Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

segunda-feira, 6 de março de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: LOGAN

Sinopse: Num futuro próximo, Logan (Hugh Jackman) está aposentado e cansado de lutar. Ele se esconde na fronteira com o México e cuida do Professor Xavier (Patrick Stewart), que está muito doente. Mas Logan se vê obrigado a voltar a luta quando encontra a jovem mutante X-23 e se vê perseguido pelos mercenários Carniceiros.


Quando lia os meus gibis dos X-Men nos tempos de escola eu sempre ficava me perguntando qual seria o ator ideal para ser o Wolverine no cinema. Quando Hugh Jackman surgiu pela primeira vez na pele do personagem em 2000 em X-Men: O Filme, logo vi ali um ator que entendeu a essência daquele ícone, mas que nunca teve uma total liberdade para que ele colocasse para fora toda a dor e fúria que o personagem carrega há décadas. Mas eis que finalmente chega LOGAN, filme que, não só é uma despedida digna que o ator faz para o personagem, como também é tudo aquilo que ele queria fazer para ele e muito mais do que a gente imaginava.
Estamos no futuro, onde os mutantes não nascem mais e os que restaram são caçados e mortos por um grupo chamado Carniceiros e liderados por Donald Pierce (Boyd Holbrook). Logan (Jackman), mesmo com o peso da idade já lhe abalando fisicamente, ganha uns trocados como chofer de uma limusine na fronteira do México e que, ao lado do mutante Caliban (Stephen Merchant) cuida de um frágil professor Charles Xavier (Patrick Stewart) que sofre de mal de Alzheimer. Não demora muito para que esse cenário mude, já que surge uma jovem chamada Laura (Dafne Keen), que tem os mesmos poderes de Logan e que está sendo caçada pelos carniceiros. 
Dirigido novamente por James Mangold  (Wolverine: Imortal), LOGAN já nos dá uma dica no início do filme de que não estamos diante de mais uma mera adaptação de uma HQ, mas sim de um filme que vai muito além disso. Ao começar pelo fato de como são apresentados os personagens principais, sendo que se encontram cansados, doentes, velhos e com o peso no mundo e de várias décadas de luta árdua em suas costas. Logan, aliás, não está nem aí para o que acontece em sua volta, desde que continue em frente e consiga todas as formas para manter o seu velho Xavier vivo. 
A situação do qual os personagens se encontram serve de estopim para que o filme se encaminhe para outros gêneros, que vai desde um roadie movie ou até mesmo um faroeste. Falando em faroeste, esse gênero é muito bem representado através de uma bela homenagem que o filme faz ao clássico Os Brutos também Amam, sendo que, tanto o protagonista daquele filme como o Logan desse filme, é personagens que fogem de um passado do qual se encontra somente dor e remorso. Com essa situação do qual os personagens se encontram, o que fariam então eles voltarem a ter pelo menos um pingo de esperança em meio a uma realidade da qual lhes tiraram tudo?
Eis que Laura (ou X-23 para os íntimos) é a figura enigmática para essa resposta. Sem dar muitos detalhes, o que posso dizer é que Laura é o que faz nascer à motivação para que Xavier, e um reticente Logan, partam para a estrada e consigam um lugar seguro para a menina. É no decorrer dessa cruzada que nasce então uma família duvidosa, mas humana e da qual faz com que qualquer um que assiste se identifique com ela facilmente.
Claro que tudo se deve logicamente ao empenho de cada um dos atores, dos quais já se encontram mais do que familiarizados em seus respectivos papeis, mas conseguindo criar novos patamares para cada um deles. É doloroso ver, por exemplo, Xavier tão frágil e no fim dos seus dias, mas somente sentimentos essa dor graças à interpretação magistral de Stewart, como se ele estivesse interpretando pela última vez na vida e fazendo a gente sentir uma total tristeza e carinho pelo personagem. Hugh Jackman, por sua vez, finalmente nos brinda com o Logan do qual sempre sonhou interpretar e consegue nos passar em cada cena um guerreiro cansado e que não vê como problema algum a possibilidade de tombar e finalmente descansar após inúmeros anos de lutas e sofrimentos.
Mas é na personagem Laura que se encontra o verdadeiro coração do filme, já que a sua interprete é, não tenho menor dúvida com relação a isso, como o melhor achado cinematográfico deste início de ano. Interpretada com intensidade pela jovem atriz Dafne Keen, Laura parece uma mistura selvagem da personagem vampiresca de Deixa ela entrar com o desejo de vingança da jovem  personagem vivida por Natalie Portman em O Profissional de 1994. Mesmo quase não falando em toda projeção, Keen nos transmite só pelo olhar todos os sentimentos do qual a sua personagem sente e cada cena da qual ela divide com Jackman faz com sejamos fisgados mais e mais para dentro da história.
Claro que por terem adquirido carta branca para fazer o que bem entender nesse derradeiro filme, os roteiristas e o cineasta não pouparam nas cenas violentas, onde vemos o personagem usando as suas garras com vontade e fazendo a gente ver, pela primeira vez na cine série, esguichos de sangue na tela a torto e a direito. Porém, tanto essas cenas violentas, como também as cenas de ação, elas surgem não de uma forma gratuita, mas sim quando acontecem eventos dos quais fazem com que, querendo ou não, aconteçam esses momentos. Isso gera momentos de imprevisibilidade, até mesmo aflição e fazendo com que tememos pelos destinos dos personagens.
Claro que nem tudo são flores, já que os vilões, por mais mortíferos que sejam não são muito interessantes. Boyd Holbrook, por exemplo, tenta nos convencer que o seu personagem é uma grande ameaça, mas fica apenas na promessa. E como a trama envolve experiências com mutantes, isso acabou gerando o surgimento de um personagem desnecessário que, mesmo sendo responsável por dois momentos desesperadores, ele poderia ter sido facilmente substituído por qualquer outro personagem, desde que fosse mais bem construído.
Isso não diminui a experiência de assistir LOGAN, um filme que entrará facilmente na lista dos melhores filmes de adaptação de HQ dos últimos anos, por ter a coragem de quebrar os alicerces firmes e previsíveis do gênero e nos presentear com algo corajoso e inesquecível. 

