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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: ESQUADRÃO SUICIDA



Sinopse: O governo dos Estados Unidos ordena o recrutamento dos piores criminosos para uma importante missão, que visa acabar com uma entidade misteriosa e aparentemente impossível de se derrotar. É justamente isso que o governo precisa, de bandidos que praticamente não têm nada a perder. Mas será que eles estão dispostos a arriscarem suas vidas em nome da lei?

Ótimos trailers, visual pop e uma trilha sonora que faz qualquer um correr para baixar na internet. Foi assim ao longo dos meses em que a Warner/DC vendeu Esquadrão Suicida, filme que conta com a formação de vilões para missões suicidas, mas que só com essa premissa já vendia o filme de bom grado. O problema é que os fãs de HQ, mais os fãs que nasceram assistindo e curtindo o material promocional, criaram tanta expectativa com relação a esse filme que muitos podem se decepcionar com o resultado final da obra, mas não significa que seja uma bomba.
Dirigido por David Ayer (do ótimo Corações de Ferro), o filme já começa muito bem, ao nos apresentar cada um dos personagens através de um criativo flashback, onde o 3D, aliás, cumpre muito bem o seu propósito. Através das palavras, e dona iniciativa esquadrão X, Amanda Waller (Viola Davis, ótima), podemos conferir um pouco as motivações de cada um dos personagens e do por que deles terem ido atrás das grades. Claro que estamos falando de inúmeros personagens e nem todos claro, puderam ter o seu espaço necessário para ser mais bem desenvolvido.
Desses flashbacks, se destacam Pistoleiro (Smith), Arlequina (Margot Robbie) e com o seu desejo doentio pelo Coringa (Jared Leto). É aí que o filme já começa com os seus trunfos e desleixos, pois se Smith cumpre bem o seu papel, principalmente com boas motivações dramáticas, a origem da relação dos dois palhaços do crime poderia ter sido mais bem elaborada. Ao invés disso a apresentação de ambos é muito rápida e fazendo a gente desejar mais pela presença dos dois juntos em cena.
Portanto, quem esperava por mais cenas de Jared Leto como Coringa, pode se decepcionar, mas ao mesmo tempo ele nos convence de que cumpriu o seu trabalho em criar um Coringa diferente do que já foi visto antes. Não espere por algo digno de Oscar, pois o roteiro e tempo dado de projeção não lhe dá essa oportunidade para tal feito, mas podemos pelo menos torcer para que ele retorne num futuro novo filme do Batman. Quem se saiu melhor é Margot Robbie com a sua versão de Alerquina, pois atriz soube compreender a essência, o que é a personagem e criando então uma mulher louca, imprevisível e incompreensível, pois não há muita lógica na origem desse amor que ela sente pelo psicopata palhaço.
Apesar dos citados acima serem a alma do filme, é bom salientar que os outros personagens se destacam, mesmo com pouco tempo em cena como já havia dito. Magia (Cara Delevingne) é uma personagem trágica, cujo seu primeiro visual em cena se destaca. Infelizmente, parece que os roteiristas quiseram elevar o seu poder e transformando ela numa mistura de vilã dos Caça Fantasmas com a Maligna de He-Man. O resultado são efeitos visuais formando o visual da personagem, mas que soam desnecessários para trama e que não precisava necessariamente disso.
Outro que se destaca é El Diablo (Jay Hernandez), talvez, com as motivações mais bem apresentadas na trama Com um passado trágico, o personagem se encontra deslocado no grupo, pois não quer se envolver e tão pouco busca uma redenção pelo que já fez. As circunstâncias fará para que ele aja em ação e gerando bons momentos no filme.
Mas estamos falando de um grupo formado para derrotar perigos contra humanidade. A meu ver, esse perigo quando surge é o que menos importa, pois nos interessamos mais pela interação desses personagens um com o outro e como eles saberão trabalhar em equipe, quando na realidade eles não estão nem ai em salvar a humanidade, até certo ponto é claro.  Quando o grupo é jogado numa cidade para enfrentar determinado mal, curtimos a criação gradual da união da equipe e os momentos de pausa onde eles revelam o outro lado de suas personalidades: a cena em que todos param para beber num bar e colocar para fora as suas dores é minha parte preferida do filme.
Quando então os personagens precisam agir para sobreviverem, as cenas de ação são eficazes, mas não espere por nada glorioso, mas sim um clima meio pé no chão com relação a elas. Dito isso, quando a trupe precisa encarar a entidade do mal da trama, eis que é um momento que oscila entre eficaz e desleixo, pois os efeitos visuais aqui, por vezes, se tornam o verdadeiro vilão da trama e que poderiam ter sido, não bem elaborados, mas sim apresentados em menor grau. É o calor humano do grupo que é a melhor coisa do filme e não é efeito visual que irá substituir ou melhorar isso, mas é um assunto que, infelizmente, os produtores da Warner ainda não entendem ou não querem saber.
Mesmo com os seus  altos e baixos, Esquadrão Suicida é um filme com potencial para atrair um grande público, mas se tivesse sido 100% melhor elaborado, aí sim o céu seria o limite para esses personagens vilanescos, porém, humanos.


