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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Cine Dica: Xingu Cariri Caruaru Carioca estreia no CineBancários

Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini, entra em cartaz no CineBancários no dia 19 de outubro, nas sessões das 15h e 19h. Guiados pelo músico Carlos Malta, o filme desbrava os cantos do país através dos sons dos flautistas tradicionais (ou “pifeiros”). Xingu Cariri Caruaru Carioca foi eleito o melhor filme do 8º Festival In-Edit Brasil, no 10º Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões e eleito melhor filme pelo júri popular na competitiva de longas do CURTA-SE.

 


A jornada começa em Mato Grosso, junto à aldeia dos Kuikuro, às margens do Rio Xingu, onde Carlos Malta conhece os flautistas tradicionais desta tribo encravada naquela vasta região, ameaçada pelo avanço do agronegócio. A equipe segue para o Nordeste, começando por Caruaru (PE). Carlos e equipe se encontraram com Marcos do Pife, João do Pife, a banda Irmãos do Pife e participou, com a banda Zé do Estado e Edimilson do Pife, de um cortejo na Feira de Caruaru. Homenageou também Zabé da Loca, que mora num assentamento na cidade de Monteiro (PB).
         
Nas cidades de Crato e Nova Olinda, na região do Cariri, no Ceará, Carlos Malta fez parte de uma “terreirada” com os irmãos Aniceto, além da participar de um show na Fundação Casa Grande (Nova Olinda) com a banda Pife Muderno. Chegando finalmente ao sudeste, a equipe se encontra com o som dos pífanos cariocas do Cortejo Epifania. Acompanhamos o cortejo que vai da Praça São Salvador, no bairro de Laranjeiras, até a foz do Rio Carioca. Nele, se juntaram os palhaços Minduin e Trambique, a banda Pife Muderno, os Pernaltas, blocos de carnaval, pifeiros e percussionistas, como Robertinho Silva e Odette Ernest Dias distribuindo sons e alegrias por onde passaram até o encontro com o mar.

Nosso cinema funciona de terça a domingo e os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingressos.com a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.
 
SINOPSE 
Em busca de suas origens musicais e as raízes das flautas, Carlos Malta é um dos músicos que se reúnem para conversar e tocar juntos os sons tradicionais das "culturas populares" e "cultura pop". Um encontro entre mundos diversos e que se complementam, uma mostra de que tudo está sempre em movimento e um registro da capacidade criativa da música contemporânea, sempre em transformação.

FICHA TÉCNICA
Brasil / Documentário / 2015 / 90 min

Direção: Beth Formaggini
Roteiro: Beth Formaggini
Produtora: Beth Formaggini
Trilha Sonora: Carlos Malta
Diretor de Fotografia: Antonio Luiz Mendes
Montador: Joana Collier
GRADE DE HORÁRIOS (Não abrimos nas segundas-feiras)
19 de outubro (quinta-feira)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

20 de outubro (sexta-feira)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

21 de outubro (sábado)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Divinas Divas, Leandra Leal
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

22 de outubro (domingo)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Divinas Divas, Leandra Leal
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

24 de outubro (terça-feira)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Divinas Divas, Leandra Leal
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

25 de outubro (quarta-feira)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Divinas Divas, Leandra Leal
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: A Morte Te Dá Parabéns



Sinopse: Tree (Jessica Rothe) é uma jovem estudante que trata mal os meninos, desdenha das amigas e não parece estar muito disposta a atender as ligações do pai no dia do aniversário dela. No fim do mesmo dia, no entanto, ela é brutalmente assassinada por um mascarado. Acontece que ela "sobrevive", ou melhor, acorda no mesmo e fatídico dia, numa espécie de looping macabro, que termina sempre com a morte da garota. Repetir, seguidamente, o mesmo dia, por outro lado, dá a Tree a chance de investigar quem a está querendo morta e o porquê.

