Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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De 6 a 11 de agosto o
CineBancários, com o apoio da Cinemateca Francesa, exibirá com entrada franca,
uma mostra retrospectiva de seis filmes emblemáticos, realizados pelo diretor
haitiano, Raoul Peck. São títulos que representam marcos num conjunto da obra
que é ao mesmo tempo prolífico e de uma rara coerência.
A seleção aponta dois aspectos salientes do
trabalho do cineasta: a turbulenta história do Haiti e o destino de Patrice
Lumumba, heroica figura dos movimentos de independência africana. A
problemática do poder e da injustiça permeia toda a obra de Raoul Peck,
abordando assuntos variados como o genocídio de Ruanda, os círculos de poder
franceses e outros assuntos sociais.
A força e sentimento
que emanam desses filmes, sejam eles ficção ou documentário, vêm de um homem
dedicado, cujo trabalho tem o dom de cruzar fronteiras, através do amplo leque
de temas com que lida.
Raoul Peck começou a ganhar prestígio
com Canto do Haiti, em 1988, recentemente restaurado pela Cinemateca Africana
do Instituto Francês. Desde então ele tem alavancado uma carreira internacional
que o levou a desenvolver um trabalho específico, tendo como combustível sua
vida pessoal. Desde sua juventude passada na República do Congo, nos dias
iniciais da independência do país, até seu retorno ao Haiti como Ministro da
Cultura, suas várias fontes de inspiração refletem uma dedicada abordagem de
criação fílmica como um incisivo defensor da luta contra as formas modernas de
injustiça social. Como Presidente, desde 2011, do FEMIS (French Film School),
sua nomeação como integrante do júri do Festival de Cannes em 2012 confirma o
reconhecimento internacional.
Mais informações vocês encontram na
pagina da sala clicando aqui.
Sinopse: Três mulheres a
viver num prédio antigo na cidade de Lisboa: Aurora é uma idosa temperamental e
excêntrica Santa a empregada cabo-verdiana e Pilar uma vizinha dedicada.
Sentindo o fim a aproximar-se Aurora faz-lhes um pedido invulgar: quer
encontrar-se com Gianluca Ventura alguém que até àquele momento ninguém sabia
existir. Assim dispostas a cumprir o desejo da velha senhora Santa e Pilar
acabam por descobrir que os dois viveram uma história de amor e crime no
passado. Uma história que começou há 50 anos em Moçambique algum tempo antes da
Guerra Colonial e reza assim: Aurora tinha uma fazenda em África no sopé do
monte Tabu.
Tabu é mais um exemplo de
que há cineastas atuais, que decidiram olhar um pouco para traz, sendo mais
precisamente em resgatar as maneiras de como se fazer cinema de antigamente e o
resultado final deixa o espectador maravilhado. Dirigido pelo cineasta Miguel Gomes,
ele já havia conquistado o coração da critica através de filmes como o premiado
Aquele Mês de Agosto, que foi eleito o melhor longa metragem pela critica na
mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Embora Tabu possua um ritmo lento
em alguns momentos, a trama consegue fisgar o espectador mais desacostumado (mas
curioso) com a forma que ele apresenta a trama, mas ao mesmo tempo conquista o cinéfilo
mais atento e isso graças a inúmeras referencias que ele faz a outros filmes.
Para começar, a produção é explicitamente uma homenagem ao cineasta F.W.Murnau (Nosferatu), não só da
forma como ele filmava, como também é uma espécie de releitura de um dos seus filmes,
Tabu de 1931. Mas para não soar como uma espécie de refilmagem, Gomes cria a
trama através de dois capítulos e mais um prólogo: Paraíso e Paraíso Perdido,
sendo que no original a trama seguia em linha reta, mas aqui Gomes vai numa
direção contraria e que o torna bastante original.
