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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 12 de julho de 2018

NOTA: Suspensão das atividades da Cinemateca Capitólio Petrobras




A Cinemateca Capitólio Petrobras comunica que todas as atividades do espaço estão temporariamente suspensas, em função da violência com que os funcionários da Prefeitura de Porto Alegre foram tratados ontem, dia 11 de julho de 2018, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, episódio que culminou com a prisão, de forma covarde e arbitrária, de uma das integrantes de nossa equipe, Elisabete Tomasi, profissional de reconhecida competência junto à comunidade cultural de Porto Alegre. 
Pedimos a compreensão de nossos parceiros, colaboradores e frequentadores, bem como a sua solidariedade, para juntos enfrentarmos este momento tão grave na história de nossa cidade.

Cine Dicas: Em Blu-Ray - DVD – VOD:



Na Vertical

Sinopse: Um cineasta precisa criar sozinho o filho recém-nascido depois que sua namorada o abandona.
Na Vertical, mais recente filme de Alain Guiraudie (Um Estranho no Lago), aborda questões relevantes, mesmo quando vistas como incômodas no mundo de hoje. O cineasta francês, que chamou a atenção mundial com o thriller citado acima, desta vez traz para as telas o sexo com idosos, eutanásia, maternidade, o papel do homem, medicina alternativa, tudo filmado de forma realista, o que atrai, repele e, principalmente, confunde o cinéfilo que assiste. 
Na Vertical opera num registro que oscila entre o sonho, o desejo e a piada. Montado de maneira convencional, porém, perturba, o que talvez tenha sido mesmo a intenção de seu roteirista e diretor, que buscar realizar um cinema alternativo e iconoclasta. Os minutos finais, pelo menos no meu entendimento, sintetizam a opressão contemporânea e da qual se alimenta das sombras.  
 
1945

Sinopse: Dois estranhos vestidos de preto aparecem na estação ferroviária de uma aldeia húngara. Dentro de algumas horas, tudo muda.
Assim como o premiado filme, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2015, IDA, onde abordou o antissemitismo e colaboracionismo polonês na época do nazismo, o filme 1945 também aborda o mesmo assunto, só que agora na Hungria. “Eles voltaram” é a curta frase que a todo momento é comunicada entre os habitantes de um pequeno vilarejo em dia de festa: um casamento está marcado. A ameaça pior, há poucos meses da rendição alemã, seria se os nazistas estivessem retornando? Não: dois humildes judeus silenciosos que chegaram de trem, vivenciados pelos locais como se fossem fantasmas egressos do mundo dos mortos para assombrar quem tiver do que se culpar. E não são poucos, mesmo numa amostragem tão pequena.
O cinema húngaro, pouco depois do ótimo Corpo e Alma (indicado ao Oscar deste ano) mostra que tem outros cineastas de qualidade. Ainda recentemente também tivemos o premiado O Filho de Saul, e mesmo que este 1945 não chegue a ser tão original como os demais citados, merece - e muito - ser visto. O diretor e co-roteirsta é Ferenc Török, com quase vinte anos de carreira em seu país. Outro nome para ser acompanhado.



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Cine Dicas: Estreias do final de semana (12/07/18)



Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas
Sinopse: Solitário e infeliz, buscando um novo amor na internet, Dracula é surpreendido com um presente da querida filha: férias em um cruzeiro. Inicialmente resistente à ideia, ele acaba engajado no passeio ao se encantar pela comandante, que, no entanto, esconde um segredo nada amigável.
 
Arranha-Céu: Coragem Sem Limite
Sinopse: Responsável pela segurança de arranha-céus, o veterano de guerra americano e ex-líder da operação de resgate do FBI, Will Ford (Dwayne Johnson), é acusado de ter colocado o edifício mais alto e mais seguro da China em chamas. Cabe ao agente então achar os culpados pelo incêndio, salvar sua família que está presa dentro do prédio e limpar seu nome antes que seja tarde demais.

