Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse:Nancy (Blake
Lively) tira um dia para surfar sozinha numa praia isolada. Ela acaba sendo
atacada por um tubarão branco e se fere na perna. Nancy se abriga numa rocha,
gritando por socorro e sem ter como nadar até à praia com medo de um novo
ataque.
A Morte de J.P.
Cuenca
Sinopse:Documentário
acompanha o escritor João Paulo Cuenca numa investigação sobre a próprias
morte. Na verdade, um homem usou o seu nome do autor para alugar um apartamento
num prédio do Rio de Janeiro e lá morrer.
Café Society
Sinopse: Nos anos
1930, James (Jesse Eisenberg) sai de uma cidade do interior rumo a Los Angeles
com o sonho de seguir carreira na indústria cinematográfica em Hollywood. Lá
ele acaba se apaixonando por Theresa (Kristen Stewart) e se deixa contagiar
pelo clima de ‘café society’ da época.
Nerve - Um Jogo Sem
Regras
Sinopse: Vee (Emma
Roberts) está terminando o ensino médio e logo vai para a universidade.
Navegando na internet ela conhece um jogo de verdade e consequência, mas na era
tecnológica, tudo o que ela faz acaba sendo vigiado e manipulado, transformando
sua vida num inferno.
Pets - A Vida Secreta
dos Bichos
Sinopse: Já imaginou
o que os pets fazem enquanto seus donos estão fora? Pois é esse universo
secreto que será revelado. Cada um aproveita do seu jeito, seja assaltando a
geladeira, ouvindo heavy metal e até jogando videogame.
Sinopse: O nobre
Judah Ben Hur (Jack Huston), contemporâneo de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro), é
injustamente acusado de traição e condenado à escravidão. Ele sobrevive ao
tempo de servidão e descobre que foi enganado por seu próprio irmão, Messala
(Toby Kebbell), partindo, então, em busca de vingança.
Refilmagens sempre serão vistas
com desconfiança, principalmente quando a refilmagem si é de um grande
clássico. Porém, são poucos que sabem que Ben-Hur de 1959 é na realidade a terceira versão
do conto (a primeira data de 1907) e prova que não é de hoje que o cinema
americano revisita as suas obras. Por isso, é preciso assistir a essa mais nova
versão do clássico de mente aberta e sem exigir muito dela, pois o filme em si
não tem a pretensão para tanto. Dirigido Timur Bekmambetov
(Procurado), acompanhamos a história da forte amizade entre príncipe judeu Judah
Ben Hur (Jack Huston) e o romano Messala (Toby Kebbell), sendo ambos criados como
irmãos. Embora com fortes laços com a família que o criou, o governo romano atrai os desejos de Messala
para ganhar mais reconhecimento e ser independente em vida. Isso gerará consequências
desastrosas e fará com que ambos os irmãos entrem em um terrível conflito. Quem conhece a história de
cor e salteado, já sabe o que irá acontecer durante o filme. Porém, não esperem
por passagens semelhantes como a do filme de 1959 e tão pouco por algo que foi
lido no livro de Lew Wallace, pois se na versão estrelada por Charlton Heston
não há indícios de que houve uma relação homossexual entre Ben Hur e Messala
(embora Stephen Boyd tenha trabalhado bem com a idéia na época sem que o astro
conservador percebesse), esse novo filme também não trás nada com relação a
isso. Porém, assistir a esse filme é como se assistíssemos a trama pela
primeira vez, pois há uma identidade própria da qual o cineasta teve o cuidado
de querer criar e nos passá-la. Com isso, sempre quando nos
preparamos para um próximo ato do qual sabemos o que irá acontecer, somos
surpreendidos da forma como ele é novamente encenado para o público de hoje.
Não há como negar que a cena onde vemos o protagonista já escravizado e remando
no navio romano durante a guerra contra os gregos, chega a ser tão boa quanto à
versão de 1959. Graças a uma bela fotografia, e uma trilha sonora inquietante,
torna esse momento cru e angustiante. Mas se ela funciona muito se
deve a Jack Huston em cena, pois embora ainda tenha muito que provar com relação
a sua versatilidade, aqui ele conseguiu criar um Ben Hur com uma presença forte
em cenas das quais exigem um grau de dramaticidade. O mesmo se pode dizer de Toby
Kebbell (Warcraft) como Messala, pois se na versão de 1959, Stephen Boyd era
uma vilania em pessoa, aqui vemos um personagem dividido no que ele acredita
vindo de Roma, como também com relação aos laços que ele tem com Ben Hur e sua família.
Já Morgan Freeman como Ildarin não é um grande desafio para o veterano ator,
pois a sua presença em cena já basta. E se muitas pessoas
duvidavam que essa nova versão da corrida de bigas jamais superaria a clássica,
devo confessar que ela me empolgou muito. Não que ela supere ao que foi apreciado
em 1959, mas o cineasta Bekmambetov usou o melhor da pirotecnia atual para
passar um grau de verossimilhança na sequência e fazê-la dela crua e brutal. O
final dela todos nós conhecemos, muito embora com resultados bem diferentes. Infelizmente após essa sequência,
o filme decai muito, principalmente pelo fato de todas as pontas soltas da
trama ser finalizadas um tanto que rápidas demais, como se os roteiristas temessem
em estar testando a paciência do cinéfilo. Esse passo em falso acabou
prejudicando o desempenho de Rodrigo Santoro como Jesus Cristo em cena, pois
sua participação é pequena, embora poderosa. A meu ver muitas cenas com o ator foram
cortadas e dando a sensação clara de que havia muito mais a oferecer do que foi
apresentado. E essa correria de querer
encerrar o filme acaba meio que prejudicando até mesmo a proposta final da obra,
da qual devemos ser mais tolerantes com o próximo. Se na versão de 1959, isso é
muito bem colocada em pauta, aqui ela é mais acentuada, principalmente com o
destino final de um dos personagens que, difere de todas as outras versões, mas
que soa superficial e pouco convencera o cinéfilo que for assistir. É casos como
esse de falta de coragem da parte dos criadores, que abraçam de uma forma fácil
em agradar as plateias, ao invés de desafiá-las para assistir por algo que desafie
as suas perspectivas. Com esses pesares, Ben-Hur
pelo menos não ofende aqueles que defendem com unhas e dentes a versão de 1959
e pode ser visto sem medo, desde que não exija demais do longa metragem.