A primeira parte de
Tabu acontece em Lisboa atual e
apresenta a personagem Pilar, uma mulher de meia idade, mas que não se intimida
em ajudar o próximo, aja o que houver. De início, da entender que ela será a
protagonista da trama, mas para a nossa surpresa, logo percebemos que será a vizinha
Aurora (nome que é uma referencia clara ao primeiro filme americano de Murnal),
uma idosa, viciada até o pescoço em jogos e paranóica com relação a todos que a
rodeia. Ela divide o apartamento com sua empregada Santa, uma mulher que segue à risca as ordens da filha de sua patroa, que sendo assim, suas
atitudes há frente da idosa a tornam uma personagem seca, mas ao mesmo tempo
com humor peculiar que nos contagia.
Graças há um dos inúmeros
devaneios de Aurora, conhecemos o seu antigo amor proibido: Ventura. A partir daí,
embarcamos em um grande flashback, onde acabamos pousando na África Colonial. A
partir desse momento, os toques de humor vistos no capitulo anterior, são substituídos
com toques mais dramáticos, que graças ao prólogo, já temos uma vaga idéia de
como terminara, onde boa parte da trama é narrada pela voz de Ventura.
É neste ponto que Miguel
Gomes não só fortalece a sua homenagem a F.W.Murnau, como também ao período do
cinema mudo: não ouvimos as palavras dos protagonistas, sendo que somente os
seus gestos e movimentos dos lábios é o que falam por si e em boa parte das
cenas é o som do ambiente que domina a trama (o que me lembrou
muito O Som ao Redor). Embora num primeiro momento isso
possa assustar um marinheiro de primeira viagem, isso não prejudica o
entendimento da historia e faz com que o cinéfilo se lembre de como o cinema mudo
tinha o seu charme e de imensas qualidades.
Além de tudo isso, o longa
foi filmado de uma maneira, para que a gente se sentisse que estivesse
assistindo o filme em pleno anos 20: em janela 4:3, com um granular
diferenciado e totalmente em preto em branco, além de partes em 16mm. Todos
estes recursos foram usados com perfeição e são justificados em cada cena vista
na tela. Com isso, o final nos deixa com água na boca e desejando que a
trama continuasse para a gente sentir mais o gostinho de como era ir ao cinema
de antigamente.
Em tempos em que os criadores
da sétima arte estão olhando mais para trás, para saber como era assistir um
filme no cinema de antigamente (vide O Artista e o recente Branca de Neve),
Tabu é uma sessão obrigatória para qualquer fã de cinema de verdade que se preze.
Sinopse: Três
mulheres a viver num prédio antigo na cidade de Lisboa: Aurora é uma idosa
temperamental e excêntrica Santa a empregada cabo-verdiana e Pilar uma vizinha
dedicada. Sentindo o fim a aproximar-se Aurora faz-lhes um pedido invulgar: quer
encontrar-se com Gianluca Ventura alguém que até àquele momento ninguém sabia
existir. Assim dispostas a cumprir o desejo da velha senhora Santa e Pilar
acabam por descobrir que os dois viveram uma história de amor e crime no
passado. Uma história que começou há 50 anos em Moçambique algum tempo antes da
Guerra Colonial e reza assim: Aurora tinha uma fazenda em África no sopé do
monte Tabu.
RED 2 - Aposentados e
ainda mais perigosos
Sinopse: Frank Joe
Marvin e Victoria voltam da aposentadoria para lutar contra uma ameaça.
Os Smurfs 2
Sinopse: O malvado
feiticeiro Gargamel continua determinado em roubar a Essência dos Smurfs e
criou para esse efeito duas pequenas criaturas que são muito semelhantes às
adoráveis criaturas azuis no entanto as suas semelhanças físicas não são
suficientes para os aproximar da misteriosa essência porque esta pertence única
e exclusivamente ao Mundo dos Smurfs e só pode ser controlada pelos verdadeiros
Smurfs.
