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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cine Dica: Curso sobre o mestre Charlie Chaplin


Apresentação

Charlie Chaplin, considerado uma das estrelas fundamentais dos primeiros dias de Hollywood, viveu uma vida interessante, tanto em seus filmes quanto por trás das câmeras. Ele é mais reconhecido como um ícone da era do cinema mudo, muitas vezes associado ao seu personagem mais popular, o eterno vagabundo "Carlitos", caracterizado como um homem simples e ingênuo, com o bigode escovinha, chapéu-coco, bengala de bambu, e um caminhar divertido. Mas para a história do cinema ele foi muito mais do que isto.


Foi um artista com ideias sociais e um diretor com características autoritárias. Suas obras foram evoluindo tecnicamente e Chaplin desenvolveu uma veia perfeccionista que resultou em filmes clássicos cultuados pelo grande público. Podemos ver ideias de Tempos Modernos (1936) em The Floorwalker (1916), assim como as bases de O Grande Ditador (1940) em Shoulder, Arms (1918). O que levou Chaplin a criar Carlitos? Como sua vida pessoal se mistura com a sua arte? Quais as inspirações para os grandes clássicos?


Objetivos

O curso O Cinema de Charlie Chaplin: Do Pastelão à Crítica Social, ministrado por Christian Farias, vai analisar quatro pontos da vida de Charles Spencer Chaplin, fundamentais para entender e desvendar sua carreira: a vida, a obra, os problemas e os conflitos sociais que influenciaram suas ideias e sua herança cultural.


Temas

A vida de Charles Spencer Chaplin

A comédia no cinema mudo
A grande rivalidade: Chaplin, Harold Lloyd e Buster Keaton
As produções de Chaplin e a busca pela perfeição
As questões sociais por trás das obras
Os problemas políticos pessoais de Chaplin
Chaplin x Hitler
O Vagabundo
A comédia e o drama
A evolução da arte de Chaplin



Ministrante: Christian Farias

Graduado em Jornalismo e pós-graduado em Cinema pela PUCRS. É pesquisador e apaixonado por comédia clássica, tendo seu trabalho sobre Charlie Chaplin aceito como acervo no museu de Chaplin, na Itália. Já dirigiu dois curtas e participou de produções jornalísticas de rádio, internet e TV.
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Curso
O CINEMA DE CHARLIE CHAPLIN: DO PASTELÃO À CRÍTICA SOCIAL
de Christian Farias

* Datas
06 e 07 de Novembro de 2014 (quinta e sexta)

* Horário
19h30 às 22h

* Local
Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 - Centro - Porto Alegre / RS)


* Formas de pagamento

Cartão de Crédito / Boleto / Depósito bancário

* Material
Apostila e Certificado de participação


* Informações
cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9320-2714

* Inscrições


* Realização
Cena UM - Produtora Cultural

* Patrocínio
* Parceria

* Apoio de divulgação

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Cine Especial: FILME NOIR: CINEFILIA & SEXUALIDADE: FIINAL


Nos dias 24 e 25  de Outubro eu estarei me encaminhando para minha 40ª participação nos cursos do Cena Um. Na próxima aula o tema será sobre o gênero Noir, que será ministrado pelo Doutor de Cinema Fernando Mascarello. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei postando sobre os filmes que eu assisti desse cinema inovador, corajoso para a época e que se não fosse por eles, não existiria filmes como Pulp Fiction ou Sin City.

 

O MENSAGEIRO DO DIABO 

Sinopse: O reverendo Harry Powell não é bem o que aparenta ser: utilizando-se de palavras da Bíblia e belas canções religiosas, e com a ajuda de seu carisma que consegue conquistar rapidamente as pessoas, ele é na verdade um golpista que se aproveita da situação de recém-viúvas para tirar dinheiro delas. Sua nova vítima é Willa Harper (Shelley Winters), que perdeu seu marido, enforcado por assassinato.