 
Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

Cine Dica: Precisamos falar do assédio ganha Sessão Especial na Semana da Mulher

Na próxima segunda-feira, 06 de março, em homenagem a Semana da Mulher, uma Sessão Especial com o filme Precisamos Falar Do Assédio, dirigido por Paula Sacchetta,  será realizada no CineBancários. A sessão iniciará as 19h e seguirá com um debate sobre o tema. A entrada é gratuita com retirada de senha as 18h30.
Vivemos numa sociedade patriarcal, onde o papel da mulher é subalterno ao homem. Este modelo dá a eles poderes que se traduzem em abusos dos mais diversos: o assédio, o desrespeito, a violência, o estupro e até a morte. Para mudar isso é preciso união e muito debate. Compondo a mesa de conversa teremos Claudia Prates (Marcha Mundial das Mulheres), Denise Dora (THEMIS) e Jaqueline Chala (Fm Cultura), que pautarão esse tema tão fundamental para as mulheres, onde no momento político atual, em que as políticas públicas estão sendo tiradas de pauta, elas são as maiores vítimas.
O evento é promovido pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, CineBancários, Marcha Mundial das Mulheres e a THEMIS.

SINOPSE PRECISAMOS FALAR DO ASSÉDIO
Em 2016, durante a Semana da Mulher, uma van-estúdio parou em nove locais em São Paulo e no Rio de Janeiro, com objetivo  de coletar depoimentos de mulheres vítimas de qualquer tipo de assédio. Ao todo, 140 decidiram falar. São relatos de mulheres de 14 a 85 anos, de zonas nobres ou periferias das duas cidades, com diferenças e semelhanças na violência que acontece todos os dias e pode se dar dentro de casa, em um beco escuro ou no meio da rua, à luz do dia. No filme, temos uma amostra significativa, 26 deles. Nos depoimentos puros, sem qualquer tipo de interlocução ou entrevista, acompanhamos um desabafo, um momento íntimo ou a oportunidade de falarem daquilo pela primeira vez.
O PROJETO 
Depois das hashtags #meuprimeiroassédio, #meuamigosecreto e #agoraéquesãoelas terem ganhado as redes sociais, ficou claro que as mulheres querem falar cada vez mais sobre os assédios dos quais são vítimas. Precisamos Falar Do Assédio é um projeto transmídia, composto por um longa-metragem e um site, que nasceu nesse contexto e pretende ampliar esse movimento, tirando o tema das redes e ocupando também os espaços da cidade com eles. 
Na semana da mulher, de 7 a 14 de março, uma van-estúdio visitou nove lugares em são paulo e rio de janeiro, passando pelo centro, áreas nobres e periferias das duas cidades coletando depoimentos de mulheres vítimas de assédio. Dentro da van, as mulheres ficavam sozinhas para falar, sem qualquer tipo de entrevistador ou interlocutor, para se sentirem à vontade e poderem contar o que quisessem. As que preferiram não se identificar, podiam usar uma das quatro máscaras disponíveis que representavam os motivos pelas quais elas não queriam aparecer: medo, vergonha, raiva ou tristeza. ao todo, 140 mulheres de 14 a 85 anos quiseram contar suas histórias, que vão desde cantadas feitas por desconhecidos no transporte público ou na rua, até estupros cometidos por parentes e dentro da própria casa, quando elas eram crianças. O resultado, mais de 12 horas de material bruto. Todos esses depoimentos foram reunidos em um site, onde é possível assistir ao relato de cada mulher, na íntegra, sem cortes ou edição. No mesmo site, se você tiver alguma história para contar, também poderá gravar e enviar seu próprio depoimento. Depois de aprovado pela equipe, ele ficará disponível e ao lado de outros relatos que foram gravados através do site. 
