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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Cine Dica: Documentário paraibano ganha sessão na Sala P. F. Gastal



EXIBIÇÃO E DEBATE DO FILME INVÓLUCRO DE CAROLINE OLIVEIRA


Na quarta-feira, 16 de novembro, às 20h30, acontece na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) uma sessão especial e gratuita do documentário Invólucro, realizado pela paraibana Caroline Oliveira. Após a exibição, acontece um debate com a diretora.



Sinopse – Carol passou a ter uma relação dialética com a sua barriga e o seu corpo após a primeira gravidez. Dudha quer renascer a cada a dia... pensa que não vai envelhecer! Astrid não suporta fazer escova progressiva-
Cine Dica: Documentário paraibano ganha sessão na Sala P. F. Gastal
agressivaregressiva. E Izabella gosta de homens moderníssimos!


O filme tem como mote a primeira gravidez da diretora e as mudanças corporais e sociais desencadeadas a partir dela. Carol se insere como personagem, fazendo um recorte das suas inquietações pessoais (intensificadas após o nascimento do seu primeiro filho) que encontram ressonância mais ampla em reflexões comuns ao gênero feminino. Mas, não se trata de um filme em primeira pessoa, autocentrado ou biográfico. Após se apresentar à câmera, ela vai em busca de outras personagens que, aparentemente, nada têm comum com ela mesma: duas mulheres já maduras que decidiram não ter filhos (uma médica e outra produtora cultural) e uma transexual. Ela acompanha essas personagens que não foram mães e que, também por isso, são inspiradoras e singulares nas suas formas de se relacionar com os seus corpos, os padrões sociais e a vida.

 Invólucro reverbera a construção do “ser mulher”, completamente implicada aos ideais de um corpo feminino belo, às suas transformações e a angústia que essa idealização pode produzir, assim como no apaziguamento que, em boa parte, pode ser reconhecido no outro. Questões como o corpo feminino, a condição da mulher contemporânea, beleza, preconceitos, maternidade, envelhecimento e espiritualidade são refletidas durante o filme, numa convivência íntima e afetiva com o dia a dia das personagens.



Invólucro foi agraciado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – FUNCULTURA 2011/2012, e a sua difusão é promovida pela Roda! Filmes.



Sobre a Diretora – Nascida em 1980, Caroline Oliveira é paraibana e há quatro anos voltou a residir em sua cidade natal, João Pessoa. É sócia-proprietária da Roda! Filmes, jornalista e mestranda em Artes Visuais pela UFPE/UFPB, onde pesquisa documentário e performance. Invólucro é o seu primeiro trabalho enquanto diretora-realizadora, mas como figurinista tem uma carreira de oitos filmes entre curtas, médias e longas-metragens, como os premiados longas Eles Voltam, de Marcelo Lordello, e Batguano, de Tavinho Teixeira. Também possui uma trajetória anterior de estilista e produtora cultural (com foco em audiovisual e artes visuais).






Ficha técnica País: Brasil Ano: 2015 Categoria: Documentário Formato original: Digital Duração: 63 minutos Produção: Roda! Filmes Co-produção: Trincheira Filmes Mesmo Assim a Gente Faz Produções Cinematográficas Direção, produção e roteiro: Caroline Oliveira Direção de Fotografia: Marcelo Lordello Produção Executiva: Dora Amorim Montagem: Tina Saphira e Amandine Goisbault Edição e Mixagem de Som: Nicolau Domingues Trilha Sonora Original: Claudio N





Serviço

Lançamento do filme Invólucro em Porto Alegre

Local: Sala de Cinema P. F. Gastal - Usina do Gasômetro (Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar)

Data: 16 de novembro às 20h30

Ingresso: Gratuito

Classificação: 14 anos

Contatos E-mail: rodafilme@gmail.com

Facebook: /rodafilme

Produção de Difusão Nina Flor

(83) 99999-2866 ninaflorhl@gmail.com





GRADE DE HORÁRIOS

15 a 24 de novembro de 2016



10 de novembro (quinta-feira)