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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: JASON BOURNE




Sinopse: Fora do radar como lutator de rua, Jason Bourne (Matt Damon) é surpreendido por Nicky Parsons (Julia Stiles), que o procura oferecendo novas informações sobre seu passado. Inicialmente resistente, ele acaba voltando aos Estados Unidos para continuar a investigação e entra na mira do ex-chefe Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que teme mais um vazamento de dados. Dentro na CIA, no entanto, a novata Heather Lee (Alicia Vikander) acredita que tentar recrutar Bourne para a agência seja a melhor solução.

Quando se achava que o gênero de ação estava em decadência no início do século 21, eis que surgiu a trilogia do Bourne, protagonizada por Matt Damon e comandada por uma mão precisa pelo cineasta Paul Greengrass (Domingo Sangrento). Elogiada pela crítica e público, a trilogia possuía um alto grau de verossimilhança, servindo assim de base para renovação do gênero ação/espionagem, ao ponto que a franquia 007 teve que se renovar o quanto antes para não ficar para trás. Claro que o estúdio Universal não quis largar o osso, criando até mesmo um filme derivado (O legado de Bourne), mas que não convenceu a maioria e por isso, após inúmeras tentativas de convencer astro e cineasta, finalmente chegamos a Jason Bourne.
Após descobrir quem realmente era no ato final da trilogia, Bourne (Damon) vive escondido como lutador de rua e querendo deixar para trás o seu passado de espionagem e desertor. Porém, Nicky Parsons (Julia Stiles) descobre novas informações do seu passado e decide então informá-lo de fatos que nem ele sabia. Isso desperta a fúria do ex-chefe CIA Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que deseja eliminar a todo custo Bourne, mas ao mesmo tempo, tem ajuda de uma nova agente Heather Lee (Alicia Vikander) e que acredita que a melhor solução para terminar com essa crise é recrutando novamente o agente.
Diferente da trilogia original, onde a cada momento os roteiristas inventavam momentos imprevisíveis, aqui o estopim dos eventos acaba soando bastante simples, para não dizer previsível em alguns momentos da trama. Na realidade, o filme deixa um pouco (aparentemente) de lado o jogo político, se concentrando mais nas motivações dos personagens e na ação que se desencadeia devido as suas ações. Isso torna a trama mais limpa e faz com que a gente não pense muito sobre o que está acontecendo na tela, mas sim para curtir cada momento de ação que ocorre nela.
Ação, aliás, é o carro chefe no decorrer do filme. Graças a uma montagem habilidosa, presenciamos inúmeras cenas de ação, perseguição e lutas corpo a corpo muito bem filmadas. Embora ajam algumas cenas de ação, principalmente no seu ato final, onde acontecem inúmeras explosões e correrias, a gente nunca se perde sobre o que acontece na tela, mesmo quando ocorre um sério risco disso acontecer.
Matt Damon retorna a vontade em seu personagem, mas com poucas palavras e mais ação física, mas dando conta muito bem das cenas perigosas. Tommy Lee Jones está bem cena, mas nada muito diferente do que já foi visto em outros papeis. E se Vincent Cassel tem o seu talento um tanto que desperdiçado em cena, a grande surpresa fica por conta da atriz Alicia Vikander (Garota Dinamarquesa), da qual consegue criar para a sua personagem uma aura de ambiguidade, pois nunca sabemos ao certo quais as suas reais intenções no caso Bourne e se tornando a melhor personagem do filme.
Embora os conflitos da trama se resolvam num ato final cheio de ação nas ruas de Las Vegas, era inevitável que houvesse um gancho para uma possível sequência. O caso que a trilogia do Bourne tinha começo, meio e fim, mas querer dar continuidade a saga do espião desmemoriado, pode gerar um sério risco de cair num lugar comum, assim como acontece a longas franquias de cinema. Só o futuro irá dizer em que situação o agente Bourne irá ficar, pois nunca se sabe o que ele pode se lembrar e partir para uma nova missão em busca de verdades do seu passado. 




