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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cine Especial: O Centenário de Vincent Price

Eu sou uma pessoa que já assistiu a todos os tipos de filmes, de todos os gêneros e com isso assisti e conheci inúmeras atrizes e atores que são maiores que vida. Mas ninguém é infalível ou muito menos perfeito 100%. Digo isso pelo fato que a alguns casos que acabo conhecendo a filmografia de um ator, atriz e diretor por vezes tarde, seja por falta de tempo ou simplesmente por não encontrar em nenhuma locadora que se preze (depois reclamam quando agente recorre a internet).
Bom exemplo sobre isso é com relação ao grande ator dos filmes de horror Vincent Price (1911-1993) que se tornou mundialmente famoso em atuar em fitas de horror, seja da época dos estúdios Hammer ou da sua rival Amicus. Infelizmente pouco assisti do seu talento e somente o conheci a vários anos atrás quando Tim Burton o convidou para ser o criador da criatura em Eduard Mãos de Tesoura. Mais do que lógico, já que Burton, desde pequeno, era fã incontestável do ator, tanto que anos atrás ele havia criado um curta de animação sobre um garoto que vivia se imaginando sendo Vincent Price. Uma alusão lógica do próprio Burton de quando ele era pequeno e via os filmes de seu ator preferido e convidando ele para fazer uma participação de seu filme em 91 era com certeza um sonho realizado.
Outro filme que eu assisti com o ator foi O Corvo (1963) onde temos uma curiosa participação de um tal jovem Jack Nicholson. Neste filme, Price contracena com ninguém menos com Boris Karloff, o melhor monstro de Frankenstein de todos os tempos e com isso, o duelo de ambos foi histórico. Não posso me esquecer também de um pequeno papel (mas trivial) no qual ele atuou em Os Dez Mandamentos (1956). E por fim e (curiosamente) assisti há essa semana o clássico Casa do Terror, dos estúdios Amicus, onde Price interpreta um famoso ator de filmes de terror (só podia ser) que acaba sendo acusado (mas sem provas) de ter matado mulheres (incluindo sua esposa) usando seu personagem mais famoso Dr Morte. O filme ainda tem a participação de Peter Cushing outro cavalheiro dos filmes de terror da época.
Falando em Peter Cushing, é um que praticamente já vi quase todos os seus filmes que atuou, tanto na Hammer como no estúdio Amicus, assim como seu velho amigo (e ainda vivo) Christopher Lee, mas com relação a Vincent, só esses quatro filmes que eu citei que eu vi com relação a ele.... Até agora.
Amanhã no projeto Raros da sala P.S Gastal da Usina do Gasômetro (as 20h15min) estarei assistindo em uma sessão especial o filme O Abominável Dr.Fhibes (1971) de Robert Fuest. Uma forma de comemorar o centenário desse grande ator e fazer acender o interesse dessa nova geração (como eu).
Posso estar atrasado em conhecer mais sobre a filmografia de Vincent, mas já diz o ditado, antes tarde do que nunca e ele com certeza  não vai voltar do alem e cortar minha cabeça por meu desleixo.....ou vai???

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: DRÁCULA (1931)

UMA SOMBRA ANTIGA PAIRA NA CAPITAL GAUCHA  
sinopse: Drácula (Bela Lugosi) é um conde vindo dos Cárpatos que aterroriza Londres por carregar uma maldição que o obriga a beber sangue humano para sobreviver. Após transformar uma jovem em vampira ele concentra suas atenções em uma amiga dela, mas o pai da próxima vítima se chama Van Helsing (Edward Van Sloan), um cientista holandês especialista em vampiros que pode acabar com seu reinado de terror
Versão fiel do famoso romance de Bran Stocker. Tornou-se um clássico de horror, não tanto pela sua atmosfera e por seus efeitos visuais da época mas pela interpretação do húngaro Bela Lagosi no papel titulo. Com um olhar penetrante e uma presença que intimida com quem estiver por perto, o ator ficou marcado pelo resto de sua carreira como um dos primeiros e melhores Dráculas do cinema. Destaco também nesta produção a fantástica interpretação de Dwight Frye como o louco Renfield que por alguns momentos, chega a ser tão assustador quanto o próprio protagonista e não é a toa que muitos consideram essa a melhor versão do personagem.

