Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 10 de abril de 2018

Cine Dica: Mostra Especial em homenagem aos 70 anos do Clube de Cinema de Porto Alegre.


Confira a programação completa e participem comigo dessa comemoração cinematográfica. 




"Persona", dia 10/04, às 19 horas
 Sala Redenção

Tempos Modernos, de Charles Chaplin (1936) 12/04, 19h e 13/04, 15h
Cantando na Chuva, de Stanley Donen, Gene Kelly (1952) 13/04, 19h
A Estrada da Vida, de Federico Fellini (1954) 14/04, 19h
Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha (1964) 15/04, 19h
O Enigma de Kaspar Hauser, de Werner Herzog (1974) 16/04, 19h
Rapsódia em Agosto, de Akira Kurosawa (1991) 17/04, 19h
Cinemateca Paulo Amorim da Casa de Cultura Mario Quintana.

 Antes Que Tudo Desapareça, do Kiyoshi Kurosawa.
Cinemateca Capitólio, 10h, Sábado, 14/04/2018




Siga o Clube de Cinema de Porto Alegre através das redes sociais:
Facebook: www.facebook.com/ccpa1948
twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: Arábia



Nota: Filme exibido para o Clube d Cinema de Porto Alegre no último dia 07/04/18.

Sinopse: Em uma fábrica de alumínio em Ouro Preto, Minas Gerais, jovem encontra o diário de um trabalhador que sofreu um acidente.
Em tempos em tempos o cinema brasileiro serve como uma espécie de termômetro para se colocar na tela a situação atual do país. Aquarius, por exemplo, sintetiza a desconstrução de um passado mais dourado e dando lugar a metros de concreto sem brilho. E se A Vizinhança do Tigre, dirigido por Affonso Uchoa, retrata uma nova geração de esquecidos pela sociedade, Arábia, dirigido pelo mesmo, escancara a cruzada do trabalhador brasileiro sem muitas expectativas, mas que segue em frente para se manter vivo no dia a dia. 
Nos primeiros minutos de projeção acompanhamos André (Murilo Caliari) que fica andando com a sua bicicleta por uma rodovia. Em um longo plano sequência, envolvido pela da música country norte-americana, ela termina ao chegar na Vila Operária, bairro de Ouro Preto, em Minas Gerais, onde se encontra uma siderúrgica e que da qual transforma o ambiente do lugar. Curiosamente, embora estejamos envolvidos em querer saber mais sobre o personagem André, logo ele dá lugar à figura de Cristiano (Aristides de Sousa), trabalhador do local que, inexplicavelmente, cai num sono profundo e André começa a conhecer sobre a sua vida a partir de um diário que ele havia deixado.
Em narração off, começamos a conhecer Cristiano através de um grande flashback, onde descobrimos que ele havia cumprido pena na prisão e partido pelo Brasil a dentro para trabalhar. Num tom quase documental, conhecemos através do olhar de Cristiano diversos lugares, mas que dos quais, não tem muito a oferecer a ele, a não somente trabalho e uns trocados para sobreviver. Ambições para um futuro melhor se tornam então desejos frágeis e que são sucumbidos a uma realidade crua e que testa a força de vontade do protagonista.
Os cineastas Affonso Uchôa e João Dumans se prezam então a moldurar com perfeição diversas situações, sendo elas até mesmo que banais, mas que enchem a tela ao trazer um pouco de vida para o protagonista. Ele faz amigos em sua jornada, onde em uma conversa e outra, nos brinda com o lado mais humano dessas pessoas humildes, mas que possuem inúmeras histórias para contar: a cena onde ele e um colega discutem sobre os diversos pesos de sacos é um momento simples, porém, eficaz e um dos melhores.
Os prazeres são poucos, mas singelos e humanos. Quando o protagonista encontra um amor, por exemplo, os cineastas moldam a situação para parecer algo mais esperançoso, mesmo quando o mundo real bate a porta na vida de Cristiano. Quando isso acontece, não tem como o cinéfilo de carteirinha deixar de se lembrar do inesquecível Viajo porque Preciso, Volto porque Te amo e se isso foi algo criado de uma forma proposital de ambos os cineastas é algo então muito bem vindo.
O ato final reserva momentos em que se oscilam e nos lembram até mesmo da proposta inicial apresentada em A Vizinhança do Tigre. Se naquele filme há uma representação de uma geração perdida e esquecida até mesmo pelos seus progenitores, aqui há uma continuidade, onde o jovem então acaba se tornando uma engrenagem do lado de baixo, para que capitalismo do lado de cima continue pulsando e alienando cada vez mais a sociedade. A realidade acaba se tornando então um pesadelo e fazendo com que um sono profundo se torne um único meio de paz a partir do momento quando tudo não faz mais nenhum sentido, seja para o Cristiano, ou para muitos Cristianos que se encontra em situações semelhantes. 
Arábia talvez venha a ser o melhor filme em que representa a situação atual do país, onde os trabalhadores são cada vez mais usados como meras engrenagens, enquanto a elite evita de se lembrarem que eles existem.    