Além do site, o projeto conta com um longa-metragem de 80 minutos. nesse filme, você pode acompanhar uma amostra significativa dos depoimentos, num total de 26 relatos. Precisamos Falar Do Assédio é um projeto vivo, que está em expansão e continua mesmo depois da publicação do site ou do lançamento do filme. A ideia é que ele possa ser estendido para outras cidades brasileiras ou até mesmo replicado fora do brasil. Quanto mais depoimentos coletarmos, melhor.
Lugares por onde a van passou, São Paulo: largo treze (santo amaro), praça do patriarca (centro), cidade tiradentes, mooca e av. paulista. Rio de Janeiro: morro do vidigal, parque madureira, praça do lido (copacabana) e praça sáenz peña (tijuca).

FICHA TÉCNICA
2016 / Brasil / Documentário / 80 minutos
Direção: Paula Sacchetta
Produção: Carmem Maia e Gustavo Rosa de Moura
Idealização: Carmem Maia, Gustavo Rosa de Moura e Paula Sacchetta
Produção Executiva: Bia Almeida e Felipe Rosa
Direção de Produção: Bia Almeida
Assistência de Direção: André Bomfim
Direção de Fotografia: Francisco Orlandi Neto
Câmera: Francisco Orlandi Neto e Bruno Horowicz
Direção de Arte: André Bomfim
Máscaras: Juliana Souza
Som Direto: André Bomfim e Vitor Durante
Montagem: André Bomfim e Bruno Horowicz
Edição de Som e Mixagem: Confraria de Sons e Charutos
Design Gráfico: felipe sabatini
Companhia: Produtora Mira Filmes

sexta-feira, 3 de março de 2017

Cine Dicas: Em Cartaz: Eu, Olga Hepnarová / Um limite entre Nós



EU, Olga Hepnarová

Sinopse: A jovem Olga Hepnarová carrega uma marca dolorosa: ela foi a última mulher a ser executada na Tchecoslováquia, nos anos 1970. Sua condenação foi pelo atropelamento de oito pessoas, quando tinha apenas 22 anos. O filme, todo em preto e branco, se dedica a contar a história de Olga, que cresceu em uma família conservadora, era lésbica e jamais conseguiu se adequar ao meio em que vivia.

Dos cineastas Tomás Weinreb e Petr Kazd, essa trama é inspirada em fatos verídicos. Uma narrativa sem julgamentos sobre a última mulher executada na Tchecoeslováquia, na década de 1970. O filme mostra o ser humano por trás da assassina em massa sem glorificar nem minimizar o terrível crime que ela cometeu. Guiada por suas cartas, mergulhamos na psique de Olga e testemunhamos o agravamento de sua solidão e alienação ao reconstruir os eventos que levaram a suas ações desastrosas.
O mal faz parte do ser humano. E mesmo que a trama se passe na década de 70, jovens de todo mundo, atualmente, ainda enfrentam encruzilhadas duríssimas por não fazerem parte de um  grupo, por serem diferentes e são intimidados por causa de sua raça, gênero ou orientação sexual.
 
