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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Cine Dica: Curso - Nova Hollywood

1º curso inédito da programação de 2016


APRESENTAÇÃO

Um dos momentos mais instigantes da história do cinema norte-americano é a tomada de poder pela geração conhecida como a Nova Hollywood ao longo da década de 1960. Muito se fala sobre o Oscar de 1968, que destacou obras de diretores mais jovens (A Primeira Noite de um HomemBonnie e ClydeNo Calor da Noite) como um momento simbólico da transição geracional. Mas, os sinais de ruptura já eram visíveis desde a década de 1950, quando a ideia da morte do cinema pairava sob vários filmes metalinguísticos.


Ao mesmo tempo, obras-primas de nomes como Alfred Hitchcock (Um Corpo que Cai); Vincente Minnelli (Deus Sabe Quanto Amei) e Howard Hawks (Onde Começa o Inferno) pareciam anunciar o auge (e o consequente esgotamento) de todos os caminhos até então atravessados pelo cinema hollywoodiano.

É justamente nesse contexto - e já assimilando a semente moderna de cineastas intermediários como Nicholas Ray; Samuel Fuller e Robert Aldrich -, que surge a geração que vai assumir o trono do cinema norte-americano entre os anos 1960 e 1970. Nesse pequeno espaço de tempo surgiram dezenas de grandes cineastas dispostos a rever - com as mais variadas intenções - os paradigmas consagrados pelos grandes mestres do cinema.


OBJETIVOS

O curso A Gênese da Nova Hollywood, ministrado por Leonardo Bomfim, vai investigar o cinema norte-americano da virada dos anos 60 para os 70. Em destaque os desdobramentos das principais questões temáticas e estéticas daquele momento peculiar da cinematografia dos EUA. A análise se dará a partir de filmes marcantes de realizadores como Arthur Penn; Sidney Lumet; John Frankenheimer; Jerry Lewis; Sam Peckinpah; John Cassavetes; Monte Hellman; Peter Bogdanovich; Brian De Palma; Rofer Corman e Bon Rafelson.


TEMAS

- Qual era o estado de espírito do cinema norte-americano na década de 1950, período em que surgem os primeiros "novos hollywoodianos"?
- Os desafios da nova geração diante do mar de invenções dos anos 1960: existiu uma "nouvelle vague hollywoodiana"?
- Ruptura pacífica ou uma continuidade crítica? A relação entre o cinema dos jovens e o dos grandes mestres - muitos deles em atividade e ainda realizando obras-primas naquela década.
- Havia um fantasma do cinema independente pairando sobre Hollywood?
- Os olhares da Nova Hollywood em relação aos grandes temas da década: a contracultura, as tensões raciais, a Guerra do Vietnã e a cultura pop.
- Os caminhos abertos que o cinema deixa para a década de 1970.


CONTEÚDOS

AULA 1
- O Oscar de 1968 - entre o clássico e o moderno?
- Tempos de crise: a cinema americanos dos anos 1950 - 1960.
- Uma nova geração: Sidney LumetArthur Penn e John Frankenheimer.
- O crepúsculo do clássico: John Ford e Howard Hawks - Sam Peckinpah e Monte Hellman.
Jerry Lewis: o mais moderno?


AULA 2
John Cassavetes: a referência do cinema independente.
- A ruptura em filme - Peter BogdanovichBrian De PalmaBob Rafelson (e Abraham Zapruder).
Roger Corman, um padrinho psicodélico.
- O que sobra para a década de 1970?


Ministrante: Leonardo Bomfim
Programador da Cinemateca Capitólio e da Sala de Cinema P. F. Gastal de Porto Alegre. Membro de ACCIRS, a Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e editor das revistas Aurora e Zinematógrafo. Editou o catálogo da Mostra "Nouvelle Vague Tcheca: O Outro Lado da Europa". É mestre em Comunicação Social de PUCRS, onde desenvolveu pesquisa sobre o cinema moderno.  Já ministrou para a Cine UM os cursos "Novos Cinemas dos Anos 60"; "Brian De Palma: O Poder da Imagem"; "Lumiére, Méliès & Outros Pioneiros" e "Cinema Marginal Brasileiro".


