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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: A TEORIA DE TUDO



Sinopse: Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme mostra como o jovem astrofísico (Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge Jane Wide (Felicity Jones) e a descoberta de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos.


Em 2001, foi lançado o filme Uma Mente Brilhante, que retratava a vida do gênio matemático John Forbes Nash que, embora tenha revolucionado a teoria de jogos, sofria de esquizofrenia. Mesmo com esse problema, Nash seguiu em frente e veria os seus feitos darem frutos ao ganhar o prêmio Nobel em 1994. Claro que, uma história como essa nas mãos do cinema americano, sempre ocorre do roteiro ser mais convidativo (no caso de Nash no cinema, foi descartado a possibilidade dele ter sido gay) para assim ter o seu público.
Isso ocorre exatamente em Teoria de Tudo, em que retrata os primeiros anos em que o gênio Stephen Jawking (Eddie Redmayne) se destacou com as suas incríveis teorias sobre os buracos negros e a origem do universo, mas que infelizmente começou a sofrer de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos. Claro que somente isso não seria o suficiente para conquistar o público e, portanto o filme não se aprofunda como um todo sobre carreira de Jawking, mas sim no seu relacionamento com a sua mulher Jane Wide (Felicity Jones) que, mesmo com todos os problemas do seu companheiro, decidiu abraçar o que realmente sentia por ele. Tem-se então o palco formado para conquistar o cinéfilo que assiste, onde vemos o protagonista superar as suas limitações, se tornando um símbolo de superação e ganhando apoio de seu amor.
Ou seja, é um filme que os membros da academia adoram premiar, mas como o tempo é implacável, por vezes acaba se tornando um típico filme lacrimoso da Sessão da Tarde. Porém, A Teoria de Tudo não cai exatamente nesta típica armadilha e isso muito se deve ao elenco, em especial a Eddie Redmayne: dava pouco crédito a esse jovem ator quando o conheci no filme Sete Dias com Marilyn, mas aqui, ele simplesmente desaparece, dando lugar a imagem de Stephen Jawking e mesmo não pronunciando uma palavra sequer quando protagonista se encontra no seu pior momento com relação à doença, nos enxergamos todo o esforço que ele quer passar para nós através dos seus olhos expressivos. 
O desempenho de Redmayne, porém, somente tem êxito por completo graças a presença da atriz Felicity Jones que, ao interpretar a esposa do astrofísico, nos faz como se estivéssemos ao seu lado e sentir todas as dores, frustrações e forças que ela tenta trazer para fora, para então conseguir contornar todos os obstáculos que terá de travar. Claro que o olho mais atento irá perceber certa semelhança de sua personagem com a da esposa de John Nash de Uma Mente Brilhante, que foi interpretada por Jennifer Connelly. Porém Felicity Jones faz a diferença: a cena em que a sua personagem tenta fazer com que Stephen tente se comunicar através com as piscadas dos olhos é extremamente tocante.
Voltando a forma que o filme foi produzido para conquistar uma fatia do público, lamento com relação ao fato de não terem retratado um Stephen Hawking como um ateu ferrenho, pois a sua área não há espaço (segundo ele) para um ditador celestial. Embora eu seja católico, admiro pessoas que batem de peito aberto e se mantém fiéis com relação ao mundo em que vive e mesmo ele não crendo em Deus, não iria deixar de respeitar menos a imagem desse incrível gênio. Mas o filme foi pensado para ser visto pela massa e o Stephen Hawking visto aqui, é um homem que vive da lógica, mas que sabe criar determinadas linhas subliminares, fazendo com que a gente acredite que, ele respeita no que as pessoas acreditam, principalmente no que sua esposa acredita.
Com um belo documentário no currículo (O Equilibrista), James Marsh criou o filme A Teoria de Tudo para agradar a todos, sejam pessoas céticas ou religiosas. O que faltou talvez para o cineasta fosse coragem, em apresentar ao público em geral, um Stephen Hawking totalmente livre dos laços com relação a crenças religiosas, mas que independente disso, ganharia de qualquer forma o nosso respeito, graças a sua força, determinação e pela proeza de ter criado o seu próprio milagre.  