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Cine Dicas: Estreias do final de semana (04/08/16)



Esquadrão Suicida

Sinopse:O governo dos Estados Unidos ordena o recrutamento dos piores criminosos para uma importante missão, que visa acabar com uma entidade misteriosa e aparentemente impossível de se derrotar. É justamente isso que o governo precisa, de bandidos que praticamente não têm nada a perder. Mas será que eles estão dispostos a arriscarem suas vidas em nome da lei? 


A Intrometida


Sinopse: Marnie Minervini (Susan Sarandon) está desolada com a morte de seu marido. Ela está solitária e sem rumo na casa onde vive em Nova York. A viúva, então, decide se mudar para Los Angeles, onde a filha única, Lori (Rose Byrne), vive para escrever um novo capítulo na sua vida.  


Campo Grande


Sinopse: Os irmãos Ygor (Ygor Manoel), de 8 anos, e Rayane (Rayane do Amaral), de 6 anos, são abandonados pela mãe em frente a um prédio no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro. Com eles há um bilhete com o nome de Regina (Carla Ribas), uma das moradoras do residencial. Sem entender o que está acontecendo, a mulher acolhe as crianças e suas vidas são transformadas. 

De Longe te Observo

Sinopse: Em Caracas, Armando (Alfredo Castro) é um homem gay de 50 anos que não consegue lidar com problemas do passado. Enquanto isso, ele começa a se encontrar com um jovem de 17 anos e a vida dos dois se transforma para sempre.


Fome


Sinopse: Em São Paulo, um morador de rua (Jean-Claude Bernardet), que no passado foi professor universitário, anda pelas ruas sem rumo. Ele busca água, comida e um pouco de conversa. Nessas suas caminhadas, o morador conhece uma pesquisadora, que fica fascinada com sua história de vida.
  

Na Ventania


Sinopse:Durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 40 mil pessoas vindas de Letônia Lituânia e Estônia são enviadas para campos de trabalho forçado na Sibéria. Entre elas está Erna (Laura Peterson), uma estudante de filosofia que é separada do marido. Só resta a eles se corresponderem por meio de cartas.

 

Negócio das Arábias

Sinopse: Alan Clay (Tom Hanks) é um homem de negócios que viu sua fortuna ruir nos Estados Unidos. Ele é um homem de visão empreendedora e tem o plano ambicioso de partir para a Arábia Saudita para vender um holograma para um rei saudita e refazer a sua fortuna.


 

O Monstro de Mil Cabeças


Sinopse:Um homem está à beira da morte e o plano de saúde se nega a arcar com as despesas do tratamento. Desesperada, a esposa dele, munida de uma arma, decide tomar as devidas providências para conseguir salvá-lo.
  

Um Amor à Altura

Sinopse:A advogada Diane (Virginie Efira) conhece o arquiteto Alexandre (Jean Dujardin), que encontrou o celular perdido dela. Ela o acha um homem muito gentil pelo telefone e ao encontrá-lo se surpreende com o fato dele ter pouco mais de 1,30m. Diane fica encantada com Alexandre, mas fica em dúvidas por causa da altura dele.

