Quem sou eu
- Marcelo Castro Moraes
- Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
- Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
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quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Cine Dica: Cinema contemporâneo brasileiro em exibição
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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terça-feira, 22 de novembro de 2016
Cine Dica: Em Cartaz: CREEPY
Sinopse: Um psicólogo
criminal é chamado para investigar o desaparecimento de uma família. Apenas uma
das filhas foi deixada para trás e agora ele precisa desvendar o mistério.
Enquanto isso, ele fica intrigado com os novos vizinhos, que agem de forma
suspeita.
Tendo conhecido Kiyoshi
Kurosawa pelo belo filme Sonata em Tóquio (numa sessão inesquecível na Sala P.F
Gastal de Porto Alegre), tive então muito interesse de conhecer a sua mais nova
obra. Creepy é um filme que se destaca mais pela forma pessoal que o cineasta
filma as cenas do que pelo roteiro em si. A trama, inspirada num livro de um
escritor chamado Yutaka Maekawa não trás nenhum frescor em termos de
originalidade e se apoia até mesmo a fórmulas já conhecidas para aqueles que
apreciam o gênero de suspense investigativo ao estilo Seven e O Silêncio dos
Inocentes.
Porém, embora o final esteja longe de nos surpreender, é na forma pessoal de Kurosawa em filmar que torna Creepy um filme diferente de outras obras. Os movimentos mínimos com a câmera, mas ao mesmo tempo firmes e alinhado com inúmeros planos sequências, conseguem criar um clima mórbido de suspense que poucas vezes se vê dentro do gênero. Isso ajuda até mesmo em cenas das quais poderiam soar banais, mas que aqui passam uma sensação de estranheza e, aparentemente, de originalidade.
Chama também atenção do uso da luz, do qual foge um pouco da realidade, mas que se casa de acordo com os sentimentos e tensões que os personagens passam. Se há uma cena de tensão envolvendo um interrogatório, por exemplo, não estranhe se o cenário escurecer, pois faz parte dessa proposta do cineasta. É nesse momento, aliás, que ouso dizer que Kurosawa prestou uma pequena homenagem ao mestre Alfred Hitchcock, principalmente quando soa uma trilha vagamente familiar e que remete aos seus clássicos como Um Corpo que Cai.
Com todos esses ingredientes inseridos, fez então com que Creepy se torne um filme acima da média dentro do gênero de suspense policial e faz com que tenhamos mais interesse em conhecer o restante da obra de Kiyoshi Kurosawa.
Porém, embora o final esteja longe de nos surpreender, é na forma pessoal de Kurosawa em filmar que torna Creepy um filme diferente de outras obras. Os movimentos mínimos com a câmera, mas ao mesmo tempo firmes e alinhado com inúmeros planos sequências, conseguem criar um clima mórbido de suspense que poucas vezes se vê dentro do gênero. Isso ajuda até mesmo em cenas das quais poderiam soar banais, mas que aqui passam uma sensação de estranheza e, aparentemente, de originalidade.
Chama também atenção do uso da luz, do qual foge um pouco da realidade, mas que se casa de acordo com os sentimentos e tensões que os personagens passam. Se há uma cena de tensão envolvendo um interrogatório, por exemplo, não estranhe se o cenário escurecer, pois faz parte dessa proposta do cineasta. É nesse momento, aliás, que ouso dizer que Kurosawa prestou uma pequena homenagem ao mestre Alfred Hitchcock, principalmente quando soa uma trilha vagamente familiar e que remete aos seus clássicos como Um Corpo que Cai.
Com todos esses ingredientes inseridos, fez então com que Creepy se torne um filme acima da média dentro do gênero de suspense policial e faz com que tenhamos mais interesse em conhecer o restante da obra de Kiyoshi Kurosawa.