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Cine Dica: "Curso de Férias" Federico Fellini



"Curso de Férias"


Apresentação

Autor de uma obra pessoal e, ao mesmo tempo, crítica da sociedade, o italiano Federico Fellini foi um mestre, um dos mais criativos diretores da história do cinema. Nascido na cidade de Rimini, em 1920, começou pelo jornalismo e entrou no cinema com a geração do Neorrealismo, após a Segunda Guerra. Mas logo iria tomar um rumo próprio, legando à história da arte, ao morrer em 1993, uma obra tão particular cuja estética singular converteu-se em adjetivo: felliniana.


Foi roteirista e diretor. Ganhador da Palma de Ouro em Cannes por A Doce Vida (1960); Roma (1972) e A Entrevista (1987), foi doze vezes indicado ao Oscar. Apresentou uma visão crítica da cultura de massas, do fascismo e da Igreja Católica ao longo de uma filmografia de 25 títulos, entre os quais se incluem obras-primas como Amarcord (1973) e 8 e Meio (1963).
Se não tivesse sido diretor de cinema, Fellini afirmava que gostaria de ter sido mágico, a outra profissão que, dizia, lhe permitiria dar expressão ao sonho espontâneo. O cinema que realizou, marcado pelo sonho e a fantasia, permanece como uma poderosa expressão artística que auxilia o ser humano a compreender a realidade da qual faz parte.

NÃO É NECESSÁRIO NENHUM PRÉ-REQUISITO PARA PARTICIPAR DESTA ATIVIDADE. O CURSO É ABERTO A TODOS OS INTERESSADOS NO TEMA.


Objetivos

O curso Federico Fellini: O Maestro, ministrado por Fatimarlei Lunardelli, tem por objetivo abordar a obra do cineasta italiano falecido há 22 anos. A partir do contexto da cinematografia italiana no pós-guerra, serão apresentados os elementos que constituem a estética do diretor, denominada pelo adjetivo "felliniano", que aponta na direção de uma poética formada pelo elemento onírico. Influenciado pela psicologia junguiana, Fellini incorporou em sua obra as memórias, os sonhos e as fantasias. Permaneceu, no entanto, fortemente vinculado à realidade. Foi roteirista e diretor de uma filmografia de 25 títulos,  dos quais vários são obras primas definitivas, cujos trechos serão apresentados em aula.


Conteúdo programático

Aula 1
  • Biografia: origem, formação, entrada no cinema;
  • Contexto: o cinema italiano no pós-guerra, o início com os companheiros do Neorrealismo;
  • Características que fazem de Federico Fellini um autor do cinema.


Aula 2
  • Visão da filmografia em perspectiva histórica: as fases do cineasta;
  • Marcas da estética felliniana: as memórias, os sonhos, as fantasias;
  • O artista genial e a criação de obras-primas.


Ministrante: Fatimarlei Lunardelli

Jornalista com mestrado e doutorado em cinema pela USP. Autora dos livros "Ô Psit: O Cinema Popular dos Trapalhões" (1996); "Quando Éramos Jovens: A História do Clube de Cinema de Porto Alegre" (2000) e "A Crítica de Cinema em Porto Alegre na Década de 1960" (2008). Foi professora de Teoria, Crítica e Análise fílmica na Unisinos. Produz e apresenta o programa de cinema Filmes & Trilhas na Rádio da UFRGS.