O comitê de cultura
da BBC fez uma pesquisa para eleger as 100 melhores produções lançadas no
século 21. O primeiro lugar da lista ficou com o surrealista Cidade Dos Sonhos,
de David Lynch, seguido pelo drama Amor À Flor Da Pele, do cineasta de
Hong-Kong Wong Kar-Wai, um dos representantes da chamada "Segunda Nova
Onda" do cinema da região.Já o terceiro lugar
ficou com o épico Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson. O ranking conta ainda
com Boyhood: Da Infância À Juventude, Brilho Eterno De Uma Mente Sem
Lembranças, Batman - O Cavaleiro Das Trevas, a animação Divertida Mente e o
iraniano A Separação.
O brasileiro Cidade
De Deus, de Fernando Meirelles, garantiu a 38ª posição na lista. O filme foi
indicado a quatro categorias no Oscar 2004, mas não levou nenhuma. Mesmo assim,
é o longa nacional mais bem sucedido no exterior.
Confira a lista
completa:
1. Cidade dos Sonhos
(David Lynch, 2001)
2. Amor À Flor Da
Pele (Wong Kar-wai, 2000)
3. Sangue Negro (Paul
Thomas Anderson, 2007)
4. A Viagem de
Chihiro (Hayao Miyazaki, 2001)
5. Boyhood (Richard
Linklater, 2014)
6. Brilho Eterno de
uma Mente Sem Lembranças (Michel Gondry, 2004)
7. A Árvore da Vida
(Terrence Malick, 2011)
8. Yi Yi (Edward
Yang, 2000)
9. A Separação
(Asghar Farhadi, 2011)
10. Onde os Fracos
Não Têm Vez (Joel and Ethan Coen, 2007)
11. Inside Llewyn
Davis - Balada de Um Homem Comum (Joel and Ethan Coen, 2013)
12. Zodíaco (David
Fincher, 2007)
13. Filhos da
Esperança (Alfonso Cuarón, 2006)
14. O Ato de Matar
(Joshua Oppenheimer, 2012)
15. 4 Meses, 3
Semanas e 2 Dias (Cristian Mungiu, 2007)
16. Holy Motors (Leos
Carax, 2012)
17. O Labirinto do
Fauno (Guillermo Del Toro, 2006)
18. A Fita Branca (Michael
Haneke, 2009)
19. Mad Max: Estrada
da Fúria(George Miller, 2015)
20. Synecdoche, New York (Charlie Kaufman, 2008)
21. O Grande Hotel
Budapeste (Wes Anderson, 2014)
22. Encontros e
Desencontros (Sofia Coppola, 2003)
23. Caché (Michael Haneke, 2005)
24. O Mestre (Paul Thomas Anderson, 2012)
25. Amnésia (Christopher Nolan, 2000)
26. A Última Noite
(Spike Lee, 2002)
27. A Rede Social
(David Fincher, 2010)
28. Fale com ela
(Pedro Almodóvar, 2002)
29. WALL-E (Andrew Stanton, 2008)
30. Oldboy: Dias de Vingança (Park Chan-wook, 2003)
31. Margaret (Kenneth Lonergan, 2011)
32. A Vida dos Outros
(Florian Henckel von Donnersmarck, 2006)
33. Batman: O
Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, 2008)
34. O filho de Saul
(Laszlo Nemes, 2015)
35. O Tigre e o
Dragão (Ang Lee, 2000)
36. Timbuktu
(Abderrahmane Sissako, 2014)
37. Tio Boonmee, Que
Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Apichatpong Weerasethakul, 2010)
38. Cidade de Deus
(Fernando Meirelles and Kátia Lund, 2002)
39.O Novo Mundo
(Terrence Malick, 2005)
40. O Segredo de
Brokeback Mountain (Ang Lee, 2005)
41. Divertida Mente
(Pete Docter, 2015)
42. Amour (Michael Haneke, 2012)
43. Melancolia (Lars von Trier, 2011)
44. 12 Anos de
Escravidão (Steve McQueen, 2013)
45. Azul É a Cor Mais
Quente (Abdellatif Kechiche, 2013)
46. Cópia Fiel (Abbas Kiarostami, 2010)
47. Leviathan (Andrey Zvyagintsev, 2014)
48. Brooklyn (John Crowley, 2015)
49. Adeus à Linguagem (Jean-Luc Godard, 2014)
50. Nie Yinniang (Hou Hsiao-hsien, 2015)
51. A Origem
(Christopher Nolan, 2010)
52. Mal dos Trópicos
(Apichatpong Weerasethakul, 2004)
53. Moulin Rouge (Baz
Luhrmann, 2001)
54. Era uma Vez na
Anatólia (Nuri Bilge Ceylan, 2011)