Uma Casa à Beira Mar
Sinopse: Três irmãos se reúnem ao redor do leito de morte de seu pai, que era um dos pilares de toda a família, e agora precisam pensar no que será do pequeno paraíso que ele construiu, em torno de um modesto restaurante à beira-mar.

Hannah
Sinopse:Hannah (Charlotte Rampling) é uma mulher de terceira idade que divide-se entre as aulas de teatro, a natação e o trabalho como empregada doméstica. Quando o marido vai preso, ela não tem alternativa a não ser a solidão e tenta refazer laços perdidos com descendentes, mas há um segredo na família que dificulta seu relacionamento com terceiros.




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quarta-feira, 11 de julho de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Em 97 Era Assim



Sinopse: Quatro amigos de 15 anos querem perder a virgindade. Eles pensam em pagar uma prostituta, mas nenhum deles tem dinheiro. Os garotos fazem de tudo para conseguir economizar enquanto encaram os compromissos do colégio.
Quando estávamos na escola tudo o que queríamos era que acabasse aquilo de uma vez por todas e ficássemos livres para darmos o nosso primeiro passo fora de lá. Quando eu estudava na escola Ruy Coelho Gonçalves da cidade Guaíba, nos já longínquos anos 90, eu sempre tinha esse pensamento, mas agora eu enxergo aqueles tempos de uma forma mais complexa dourada. Assistir ao filme gaúcho Em 97 Era Assim me deu certa nostalgia de uma época da qual não se volta mais, mas que carrego comigo muitas histórias para se contar.
Dirigido por Zeca Brito (do recente documentário A Vida Extra-ordinária de Paulo de Castro), o filme se passa em 1997, onde acompanhamos o dia a dia de quatro amigos inseparáveis. Pelo fato de ainda serem virgens, o quarteto decide tomar providências necessárias para cada um ter a sua primeira vez. Mas se por um lado já é difícil conquistar uma garota da escola, por outro, arrecadar dinheiro para pagar uma prostituta se torna pior ainda.
Não é preciso ser gênio para constatar que o filme nada mais é do que as memórias do próprio cineasta em seus tempos de escola que vão transbordando na tela, mas das quais muitas pessoas da casa dos 30 ou 40 anos de idade irão se identificar com elas. A questão do quarteto principal em querer perder a virgindade se torna uma mera desculpa para que o filme nos passe os principais elementos que moldaram aquele ano de 1997. Os primeiros minutos, aliás, começa com narração off de um dos jovens protagonistas, onde conta os principais fatos daquele ano e para já as pessoas que estão assistindo se situarem nessa linha do tempo.
A partir disso acontecem inúmeras de referências da música, cinema, TV e de outros diversos assuntos e costumes que eram comuns naquele ano. Curiosamente, é notório como tudo era mais ousado, porém, liberal naqueles tempos. Se por um lado na tv  havia mulheres seminuas num programa de auditório em pleno horário da tarde, do outro,  havia aquelas salinhas das vídeos locadoras, das quais eram inadequadas para menores de 18 anos e que qualquer um poderia entrar.
Referência como vídeo games, CD ROM, RPG, internet discada vão enchendo a tela, enquanto os jovens protagonistas tentam se virar para arrecadar uns trocados para realizarem, então, os seus desejos. É nesse momento em que o cineasta usa e abusa de uma edição agiu, onde pipocam sons, luzes e cores que sintetizam aquele período e fazendo a gente abrir o baú de nossas próprias memórias. O filme declina um pouco no terceiro ato final, onde o quarteto tenta de todos os modos perderem a virgindade em situações no mínimo forçadas, mas não comprometendo o resultado final da trama. 
Com participação especial do crítico de cinema e ator Jean-Claude Bernardet, Em 97 Era Assim é um divertido filme nostálgico e que nos faz enxergar com outro olhar sobre o nosso próprio passado. 

Onde assistir: Cinemateca Paulo Amorim. horário: 19:15horas. Casa de Cultura Mario Quintana. Rua das Andradas nº736, centro de Porto Alegre.    


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