Curso
A GÊNESE DA NOVA HOLLYWOOD
de Leonardo Bomfim

DATAS: 5 e 6 / Março (sábado e domingo)

HORÁRIO: 14h30 às 17h30

DURAÇÃO: 2 encontros (6 horas / aula)

LOCAL: Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028 - Porto Alegre - RS)

INVESTIMENTO: R$ 80,00
(Valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 10 inscrições por depósito bancário)

FORMAS DE PAGAMENTO: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

MATERIAL: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

INFORMAÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714

INSCRIÇÕES

REALIZAÇÃO
Cine UM Produtora Cultural

PATROCÍNIO
Sapere Aude Livros
Editora Aleph
Back in Black
Editora Estronho
Quentin's Bar
Cine Victória
APOIO
Santander Cultural

PARCERIA
Espaço Vídeo
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: RIO CIGANO



Sinopse: Durante uma viagem, os ciganos se vêem obrigados a atravessar a fazenda de uma Condessa. São expulsos de lá e em meio ao tumulto da fuga, a menina Reka se perde do grupo e é raptada. Ela é criada no casarão da fazenda como servente da condessa que, obcecada em não envelhecer, suga e destrói tudo à sua volta. Reka cresce absorvida pelo trabalho e se agarra às poucas lembranças de sua antiga vida. Kaia, por sua vez, vive ao lado de sua família, até que deixa o acampamento em busca de Reka.

Num primeiro momento, esse filme rodado pela cineasta Julia Zakia pode causar certo estranhamento e até mesmo enganar o cinéfilo que assiste num primeiro momento. Com uma câmera sempre em movimento, assistirmos o dia a dia de um grupo de ciganos reais e dando a sensação de estarmos até mesmo assistindo a um documentário. Essa fórmula realidade/ficção já é algo muito usado no nosso cinema recente como foi visto em Castanha.
Porém, quando já estávamos mais do que prontos para assistirmos a esse tipo de filme, a cineasta Zakia coloca a sua verdadeira proposta na mesa e fazendo com que tudo que a gente esperava do filme fosse descartado rapidamente. É nesse momento que surge Baka (Leuda Bandeira), uma feiticeira cigana, e imediatamente começa a contar sobre a lenda de mulheres lobas para duas jovens que se tornarão as verdadeiras protagonistas da trama. Kaia (Sielma Ferraz) e Reka (Ciça Ferraz) entram em cena e o filme se transforma numa espécie de conto de fadas gótico, o que é algo raro visto em nosso cinema.
Embora o universo cigano seja misterioso, e por vezes difícil de compreender as suas reais origens, Zakia usa a trama central de uma forma que beira ao simplismo, para então criar um universo cheio de camadas, das quais elas possuem regras próprias e que se diferem do nosso mundo real. Na trama principal, um grupo de ciganos decide passar por umas terras de uma estranha Condessa (Georgette Fadel), mas que acaba entrando em desavença com o Conde (Ricardo Puccetti) e seus lacaios. Nesse conflito, Reka se separa dos seus pais acidentalmente, sendo então pega pela Condessa e que suga a sua juventude.
O tempo passa, e Reka assume a sua forma adulta (vivida pela própria cineasta), mas é mantida presa e feita de criada pelos donos da fazenda. Filmado em Alagoas, mas também no interior de São Paulo e outras regiões, Zakia cria um lugar do qual é completamente indefinido e fazendo com que imaginemos onde se passa realmente a trama. Isso serve para que o lado fantasioso se fortaleça na trama e fazendo dela ser livre e ter a possibilidade de ter se passado em qualquer lugar do país ou até mesmo fora dele ou dessa realidade.
A bela fotografia de Adrian Cooper cria um verdadeiro show de beleza para os nossos olhos, onde se cria um contraste das cores quentes desse mundo cigano se comprado a realidade do sertão alagoano. Em um trabalho em que o lado visual se destaca como um todo, Zakia prova o seu talento para a criação de imagens poderosas e carregadas de inúmeras interpretações. Isso somente aumenta quando a trama se envereda cada vez mais para o gênero de horror, cujo barroco e o gótico se casam de uma forma perfeita.
É claro que o cinéfilo de carteirinha irá perceber que a trama tem muitos elementos que lembram um clássico da Hammer intitulado a Condessa de Drácula que, por sua vez, foi inspirado na história húngara Elizabeth Báthory, que no século XVI ficou conhecida como “A Condessa Sangrenta”, devido a inúmeros assassinados que teria cometido em rituais macabros, realizados para lhe garantir a beleza eterna. Essa lenda é inserida em Rio Cigano e fazendo com que a cineasta crie alguns momentos de horror intrigantes e que não devem em nada ao que a gente já viu dentro do gênero. O velho casarão, por exemplo, não deve em nada se comparado aos casarões ingleses vistos nos filmes de horror do estúdio inglês Hammer. 
Porém, o misticismo do mundo cigano é que prevalece no longa como um todo e retratado pela cineasta de uma forma que beira ao vicio. Destacando as suas músicas e costumes, a cineasta cria closes nos rostos dos personagens, onde se percebe que cada uma de suas marcas na pele possui uma história para se contar. Por sua vez, o foco fica em torno das duas jovens protagonistas, ou até mesmo nos símbolos dessa misteriosa cultura de andarilhos da terra.
Mesmo que a trama possa parecer fora do convencional para alguns, o conto que a cineasta criou mantém um encantamento que dificilmente você não deixa de se envolver. Embora os cinéfilos gaúchos, por exemplo, já estejam acostumados a ver filmes de horror brasileiro pelo festival anual Fantaspoa, é curioso observar que, quando vemos um filme como esse, ainda nos dá a sensação de novidade para nós. Nunca é demais o nosso cinema sair de um lugar comum e adentrar em gêneros dos quais ainda tem muito a ser explorados. 
Rio Cigano é apenas uma mostra de um cinema brasileiro rico de histórias do gênero fantástico, mas que ao mesmo tempo possui uma pitada forte da nossa cultura e folclore a serem descobertos. 
  
