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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Cine Dica: Curso Slasher Movies




APRESENTAÇÃO
Durante décadas, jovens personagens de filmes de horror tiveram mortes tenebrosas pelas mãos de pérfidos psicopatas, geralmente mascarados, que esbanjam criatividade (e crueldade) na hora de eliminar seus alvos. A frequência desses massacres e a quantidade de filmes enfocando o genocídio adolescente deram origem a um subgênero: os "Slasher Movies" ("Slash" é o termo em inglês para "retalhar" ou "cortar").
Embora filmes sobre pessoas sendo sistematicamente assassinadas por psicopatas misteriosos já existam desde os primórdios do cinema, foi a estreia de Halloween (1978), de John Carpenter, que imortalizou os cânones do subgênero e as suas "regras", como a protagonista virginal que sobrevive para enfrentar o assassino mascarado enquanto seus amigos que fazem sexo são mortos impiedosamente. Claro que Carpenter não criou tudo isso do zero: vários desses elementos já apareciam, isoladamente, em produções dos anos 1930.
Mas foi a partir de Halloween que iniciou a chamada "era de ouro" dos Slasher Movies: durante quase 10 anos, entre 1978 e 1986, centenas de produções foram realizadas no mundo inteiro, reunindo um variado grupo de vilões mascarados, as mortes mais criativas que a equipe de efeitos especiais pudesse conceber e muitos, mas muitos litros de sangue.
Embora nunca tenham realmente desaparecido, os slashers sofreram um período de decadência pós-1986, em grande parte pelo excesso de filmes e pela falta de criatividade que impedia de distinguir uma produção da outra. Até que o sucesso de Pânico (1996), de Wes Craven, garantiu uma sobrevida ao subgênero e toda uma nova geração de jovens viu-se na mira de novos assassinos mascarados. Assim, a exemplo dos vilões mascarados mais famosos desse subgênero, os Slasher Movies nunca morrem e continuam à solta para aterrorizar a próxima geração de adolescentes.
NÃO É NECESSÁRIO NENHUM PRÉ-REQUISITO PARA PARTICIPAR DESTA ATIVIDADE.


OBJETIVOS


O curso Slasher Movies: Virgens, Mascarados e Litros de Sangue, ministrado por Felipe M. Guerra, tem como objetivo explorar a história desse subgênero e estudar o seu impacto na cultura popular (vilões como Jason já apareceram até em historinhas da Turma da Mônica, ainda que devidamente caricaturizados). As origens dos Slashers Movies serão apresentadas desde as suas raízes, com o Teatro Grand Guignol, na França, e os livros baratos de mistério e assassinato, passando pelos chamados "proto-slashers", filmes que começaram a lançar as bases para esse tipo de produção, chegando até a produção contemporânea. O objetivo é criar um panorama variado de como surgiram os Slasher Movies e suas "regras", enfocando também as produções mais famosas do ciclo.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


Aula 1

RASTREANDO AS ORIGENS
Do Teatro Grand Guignol a Jack, O Estripador, de Agatha Christie a Edgar Wallace.
O QUE É UM SLASHER MOVIE?
Porque Sexta-feira 13 é um Slasher Movie e Seven não é?
As regras e características que permitem identificar este subgênero, e como elas sofrem poucas modificações de um filme para outro.
OS AVÓS DOS SLASHER MOVIES
Uma análise sobre os "Proto-Slashers", filmes de horror e mistério produzidos entre as décadas de 1930-70 que já trazem elementos que depois serão imortalizados pelos Slasher Movies.
HALLOWEEN E O INÍCIO DA ERA DE OURO
O sucesso do filme de John Carpenter e os cânones do Slasher.
O início da era de ouro e as principais produções: Sexta-feira 13; Prom Night; Feliz Aniversário Para Mim; Dia dos Namorados Macabro e outras (e suas continuações).
Aula 2
O INÍCIO DO FIM DA ERA DE OURO
Porque A Noite das Brincadeiras Mortais é o último grande Slasher Movie clássico?
O subgênero se banaliza e crianças começam a idolatrar Freddy e Jason.
POR TRÁS DOS SLASHERS
Tentando levar os Slasher Movies a sério.
Sexualidade e moralismo nos clássicos do gênero.
A ESTREIA DE PÂNICO E UM NOVO CICLO
Como o filme de Wes Craven apresentou os Slasher Movies a uma nova geração.
QUANDO O SUBGÊNERO VIRA PIADA
Slasher cômicos que não se levam a sério e brincam com os clichês do gênero, de Student Bodies (1981) a Todo Mundo em Pânico (2000).

