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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 30 de junho de 2020

Cine Especial: 'Perfect Blue' - Uma Fonte de Inspiração

Sinopse: Mima Kirigoe é membro de uma banda de música pop japonesa (j-pop), chamada "CHAM!", que decide deixar a banda para se dedicar à carreira de atriz. Alguns fãs ficam descontentes com a repentina mudança de carreira, pois Mima, sendo um ídolo pop, é vista como uma menina inocente e angelical. 
Alguns ótimos filmes acabam se tornando uma forte fonte de influência para elaboração de outros ótimos filmes que vieram a nascer mais adiante. O clássico longa de animação japonesa "O Fantasma do Futuro" (1995), por exemplo, serviu como uma verdadeira fonte de ideias para que as irmãs  Wachowski criassem alguns anos depois "Matrix" (1999). "Perfect Blue" (1997) segue esse meu raciocínio, pois ao assisti-lo se percebe que o filme serviu de base para a realização de, ao menos, dois ótimos filmes do diretor Darren Aronofsky.
Dirigido por  Satoshi Kon, do filme "Paprika" (2008), o filme conta a história de Mima Kirigoe, uma cantora pop de uma banda CHAM!, mas decide se tornar uma atriz, tendo como primeiro projeto uma série de crime dramática. Muitos de seus fãs ficam chateados com sua decisão e uns deles, obcecado por Mima, começa a persegui-la e a enviar mensagens a chamando de traidora. Decidida a ignorar tais fatos, ela se preocupa com sua personagem na série que sofrerá um sequestro em um dos episódios. Sem ter noção da possibilidade de ser afetada pela cena, Mima fica traumatizada e começa a não saber distinguir a realidade da ficção. Seu problema maior começa quando seus colegas de trabalho são assassinados e as provas apontam para ela mesma.
Tendo criado um universo rico de detalhes em seu filme "Paprika", o diretor Satoshi Kon novamente nos surpreende com o seu traço simples, mas cheio de detalhes em diversas cenas e que servem até mesmo de pistas sobre o que irá acontecer mais pra frente no decorrer da trama. Embora seja uma animação japonesa o filme não é para todos, já que ele transita para momentos de suspense psicológico, cenas fortes de violência e das quais deixaram muitas pessoas chocadas. Ao mesmo tempo, o filme é uma dura crítica sobre a máquina do sistema que faz celebridades instantâneas, mas que nunca se pergunta se a mesma realmente desejava essa vida.
Como dito acima, o filme serviu de forte inspiração para que Darren Aronofsky criasse seus filmes como, por exemplo, "Réquiem para um Sonho" (2000) e, principalmente, "Cisne Negro" (2009). Aliás, a situação de Mima é extremamente semelhante com a situação da personagem de Natalie Portman, já que ambas começam a ter crises de identidade, mania de perseguição e fazendo elas duvidarem de suas próprias realidades. Se alguns achavam que "Cisne Negro" lembrava o clássico "A Repulsa do Sexo" (1965) é porque não conhecia a real paixão de  Darren Aronofsky.
Além disso, o filme é um verdadeiro quebra cabeça, sendo rico em diversas situações que nos faz perguntar quando é real e quando é fantasia da protagonista. Em alguns casos, por exemplo, temos a sensação de estarmos assistindo a um filme dentro de um filme, já que a personagem deseja se tornar uma atriz, mas não separando para nós quando está sendo ela mesma ou a sua personagem. Por essa observação, não me surpreenderia se o filme tivesse também servido de fonte de inspiração ao realizador David Lynch ao criar o seu filme "Império dos Sonhos" (2006).
Com diversos momentos de pura tensão, o filme nos prende na cadeira e fazendo com que aflição da protagonista se torne a nossa. Em sua reta final, o filme pode até entregar algumas respostas, mas fazendo levantar inúmeras outras perguntas e fazendo com que tenhamos o desejo de revisita-lo novamente. "Perfect  Blue" é uma viagem extra-sensorial cinematográfica, a frente de sua época e sendo até hoje uma forte fonte de inspiração. 

