Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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A mostra é uma uma iniciativa internacional que integra o nosso Ministério da Cultura, abrangendo no Brasil quase 400 cineclube e pontos de cultura. O Cineclube Torres é mais uma vez ponto de exibição de um importante programa de difusão audiovisual, nesse caso de um projeto internacional, da Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul (RECAM), atualmente presidida pelo Brasil.
Será realizada, na tradicional segunda cineclubista, uma sessão de curtas para o público em geral com o tema “Territórios e Paisagens em Transformação”, com produções de países do Mercosul: Brasil, Argentina, Colômbia e Paraguai. A curadoria geral da Mostra selecionou seis produções que atravessam memórias, resistências e identidades regionais. Histórias como "Dois Riachões: Cacau e Liberdade", "La tierra sin mal" e "Movimentos migratórios" revelam a força das comunidades que reinventam o território a partir da luta, da ancestralidade e da esperança.
Por contra, entre o real e o mítico, "Keradó", "Mita’i Churi" e "Luthier" reafirmam o poder do audiovisual como espaço de encontro e expressão, conectando povos e experiências em um mesmo horizonte latino-americano. A 2ª Mostra Mercosul Audiovisual é uma iniciativa da Secretaria do Audiovisual (SAv) do Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a RECAM). Neste ano, 367 pontos de exibição foram credenciados em 250 municípios de todos os estados do país.
O Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos devidamente formalizada e regularizada, não só é cineclube inscrito na Agência Nacional do Cinema e no Conselho Nacional de Cineclubes, mas é Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo Instituto Brasileiro de Museus, Equipamento de Animação Turística certificado pelo Ministério do Turismo (Cadastur), Biblioteca Comunitária e integrante da Georrota do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul.
Serviço:
O que: Exibição da sessão 2ª Mostra Mercosul Audiovisual - “Territórios e Paisagens em Transformação”
Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto à escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres
Quando: Segunda-feira, 1/12, às 20h
Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).
Cineclube Torres
Associação sem fins lucrativos
Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva
Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus
Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística - Cadastur
Sinopse: Um jovem (Michael J. Fox) aciona acidentalmente uma máquina do tempo construída por um cientista (Christopher Lloyd) em um Delorean, retornando aos anos 50.
Com produção do gênio Steven Spielberg, e dirigido de forma impressionante por Robert Zemeckis, "De volta para o Futuro" (1985) se tornou um dos melhores filmes de aventura e fantasia dos anos 80, ao brincar com as teorias de viagem no tempo e se tornando um dos favoritos do gênero. O filme toca em assuntos de como seria interessante como, por exemplo, ao visitar o passado dos nossos pais, mas que acaba causando certas mudanças para o presente. O filme é de tudo um pouco, ação, ficção e humor na medida certa, sendo que a dupla central Michael J. Fox e Chistopher Lloyd são um show à parte, uma química perfeita de amigos completamente diferentes um do outro, mas que graças a magia do cinema faz deles uma dupla inesquecível.
A partir desse filme Robert Zemeckis se tornou um diretor mais requisitado e que futuramente faria mais outros sucessos como "Uma Cilada para Roger Rabbit" (1988) e posteriormente o premiado "Forrest Gump" (1994). Curiosamente, o ator inicialmente contratado para interpretar Marty McFly foi Eric Stoltz, que chegou até a gravar algumas cenas como o personagem. Mas, como os produtores consideraram que Stoltz não convenceria como um adolescente nas telas, ele foi preterido por Michael J. Fox. Outra curiosidade está com relação a máquina do tempo, sendo que a intenção original de Robert Zemeckis era que fosse construída em uma geladeira. A ideia foi abortada porque havia o temor de que crianças resolvessem escalar geladeiras e até mesmo entrar nelas, por causa do filme.
'DE VOLTA PARA O FUTURO II'
sinopse: O cientista Doc Brown (Christopher Lloyd) leva Marty (Michael J. Fox) e sua namorada (Elisabeth Shue) para o ano 2015, com a finalidade de resolver uma questão familiar no futuro deles.
Começando exatamente no ponto em que a trama anterior parou, a segunda a parte é mais movimentada, sendo uma verdadeira montanha russa de acontecimentos que envolve tanto o futuro como o passado. Os criadores da série tiveram a idéia genial de não só visitar o futuro dos personagens, como também fazerem eles se envolverem no passado, ou seja, no ano de 1955 e justamente no dia em que eles estavam na primeira aventura, portanto é fascinante eles estarem no mesmo cenário onde se passou a primeira história e é completamente divertido rever as situações do primeiro filme. Como não bastasse isso, o filme entrega um final digno de segunda parte de uma trilogia onde a trama deixa um enorme gancho para a terceira e derradeira parte final.
Curiosamente, as filmagens de "De Volta Para o Futuro II" e "De Volta Para o Futuro III" ocorreram entre 1989 e 1990 de forma simultânea e com os dois filmes sendo lançados nos cinemas com uma diferença de apenas 6 meses. O modelo de filmagem acabou servindo de inspiração para as irmãs wachowski realizar a sua trilogia "Matrix" iniciada em 1999. Outra curiosidade está relacionada ao almanaque que é entregue ao jovem Biff que dizia que em 1997 um time da Flórida ganharia o Campeonato Nacional de Baseball. Pois em 1997, o Florida Marlins, um time que nem existia quando "De Volta Para o Futuro II" foi realizado, ganhou o Campeonato Nacional de Baseball.
'DE VOLTA PARA O FUTURO III'
Sinopse: Após receber uma carta de Doc (Christopher Lloyd) datada de 1885, Marty (Michael J. Fox) viaja ao Velho Oeste, no dia 2 de setembro do mesmo ano, tendo apenas cinco dias para salvar a si e aos seus amigos e voltar para o futuro.