Siga o Clube de Cinema de Porto Alegre através das redes sociais:
Facebook: www.facebook.com/ccpa1948
twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

Cine Dica: Mostra Ingmar Bergman - Sala Redenção

                                                                           O Sétimo Selo


Entre os dias 09 e 30 de abril a Sala Redenção – Cinema Universitário – em parceria com Sesc/RS – apresenta a mostra Ingmar Bergman, em homenagem aos 100 anos do realizador sueco. Bergman é um dos grandes cineastas que surgiram após a II Guerra Mundial, e um dos maiores cineastas de todos os tempos. Sua obra é extensa, com mais de cinquenta filmes, roteiros e, ainda, trabalhos para a televisão e peças para o teatro. Aliás, para compreender obra do diretor é importante destacar a influência da tradição teatral sueca, nórdica, e nomes como de Henrik Ibsen, Soren Kierkegard e August Strindberg nos dão pistas para pensar a obra do realizador. Seus filmes exploram as angustias existenciais do homem moderno, por meio de narrativas densas e complexas utilizando ao máximo as possibilidades da linguagem cinematográficas. Bergman trabalha de forma única com temáticas densas e delicadas, de forte carga existencial, tais como: a solidão, a morte e, ainda, o erotismo e a religião. Todos esses temas explorados muitas vezes de forma violenta e beirando ao absurdo. Uma das características marcantes de seus filmes é o uso do flashback, como também a interação dos personagens com a câmera, em possível diálogo com o espectador. Aliás, Bergman é um dos realizadores que mais soube filmar rostos e expressões de pura angústia. O diretor foi premiado diversas vezes nos Festivais de Berlim e Cannes. O reconhecimento internacional aconteceu com O sétimo Selo (1956), com o prêmio do júri do Festival de Cannes em 1957. Bergman foi um dos fundadores da Academia Europeia de Cinema, foi indicado ao Oscar nove vezes, vencendo como melhor filme estrangeiro três vezes.  Ingmar Bergman morreu no dia 30 de julho de 2007, aos 89 anos. Uma coincidência: nesse mesmo dia morria também o realizador italiano Michelangelo Antonioni. Na mostra serão exibidos nove filmes do realizador, em cópia digital de extrema qualidade: O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), Persona (1966), Vergonha (1968), A Hora do Lobo (1968), Face a Face (1976), Sonata de Outono (1978) e Fanny e Alexander (1982).