Quando fez O Mensageiro do Diabo, Charles Laughton tinha apenas uma co-direção que se chamava O Homem da Torre Riffel do ano de 1951. Na realidade foi no trabalho como ator que ele ganharia grande prestigio, atuando em mais de 50 títulos e sendo dirigido por verdadeiros mestres do cinema como Alfred Hitchcock e Jean Renoir.  Tal experiência que teve em meio a grandes talentos na direção, fez que ganhasse interesse em dirigir e o resultado foi à criação de um único filme em sua carreira, mas que é indubitavelmente um belo exemplo de herdeiro de outros gêneros cinematográficos vistos em outras décadas.
O filme nos brinda com belas imagens em preto e branco que solta aos olhos, que por vezes lembra, tanto o período do expressionismo alemão como também os primeiros títulos gênero noir que surgiram no cinema americano a partir da década 40. Ver O Mensageiro do Diabo se tem uma sensação de mistura de talentos: visualmente o filme lembra os melhores títulos de Fritz Lang (Metrópolis), mas por outro lado possui uma dose de humor negro que nos lembra um filme de Hitchcock. Porém, o filme se direciona por ares um conto de fadas mais sombrio, para não dizer macabro. 
Harry Powell (Robert Mitchum) é um ex-presidiário, que por sua vez é uma verdadeira mistura de anjo e demônio num único corpo, sendo um reverendo fervoroso e um assassino de esposas das quais rouba dinheiro. Sua próxima vitima é uma viúva (Shelley Winters) e seus dois filhos, que ambos guardam uma quantia exorbitante de dinheiro dado pelo pai falecido. Após o assassinato da mãe (a cena em que mostra onde está o corpo é desde já espetacular) as duas crianças decidem fugir pelo mundo, mas ao mesmo tempo o grande vilão da trama fica no encalço dos dois.
À medida que o vilão chega mais perto dos seus pequenos alvos, se aumenta ainda mais o suspense, se criando momentos soberbos e fazendo do falso pastor Harry num dos melhores e mais enigmáticos vilões da historia do cinema. Pelo fato do cineasta ter sido um ótimo ator, ele optou por alguém como Mitchum, que possuía um grande talento de misturar um lado cômico com o seu lado mais perverso e se criando então um verdadeiro estudo sobre as origens da maldade humana. Com sua face enigmática, Mitchum também passou certo apelo sexual nas entrelinhas, sendo algo chocante para os padrões morais dos bons costumes americanos da década de 50.
Talvez por ser uma obra com um conteúdo até então inédito aos olhos do cinéfilo americano daquele tempo, O Mensageiro do Diabo acabou se tornando um verdadeiro fracasso de bilheteria e prejudicando a carreira de Laughton para sempre. Depois disso ele jamais dirigiria um filme novamente. Porém, o tempo fez justiça e O Mensageiro do Diabo sempre se encontra facilmente na lista dos melhores filmes de todos os tempos.

Leia também: partes 1,2,3 e 4



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Cine Curiosidade: WARNER BROS. DIVULGA NOVO TRAILER LEGENDADO DE QUERO MATAR MEU CHEFE 2

A sequência da comédia de sucesso traz novamente Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis no elenco e tem estreia prevista para 4 de dezembro


A Warner Bros. divulga novo trailer legendado da comédia Quero Matar Meu Chefe 2. No vídeo, os astros Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis aparecem novamente como os funcionários favoritos de todo mundo: Nick, Dale e Kurt, apresentando a invenção que irá mudar suas vidas.
Jennifer Aniston (“Família do Bagulho”), e os vencedores do Oscar® Jamie Foxx (“Ray”) e Kevin Spacey (“Beleza Americana”, “Os Suspeitos”) também repetem seus papéis de “Quero Matar meu Chefe”, enquanto Chris Pine (“Além da Escuridão: Star Trek”) e o vencedor do Oscar® Christoph Waltz (“Django Livre” e “Bastardos Inglórios”) estrelam como os novos adversários no caminho que separa os rapazes de seus sonhos de sucesso.
Cansados de dar satisfações aos seus chefes, Nick (Bateman), Dale (Day) e Kurt (Sudeikis) decidem virar seus próprios chefes abrindo seu próprio negócio, mas um investidor trapaceiro puxa o tapete deles. Passados para trás, desesperados e sem recursos legais, os três aspirantes a empreendedores traçam um arriscado plano para sequestrar o filho adulto do investidor e usá-lo como moeda de troca para recuperar o controle de sua empresa.
Quero Matar Meu Chefe 2 é dirigido por Sean Anders e produzido por Brett Ratner, Jay Stern, Chris Bender, John Rickard e John Morris. Os produtores executivos são Toby Emmerich, Richard Brener, Michael Disco, Samuel J. Brown, Steven Mnuchin, John Cheng e Diana Pokorny. O roteiro é de Sean Anders & John Morris (“Família do Bagulho”), história de Jonathan Goldstein & John Francis Daley e Sean Anders & John Morris, baseado nos personagens criados por Michael Markowitz.
A equipe criativa por trás das câmeras inclui o diretor de fotografia Julio Macat (“A Escolha Perfeita”), o diretor de arte Clayton Hartley (“Família do Bagulho”), o editor Eric Kissack (“O Ditador”), e a figurinista Carol Ramsey (“Uma Ladra Sem Limites”).
Quero Matar Meu Chefe 2 é uma apresentação da New Line Cinema, uma produção da RatPac Entertainment/Benderspink. O filme será distribuído pela Warner Bros. Pictures, uma empresa Warner Bros. Entertainment.  

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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cine Especial: FILME NOIR: CINEFILIA & SEXUALIDADE: Parte 4



Nos dias 24 e 25  de Outubro eu estarei me encaminhando para minha 40ª participação nos cursos do Cena Um. Na próxima aula o tema será sobre o gênero Noir, que será ministrado pelo Doutor de Cinema Fernando Mascarello. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei postando sobre os filmes que eu assisti desse cinema inovador, corajoso para a época e que se não fosse por eles, não existiria filmes como Pulp Fiction ou Sin City.