Onde assistir: Youtube. 

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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Cine Dica: Live Seriada #1 - "François Truffaut Revisitado"


Série especial de Lives que vai analisar a filmografia do cineasta francês.
A cada Live dois filmes do realizador serão analisados pela curadora de cinema e pesquisadora da obra de Truffaut, TÂNIA CARDOSO.

NÃO PERCA!
PARTICIPE. É GRÁTIS. ACESSO LIVRE.
Live Seriada #1: "FRANÇOIS TRUFFAUT REVISITADO" com TÂNIA CARDOSO

* Filmes: 
"OS PIVETES" (Les mistons, 1957)

Curta-metragem.
Durante um verão fervoroso, cinco garotos se dedicam a espiar Bernadette e Gérard, um casal de amantes. Aproveitando que o homem vai em uma expedição alpinista, os jovens enviam para a moça um cartão provocante.

"OS INCOMPREENDIDOS" (Les quatre cents coups, 1959)
O filme narra a história do jovem parisiense Antoine Doinel, um garoto de 14 anos que se rebela contra o autoritarismo na escola e o desprezo de sua mãe e de padrasto (Gilberte e Julien Doinel). Rejeitado, Antoine passa a faltar as aulas para frequentar cinemas ou brincar com os amigos, principalmente René. Com o passar do tempo, vivenciará algumas descobertas e cometerá pequenos delitos em busca de atenção até ser aprisionado em um reformatório, levado pelos próprios pais

* QUANDO: Terça-feira - Dia 30 / Junho
* HORÁRIO: 20 horas
* ONDE: Instagram - @cardoso.taniac

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Cine Especial: 'TUBARÃO' - 45 ANOS DEPOIS


