A Caixa de Pandora
Sinopse: Louise
Brooks, neste audacioso e magistral melodrama, que se tornou uma obra prima
indiscutível do cinema, ela interpreta Lulu, a amante de um editor de jornal
que depois de casar-se com ele, uma série de acontecimentos trágicos rondarão
sua vida.
Muitos consideram o
expressionismo alemão, como a semente que deu a origem a diversos gêneros,
desde ficção, terror e filmes noir. Esse ultimo, aliás, é um gênero que ficou
marcado por suas lindas, e fatais mulheres, sendo que uma das grandes precursoras
desses maus caminhos é Louise Brooks.
Dona de uma incrível beleza,
e um corte de cabelo inconfundível, Brooks viveria neste filme, um papel que
muitos dizem que não era muito diferente de sua vida pessoal que era em volta
de muitos homens. Se for verdade ou não, isso pouco importa, sendo que ao fazer
a personagem Lulu, uma mulher que domina, e conquista os homens com um olhar, e
um sorriso, foi o suficiente para ficar no imaginário de qualquer cinéfilo que
se preze.
Como só isso não
bastava, o cineasta Georg Wilhelm Pabst, cria um universo na trama, em que os
personagens se vêem envolvidos em volta da protagonista, seja para lhe
conquistar ou para se beneficiar de acordo com a situação em que ela está envolvida.
Curiosamente, não foram somente os homens, que se viam envolta dela, sendo que
a condessa Anna Geschwitz é considerada por muitos historiadores como sendo a
1ª personagem lésbica do cinema, mesmo no contra gosto da atriz Alice Roberts
que fez a personagem.
Com um final que
deixa os personagens a mercê dos resultados dos seus próprios erros, A Caixa de
Pandora é uma verdadeira aula de sugestão e gestos dos personagens, em que
basta um olhar para se dizer tudo o que o eles pensam e o que irão fazer.
A Morte Cansada
Sinopse:Recém-chegada a um
vilarejo perdido no tempo, A Morte compra um terreno ao lado do cemitério
local, onde constrói um gigantesco muro ao redor. Segue um casal em lua-de-mel
e leva o marido, assim fazendo com que sua esposa o procure... ou melhor,
cometa o suicídio para encontrá-lo.
A primeira vista, esse filme
mais parece do Murnal do que de Fritz Lang, principalmente para aqueles que
assistiram aos filmes do primeiro, como Nosferatu, e Fausto que eram em volta
de um visual gótico e deslumbrante. Embora todo muito saiba que Lang, foi um
diretor não preso a um único gênero, e ao contar uma fabula sobre o significado
da vida e da morte, mostra como o cineasta possuía certa versatilidade, que há
quem diga, vinha muito da ajuda da sua esposa da época Thea von Harbou, que trabalhava como
roteirista para ele.
A trama em si, é uma bela
fabula sombria, em que mostra até aonde a protagonista irá para conseguir o seu
amado de volta. Neste ponto, Lang nos brinda com uma historia imaginativa, em
que cada vela apresentada no lar da morte, seria então outras vidas. É-nos
apresentado então três historias sem interligação, mas que serve de desafio
para a protagonista vencer a morte. Esse ponto, para mim é interessante, sendo
que me lembrou muito a forma de contar historias de como o estúdio inglês Amicus
apresentava em seus filmes. Sendo assim, não me surpreenda se o rival da Hammer
na época, tenha se inspirado neste clássico para a realização de seus projetos.
Visto atualmente, é uma
trama que faz agente sentir, que já tenhamos testemunhado uma historia parecida
em outras mídias, mas que neste filme, ela é muito bem orquestrada pelo cineasta
austríaco.
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