Curiosidades: Foram rodados simultaneamente dois filmes sobre Drácula, um estrelado por Bela Lugosi e outro em versão espanhola e estrelado por Carlos Villarias e Lupita Tovar. Ambos os filmes dividiram os mesmos sets de filmagens, sendo que o filme de Lugosi era rodado durante o dia e a versão espanhola, que foi lançada no mesmo ano, era rodada à noite.
Drácula foi lançado nos cinemas em duas versões, sendo que uma delas era sem som algum, para ser exibida em salas que ainda não estivessem equipadas com sistema de áudio para filmes.
A Universal Pictures, produtora do filme, encomendou ao compositor Philip Glass uma nova trilha sonora para Drácula que foi inserida no filme em seu relançamento em outubro de 1999.

Em Cartaz: Sala P.F Gastal: Usina do Gasômetro: Rua João Goulrt 551, Porto Alegre.



Cine Dica: Em Cartaz: Frankenstein (1931)

ELE ESTA VIVO NA CAPITAL GAUCHA

Sinopse: Henry Frankenstein (Colin Clive), um cientista louco, vagueia à noite pelo cemitério na companhia de Fritz (Dwight Frye), um anão corcunda que é seu assistente. Frankenstein procura mortos e costura partes de diversos cadáveres para fazer um único homem, mas para "dar" a vida a este ser monstruoso um cérebro é necessário. Assim, ele manda Fritz para o departamento médico de uma universidade próxima, onde o corcunda esquadrinha vários jarros nos quais foram mantidos cérebros vivos para estudos. Fritz seleciona um cérebro e está rumo à porta quando se assusta com um carrilhão, fazendo-o derrubar o jarro. Ele rapidamente pega outro, sem reparar que no rótulo está escrito "cérebro criminoso". Frankenstein, desconhecendo o fato, coloca o cérebro em sua criatura e espera uma tempestade elétrica, que ele precisa para ativar a maquinaria que construiu para eletrificar o corpo da sua criatura. Durante esta experiência estranha Dr. Waldman (Edward Van Sloan), um tutor de Frankenstein no passado; Elizabeth (Mae Clarke), a noiva de Frankenstein; e Victor (John Boles), seu melhor amigo, tentam fazê-lo desistir deste experimento. Mas o cientista está frenético e logo infunde vida na criatura dele, mas as conseqüências de tal ato serão trágicas.
Baseado no romance de Mary Shelley, é considerado um clássico, pois marca a definição da linguagem do gênero de terror. Foi bastante influenciado pelos filmes do expressionismo alemão (O Gabinete do Dr Galigari, Nosferatu) especialmente na fotografia em preto e branco e no modo de interpretar, repleto de gestos bruscos. Assinala também o surgimento de um dos grandes interpretes de filmes de horror Boris Karloff, até então um ator secundário na época. O ator voltaria em mais dois filmes (A Noiva de Frankenstein e o Filho de Frankenstein) que por sinal, não fazem feio perante a obra original

Em Cartaz: Sala P.F Gastal: Usina do Gasômetro: Rua João Goulrt 551, Porto Alegre.