Se um filme sobrevive ao longo do tempo muito se deve ao empenho e perfeccionismo dos envolvidos. Muito disso, claro, se deve ao cineasta que se dedica de corpo e alma ao projeto, não para obter somente o lucro, mas sim para a obra ser lembrado conforme o tempo vai passando. Quarenta e cinco anos já se passaram, mas "Tubarão" (1975) continua sendo uma obra criada pelo esforço e determinação e isso muito se deve a Steven Spielberg.
Contratado pelos produtores Richard D. Zanuck e David Brown, Steven Spielberg estava vindo do sucesso que colheu pela sua realização do telefilme "Encurralado" (1971), do qual contava a história de um cidadão comum sendo perseguido sem motivo algum por um caminhão controlado por um motorista que jamais vimos o seu rosto ao longo da história. Com planos-sequências mirabolantes, além de pitadas de suspense bem ao estilo Alfred Hitchcock, Spielberg chamou atenção dos produtores logo de cara e recebendo carta branca para fazer da sua maneira o filme baseado no livro "Tubarão" escrito por Peter Benchley. Porém, mal sabia ele dos percalços que teria para realizar a sua primeira grande obra prima.
Além das dificuldades de se filmar em alto mar, os realizadores tiveram um grande problema de controle do tubarão mecânico em alto-mar, pois a água salgada fazia com que ele não funcionasse direito durante as filmagens. A solução para contornar esse problema foi criar uma verdadeira aura de suspense, onde no primeiro ato da trama quase não se vê a imagem da criatura, mas sim somente a sua barbatana e suas terríveis consequências. Dentre outras soluções também foi o uso dos barris amarelos dentro da trama e substituindo o uso do tubarão mecânico em muitas tomadas.
Basicamente o filme é dividido em dois atos, onde no primeiro é apresentado o cenário dos acontecimentos, seus personagens principais e a situação até então inédita na fictícia praia  Amity. Já o segundo ato é onde começa a caçada iminente, onde os três protagonistas, o xerife Martin (Roy Scheider), o pesquisador Hooper (Richard Dreyfyss) e o caçador Quint (Robert Shaw) vão a caça do tubarão em alto-mar. Em ambos os casos há cenas inesquecíveis, onde se há uma construção de suspense caprichada e fazendo a gente temer pelo próximo ataque que irá ocorrer.
Cinéfilo como ninguém, Steven Spielberg não esconde o seu carinho pela forma como Alfred Hitchcock filmava os seus filmes que se tornaram verdadeiros clássicos, principalmente com relação a sua obra prima "Vertigo" (1959). É por esse filme, por exemplo, que Spielberg se inspirou ao usar o mesmo recurso que o mestre do suspense havia usado, em sequência de zooms e afastamento da câmera, que dá ao público a sensação profundidade. Isso pode é visto na sequência em que uma criança se torna a segunda vítima do tubarão durante a trama.
Mas sem sombra de dúvida, em termos técnicos, o maior trunfo do filme se encontra em sua trilha sonora composta pelo mestre John Williams. Com apenas duas notas sinistras, Williams criou mais do que uma trilha sonora, como também uma espécie de alerta para toda vez que o tubarão se aproxima e fazendo com que o público fique a frente dos protagonistas com relação a sua aproximação. Em várias ocasiões Steven Spielberg sempre deixou muito claro que metade do sucesso do filme se deve ao trabalho de Williams e do qual ganhou um Oscar pela categoria merecidamente.
Mas é claro que nenhum grande filme não se sustenta se não houver um bom elenco e é isso que esse grande clássico possui através do seu trio central de protagonistas. Tanto Roy Scheider como Richard Dreyfyss estão ótimos em seus respectivos personagens, sendo ambos os dois lados da mesma moeda com relação a uma situação que testa os seus próprios limites no segundo ato da trama. Porém, Robert Shaw rouba a cena toda vez que seu personagem Quint abre a boca e seu discurso sobre o seu passado no navio USS Indianapolis é disparado o meu momento favorito da trama.
Lançado em 20 de junho de 1975 nos EUA, o filme foi contra todas as expectativas daqueles que achavam que ele se tornaria um verdadeiro fracasso. Fora o fato dos inúmeros problemas que o filme havia passado durante a sua realização, para muitos, lançar um filme na época de férias, em que muitos americanos iriam para as praias seria um tremendo tiro no pé. Ao invés disso o filme se tornou um grande sucesso, tanto de público como de crítica, se tornando o primeiro filme a chegar a marca de cem milhões de dólares de bilheteria nos EUA e inaugurando a era dos Blockbuster do verão americano.
Durante quarenta e cinco anos houve continuações, imitações, mas nenhuma superou o brilho de "Tubarão", filme que tinha tudo para dar errado, mas que acabou se tornando um grande marco cinematográfico. 

Assistir aonde: Youtube, Google Play filmes e Netflix. 

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Cine Dica: O Cine Drive-In Porto Alegre - Sessão: Casablanca


Quando? 26 de junho, 19h
Onde? Estacionamento da ADVB - Rua Edvaldo Pereira Paiva, 1505 - Acesso pela entrada na frente do Anfiteatro Pôr do Sol - Porto Alegre

Onde eu compro? No LINK NA BIO ❤️ ou se preferir https://uhuu.com/v/driveinpoa-49

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Cine Dica: O Cine Drive-In - Porto Alegre: Sessão: Whiplash: Em Busca da Perfeição

Confira a minha crítica sobre o filme na época do seu lançamento clicando aqui. 

Mais um queridinho da última semana de drive-in. Whiplash é sobre arte, sobre música, sobre superação. atuações impecáveis, temos orgulho de tê-lo conosco!

O Cine Drive-In - Sessão: Whiplash: Em Busca da Perfeição
Quando? 25 de junho, 19h
Onde? Estacionamento da ADVB - Rua Edvaldo Pereira Paiva, 1505 - Acesso pela entrada na frente do Anfiteatro Pôr do Sol - Porto Alegre

