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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Cine Dica: Streaming - 'Top Gun: Maverick'

Sinopse: Depois de mais de 30 anos de serviço como um dos principais aviadores da Marinha, Pete "Maverick" Mitchell está de volta, rompendo os limites como um piloto de testes corajoso. No mundo contemporâneo das guerras tecnológicas, Maverick enfrenta drones e prova que o fator humano ainda é essencial. 

Embora seja um clássico dos anos oitenta eu nunca fui muito fã de "Top Gun: Ases Indomáveis" (1986) de Tony Scott, sendo que eu achava que o filme havia feito o sucesso que fez graças a sua contagiante trilha sonora e sendo liderada pelo tema "Take My Breath Away". O problema que quando eu havia assistido eu era ainda muito jovem, tinha uma outra mentalidade e talvez não havia capitado a mensagem principal da obra como um todo, de que devemos superar os nossos limites e alcançarmos o que parecia impossível de ser feito. Pois bem, "Top Gun: Maverick" (2022) fez o que parecia impossível, superou o primeiro filme, funciona como uma obra independente, quebra todos as previsões negativas e nos brinda da melhor maneira possível sobre como se faz realmente cinema.

Dirigido por Joseph Kosinski, que já havia trabalhado com Ton Cruise em "Oblivion" (2013), o filme acompanha a história de Pete “Maverick” Mitchell, um piloto à moda antiga da Marinha que coleciona muitas condecorações, medalhas de combate e grande reconhecimento pela quantidade de aviões inimigos abatidos nos últimos 30 anos. Entretanto, nada disso foi suficiente para sua carreira decolar, visto que ele deixou de ser um capitão e tornou-se um instrutor. A explicação para esse declínio é simples: Ele continua sendo o mesmo piloto rebelde de sempre, que não hesita em romper os limites e desafiar a morte. Nesta nova aventura, Maverick precisa provar que o fator humano ainda é fundamental no mundo contemporâneo das guerras tecnológicas. 

O filme em si não é muito diferente de outros títulos que foram criados para nos despertar aquela nostalgia em nós, mas não somente por aqueles que são fãs do longa original, como também para aqueles que cresceram na década de oitenta e da qual se torna cada vez mais dourada na medida em que o tempo passa. Porém, o filme não se sustenta somente por essa fórmula, como também consegue sair da sombra da obra original e obter a sua voz própria. Mesmo que você não tenha visto o clássico de 1986 irá compreender toda a proposta desse longa como um todo e podendo degusta-lo de uma forma mais tranquila e sem ter que vasculhar o que havia sido feito no passado.

Aqui Maverick é o veterano, que não sabe fazer mais nada na vida, a não ser pilotar um avião e procurando sempre se superar na medida certa. A partir do momento que é chamado para treinar novos recrutas para uma missão suicida se percebe que as novas regras não dependem somente da nova tecnologia, como também da mão humana e que ainda é a melhor arma para se criar algo em que a máquina não supera. Tom Cruise, enfim, aceita que está realmente envelhecendo, mas querendo provar que ainda pode nos oferecer algo e pelo visto ele consegue aqui essa mensagem com bom êxito.

Falando em tecnologia, o filme é uma resposta mais do que obvia sobre o que está acontecendo com o cinema atual, principalmente com relação aos blockbusters de hoje que se encontram cada vez mais carregados de CGI sem nenhum peso, sem vida e dos quais os mesmos irão envelhecer muito mal algum dia. Não é o que acontece aqui, onde vemos os próprios atores dentro dos aviões, voando realmente no céu aberto e tornando tudo mais verossímil. Tudo feito em grande escala para ser visto e revisto em uma tela IMAX e provando que as velhas técnicas de se filmar sempre serão validas para fazer o cinema de verdade continuar a existir.

Mas como eu disse acima, é um filme que funciona mesmo se você não assistiu ao clássico. Porém, a trama faz questão de sempre resgatar uma peça importante da obra original e por conta disso a imagem de Goose (Anthony Edwards), ala e amigo de Maverick no primeiro filme se torna uma aura constante dentro da trama principalmente com a presença do seu filho Bradley "Rooster" Bradshaw (Miles Teller) e que possui certos atritos com o protagonista devido ao passado. Passado esse que bate à porta de uma maneira ainda mais forte quando surge em cena o personagem Tom "Iceman" Kasanzky (Val Kilmer), rival do passado do protagonista e agora almirante e grande amigo do protagonista.

Na cena, surge a esposa de Iceman que conta para Maverick que o seu câncer havia retornado. Como consequência disso, o personagem de Val Kilmer conversa por meio de um computador, convencendo Maverick a aceitar o seu papel na Top Gun. Para aqueles que não sabem, Kilmer realmente enfrentou um câncer na garganta, sendo que isso é melhor explicado em seu documentário "Val" (2021) e fazendo com que essa cena aqui se torne ainda mais impactante e, na minha opinião, uma das melhores partes do filme.

Ao mesmo tempo, a trama procura nos dizer que caminha com os novos tempos, onde um certo machismo acentuado na obra original procura aqui se atualizar com a presença forte da mulher atual. Embora Penny (Jennifer Connelly) seja o novo par romântico de Maverick, na cena do bar ela ensina ao mesmo que certas paqueras de hoje podem sim ter consequências e fazendo de a briga dos sexos ficar melhor anivelada. E se ela não é o suficiente para as feministas de plantão, a piloto Phoenix, por sua vez, segura todas as pontas no ar e correspondendo para aqueles que esperam maior diversidade.

O ato final em si é tudo aquilo que os fãs esperam, cuja as cenas de ação são desde já uma das melhores do ano e alinhado com uma carga de pura tensão que nos faz respirar fundo. Ao final, concluímos que Tom Cruise não é muito diferente do seu Maverick, sendo uma pessoa que tenta sempre superar os seus próprios limites, mesmo quando corre um sério risco de se machucar realmente. A missão foi cumprida e só nos restando a dúvida o que virá logo em seguida.

"Top Gun: Maverick" vem em um momento em que o cinema atual procura resgatar sobre o que era ser realmente cinema em grande escala e o filme nos mostra da melhor maneira possível de como essa arte precisa ser dirigida. 

Onde Assistir: Locação pelo Youtube.

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