Cine Dica: Em Cartaz: M, o Vampiro de Dusseldorf

O ASSASSINO M RONDA PORTO ALEGRE
sinopse: Dusseldorf passa por um momento crítico. Assassinatos em série assustam os moradores da cidade. Meninas são abordadas, seviciadas e mortas por um homem que desafia a polícia. À busca de pistas, qualquer pessoa pode ser o procurado e, por vezes, inocentes são acusados.
A polícia vasculha a cidade enquanto os mafiosos, tendo como chefe o poderoso Schränker, montam uma "tropa" composta por mendigos e trapaceiros. O propósito é encontrar o assassino, antes da polícia. Assim, estariam livres para promover seus "negócios"
O primeiro filme falado do diretor austríaco Fritz Lang (Metropolis) e foi baseado em fatos verídicos.. A trama é baseada sobre um assassino de crianças, Peter Kürten, que por volta de 1925 cometeu 10 crimes na cidade de Düsseldorf
O filme é um verdadeiro retrato do clima de terror que se alastrava na Alemanha, na época da ascensão do nazismo e para piorar o cinema alemão estava vivendo seus piores anos, contudo, Anjo Azul e M., o vampiro de Dusseldorf são exceções honrosas.
Rodado do começo ao fim em estúdio, M revela o então ator de teatro Peter Lorre (1904-1968) que, apesar de ter atuado em outros filmes posteriores, ficou marcado para sempre como o homem de olhos esbugalhados e se tornou um dos maiores vilões do cinema..
Não faltam momentos que se tornaram clássicos desse filme, como a parte do cego, vendedor de balões, que tem contato com o assassino. Ele o reconhece através da melodia que o homem assobia. Alertado, um dos componentes da "tropa" escreve com giz um M (Mörder= assassino) na palma da mão, marcando o facínora nas costas. Após uma grande perseguição, os mafiosos capturam o assassino e o submetem a julgamento. Num monólogo, considerado um dos mais expressivos e inesperados da historia do cinema.

Em Cartaz: Sala P.F Gastal: Usina do Gasômetro: Rua João Goulrt 551, Porto Alegre.   

terça-feira, 24 de maio de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: Ladrões de Bicicleta

A Guerra não impediu que a Itália criasse uma das suas maiores obras primas, cujo retorno em cartaz em Porto alegre é mais do que bem vindo.
sinopse: Em Roma um trabalhador de origem humilde, Antonio Ricci (Lamberto Maggiorani), é razoavelmente feliz e trabalha para sustentar a família. Precisando ter uma bicicleta para pegar um emprego, com sacrifício ele consegue recuperar a sua bicicleta, que estava empenhada. Entretanto ela é roubada, para seu desespero. Juntamente com seu filho Bruno (Enzo Staiola), Antonio a procura pela cidade. Como não consegue encontrá-la, ele resolve cometer o mesmo crime.
O cinema Italiano renasce das ruínas da II Guerra Mundial, situações do dia dia, personagens comuns vividos por atores não profissionais, filmagens nas ruas, sem recursos do estúdio. Uma obra prima com argumento de Cezare Zavattini, fiel colaborador de DeSica. Oscar de melhor filme estrangeiro. Um dos grandes clássicos do cinema mundial e que não pode deixar de ser visto em uma sala de cinema.   

Curiosidades: Todos os atores presentes no filme são amadores. Esta foi uma decisão do diretor Vittorio De Sica, que preferiu não usar profissionais no elenco. – Vittorio De Sica declarou que escolheu os atores que interpretam os personagens Antonio e Bruno devido ao modo de andar de ambos. – O pôster que o personagem Antonio Ricci coloca é de Gilda (1946).

Em Cartaz: Cinebancários: Rua General Câmara, nº 424 - Centro Porto Alegre

Cine Dicas: Em Cartaz: As Bicicletas de Belleville

Obra prima de Sylvain Chomet volta em cartaz
em Porto Alegre

Sinopse: Champion é um menino solitário, que só sente alegria quando está em cima de uma bicicleta. Percebendo a aptidão do garoto, sua avó começa a incentivar seu treinamento, para fazê-lo um verdadeiro campeão e poder participar da Volta da França, principal competição ciclística do país. Porém, durante a disputa, Champion é sequestrado. Sua avó e seu cachorro Bruno partem então em sua busca, indo parar em uma megalópole localizada além do oceano e chamada Belleville.
Na época (2003) o estreante em longas-metragens, o animador Sylvain Chomet põe em prática tudo o que aprendeu em quarenta anos de vida e duas décadas de devoção aos quadrinhos e aos desenhos. Assim, o visual desse filme já espanta de cara, pela mistura impressionantemente harmoniosa entre o tradicionalismo artesanal e os artifícios tridimensionais, além de personagens cativantes e melancólicos.
Visualmente o filme presta homenagem ao cinema expressionista alemão e o cinema mudo, contudo é uma obra diferente de tudo que já se viu e que fala por si só. E é por isso mesmo que o filme volta em cartaz em Porto Alegre e nada mais do que justo, uma obra prima como essa, ser apreciada no escurinho do cinema.