"Curso de Férias"
Federico Fellini: O Maestro
de Fatimarlei Lunardelli

DATA
25 e 26 / Fevereiro (quarta e quinta)
HORÁRIO
19h30 às 22h
LOCAL
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 - Porto Alegre - RS)


INSCRIÇÕES / INFORMAÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714


REALIZAÇÃO
Cine UM Produtora Cultural

PATROCÍNIO
Sapere Aude Livros
Editora Aleph

APOIO CULTURAL
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
PARCERIA
Espaço Vídeo
Rádio Putzgrila
Papo de Cinema

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CINE ESPECIAL: MICHAEL KEATON



É sempre bom rever um ator retornar das cinzas depois de anos sem sucesso. Michael Keaton é um exemplo recente de grande virada na carreira: considerado por alguns como o melhor interprete do Batman no cinema, Keaton jamais obteve um grande sucesso após ter largado o manto do morcego. Com Birdman ele não somente atua num maravilhoso filme, como também escancara as suas dores pela busca do sucesso que ele percorreu na sua vida pessoal.
Mas será que antes de Birdman ele somente era bom como Batman? Vamos dar uma volta no tempo  no meu top 5, onde o ator se deu bem em filmes sem precisar da ajuda do manto do morcego!

OS FANTASMAS SE DIVERTEM
Keaton já havia demonstrado talento na comédia, como De Médico e Louco Todo Mundo Tem um Pouco e Fábrica das Loucuras na década de 80. Porém, foi em Os Fantasmas se Divertem de Tim Burton que ele deu o seu verdadeiro show. O seu Bettlejuice é uma entidade incontrolável, imprevisível e que não mede esforços para fazer diversas diabruras, tanto contra uma família de vivos, como também contra um casal que já faleceu. 


Minha Vida

Ao descobrir que tem câncer e pouco tempo de vida, o personagem de Keaton decide fazer inúmeros vídeos caseiros para o seu filho ver quando ele crescer. O filme é bem lacrimoso e com toda a pinta de sessão da tarde. Porém, Keaton surpreende ao interpretar um personagem que exigiu bastante dele e teve uma bela química com a atriz Nicole Kidman que interpreta a sua esposa.
Jackie Brown

Quentin Tarantino novamente juntou um elenco de astros já meio esquecidos, para criar uma mirabolante trama policial. Keaton interpreta um policial bom moço, cuja missão é desbaratar os crimes de armas e drogas do bandido da historia, interpretado por Samuel Le Jackson. Para a surpresa de alguns, Keaton reapareceria interpretando o personagem novamente no filme Irresistível Paixão de Steven Soderbergh.


Eu, minha mulher e minhas Copias
Essa divertida comédia foi bastante injustiçada na época do seu lançamento, já que Keaton não interpreta um, mas vários personagens. Melhor dizendo, ele interpreta um personagem que decide ter inúmeros clones. O resultado disso é que cada copia possui  uma personalidade distinta e exigindo um desempenho e tanto do ator. 

Medidas Desesperadas

A década de 90 é conhecida por ter feito inúmeros filmes de ação com tramas pra lá de absurdas e esse filme não é diferente. Andy Garcia precisa a todo custo encontrar um doador de medula óssea para salvar a vida do filho e único compatível é um assassino (Keaton) que vive de prisão perpetua. É claro que dá tudo errado e começa acontecer uma verdadeira caça ao rato dentro de um hospital. 

Filmografia: 

2014     Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
2014     Need for Speed - O Filme
2014     Robocop
2013     Clear History
2013     Presa na Escuridão
2011     Carros 2
2011     Férias no Havaí (curta-metragem)
2011     Um Pequeno Grande Erro (curta-metragem)
2010     Os Outros Caras
2010     Toy Story 3
2009     Recém-Formada
2006     Carros   
2006     O Último Golpe
2004     A Filha do Presidente
2004     Herbie - Meu Fusca Turbinado   
2004     Vozes do Além   
2003     De Corpo e Alma
2002     Ao Vivo de Bagdá
1998     Irresistível Paixão   
1998     Medidas Desesperadas
1998     Uma Noite Mágica
1997     Jackie Brown
1996     Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias   
1994     Apenas Bons Amigos
1994     O Jornal
1993     Minha Vida
1993     Muito Barulho por Nada   
1992     Batman - O Retorno
1991     Justiça Sob Tutela
1990     Morando com o Perigo
1989     Batman
1989     De Médico e Louco Todo Mundo Tem um Pouco
1988     Ela Vai Ter um Bebê
1988     Marcas de um passado
1988     Os Fantasmas Se Divertem
1986     Fábrica de Loucuras 
 

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