Ministrante: FELIPE M. GUERRA
Jornalista e cineasta independente, apaixonado por Filmes B, em particular pelos Slasher Movies. Escreveu textos e matérias para o site Boca do Inferno, onde publicou artigos sobre séries como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo. Criou um blog próprio (Filmes para Doidos) onde escreve resenhas sobre cinema. Como cineasta independente, manifesta sua admiração pelos slashers ao homenagear o subgênero nos curtas Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-feira 13 do Verão Passado - Partes 1 e 2. Recentemente finalizou o curta-metragem O Estripador da Rua Augusta (inédito).




Curso
SLASHER MOVIES:
VIRGENS, MASCARADOS E LITROS DE SANGUE
de Felipe M. Guerra


* Datas: 13 e 14 de Março (Quinta e Sexta-feira)
* Horário: 19h30 às 22h
* Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Rua dos Andradas, 1223 – Centro - Porto Alegre)
* Investimento: R$ 80,00 (valor promocional de R$ 70 para as primeiras 10 inscrições – Válido apenas para pagamento por depósito bancário)
* Forma de pagamento: Depósito bancário ou Cartão de Crédito (via PagSeguro)
* Material: Apostila e Certificado de participação


* Informações: cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9320-2714
* Inscrições: www.cinemacenaum.blogspot.com

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: PHILOMENA




Sinopse: Indicado ao Oscar nas categorias:brMelhor filme / Melhor atriz: Judi Dench / Melhor roteiro adaptado / Melhor trilha sonora / brbrIrlanda 1952. Philomena Lee é uma jovem que tem um filho recém-nascido quando é mandada para um convento. Sem poder levar a criança ela o dá para adoção. A criança é adotada por um casal americano e some no mundo. Após sair do convento Philomena começa uma busca pelo seu filho junto com a ajuda de Martin Sixsmith um jornalista de temperamento forte. Ao viajar para os Estados Unidos eles descobrem informações incríveis sobre a vida do filho de Philomena e criam um intenso laço de afetividade entre os dois.



Longas metragens, que baseados em casos verídicos, na maioria das vezes vem sempre carregado por uma grande bagagem, onde a historia por vezes se torna tão fascinante quanto à própria ficção de qualquer outro filme que é inventando. Esse é o caso de Philomena, mais novo trabalho do diretor Stephen Frears (A Rainha), que embora seja um caso real, acaba não caindo no lado do puro drama, mas sim numa interessante historia sobre busca e descobertas.    

Em 1950, Irlanda, uma jovem engravida de uma forma imprudente e acaba sendo enviada, pelo  pai, para um convento. Normalmente as freiras é que cuidavam das crianças, em troca do trabalho forçado das mães, no que elas acreditavam ser o castigo apropriado vindo de Deus. Décadas se passam e trama se passa num período onde a criança teria já 50 anos e Philomena (Judi Dench) embarca em sua cruzada particular para encontrá-lo.

Em sua busca, ela conta com ajuda de um jornalista conhecido (Steve Coogan), que vê nessa jornada uma chance para escrever uma boa matéria para sua editora. Como sempre, nestes típicos filmes de viagem, a revelação sobre onde o rapaz está é o que menos importa, sendo que a transformação e as descobertas que ambos os protagonistas fazem durante o filme é o que torna fascinante a historia. Assim como em produções recentes como A Religiosa, o filme não se intimida ao criticar a igreja católica, que embora com cautela, se torna eficaz.

O ator Coogam também emprestou os seus dotes de roteirista para Jef Pope, sendo um profissional nato de produções diretamente para a TV e o resultado final é um filme correto com começo, meio e fim. Inspirado no livro do jornalista Martin Sixsmith (The Lost Child of Philomena Lee), o filme não esconde o fato que a própria Igreja de uma forma cruel, participou de um esquema de exportação de milhares de crianças para os Estados Unidos. Isso faz com que ficamos com mais raiva da situação, principalmente ao vermos a protagonista ainda seguir as doutrinas da igreja e não guardar nenhuma raiva com relação as freiras.

Isso gera um contraste com relação ao seu parceiro de viagem, que é um ateu convicto e que deseja ao todo custo limar a imagem da igreja a partir dessa historia. Tem se então uma pessoa que tem todos os motivos para odiar a igreja, mas que não a carrega para não envenenar a alma e se cria então uma lição de moral para o seu parceiro, mesmo quando ele ainda se mantém com relação as suas opiniões com relação a Deus e religiões. Com isso, se cria um humor certeiro em alguns momentos, mas sem esquecer os pontos dramáticos e fazendo nos lembrar de onde surgiu essa trama.               

Visualmente, a produção possui belas imagens e seqüência inesquecíveis, como aquela em que a mãe vê o seu filho na TV e se tem então um contato emocional entre ambos, mesmo com o fato que isso possa parecer impossível. No final das contas é graça a dupla de protagonistas, que o filme possui alma, embalada com uma bela trilha sonora e que acabou fazendo o filme ganhar de uma forma merecida uma vaga entre os melhores no Oscar 2014.



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Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: THOR: O MUNDO SOMBRIO



Leia a minha critica já publicada clicando aqui.



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