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Cine Curiosidade: Pauta: Atriz internacional Cris Lopes em cerimônia de premiação Festival Pop Corn Sorocaba com prêmio para filme AGS
Atriz
internacional Cris Lopes em cerimônia de premiação no Festival Pop Corn
Sorocaba com prêmio para filme AGS
Clayton Esteves (Festival Pop Corn-UNIP),
atriz internacional Cris Lopes (protagonista do filme AGS), Rodney Borges
(diretor do filme AGS) e Euler Santi (protagonista e roteirista do
filme AGS).
A atriz internacional Cris Lopes marcou presença na cerimônia de premiação do Festival de Cinema Pop Corn em Sorocaba no estado de São Paulo, juntamente com o Diretor Rodney Borges e o ator e roteirista Euler Santi, realizadores e protagonistas do filme AGS. O festival foi realizado na UNIP Sorocaba com organização e direção de Clayton Esteves e Omar Carline Bueno.
O filme AGS - Agence Génerale du S... que foi exibido e selecionado em diversos festivais no Brasil nos últimos meses, tem feito sucesso com o público com seu humor negro e ganhou o prêmio na categoria de Melhor Roteiro no Festival Pop Corn Sorocaba/SP, que teve roteiro baseado em obra francesa de mesmo nome (AGS que quer dizer Agencia Geral do Suicidio) do poeta Jacques Rigaut, que viveu nos anos 20 em Paris.
Estiveram presentes os apresentadores Chukka Paz e Luiz Gustavo Pacces do SBT, Programa Quiz D+, que foram os mestres de cerimônia, convidados especiais na premiação do festival Pop Corn Sorocaba. Também esteve presente o Diretor Cleiner Micceno do filme SEDE que levou o prêmio de Melhor Fotografia, entre outros cineastas.
A atriz Cris Lopes que já atuou em mais de 10 filmes no Brasil e exterior, é especializada como atriz de cinema na Inglaterra onde já filmou nos estúdios onde foram rodados os famosos filmes 007 e o Star Wars, e na França atuou em Une Journeé a Paris e estrela o elenco do filme canadense FREER atuando em inglês com estréia USA e Canadá 2017. Cris Lopes conta com diversos filmes selecionados e premiados entre eles A Ultima Cena também do Diretor Rodney Borges sobre a ditadura militar com seleção oficial no Uruguai e em 2 festivais na Itália, além de receber menção honrosa na categoria de melhor atriz, Cris também protagonizou o filme Miguel de Natalia Grecco sobre violência contra mulher, selecionado nos Festivais de Caruaru (Mostra Direitos Humanos) e Cinefest Votorantim 2016, entre outros filmes. A atriz também atuou no SBT, na Record e na Rede Tv no seriado infanto-juvenil Vila Maluca em mais de 150 capitulos.
Página oficial da atriz Cris Lopes: Facebook @crislopesoficial
Assista aqui o Trailer do Filme AGS: https://www.youtube.com/watch?
atriz internacional Cris Lopes (ao centro)
com apresentadores SBT: Chukka Paz (esq) e Luiz Gustavo Pacces
(dir) do Programa Quiz D+
Divulgação: Imprensa CL
Entrevistas: imprensacl@terra.com.br
Fan Page @crislopesoficial . Twitter @crislopesOFC . Instagram @crislopes.oficial
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segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Cine Dica: Em Cartaz: ELLE
Sinopse:Michèle (Isabelle
Huppert) é a executiva-chefe de uma empresa de videogames, a qual administra do
mesmo jeito que administra sua vida amorosa e sentimental: com mão de ferro,
organizando tudo de maneira precisa e ordenada. Sua rotina é quebrada quando
ela é atacada por um desconhecido, dentro de sua própria casa. No entanto, ela
decide não deixar que isso a abale. O problema é que o agressor misterioso
ainda não desistiu dela.