Um Limite entre Nós

Sinopse:Nos anos 50, Troy Maxson (Denzel Washington) tenta criar os filhos e cuidar da família da melhor maneira possível. Mas a tarefa não é fácil. Ele sonhou em ser jogador de baseball e virou coletor de lixo. Para piorar, a relação com o filho mais novo é tensa.

Adaptado da peça de teatro homônima pelo seu próprio autor August Wilson, essa é uma trama que merecia ser vista no cinema já um bom tempo. Ela conta a vida do lixeiro Troy Maxson (Washington) e sua esposa Rose (Davis) na década de 50. Desde os primeiros minutos do filme percebemos as frustrações de Troy: um homem negro cansado de ver brancos dirigindo caminhões, ao mesmo tempo em que lamenta jamais poder conseguido uma oportunidade em jogar baseball devido à cor da sua pele. 
Assistir a Um Limite Entre Nós é o mesmo que testemunhar situações da vida de algumas pessoas. Esta é uma das maiores virtudes desse filme dirigido por Denzel Washington, um projeto antigo do ator e diretor: tudo parece verdadeiro e honesto. Washington e a sua co-estrela Viola Davis já haviam encenado a peça nos palcos juntos, e a naturalidade de ambos com o material é levada às telas num filme firme e mais complexo do que parece ser à primeira vista.




Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

Cine Dica: Programação da Cinemateca Paulo Amorim - 02 a 08/03/2017

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES


SALA 1 / PAULO AMORIM
 
15h30 e 19h30 – EU NÃO SOU SEU NEGRO
(I Am Not Your Negro - EUA/França/Bélgica, 2016, 95min). Documentário de Raoul Peck, com Samuel Jackson. Imovision, 12 anos.
Sinopse: Indicado ao Oscar de melhor documentário, o filme parte de escritos deixados por James Baldwin para refletir sobre momentos cruciais do racismo e intolerância nos Estados Unidos, incluindo os assassinatos de Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr., os três principais líderes negros da década de 1960. O longa combina imagens jornalística da época e atuais, entrevistas de Baldwin e a narração de Samuel L. Jackson.

17h15 – BELOS SONHOS
(Fai Bei Sogni - Itália/França, 2016, 130min). Direção de Marco Bellocchio, com Valerio Mastandrea, Bérénice Bejo, Guido Caprino, Barbara Ronchi. Mares Filmes, 14 anos. Drama.
Sinopse: O filme segue quatro décadas na vida do jornalista  Massimo - e também da história da Itália, cenário do longa-metragem. A trama acompanha o protagonista na sua infância, quando precisa conviver com a morte repentina da mãe, e na idade adulta, ao lidar com as alegrias e frustrações do cotidiano. Como em todos os filmes do italiano Marco Bellocchio, as questões religiosas e políticas também marcam esta história, baseada no romance autobiográfico homônimo de Massimo Gramellini.
 
SALA 2/ EDUARDO HIRTZ
 15h – EU, DANIEL BLAKE
(I, Daniel Blake - Reino Unido-França-Bélgica, 100min, 2016). Direção de Ken Loach, com Dave Johns, Hayley Squires, Dylan McKiernan. Imovision, 12 anos. Drama.
Sinopse: O diretor Ken Loach ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes com mais este drama social, um tema recorrente em sua trajetória. O filme acompanha a saga de um carpinteiro britânico de 59 anos que fica impossibilitado de trabalhar por causa de problemas no coração. Depois de um período afastado, Blake precisa seguir recebendo os benefícios do governo - mas tudo fica mais complicado pelo fato de ele não usar a internet. Durante seu périplo para vencer as burocracias, ele conhece Katie, a mãe solteira de duas crianças que também não tem condições financeiras para se manter.
  
16h45 e 19h – O APARTAMENTO
(Forushande – Irã/França, 2017, 123min). Direção de Asghar Farhadi, com  Shahab Hosseini e Rana Taraneh Alidoosti. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Emad e Rana são casados e vivem em Teerã, onde participam de um grupo de teatro amador. Por conta de um problema estrutural no prédio onde moram, eles aceitam a oferta para viver no apartamento de um amigo – sem saber que, antes, a locatária era uma garota de programa. Ao mesmo tempo em que enfrentam os contratempos da nova vida, o casal ensaia a peça “A Morte do Caixeiro Viajante”, do norte-americano Arthur Miller. O longa foi um dos cinco indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro – o diretor Asghar Farhadi já conquistou este prêmio em 2012, com “A Separação”.