Confissões de um
Jovem Apaixonado
Sinopse: Em 1830, na
cidade de Paris, Octave (Peter Doherty) vive depressivo, desde que foi
abandonado por sua amante. Quando seu pai morre, ele volta ao seu país de
origem, onde encontra Brigitte (Charlotte Gainsbourg), uma viúva dez anos mais
velha do que ele. Octave se apaixona perdidamente, mas não consegue se entregar
facilmente a este amor.
Hannah Arendt
Sinopse: Hannah
Arendt é o retrato do gênio que sacudiu o mundo com sua descoberta da
banalidade do mal. Depois de participar do julgamento do nazista Adolf Eichmann
em Jerusalém Hannah Arendt ousou escrever sobre o Holocausto em termos nunca
antes ouvidos. Seu trabalho instantaneamente provocou escândalo mas Arendt
continuou forte mesmo sendo atacada igualmente por amigos e inimigos. Porém ao
mesmo tempo em que os emigrantes judeu-alemães lutam para superar suas
dolorosas associações com o passado o filme expõe a sedutora mistura de
arrogância e vulnerabilidade de Hannah Arendt revelando uma alma definida e
marcada pelo exílio.
Contos da Noite
Sinopse: Todas as
noites, um garota, um garoto e um senhor idoso se encontram em um pequeno
cinema, que aparenta estar abandonado. Lá dentro, os três criam histórias,
escrevem, desenham, vestem fantasias... Eles criam diversas histórias mágicas
passadas em uma noite onde tudo é possível.
Com o Homem de Aço nos
cinemas, irei recapitular aqui um pouco sobre as melhores adaptações que
Superman teve no cinema ao longo de sua historia.
SUPERMAN LIVES: O FILME QUE NÃO
FOI.
Em 1996, Kevin Smith propôs fazer um filme Superman de
Jon Peters e um ano depois, ele escreveu um roteiro, baseado no Death and
Return of Superman série, intitulado "Superman Lives". Peters aprovou
o roteiro sob três condições ímpares que Kevin Smith vagamente aceitou - 1.
Superman tem que usar um traje todo preto 2. Superman não voa no filme 3.
Superman luta contra uma aranha gigante no final. O script pode ser lido aqui- http://www.script-o-rama.com/movie_scripts/superman-lives-script.html
Tim Burton foi contratado
para dirigir o filme e 30 milhões dólares foram investidos no projeto. No
entanto, Superman Lives foi abandonado principalmente devido a diferenças
criativas com Peters. Burton passou a dirigir A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, e
sempre diz que e ele perdeu um ano
inteiro com Superman Lives. Houve também uma briga entre Kevin Smith e Tim
Burton.
Aqui está como o
filme teria sido de elenco:
Superman-Nicholas Cage
Lex Luther-Kevin Spacey
Brainiac-Tim Allen
Lois Lane-Courtney Cox
Jimmy Olsen, Chris
Rock
Abaixo, deixo o possível
enredo do que poderia ter sido o filme naquela época.
O navio do crânio de
Brainiac está viajando pelo espaço quando ele pega uma transmissão enviada por
Lex Luther. Brainiac é acompanhado por seu capanga robô L-Ron. Lex está
procurando ajuda extraterrestre para derrotar Superman. Brainiac, que sua
missão é a de absorver a tecnologia possuída pelo Erradicador (uma entidade AI
na forma do navio que trouxe Kal-el para a Terra), vai para o nosso planeta. De
volta à Terra, Superman frustra uma situação de reféns que foi orquestrada por
Pistoleiro.
Brainiac e Luthor se
encontram na Lexcorp e eles concordam em trabalhar juntos para derrotar o seu
inimigo comum, Superman. Os dois vêm com o ShadowCaster, uma grande rede como
escudo que quando colocar no espaço, ele bloqueia a luz do sol, que é claro dar
Superman seus poderes. Luthor empresta sua tecnologia e a ShadowCaster se torne
operacional.
Superman pede a Lois em casamento, mas ele é rejeitado. Ele se
sente enfraquecido, mas ele vem para investigar um pouso forçado em Metrópoles.