Onde eu compro? No LINK NA BIO ❤️ ou se preferir: https://uhuu.com/v/driveinpoa-49

terça-feira, 23 de junho de 2020

Cine Especial: ‘PSICOSE’ - 60 ANOS DEPOIS



O cinema muda de acordo com o seu mundo envolta, mesmo tendo alguns que demoraram algum tempo para entenderem isso. Durante décadas, o cinema americano sofria com as regras morais do Código Hays (1930 – 1968), do qual havia uma censura que não permitia que muitos realizadores pudessem praticar a sua total liberdade artística e tão pouco mostrando na tela uma realidade que realmente existia fora das telas. Porém, ao final dos anos sessenta a situação mudou, já que as guerras, crise econômica e liberdade de expressão bateram nas portas de hollywood e fazendo com que os seus engravatados de plantão encarasse finalmente o mundo real para realizar, enfim, filmes que falassem um pouco sobre o que realmente acontecia do lado de fora.
Antes disso, o cinema norte americano se sustentava com os seus gêneros de entretenimento, desde aos filmes de faroeste como musicais, mas dos quais alguns não venceram ao teste do tempo. O gênero de terror, por exemplo, foi um que teve diversas mutações, desde aos monstros em preto e branco da Universal dos anos trinta, para os monstros mais violentos e coloridos dos estúdios da Hammer no final dos anos cinquenta. Em meio essas mutações houve um cineasta que lutou por manter a sua visão autoral com relação ao suspense, mas mantendo os pés firmes no chão, pois o horror psicológico era muito mais interessante e esse feito só foi adquirido por Alfred Hitchcock.
Enquanto os outros estúdios sempre brincavam em usar diversos monstros, Alfred Hitchcock, por sua vez, sempre optou em captar o lado mais sombrio do ser humano e para assim criar filmes de suspense que entraram para história do cinema. Antes do final dos anos cinquenta ele já havia criado diversas pérolas, desde ao filme "Interlúdio" (1946), para o "Festim Diabólico" (1948), "Janela Indiscreta" (1954) e "Um Corpo que Cai" (1958) que, aliás, é considerado para muitos atualmente o melhor filme de todos os tempos. Eis que chega então o ano de 1960, época em que alguns duvidavam se a genialidade de Hitchcock ainda estava intacta, mas eis que o mesmo surpreende o mundo com a sua obra prima "Psicose" (1960).
Baseado no livro de Robert Bloch, o filme conta a história de Marion Crane (Janet Leigh) uma secretária que rouba 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha para se casar e começar uma nova vida. Durante a fuga à carro, ela enfrenta uma forte tempestade, erra o caminho e chega em um velho hotel. O estabelecimento é administrado por um sujeito atencioso chamado Norman Bates (Anthony Perkins), que nutre um forte respeito e temor por sua mãe. Marion decide passar a noite no local, sem saber o perigo que a cerca.
Alfred Hitchcock fez questão de usar todos os recursos possíveis para que a sua história não vazasse, já que o efeito surpresa seria o seu maior trunfo durante a projeção do filme. Basicamente a obra possui dois atos, sendo que o primeiro termina de uma das maneiras mais imprevisíveis da história do cinema, enquanto o segundo explora as suas consequências. Mesmo que alguém deste mundo ainda não tenha visto o filme por completo, a cena do assassinato no chuveiro é conhecida por todos, entrando para a história como um dos momentos mais chocantes do cinema e dali em diante nada mais seria o mesmo.
Com uma aterrorizante trilha sonora de Bernard Herrmann, a cena do chuveiro teve cada frame criado de uma forma muito bem pensada, onde o perfeccionismo do diretor quase levou atriz Janet Leigh a temer a presença do próprio no set de filmagem. Por possuir um alto-grau de violência nesta cena chave, o filme foi rodado inteiramente em preto e branco para amenizar esse grande momento, mas a trilha de Herrmann fez com que ela se tornasse muito mais angustiante e inesquecível. A cereja do bolo é a sua conclusão, onde a câmera do cineasta faz um giro de trezentos e sessenta graus no olhar sem vida da protagonista e deixando toda a plateia atônica.
O filme inaugurou a nova era do horror, mais precisamente aquele que melhor explorasse o terror psicológico e tornando a presença de um psicopata muito mais aterrorizante do que um Frankenstein e Drácula daqueles tempos. hollywood percebendo o que estava ocorrendo logo correu para elaborar inúmeros filmes que exploram isso e nascendo assim obras como, por exemplo, “O Que Terá Acontecido a Baby Jane?” (1962). Mas, curiosamente, a tendência para esse tipo de terror talvez já estivesse acontecendo até mesmo fora dos EUA, já que em abril do mesmo ano havia sido lançado o filme inglês "A Tortura do Medo" de Michael Powell, mas tendo desempenho ofuscado pelo filme americano e tendo assim reconhecimento somente tardio.
Com relação ao elenco, se Janet Leigh conseguiu criar uma atmosfera interessante sobre as reais atitudes conflituosas de sua Marion, por outro lado, Anthony Perkins nos brinda com um dos personagens mais inesquecíveis da história do cinema que é o seu Norman Bates. Uma vez entrando em cena, Perkins cria para o seu personagem um ar de inocência, mas que não esconde certa ambiguidade e um olhar confuso com relação a sua própria realidade. Mesmo assim, ficamos até mesmo torcendo por ele quando ele toma uma decisão bastante questionável em proteger a sua mãe, mas logo sendo revelado a sua trágica realidade e que deixou os cinéfilos da época estupefatos para o resto de suas vidas.
Houve continuações, refilmagens e até mesmo uma ótima série recente intitulada "Bates Motel". Porém, sessenta anos depois, "Psicose" continua sendo um filme insuperável, ao nos dizer que horror não precisa vir de uma mansão mal assombrada, mas sim de uma mente fragmentada e muito perigosa.  