17h – Precisamos Falar do Assédio

19h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia



11 de novembro (sexta-feira)



17h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

19h – Precisamos Falar do Assédio

20h30 - Projeto Raros (Comunhão, de Alfred Soles)



12 de novembro (sábado)



10h30 - Projeto Academia das Musas (Assim Amam as Mulheres, de Dorothy Arzner)

17h – Precisamos Falar do Assédio

19h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia



13 de novembro (domingo)



17h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

19h – Precisamos Falar do Assédio

 

15 de novembro (terça)

17h – Precisamos Falar do Assédio

19h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia



16 de novembro (quarta)

17h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

19h – Precisamos Falar do Assédio

20h30 – Sessão Especial de Invólucro



17 de novembro (quinta)

17h – Precisamos Falar do Assédio

19h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia



18 de novembro (sexta)

17h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

19h – Precisamos Falar do Assédio

20h30 – Sessão Plataforma (Talvez Deserto, Talvez Universo, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes + debate com Karen Akerman)



19 de novembro (sábado)

17h – Precisamos Falar do Assédio

19h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

20h30 – Sessão Plataforma (O Auge do Humano)



20 de novembro (domingo)

17h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

19h – Precisamos Falar do Assédio



22 de novembro (terça)

17h – Precisamos Falar do Assédio

18h30 – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

20h – Reprise Sessão Plataforma (Talvez Deserto, Talvez Universo, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes)



23 de novembro (quarta)

17h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

18h30 – Precisamos Falar do Assédio

20h – Reprise Sessão Plataforma (O Auge do Humano)



24 de novembro (quinta)

17h – Precisamos Falar do Assédio

19h – Tio Bernard – Uma Antilição de Economia

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Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Cine Curiosidade: Cinema e literatura se encontram na Feira do Livro 2016

a união coletiva faz a diferença 

Neste último final de semana foi lançado o documentário Cinema Novo, de Eryk Rocha (filho de Glauber Rocha), sendo que a obra presta uma bela homenagem á um dos principais movimentos do nosso cinema. No sábado, mais precisamente na feira do livro de Porto Alegre, aconteceu uma apresentação. mais com sessão de autógrafos, com a participação de 11 críticos de cinema, sendo que eles fizeram parte da criação do livro, Os cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Criado pela abraccine, Canal Brasil e Editora Letramento, o livro é um verdadeiro tesouro para aqueles que buscam um melhor conhecimento com relação ao nosso cinema brasileiro.
É curioso como as vezes as coisas se encaixam, já que muitos títulos do Cinema Novo se encontram na obra, que vai de Vidas Secas, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Terra em Transe, São Paulo S/A e dentre outros. Portanto, a pessoa que vai assistir ao documentário, irá querer saber mais sobre o período e o livro é sem sombra de dúvida uma fonte de informação. Vale destacar que, mesmo havendo alguns filmes importantes ausentes na lista, os críticos fizeram questão de não somente falar sobre o determinado filme escolhido, como também comentar determinados  títulos dos quais houvesse certa ligação com as obras escolhidas para a lista.
Destaco também o fato de, tanto o livro como o documentário, serem um exemplo de desempenho coletivo. No documentário você assisti a união de inúmeros cineasta, dos quais decidiram sair as ruas daquele tempo e mostrar uma realidade mais crua e menos plástica do cinema convencional. Já o livro é a união de inúmeros críticos que, embora tenham pensamentos distintos, tem em comum o fato de passar ao leitor e cinéfilo, um cinema do qual a maioria talvez até mesmo desconheça e descubra que talvez tenha muito ainda o que aprender. 

Abaixo, segue alguns momentos desse belo dia onde ocorreu a união do Cinema e Literatura.


Marcos Santuario (autor do texto sobre o filme Estômago) segurando a obra com carinho.  