Até a pouco tempo me
perguntava por onde andava Paul Verhoeven, pois estamos falando do cineasta responsável
pelo nascimento de pérolas como Robocop, Vingador do Futuro, Instinto Selvagem
e dentre outros. Mas devido a sua visão crítica, cuja maioria dos seus filmes
explora a frieza da alma humana contemporânea, ele meio que acabou se tornando
um autor estranho numa terra americana dominada pelo politicamente correto.
Nada melhor então do que mudar de território, mais precisamente na França, onde
lança Elle, provavelmente um dos melhores e mais provocativos filmes do ano.
Baseado na obra de Philippe Djian,
o filme já começa com um soco no estômago, onde presenciamos Michèle (Isabelle
Huppert, extraordinária), uma bem sucedida dona de uma empresa de vídeo games, ser
brutalmente estuprada por um misterioso mascarado dentro de sua casa. Mas ao invés
de cair na fragilização, Michèle age como se nada tivesse acontecido e segue na
vida de negócios com punho de ferro. Mas ao mesmo tempo em que ela tenta descobrir
o autor do tal ato, aos poucos o seu passado trágico bate a sua porta, assim
como também atraindo certos lobos, mas que, aos poucos, vão caindo em sua teia
bem arquitetada.
Com toques de suspense (bem
ao estilo Hitchcock), drama, humor negro e sensualidade, o filme é uma pequena representação
do mundo de hoje, mais precisamente sobre determinados grupos de pessoas que
possuem a faca e o queijo na mão para obterem a felicidade, mas que não
conseguem saber administrar tal feito. Dinheiro, traições e interesses rondam a
vida de Michèle, sendo que esses elementos a tornam uma mulher fria e
calculista. Porém, ela prefere ser assim, a ser então mastigada facilmente pelo
lado hipócrita do universo da burguesia.
Enfrentar essa realidade é não
transmitir fragilidade e coube Isabelle Huppert para tal feito. Dona de alguns
dos papeis mais fortes do inicio do século 21 (como A professora de Piano), Isabelle
Huppert transmite em sua personagem um ar de fria, calculista e que não se
deixa abalar por ameaças vindas de baixo ou de cima. Aos poucos, percebemos que
sua imagem de “Malévola contemporânea” é mais para se defender contra aqueles
que tentam obter poder as suas custas, mesmo sendo pessoas muito próximas a ela.
São através dessas pessoas
que obtemos um mosaico de figuras pálidas perante a sua personalidade forte: ex-marido
(Charles Berling) vivendo pela sua sombra; um filho (Jonas Bloquet) dependente dela
e pau mandado da namorada; um amante (Christian Berkel) mau caráter e
justamente marido de sua melhor amiga (Anne Consigny) e uma mãe (Judith Magre)
fora de sintonia com a realidade e sendo sugada por um namorado Gigolô. Mas
fora esses personagens, em que pé se encontra o estuprador?
Por muitos momentos, o mistério
em torno da real identidade do estuprador, serve apenas para movimentar as
pedras desse xadrez e revelar cada vez mais o ser por detrás da superfície da
protagonista. Aos poucos conhecemos o seu passado nebuloso, onde se confirma
cada vez mais o fato de que ela vive num mundo onde o homem tenta oprimir a
mulher, quando na realidade não passam de seres perdidos perante essa realidade
complexa do mundo cada vez mais dominado por elas. Aliás, é preciso reconhecer
a idéia engenhosa do cineasta em colocar o mundo do vídeo games na trama, já
que eles servem para expor os desejos e extravasamento mais primitivos do ser
humano.
Em um único filme, Paul
Verhoeven coloca todos esses elementos vistos em suas obras anteriores e
criando então uma trama provocativa e cheia de simbolismos. Um filme que,
talvez, simbolize um pouco de sua busca pela estabilidade e controle criativo de
suas obras. Coisa que talvez ele nunca tenha adquirido em território americano,
mas antes tarde do que nunca.
Ao final de Elle, chego à
conclusão que Paul Verhoeven nos passa idéia de que o mundo será um dia realmente
governado pelas mulheres e a gente só agradece.
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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