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO
 
15h15 e 19h15 – EU, OLGA HEPNAROVÁ
( Já, Olga Hepnarová - República Tcheca/Polônia/ Eslováquia/França, 105min, 2016). Direção de Tomás Weinreb e Petr Kazda, com Michalina Olszanska, Martin Pechlat, Klara Meliskova. Supo Mungam Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: A jovem Olga Hepnarová carrega uma marca dolorosa: ela foi a última mulher a ser executada na Tchecoslováquia, nos anos 1970. Sua condenação foi pelo atropelamento de oito pessoas, quando tinha apenas 22 anos. O filme, todo em preto e branco, se dedica a contar a história de Olga, que cresceu em uma família conservadora, era lésbica e jamais conseguiu se adequar ao meio em que vivia.

17h15 – REDEMOINHO
(Brasil, 2017, 100min). Direção de José Villamarim, com Irandhir Santos, Julio Andrade, Cássia Kiss, Dira Paes. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Luzimar e Gildo são amigos de infância que se reencontram depois de muitos anos. Eles cresceram juntos em Cataguases, interior de Minas Gerais, e Luzimar nunca saiu da cidade. Gildo foi morar em São Paulo e acredita que se tornou um homem mais bem sucedido. Neste reencontro, eles mergulham em boas lembranças mas precisam, também, acertar as contas com o passado.
--
Nossas  redes sociais:

quinta-feira, 2 de março de 2017

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: American Crime Story: 1ª temporada




Sinopse: 1ª Temporada: The People v. O.J. Simpson. O julgamento de O.J. Simpson. Ex-jogador de Futebol Americano, Orenthal James foi acusado em 1994 de assassinar a esposa, Nicole Brown, e o amigo Ronald Goldman. Contado através da perspectiva dos advogados que conduziram o caso, a série explorara os acordos feitos de maneira informal e as manobras políticas conduzidas por ambos os lados envolvidos.

Produzida pelos mesmos criadores de American Horror Story, a série irá exibir em cada temporada um crime verídico, do qual se tornou noticia e gerando inúmeros debates. A primeira temporada já começa com toda força, ao retratar o longevo julgamento de O.J Simpson, que havia sido acusado de matar a sua ex esposa e namorado na época. Isso acabou desencadeando uma verdadeira dança das cadeiras de ambos os lados, tanto da defesa como da promotoria e levantando até hoje mais duvidas do que respostas sobre as reais raízes do caso.
O.J. Simpson era uma verdadeira celebridade do mundo dos esportes na época e ninguém imaginaria que ele pudesse ser um dia julgado por um crime tão hediondo. A série retrata com fidelidade todo o julgamento que se estendeu por um ano praticamente e fazendo com que o caso chegasse ao ápice de inúmeras teorias de conspiração envolvendo a policia de Los Angeles contra o jogador. Isso desencadeou uma luta entre classes e raças no período e fazendo com que muitos se esquecessem da principal raiz do problema: quem realmente matou o casal?
Pode-se dizer que o julgamento do esportista foi o primeiro reality show oficial, pois todos paravam para acompanhar os desdobramentos do caso, fazendo com que tudo virasse um verdadeiro circo e a mídia ganhando horrores com isso. Com reconstituição precisa dos anos 90, o elenco não ficou muito atrás e cada ator e atriz foram escolhidos a dedo para retratar as pessoas reais do caso. Se Cuba Gooding, Jr passa uma total ambiguidade sobre a real natureza de Simpson, John Travolta nos brinda com o seu melhor desempenho em anos, ao interpretar o advogado Robert Shapiro, sendo um dos primeiros ao pegar o caso e posteriormente reunir um grupo para defender o jogador a todo custo.
Vendo a série como um todo e olhando para trás com relação aos fatos verídicos, chegamos à conclusão de como as pessoas são manipuladas facilmente pelo calor do momento e fazendo então se esquecer dos verdadeiros fatos que estavam bem diante dos seus olhos. A série não tem o interesse de levantar o verdadeiro culpado, mas sim fazendo uma crítica ácida contra uma sociedade cada vez mais absorvida pela manipulação de uma mídia sensacionalista, pelos seus falsos heróis e pelo fato de não conseguirem enxergar além do que seus olhos podem ver. 
A primeira temporada American Crime Story pode ser interpretada como uma espécie de prelúdio sobre alienação que a sociedade americana e o mundo passariam a exercer posteriormente a partir dos primeiros anos do século 21.