Onde Assistir: DVD, Blu-Ray e Netflix. 

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Cine Dica: Doc 'Trinta Povos' de Zeca Brito estreia no Canal Curta!

Sétimo longa do cineasta gaúcho investiga as missões jesuíticas

Estreia no dia 23 de junho (terça-feira), às 18h, no Canal Curta!, o documentário “Trinta Povos”. Escrito, produzido e dirigido por Zeca Brito (“Legalidade”), tem produção da Anti Filmes e Boulevard Filmes. Sétimo longa-metragem do diretor bajeense, aborda o legado das missões jesuíticas na América Latina. “Trinta Povos” investiga a história do Brasil, Argentina e Paraguai através de ruínas e reminiscências de arquitetura, pintura e mitologias. 
O trabalho de pesquisa reunido para o filme analisa os três países separados por águas e linhas imaginárias, porém unidos pela cultura e por uma história comum: um passado jesuítico, barroco e guarani. Também assinam a produção Frederico Ruas, Letícia Friedrich, Lourenço Sant’Anna, e Zuleika Borges Torrealba (1933-2019). O financiamento é do Fundo Setorial do Audiovisual através da ANCINE e BRDE. A produção teve sua première no Festival de Cine de Punta del Este, em fevereiro, no Uruguai.
“A proposta de ‘Trinta Povos’ é a de resgatar o legado artístico, arquitetônico, pictórico e simbólico do processo de colonização jesuítico-guaraní”, resume o cineasta Zeca Brito. “O grande desafio do trabalho foi costurar uma história fragmentada geopoliticamente, um passado comum entre três países que hoje se encontram separados, divididos por questões distintas, mas com elementos culturais, históricos e etnográficos que os ligam”, explica Zeca, que divide o roteiro com Jardel Machado Hermes e Maria Elisa Dantas. 
Com duração de 78 minutos, o documentário reúne e contrapõe diversos depoimentos de nativos e pesquisadores sobre arte, religião, política territorial, entre outros assuntos. “É um filme que faz uma visão crítica sobre a história e traz questões políticas acerca da ocupação territorial que começa em 1606 com a chegada do jesuíta e chega aos dias atuais com os conflitos agrários nesse território”, conclui. A produção foi rodada no Rio Grande do Sul e em cidades da Argentina e Paraguai em 2019.

Documentário 'Trinta Povos'
Onde: Canal Curta! (verifique o canal na operadora de TV por assinatura)
Estreia: 23/06 (ter),  às 18h;
Reprises: 24/06 (qua), às 4h e às 12h; 25/06 (qui), às 6h; 27/06 (sab), às 7h e 28/06 (dom), às 3h40min.