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Cine Dica: Dois clássicos do horror na Cinemateca Capitólio

CINEMATECA CAPITÓLIO EXIBE FOME ANIMAL E O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA PARTE 2

A partir de terça-feira, 23 de fevereiro, a Cinemateca Capitólio exibe dois clássicos do cinema de horror: O Massacre da Serra Elétrica Parte 2, de Tobe Hooper, e Fome Animal, de Peter Jackson. Cedidas pela Cinemateca do MAM, as duas raras cópias em 35mm foram apresentadas em Porto Alegre no mês de dezembro, em concorridas sessões únicas dentro da programação da mostra A Vingança dos Filmes B: Parte 5. A Floresta de Jonathas, de Sérgio Andrade, e Um Dia Muito Especial, de Ettore Scola, seguem em cartaz. O valor do ingresso é R$ 10,00.

O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.

FILMES

O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA PARTE 2
(The Texas Chainsaw Massacre 2 / EUA / 1986 / 101 min)
Direção: Tobe Hooper

Após mais de uma década o diretor Tobe Hooper retoma a saga da estranha família de canibais texanos, trazendo de volta Leatherface e sua famigerada motoserra. Sequência irreverente de um dos mais cultuados filmes de horror da história. Um prato cheio de sangue, tripas e humor negro.

FOME ANIMAL
(Braindead / Nova Zelândia / 1992 /104 min)
Direção: Peter Jackson

Após ser mordida por um animal exótico, a mãe dominadora do jovem Lionel é contaminada por uma estranha doença, desenvolvendo hábitos estranhos, e uma fome insaciável. A situação piora quando a praga se espalha, e os mortos insistem em não morrer. Um dos filmes de zumbis mais sangrentos e insanos da história do cinema, que lançou internacionalmente o então jovem diretor Peter Jackson.

A FLORESTA DE JONATHAS
(Brasil, 2013, 100 minutos)
Direção: Sergio Andrade



Uma família vive da colheita e venda de frutas em uma área rural do Amazonas. Jonathas vive com os pais e o irmão, Juliano, em um sítio. Através de uma barraca de frutas na beira da estrada, os irmãos mantém contato com todo tipo de pessoa. Um dia, eles conhecem Milly, uma turista da Ucrânia, e Kedassere, um indígena local. Juntos, decidem passar o final de semana acampando.

UM DIA MUITO ESPECIAL
(Una Giornata Particolare, Itália, 105 minutos, 1977)
Direção: Ettore Scola

Roma, 6 de maio de 1938. Benito Mussolini e Adolf Hitler se encontraram para selar a união política que, no ano seguinte, levaria o mundo à 2ª Guerra Mundial. Praticamente toda a população vai ver este acontecimento, inclusive o marido fascista de Antonietta (Sophia Loren), uma solitária dona de casa que conhece acidentalmente Gabriele (Marcello Mastroianni), seu vizinho, quando seu pássaro de estimação foge e ela o encontra pousado na janela do vizinho. Antonietta nunca falara com Gabrielle, que tinha sido demitido recentemente da rádio onde trabalhava por ser homossexual. Ela, por sua vez, era uma esposa infeliz e insegura pelo fato de não ter uma formação profissional. Gradativamente os dois desenvolvem um tipo muito especial de amizade.

GRADE DE HORÁRIOS
23 a 28 de fevereiro DE 2015

23 de fevereiro (terça)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – A Floresta de Jonathas
20:00 – Fome Animal

24 de fevereiro (quarta)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – A Floresta de Jonathas
20:00 – O Massacre da Serra Elétrica Parte 2

25 de fevereiro (quinta)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – A Floresta de Jonathas
20:00 – Fome Animal

26 de fevereiro (sexta)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – A Floresta de Jonathas
20:00 – O Massacre da Serra Elétrica Parte 2

27 de fevereiro (sábado)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – A Floresta de Jonathas
20:00 – Fome Animal

28 de fevereiro (domingo)

16:00 – Um Dia Muito Especial
18:00 – A Floresta de Jonathas
20:00 – O Massacre da Serra Elétrica Parte 2