Ele confronta Doomsday que foi enviado por Brainiac. Superman e Doomsday tem um
confronto mortal até o ponto do herói ser derrotado. Superman é declarado morto
e tem um funeral para ele em que há uma aparição feita por ninguém menos que o
Batman! O corpo de Superman acaba na Fortaleza da Solidão, onde ele está sendo
revivido pelo Erradicador. Superman tem
uma seqüência de sonho onde conversa com o pai e descobre que o Erradicador foi
programado para esta ocasião.
Durante a ausência de
Superman, Lex Luthor tenta fazer Brainiac o novo "herói" da Terra.
Usando um holograma para exibir uma frota alienígena, Lex engana o público a
pensar que o ShadowCaster está escondendo a Terra de uma armada alienígena. Lex
ainda ostenta uma camisa ridícula com "Eu sou um maníaco por
Brainiac" nele. Lois e Jimmy Olsen estão céticos. Superman está de
volta e seus pés o Erradicador se transforma em uma armadura que simula os
poderes do Superman e é um modelo preto
e prata. Superman então encontra Brainiac.
Lois e Jimmy desativam
a geração de holograma que revela ao público que a armada era uma farsa.
Superman, então, mostra-se no fato com o Erradicador. Em seu excesso de
confiança, Brainiac inadvertidamente revela como destruir o ShadowCaster.
Superman em seguida, voa para o espaço.O Erradicador se sacrifica para tirar o
Sistema ShadowCaster. Com a luz solar que atinge a Terra mais uma vez, Superman
tem seus poderes de volta. Brainiac está chateado, ele se transforma em como
uma aranha mecânica e, em seguida, é hora da batalha.
A Sessão Aurora
apresenta neste sábado, 3 de agosto, às 18h, na Sala P. F. Gastal (3º andar da
Usina do Gasômetro), Eles Vivem, uma das principais obras de John Carpenter.
Após a sessão, haverá um debate com os editores da revista Aurora e do
Zinematógrafo.
O filme parte da
chegada de John Nada (Roddy Piper) a uma Los Angeles de conflitos estéticos,
onde miséria e riqueza contrastam nas esquinas, nas lojas e nos supermercados.
A concentração do poder, através da mídia, do capital econômico e cultural, se
faz presente no cotidiano de todos os habitantes, mesmo que de forma invisível.
John, trabalhador autônomo, andarilho das cidades em busca de empregos para
seguir se alimentando, é o retrato da mão de obra braçal das metrópoles em meio
ao desenvolvimento vertical. Enquanto trabalha na construção civil, o
protagonista logo percebe a movimentação de um pequeno grupo que age no
submundo da cidade para tentar revelar a grande farsa pela qual a classe
dominante exerce seu poder. Utilizando óculos especiais, ele consegue ver o que
realmente está por trás de cada imagem que compõe o cenário da cidade.
Fruto de uma década
consagradora para o cinema de Carpenter – momento em que o cineasta lança
filmes como A Bruma Assassina, Christine, o Carro Assassino, Enigma do Outro
Mundo e Fuga de Nova York –, Eles Vivem é um de seus trabalhos mais abertamente
políticos, dono de uma ironia crítica fulminante que transcende as questões
mais pontuais de sua época. Do ponto de vista estético, para além de seu
conteúdo ideológico, o filme também é sintomático na obra do americano, com
destaque para a célebre e longa sequência na qual dois personagens trocam socos
e pontapés em um beco de Los Angeles.
Eles Vivem (They
Live), EUA, 1988, cor, 93 minutos. Direção: John
Carpenter.
Com Roddy Piper, Keith David, Meg Foster, George 'Buck' Flower, Peter
Jason, Raymond St. Jacques.
O filme será exibido
em DVD com legendas em português.
SESSÃO AURORA
Eles Vivem, de John
Carpenter
Dia 3 de agosto – às
18h
Sala P. F. Gastal (3º
andar da Usina do Gasômetro)