Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Matt Damon. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Matt Damon. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 25 de março de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: ‘CONTÁGIO’

Sinopse: A comunidade médica mundial inicia uma corrida contra o tempo no longa Contágio. Isso porque um vírus altamente transmissível se espalha pelo ar multiplicando rapidamente os contagiados que morrem em poucos dias, sem chances de cura. Mais rápido do que o vírus, o pânico toma conta de toda população que luta para sobreviver numa sociedade que está desmoronando. 

A gripe suína que surgiu nos primeiros anos do século vinte e um parecia uma doença que ameaçava o mundo de uma forma indescritível. Passado o pânico, percebeu-se que a mortalidade dessa doença era igual a das outras gripes comuns. Com isso, esse cenário paranoico é muito bem visto em "Contágio" (2011), mas de uma forma bem mais avassaladora, mas não menos realista. Ao mesmo tempo, Steven Soderbergh injeta inúmeras teorias de conspiração sobre a origem do vírus, tanto o lado bom como um lado ruim de uma possível vacina e o que é mentira e o que é verdade sobre o assunto quando é posto na rede. O filme consegue equilibrar essas várias tramas em uma verdadeira montanha russa de acontecimentos nas quais o diretor jamais deixa sair dos trilhos. Isso graças se deve também a um elenco estelar, em que cada um interpreta um personagem que acaba desencadeando inúmeros acontecimentos colocados na tela, para então ambos os personagens com os seus dramas pessoas em meio ao caos se entrelacem um com os outros. Algo semelhante que o diretor fez (e muito bem) em um dos seus filmes clássicos, “Traffic” (2000).
Uma das tramas, por exemplo, é muito bem representada por Matt Damon que, aliás, prova que é versátil na forma física dos personagens, tanto aqui, como também foi visto em “O Desinformante” (2009) (também de Soderbergh). Contágio, também remete a outros filmes que se tornaram imediatamente clássicos do gênero catástrofe, ao explorar o lado sombrio do ser humano perante em situações limites. Imediatamente muitos críticos da época compararam o filme com a obra literária “Ensaio sobre a cegueira”, que já foi levado ao cinema por Fernando Meirelles e sendo que a comparação é mais do justificável. Em ambos os casos, a fotografia ajuda o espectador a ter uma ligeira ideia do que os personagens passam. Se no filme de Meirelles a fotografia é bastante clara e estourada, para fazer espectador prove uma ligeira sensação da cegueira branca dos personagens, em “Contágio”, a luz deixa os personagens pálidos ou corados, dependendo do teor das cenas e da relação deles com a epidemia.
Por fim, “Contágio” é uma incrível aula de edição onde o diretor passa em cada cena as inúmeras formas da pessoa pegar o vírus. O prólogo e o epilogo são um belo exemplo disso, onde faz também uma referência explicita a teoria do caos ou simplesmente o efeito borboleta. Só por isso, o filme teria merecido na época um reconhecimento na parte técnica no Oscar. Que Steven Soderbergh não se aposente tão cedo como muitos meios de comunicação sempre dizem por aí ao longo dos anos.   


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Ford vs Ferrari' Emoção em alta velocidade

Sinopse: a incrível história real do visionário designer automotivo americano Carroll Shelby (Damon) e do destemido piloto britânico Ken Miles (Bale). Juntos, eles lutaram contra o domínio corporativo, as leis da física e seus próprios demônios. 

O público em geral de cinema ficou mal-acostumado a franquias como, por exemplo, "Velozes e Furiosos", em que ação ininterrupta orquestrada por carros não permite um melhor desenvolvimento dramático. Não é o mesmo o que acontece com o maravilhoso "Rush - No Limite da Emoção" (2013) que retrata um dos períodos mais poéticos da Formula 1 e transitando entre ação e boas doses de emoção. É mais ou menos isso o que acontece com o filme "Ford vs Ferrari", onde o lado humano dos personagens se alinha com altas doses de cena de ação, roteiro caprichado e retratando uma visão mais poética de tempos mais dourados.
Dirigido por James Mangold, do ótimo filme "Logan"(2017), a trama se passa nos anos de 1960, onde a Ford resolve entrar no ramo das corridas automobilísticas de forma que a empresa ganhe o prestígio de sua concorrente Ferrari, campeã em várias corridas. Para tanto, contrata o ex-piloto Carroll Shelby (Matt Damon) para chefiar a empreitada, mas  por mais que tenha carta branca para montar sua equipe, incluindo o piloto e engenheiro Ken Miles (Christian Bale), Shelby enfrenta problemas com a diretoria da Ford, especialmente pela mentalidade mais voltada para os negócios e a imagem da empresa do que propriamente em relação ao aspecto esportivo.
O filme é um verdadeiro prato cheio para quem curte o automobilismo, independente de qual modalidade do automobilismo a pessoa tenha acompanhado ao longo desses anos. Visualmente o filme é um verdadeiro requinte sobre a época, onde a fotografia de cores quentes sintetiza tempos mais ricos e dourados com relação a esse esporte. Por conta disso, é um tempo em que o risco era maior, porém, não menos poético e desafiador.
Em contrapartida, o filme não esconde o lado ambicioso dos verdadeiros donos dessas maquinas, cujo o único objetivo é criar e vender as marcas para o redor do mundo e assim somente para obter lucro. Por outro lado, tanto os personagens de Damon como de bale, são pessoas que enxergam nesse esporte algo muito além do que os seus chefões podem ver e testam a todo momento os seus próprios limites em meio a alto velocidade. Falando nela, qualquer cena de corrida vista nesse filme dá de dez a zero para qualquer capitulo da franquia "Velozes e Furiosos", pois aqui se tem um retrato mais realista e cru para aqueles que viveram e morreram segurando um volante na mão.
Tanto Matt Damon como Christian Bale estão ótimos em seus respectivos personagens, sendo que esse último nos brinda, novamente, com uma de suas melhores atuações de sua carreira. Como um verdadeiro camaleão, Bale muda em cada um dos seus filmes em que atua e aqui não é diferente, ao interpretar um Ken Miles disposto a ultrapassar os seus próprios limites na pista. Mas se bale é o lado emocional, Damon é a razão que passa através do seu personagem e fazendo de ambos os protagonistas os dois lados dessa mesma moeda.
O ato final nos brinda com momentos emocionalmente eletrizantes, onde o jogo de gato e rato visto tanto na pista, como também entre os engravatados da escuderia, dominam a tela. Ao chegarmos na reta final do filme, concluímos que essas pessoas vivem somente pelo que realmente gostam, independente das consequências que vierem pelo caminho. Ao testemunharmos isso só ficamos lamentando que o automobilismo de hoje tenha perdido esse lado poético e mais dourado daqueles tempos já longínquos.
"Ford vs Ferrari" é prato cheio para quem gosta de velocidade de tempos em que o perigo tornava esse esporte muito mais poético e saboroso.  


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.