Na metade dos anos 90, os cinemas foram invadidos pelos assassinos mascarados, graças à franquia Pânico, cuja fórmula foi usada tantas vezes que acabou sendo desgastada. Já no início da mesma década, o público teve o privilégio de assistir ao maravilhoso Feitiço do Tempo, cujo protagonista (Bill Murray) retorna no tempo e fica vivenciando o mesmo dia. Embora sejam propostas distintas, elas formam o filme A Morte Te Dá Parabéns que, embora caia em fórmulas manjadas, o filme diverte e não exige muito de quem assiste.
Dirigido por Christopher Landon (Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal), acompanhamos um dia da vida de Tree (Jessica Rothe, de La La Land), uma universitária egoísta, da qual trata mal as pessoas, não leva a sério suas amigas e não responde as ligações do seu pai. Porém, no fim do mesmo dia, ela é brutalmente assassinada por um mascarado misterioso, mas que,  ao invés de morrer realmente, ela retorna ao passado e 24 horas antes do ocorrido. Entre idas e vindas no tempo, Tree tenta de todos os meios para descobrir quem é o seu assassino para só assim quem sabe parar de voltar no tempo.
Não é a primeira vez que o clássico estrelado por Bill Murray serviu de inspiração para a realização de outros filmes com a mesma temática. Basta à gente se lembrar, por exemplo, do ótimo No Limite do Amanhã e estrelado por Tom Cruise. Já A Morte Te Dá Parabéns pode enganar o desavisado por um momento, já que de terror o filme quase não tem nada, mas sim está mais para uma comédia adolescente e usando a ideia da viagem do tempo unicamente como desculpa para se criar momentos imprevisíveis de humor.
Entre suspense e comédia, o filme se envereda também sobre a desconstrução da protagonista, já que no principio Tree é uma jovem pouco sociável e trata as outras pessoas com o maior desdém. Mas pelo fato dela retornar sempre no tempo, ela consegue então a oportunidade de enxergar certas situações e o comportamento de outras pessoas por outro ângulo. Além de se dar conta de que suas colegas são um bando de materialistas, ela mesma consegue se enxergar como uma pessoa que poderia ter sido mais sociável com as pessoas mais próximas e das quais se importam realmente com ela.
Por causa disso, o filme nos diverte e faz com que até mesmo não queiramos que a protagonista descubra quem é o assassino que a mata, já que daí então as viagens no tempo acaba. Aliás, a revelação sobre quem é o assassino é tão dispensável que, quando é finalmente revelado, acaba soando tão ridículo que teria sido até melhor os roteiristas terem nos poupado disso. Dessa salada, é preciso reconhecer o bom empenho da jovem atriz Jessica Rothe, sendo que ela carrega todo o filme nas costas e fazendo dos demais personagens em cena algo bem descartável para dizer o mínimo.
Curto, divertido, mas dispensável, A Morte Te Dá Parabéns não ofende, desde que você leve tudo que for assistir na tela na maior esportiva.  

Onde assistir: Cine Victória:  Avenida Borges de Medeiros, 453 - Centro Histórico, Porto Alegre. Horários: 13h30, 15h40, 17h50 e 20h.

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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Cine Dica: De Boca em Boca

Sinopse: Um documentário inédito, realizado em diversas bocas de fumo da capital gaúcha, com depoimentos de traficantes locais, além do registro de manifestações de moradores de uma comunidade sem voz. Em um ano onde Porto Alegre se encontra conturbada, com jovens perdendo a vida devido aos crimes violentos, tais como esquartejamento e tortura de pessoas.


É fácil para um político fazer propaganda belamente plástica em época de eleição, para daí então se eleger e conseguir o seu tão sonhado mandato. O problema é que, na prática, promessas vêm e vão, acabam não sendo cumpridas e o povo então é esquecido. Por mais que a mídia sensacionalista de hoje esconda, pelo menos temos documentários como De Boca em Boca, do qual revela o submundo onde vivem essas pessoas, das quais abraçam o tráfico de drogas como a única forma de sobrevivência, mas não escapando de sérias consequências.
Dirigido por Vagner Abreu, acompanhamos o cineasta adentrar nas bocas de fumo dos bairros de Porto Alegre, para ter uma conversa franca com os donos do local e tentar desvendar os motivos que levam esses jovens a escolherem o submundo do crime. Gradualmente conhecemos as motivações de cada um dos que são entrevistados, conhecendo os seus medos perante uma polícia violenta e da qual não diferencia bandido de pessoas inocentes que vivem nas comunidades pobres. O resultado é uma bola de neve, onde a violência gera mais violência e se tornando um círculo vicioso do qual não para.
Se o documentário Central de Tatiana Sager e Renato Dornelles é a prova escancarada de que os presídios do RS e do resto do Brasil se encontram falidos, De Boca em Boca pode ser interpretado como uma espécie de continuidade, onde mostra apenas as consequências desse quadro, do qual muitos dos entrevistados já estiveram na prisão, mas que pouco mudou após terem saído de lá. Não havendo ajuda vinda de políticos, ou tão pouco um acesso para a cultura, assistimos então um mosaico de inúmeras vidas que se encontram num beco sem saída e que através da venda de drogas eles enxergam a única válvula de escape para a solução dos seus problemas. Com armas na mão, vemos jovens que poderiam estar fazendo coisa melhor, mas que, infelizmente, não tiveram a sorte de ter um guia para conseguir uma trilha melhor em suas vidas.
Com uma edição engenhosa de Joaquim Lima, as cenas são de um realismo cru, onde não se esconde a possibilidade de a qualquer momento aqueles jovens sofrerem uma represália, seja dos policiais ou de bocas rivais. Com isso, testemunhamos pessoas que perdem o direito de algum lazer, pois além de comandarem o tráfico, também tentam ajudar na segurança da própria comunidade e da qual não recebe de fora. É como se fosse uma região separada do resto do estado, jogados a própria sorte e tendo que conviver com a possibilidade não estarem vivos no outro dia. 
De Boca em Boca é um documentário em que nos mostra apenas a ponta de um grande iceberg, do qual poderia ser evitado, mas somente se houvesse políticos realmente responsáveis e que ajudassem o povo como um todo. 

NOTA: O filme teve exibição especial ontem no Cinebancários Porto Alegre mas não se encontra diariamente em exibição. Acompanhem a pagina do facebook dos realizadores para então saber onde será a próxima exibição. Cliquem aqui. 




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Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: Os Meninos Que Enganavam Nazistas



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