana tinha todos os motivos para se tornar um vilão caricato, mas felizmente os roteiristas foram cuidadosos na elaboração do personagem, ao apresentar tanto a sua origem como também as suas motivações de uma forma coerente. Mark Strong se encaixa perfeitamente nesse tipo de personagem, pois mesmo sendo limitado na atuação, o seu desempenho se casa com o personagem com perfeição. Não é nenhum Coringa da vida, mas também não quer dizer que atrapalha no desenvolvimento da trama.
Em termos de ação o filme não exagera, principalmente que esse não é o foco principal, mas sim ser uma aventura leve e descontraída. Quando ação rola ela não é exagerada, fazendo com que acompanhemos tudo o que acontece na tela e escapando de um emaranhado de efeitos visuais que poderiam poluir o filme como um todo. A grande ação do filme, aliás, acontece somente no ato final em um parque de diversões e reservando elementos surpresas que irão agradar em cheio todos os fãs.
Com referências muito divertidas com relação ao universo DC no cinema, "SHAZAM" é uma bela aventura inocente, humana e que irá agradar em cheio o público de todas as idades. 


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