Em cartaz: Cinebancários:  Rua General Câmara, nº 424 - Centro Porto Alegre.

Cine Dicas: Lançamento em DVD e Blu-Ray (24 05 11)

O MÁGICO

Sinopse: Um senhor trabalha como mágico, mas vê o público diminuir cada vez mais devido à preferência por atrações mais jovens e populares. Como consequência, ele tem menos oportunidades de trabalho e precisa viajar para se manter. Numa destas viagens, rumo à Escócia, ele conhece uma garota, a quem presenteia com um par de sapatos. Ao ir embora ela decide ir com ele. Ao mesmo tempo em que deseja ajudá-la, ele precisa encontrar meios para sustentar ambos.
Depois do primor que foi As Bicicletas de Belleville, muitos estavam esperando qual seria o próximo projeto de Sylvain Chomet e se seria igual ou melhor que o seu filme anterior. A resposta esta no filme O Mágico, obra tão ousada e fascinante que pode muito bem entrar na fila de obras primas recentes criadas na França.
Ao apresentar o dia a dia de dois personagens em busca de uma forma de sustento, o filme toca em um assunto delicado sobre as quão certas pessoas tem enorme talento, mas possui uma grande dificuldade em atrair o publico com o seu dom. O mágico em si, protagonista na trama, é um gênio nesta arte, mas o publico em geral se afasta dessa arte devido a outras formas de entretenimento que por vezes, soam vazias. Em contra partida o protagonista consegue força através da garota que conhece e tenta de todos os meios sustentá-la, mas o ótimo filme como ele é, tem um pé na realidade e com isso nem tudo sai como o esperado.
Com uma bela fotografia cor pastel e traços incomuns na animação, O Mágico foi indicado a inúmeros prêmios, incluindo o Oscar de melhor filme de animação, perdendo é claro para Toy Story 3, mas isso é o que menos importa, pois provou que Sylvain Chomet pode ir muito mais longe em termos de animação. É esperar por novas obras primas que estarão por vir nos próximos anos através dele. .


ALÉM DA VIDA
Sinopse: Três pessoas são tocadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um americano que desde pequeno consegue manter contato com a vida fora da matéria, mas considera o seu dom uma maldição e tenta levar uma vida normal. Marie (Cécile De France) é jornalista, francesa, e passou por uma experiência de quase morte durante um tsunami. Em Londres, o menino Marcus (Frankie McLaren/George McLaren) perde alguém muito ligado a ele e parte em busca desesperada por respostas. Enquanto cada um segue sua vida, o caminho deles irá se cruzar, podendo mundar para sempre as suas crenças. (RC).
Se por um lado Clint Eastwood já ter anunciado em parar de atuar ( sua ultima atuação foi em Gran Torino) por outro lado, não mostra nenhum sinal em largar a cadeira de diretor e por conta disso, podemos esperar outros títulos para fazer parte de sua filmografia. Em seu mais novo filme, o diretor toca no assunto muito bem conhecido pelo publico brasileiro (após Nosso Lar e Chico Xavier) que é sobre vida após morte ou simplesmente sobre o espiritismo, através de três pessoas. Um tem o dom de se comunicar com os mortos (Matt Damon como ele mesmo) que faz de todo o possível largar essa vida. Um garoto ( Frankie McLaren espetacular) perde o irmão gêmeo e decide procurar um meio de se comunicar com ele, mesmo sendo cético em alguns momentos. E por ultimo, temos a jornalista (Cécile De France ótima) que após ter sobrevivido em um tsunami (em uma seqüência espetacular) começa a ter visões do que poderia ser da vida após morte e com isso procura respostas.
Embora o cruzamento de ambos os personagens soe forçado quando finalmente se encontram, o diretor consegue com muito esforço manter a atenção do espectador com relação a historia dos três, principalmente do personagem de Frankie McLaren, que foi o melhor desenvolvido. Embora com um final sem muitas surpresas, Clint Eastwood cumpre com o seu papel de bom diretor, mesmo em uma trama simples, porem, eficaz.