 

CREPÚSCULO DOS DEUSES 


sinopse: No início um crime é cometido e uma voz em off começa a narrar que tudo começou quando Joe Gillis (William Holden), um roteirista fugindo de representantes de uma financeira que tentava recuperar o carro por falta de pagamento e se refugia em uma decadente mansão, cuja proprietária, Norma Desmond (Gloria Swanson), era uma estrela do cinema mudo. Quando Norma tem conhecimento que Joe é roteirista, contrata-o para revisar o roteiro de Salomé, que marcaria o seu retorno às telas. O roteiro era insuportável, mas o pagamento era bom e ele não tinha o que fazer. No entanto, o que o destino lhe reservava não seria nada agradável.

Hollywood é alvo direto desse filme, onde se faz uma verdadeira critica a essa indústria do entretenimento, onde deixa a carreira da pessoa no auge, mas depois o mastiga e deixa ao esquecimento. Isso o que acontece com os personagens principais da trama, principalmente para Norma Desmond, interpretada magistralmente pela atriz Gloria Swanson, que curiosamente tem algo de muito em comum com a personagem, já que ambas eram da época do cinema mudo e foram esquecidas com o tempo. Sempre quando a atriz surge com o seu personagem ela simplesmente rouba a cena, com jeito de louca excêntrica e ao mesmo tempo esperançosa, acreditando completamente que irá voltar a fazer filmes.
Destaco também a convincente interpretação de William Holden, no modo como ele vai sendo envolvido por Norma é fabuloso. Talvez o único defeito do filme seja um pouco sua previsibilidade, mas o diretor em nenhum momento se mostra interessado em esconder o que vai acontecer, principalmente pelo início do filme, que já cria todo o clima pesado que a história proponha e já prepara o público para algo pior (o filme começa pelo final), que está por vir. O grande trunfo da história está mesmo no seu desenvolvimento perfeito e na denúncia grave do lado podre de Hollywood, que Wilder já enxergava bem à frente de seu tempo.
Fato curioso também é a participação do personagem, o empregado Max, interpretado pelo ator e diretor Erich von Stroheim, ele foi por algum tempo diretor de filmes mudos, mas acabou fracassando na carreira. O diretor Wilder o chamou para ser o mordomo da personagem e curiosamente tanto o passado do personagem como do ator na vida real ambos tem muito em comum.
Claro que todo bom clássico tem suas cenas clássicas, destaco o inicio, onde vemos o personagem de William Holden já morto na piscina e começa a contar a sua historia do porque estar ali. O espectador, é claro, é pego imediatamente pela previsibilidade, sabendo que o protagonista da trama irá morrer no final, mas como ele chega ali? Porque foi morto? Essas perguntas e mais outras são respondidas ao longo da projeção até o seu epilogo final, que é trágico, triunfante e talvez, para mim, uma das imagens mais perturbadoras que eu já vi na historia do cinema. Como prova de que como Wilder era um diretor a frente do seu tempo e corajoso, pois simplesmente estava dando uma mordida na mão que o alimentava com esse filme.
Antes que eu me esqueça, uma curiosidade: Cecil B. DeMille diretor de grandes épicos como Os Dez Mandamentos, fez uma participação especial como ele mesmo, na parte onde ele está filmando em estúdio o filme Sanção e Dalila e acaba recebendo a visita da Norma Desmond, acreditando que ele lhe dara uma nova chance para retornar ao cinema.

Enfim, assim como Cidade dos Sonhos (2001), Wilder criou uma obra máxima que mostra todo esse lado podre de Hollywood, e por mais que alguns quisessem que o filme caísse no esquecimento, o publico e a critica jamais se esqueceu dessa obra máxima que colocou o dedo no nariz e disse: "Você me da tudo e depois tira tudo de mim"... Essa para mim é a melhor frase que o filme diz ao espectador que assisti essa obra  inesquecível, deslumbrante e arrebatador.

 

A MARCA DA MALDADE



Sinopse: Ao investigar um assassinato, Ramon Miguel Vargas (Charlton Heston), um chefe de polícia mexicano em lua-de-mel em uma pequena cidade da fronteira dos Estados Unidos com o México, entra em choque com Hank Quinlan (Orson Welles), um corrupto detetive americano que utiliza qualquer meio para deter o poder.

Visão crua de um mundo corrupto e racista das cidades fronteiriças, baseada no romance de Whit Masterson. Complexo e instigante, um filme com vários subtemas, sendo que um deles relacionado a uma gangue de narcóticos, cujo chefe é representado pelo ótimo Akim Tamiroff. Musica notável de Henry Macini e fotografia antológica de Russel Metty. Preste atenção na maravilhosa entrada de Marlene Dietrich e as aparições não creditadas de Joseph Cotten e Mercedes McCambridge. Tendo se tornado apenas um relativo sucesso na época, o filme rapidamente se tornou um Cult ao longo dos anos.



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