Eu e Daniel Feix, crítico de cinema do jornal Zero Hora  

Hora dos autógrafos


Saiba mais sobre o livro Os 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos através do meu vídeo que eu fiz recentemente. 

Leia mais sobre o documentário Cinema Novo clicando aqui. 

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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Cine Especial: Abbas Kiarostami: A invenção do real: FINAL



O curso sobre Kiarostami começa amanhã e, portanto estou encerrando a minhas postagens sobre os seus filmes. Mas encerro de uma forma especial, destacando o filme do qual eu conheci esse grande cineasta, em uma sessão de cinema inesquecível.  



COPIA FIEL (2010)


Sinopse: James Miller é um filósofo inglês que vai a uma pequena cidade da Toscana apresentar seu livro sobre o valor da cópia na arte. Chegando lá encontra uma francesa que é dona de uma galeria de arte há muitos anos e vive com seu filho pré-adolescente. Eles passam a tarde juntos. Ao mesmo tempo em que vão se conhecendo começam a desenvolver um complexo jogo de interpretação de personagens e à medida que o jogo avança deixamos de saber quem é quem. Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes de 2010 para Juliette Binoche.


Por mais que eu queira conhecer a filmografia de um cineasta, uma vez ou outra, acaba acontecendo de eu conhecê-la tarde e não apreciar a estréia de cada um dos seus filmes. Algumas coisas são passáveis, outras intoleráveis e, conhecer a filmografia do cineasta Iraniano Abbas Kiarostami só anos depois do lançamento dos seus primeiros filmes, é uma situação da qual não me perdoo.
O primeiro filme que eu vi desse diretor foi justamente num sábado longínquo, onde teve a sessão e um debate feito pelo cineclube Zero Hora que, aliás, foi um ótimo debate para conhecer melhor sobre Kiarostami. Intitulado Copia Fiel, Abbas Kiarostami faz um tremendo jogo mental com o cinéfilo no decorrer do filme, pois graças ao simples encontro dos personagens centrais que, se conhecem para discutir sobre determinado livro de um deles, se inicia então uma longa conversa de ambos que acabam debatendo sobre questões das artes e até mesmo em assuntos corriqueiros do dia a dia.
Do assunto de que, á copia de uma arte pode se tornar tão maravilhosa quanto à original, acaba ao ponto de se misturar com outros assuntos mais espinhosos, como no caso da relação dos casais atualmente. A mulher (Juliette Binoche maravilhosa e no melhor papel de sua carreira) tenta convencer de todas as maneiras o escritor Jason Miller (William Shimell em seu primeiro papel como ator) de que as suas teorias sobre as artes e as relações atuais podem sim estar erradas. Ambos então embarcam num jogo que acabam fingindo para ambos que são um casal de longa data, mas até que ponto isso é verdade ou mentira?

 Não existe a possibilidade de ambos já terem se conhecido no passado?

Essa e outras perguntas o diretor deixa no ar, fazendo o espectador criar duas ou até três histórias diferentes sobre o que realmente está acontecendo na tela. Isso fora a engenhosa maneira de como Kiarostami usa a sua câmera, onde por muitos momentos, foca todas as reações que os personagens sentem no decorrer da trama. Curiosamente, o recurso de espelho do qual ele usa, focando o reflexo dos personagens, sendo que isso acontece quando um se encontra fora do quadro, simplesmente eu achei na época muito engenhoso. 
A partir desse filme foi então que eu conheci esse maravilhoso cineasta e conhecendo posteriormente suas obras primas, como Close Up, Gosto das Cerejas e Dez. Abbas Kiarostami pode ter partido neste ano, mas deixou um legado criativo dentro da sua obra e provando que, mesmo tendo vivido num país como o Irã, onde a censura impera contra a liberdade de expressão, basta ter criatividade para driblar quaisquer desafios. 
 
 Mais informações e inscrições você confere clicando aqui. 



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