Tânia Cardoso de Cardoso
Coordenadora e curadora
Sala Redenção – Cinema Universitário
(51) 3308-4081
 
Onde: Sala Redenção – Cinema Universitário
Rua Luis Englert, s/n.
Quando: de 09 a 30 de abril
Quanto: Entrada Franca

O SÉTIMO SELO
09 de abril | segunda-feira |16h
23 de abril | sexta-feira | 19h

Dir. Ingmar Bergman | 1957 | 96 min
Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora.
MORANGOS SILVESTRES
09 de abril | segunda-feira |19h
10 de abril | terça-feira |16h
23 de abril | terça-feira |16h

Dir. Ingmar Bergman | 1957 | 91 min
A caminho de uma cerimônia de premiação numa universidade, um médico é assediado por situações e personagens que o conduzem a um mergulho em sua vida pregressa.

PERSONA
10 de abril | terça-feira |19h
11 de abril | quarta-feira |16h
24 de abril | terça-feira | 16h

Dir. Ingmar Bergman | 1966 | 85 min
Alma, uma enfermeira, deve cuidar de Elisabeth Vogler, uma atriz que está com a saúde muito boa mas se recusa a falar de qualquer jeito. Com a convivência, Alma fala a Elisabeth o tempo todo, inclusive sobre alguns de seus segredos, nunca recebendo resposta. Logo, Alma percebe que sua personalidade está sendo submergida na pessoa de Elisabeth.

VERGONHA
11 de abril | quarta-feira |19h
12 de abril | quinta-feira |16h
24 de abril | quarta-feira |19h

Dir. Ingmar Bergman | 1968 | 103 min
Jan e Evan Rosenberg são dois músicos que vão viver em uma ilha para fugir da guerra civil que assola seu país. A vida corre sem problemas, mas logo soldados também chegam à localidade..

A HORA DO LOBO
12 de abril | quinta-feira |19h
13 de abril | sexta-feira |16h
25 de abril | quarta-feira | 16h

Dir. Ingmar Bergman | 1968 | 81 min
Pintor (Max von Sydon) e sua esposa (Liv Ullmann) vão morar em uma ilha bastante afastada da sociedade. Lá, em meio a intensos conflitos psicológicos, o casal conhece um misterioso grupo de pessoas que passa a trazer angústias ainda maiores às suas vidas.


FACE A FACE
16 de abril | segunda-feira |16h
20 de abril | sexta-feira | 16h
30 de abril | segunda-feira | 19h

Dir. Ingmar Bergman | 1976 | 114 min
Jenny Isaksson (Liv Ullmann) é uma psiquiatra casada, que é assombrada por visões de uma velha e passa a sofrer uma profunda depressão. Na procura desesperada de fugir deste pesadelo ela tem um caso com Tomas Jacobi (Erland Josephson), um médico casado.

SONATA DE OUTONO
16 de abril | segunda-feira |19h
17 de abril | terça-feira |16h

Dir. Ingmar Bergman | 1978 | 99 min
            Uma pianista visita a filha no interior da Noruega. A mãe é uma artista de renome internacional, mas a filha é tímida e deprimida. O encontro das duas é tenso, marcado por lembranças do passado e revela uma relação repleta de rancor, ressentimentos e cobranças.

FANNY E ALEXANDER
17 de abril | terça-feira |19h
18 de abril | quarta-feira | 16h

Dir. Ingmar Bergman | 1982 | 188 min
Após o Natal, o pai de um casal de crianças morre. Deste momento em diante o menino, passa a ver o fantasma do pai. Tempos depois sua mãe casa-se novamente e as crianças são obrigadas a viver com a família do padrasto de hábitos severos. Na casa do padrasto o menino passa a ver o fantasma da primeira esposa dele e suas filhas, que haviam morrido tentando escapar dele.

NA PRESENÇA DE UM PALHAÇO
20 de abril | sexta-feira |19h
30 de abril | segunda-feira |16h

Dir. Ingmar Bergman | 1997 | 119 min
O engenheiro Carl Åkerblom, fervoroso admirador de Schubert, é internado em um hospital psiquiátrico em Uppsala. De seu quarto, ele alimenta o revolucionário projeto de inventar o cinema falado.