 

Vidas Partidas


Sinopse:Nos anos 1980, Raul (Domingos Montagner) e Graça (Naura Schneider) se casaram e tiveram duas filhas. Ele perde o emprego e sua esposa decide pedir ajuda ao amigo e ex-marido para conseguir um novo trabalho para Raul. O casal começa a receber o mesmo salário e ele se sente mais poderoso e fica agressivo com Graça, que passa a sofrer nas mãos de Raul.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: O BOM GIGANTE AMIGO



Sinopse: A órfã Sophie (Ruby Barnhill) é curiosa e na companhia de um gigante, ela parte numa jornada em que tem de ser valente. A menina e seu amigo grandalhão precisam enfrentar gigantes do mal que devoram pessoas.
No final dos anos 70, e início dos anos 80, Steven Spielberg era sinônimo de aventura e magia que, ao lado de George Lucas, foi o responsável pelo renascimento das super produções em território americano e que dominaria por inúmeros anos nas bilheterias.  Quando chegaram os anos 90, o cineasta começou a se enveredar por um cinema mais sério, mas que somente aumentou o seu status de grande cineasta e também produtor de inúmeros sucessos. O Bom Gigante Amigo resgata um pouco desse lado inocente do cineasta que estava um tanto que adormecido nos últimos anos e a meu ver é mais do que bem vindo.
Baseado na obra de Roald Dahl acompanhamos as aventuras da pequena órfã Sophie (Ruby Barnhill) que numa determinada noite em Londres, é levada por um gigante (Mark Rylance, de Ponte dos Espiões). Ao ser levado por ele, Sophie acaba conhecendo um ponto desconhecido do mundo, onde há gigantes e magias em abundância. No decorrer do tempo, ambos criam uma forte amizade, mas ao mesmo tempo terão problemas com os demais gigantes.
Ao assistir a esse filme, temos a ligeira impressão que nós já vimos ele antes, mas isso é proposital, já que o filme carrega uma aura de nostalgia e nos fazer relembrar das boas coisas que eram quando nós éramos crianças. Quem viveu nos anos 80, perceberá uma estética e uma trama mais inocente, como se o filme estivesse guardado nos últimos trinta anos, mas que somente agora podemos realmente vê-lo. É o Steven Spielberg jovem dos tempos em que dirigia Indiana Jones e produzia Os Goonies, mas auxiliado com os mais avançados efeitos visuais de hoje.
Falando neles, é impressionante a construção dos cenários e da criação dos personagens digitais. Assim como em inúmeros filmes (como a trilogia O Senhor dos Anéis), o Bom Gigante Amigo aqui não é meramente um personagem digital, mas sim há um ator de verdade em cena dando os movimentos e expressões faciais. Interpretado por Mark Rylance, O Gigante Amigo acaba se tornando o coração do filme, pois os seus movimentos, expressões, e acima de tudo, boa interpretação do ator, faz nos convencer que realmente vemos um gigante contracenando com uma menina.
Falando na pequena, Ruby Barnhill se sai muito bem como Sophie e sua atuação em meio a inúmeros efeitos visuais acaba soando convincentes. Por vezes, ela lembra a primeira aparição de Harry Potter no cinema, já que ela é uma criança do mundo real, mas que ao mesmo tempo se depara com algo que acreditava que somente existia nos livros de aventura dos quais ela lia. O que poderia então soar artificial, acaba nos impressionando, graças a um cuidado técnico e perfeccionismo puro vindo do cineasta.
Falando em perfeccionismo, a cena em que ambos os personagens visitam a lagoa dos sonhos é sem sombra de dúvida o momento mais belo do filme. Com um 3D que nos faz entrar na cena, o lago é um verdadeiro show de luzes e onde as regras da física são quebradas e dando lugar a uma realidade em que tudo é possível. Tudo muito bem moldado e se casando muito bem com a trilha sonora que, aliás, é composto pelo velho companheiro de Spielberg, o veterano compositor John Williams. 
Embora com um final em que tudo se revolva de uma forma até fácil demais, O Bom Gigante Amigo é um filme gostoso de assistir e que irá agradar toda a família, principalmente os pequenos que sentiram um pouco da magia que os pais curtiam de uma época mais nostálgica e inocente dos anos 80.  



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