Sinopse
“Trinta Povos” aborda o tema das missões jesuíticas na América Latina. Um legado composto por ruínas, museus, povoados e costumes. Nativos e invasores discutem arte, religião e política nos territórios do Brasil, Argentina e Paraguai, unidos por um passado artístico comum, o Barroco Jesuítico Guarani.

Créditos
País: Brasil
Duração: 1h18min (78 min.)
Produção: Anti Filmes e Boulevard Filmes
Direção: Zeca Brito
Produção Executiva: Letícia Friedrich e Zeca Brito
Montagem: Jardel Machado Hermes
Produção: Frederico Ruas, Letícia Friedrich, Lourenço Sant’Anna, Zeca Brito e Zuleika Borges Torrealba
Direção de produção: Maria Elisa Dantas e Rafael Andreazza 
Produção de finalização: Laura Moglia
Roteiro: Jardel Machado Hermes, Maria Elisa Dantas e Zeca Brito
Direção de Fotografia: Pablo Escajedo
Fotografia Adicional: Bruno Polidoro, Edison Larronda e Tiago Coelho
Imagens Aéreas: Eduardo Berthier
Direção Musical: Rita Zart
Desenho de Som: Tiago Bello
Trilha Original: Clarissa Ferreira
Finalização: Post Frontier - Daniel Dode, Arthur Bovo, Gustavo Zuchowsky
Assessoria de Imprensa: Isidoro Guggiana
Design, arte e créditos: Leo Lage

Entrevistados: Alcy Cheuiche, Aldo Ferreira, Antonio Morinigo, Ariel Ortega, Bozidar Darko Sustersic, Carlos Alberto Beloye, Carlos Machado, Carolina Gross, Cesar Lucas Aguillar, Dolores de Sosa, Enrico Benites, João Miller, Lidia Britez, Lira Hein, Lorena Espinoza, Miriam Chamorro e Nelli Chamorro.

Sobre o diretor
Zeca Brito tem mestrado em Artes Visuais pela UFRGS, graduado em Realização Audiovisual pela Unisinos e Artes Visuais pela UFRGS. Dirigiu, roteirizou curtas e longas-metragens exibidos no Brasil e no exterior. Seu curta “Aos Pés” foi escolhido Melhor Filme Júri Popular no Festin Lisboa 2009, e o longa-metragem “O Guri”, exibido em festivais de Portugal e Brasil. Em 2015 lançou o longa “Glauco do Brasil” na 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e 10ª Bienal do Mercosul. Em 2016 dirigiu o longa “Em 97 Era Assim”, Prêmio de Melhor Direção e Melhor Filme Júri Popular no Festival Cinema dos Sertões (Piauí Brasil), Melhor Direção de Atores na Mostra SESC Brasil, Melhor Filme no The Best Film Fest (Seattle, EUA), Prêmio Especial do Júri no 8º Jagran Film Festival (Índia), seleção oficial no Regina International Film Festival (Regina, Canada), Los Angeles CineFest (Los Angeles, EUA), 51º International Independet Film Festival (Houston, EUA) e Prêmio de Melhor Filme Juvenil Estrangeiro no American Filmatic Arts Awards (Nova York, EUA). Em 2017 dirigiu o documentário “A Vida Extra-Ordinaria de Tarso de Castro” exibido no Festival do Rio e 41 Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Lançou em 2018 o telefilme “Grupo de Bagé”, documentário produzido para o Canal Curta. Seu longa de ficção mais recente “Legalidade” (2019) estreou no 35º Festival de Cinema Latino de Chicago. O filme foi também exibido em festivais da Espanha, Uruguai, Guatemala e Romênia. Sucesso de público no Brasil, foi exibido no 47º Festival de Gramado e recebeu diversos prêmios no 42º Festival Guarnicê de Cinema e 14º Encontro Nacional de Cinema dos Sertões, incluindo melhor direção em ambos.

Isidoro B. Guggiana
Assessoria de Imprensa
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