Muitos acreditam que a aceleração da segunda parte da trilogia se devia ao fato que o diretor Robert Zemeckis estava louco para chegar logo a terceira parte na qual ele iria adorar filmar. Nesta aventura, os a dupla central acaba parando justamente em 1885, ou seja, nos tempos do velho oeste, onde o diretor sempre tinha uma paixão tremenda pelo gênero que fez muito sucesso durante vários anos no cinema. Pelo fato da história se passar então neste período o filme é o mais lento dos três capítulos, mas isso não quer dizer que o filme seja ruim, pelo contrário, chega até mesmo superar as qualidades da segunda parte.
O longa é uma bela homenagem aos velhos faroestes como "Rastros do Ódio" (1956), "No Tempo das Diligências" (1939) e a Trilogia dos Dólares comandada por Sergio Leone e que deu início ao subgênero Spaghetti western na Itália. O interessante é que dentre os três filmes é nesta parte em que a trama trabalha melhor no lado psicológico dos personagens, como no caso de Doc Brown que se vê apaixonado e ficar dividido entre a lógica e sentimentos e de Marty que se vê diante de escolhas nas quais fará ele amadurecer através do tempo. Dos três filmes o ato final deste é sem sombra de dúvida um dos melhores, onde ação é contagiante e culminando em um final inesquecível para os fãs.
Encerrando a trilogia com chave de ouro, alguns fãs até hoje ficam se perguntando se haverá uma quarta parte. Sinceramente eu acho desnecessário, pois como diz um velho ditado, jamais se deve mexer no time que está ganhando e "De volta para o Futuro" é para ser lembrado como uma trilogia que funcionou de maneira perfeita do início até o seu encerramento.
No domingo, nossa sessão será às 10h15 da manhã, na Cinemateca Paulo Amorim, com a exibição de A Quem Eu Pertenço, estreia da cineasta tunisiana Meryam Joobeur, radicada em Montreal.
Mesclando drama, espiritualidade e elementos de horror, o filme acompanha a vida de Aïcha, uma mãe que vê sua rotina rural ser profundamente abalada quando um de seus filhos retorna da guerra trazendo consigo segredos, mistério e uma presença silenciosa que transforma a atmosfera da aldeia. Com forte impacto visual e emocional, Joobeur constrói um longa de grande força simbólica, que se desloca com elegância entre gêneros e surpreende o espectador a cada novo gesto.
SESSÃO DE DOMINGO NO CLUBE DE CINEMA
📅 Data: Domingo, 30/11/2025, às 10h15 da manhã
📍 Local: Cinemateca Paulo Amorim
Casa de Cultura Mário Quintana – Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre
A Quem Eu Pertenço (Mé el Aïn)
Tunísia/França/Canadá/Noruega/Catar/Arábia Saudita, 2024, 120 min, 16 anos
Direção: Meryam Joobeur
Elenco: Salha Nasraoui, Mohamed Grayaâ, Malek Mechergui, Adam Bessa, Dea Liane, Rayen Mechergui
Sinopse: Uma mulher tunisiana se vê dividida entre o amor maternal e a busca pela verdade quando seu filho retorna da guerra trazendo consigo mistérios que lançam uma escuridão sobre toda a aldeia.
Esperamos por você nesse final de semana especial!
Sinopse: Os heróis e policiais novatos Judy Hopps e Nick Wilde estão de volta para mais uma aventura extravagante pela grande metrópole animal de Zootopia.
BUGONIA
Sinopse: Dois homens obcecados por conspirações sequestram a CEO de uma grande empresa quando se convencem de que ela é uma alienígena que quer destruir a Terra.
MORRA, AMOR
Sinopse: Ambientado na zona rural dos Estados Unidos, o longa é o retrato de Grace (Jennifer Lawrence), uma jovem que luta para manter sua sanidade após se tornar mãe.
A cinesemana de 27 de novembro a 3 de dezembro marca a realização de mais uma edição do Festival de Cinema Francês (antigo Varilux), com a exibição de 20 filmes inéditos nas salas. Outra novidade é o longa GUARDE O CORAÇÃO NA PALMA DA MÃO E CAMINHE, em que a cineasta iraniana Sepideh Farsi documentou a guerra em Gaza a partir de videochamadas com a jornalista palestina Fatma Hassona. Também estreia nos cinemas o A NATUREZA DAS COISAS INVISÍVEIS, primeiro longa da diretora Rafaela Camelo e que conquistou Gramado com a história da amizade entre duas meninas de dez anos.
Esta será a última semana de exibição de FRANKENSTEIN, versão do mexicano Guillermo del Toro para o clássico de terror da literatura mundial, bem como JAY KELLY, novo longa do diretor Noah Baumbach.
Seguem em cartaz o “blockbuster” brasileiro O AGENTE SECRETO, de Kleber Mendonça Filho, que já levou mais de 600 mil espectadores aos cinemas, e também o delicado CORAÇÕES JOVENS, um drama sobre a descoberta do amor na adolescência rodado entre Holanda e Bélgica.
Confira a programação completa no site oficial da cinemateca clicandoaqui.
Sinopse: Apocalipse nos Trópicos é um documentário brasileiro dirigido por Petra Costa sobre a influência do cristianismo evangélico na política do Brasil.
Petra Costa surpreendeu ao lançar "Democracia em Vertigem" (2020), documentário que procura buscar respostas sobre as motivações que levaram ao impeachment dá até então Presidente Dilma e do fortalecimento da Extrema Direita. Em meio a isso, houve um crescimento de discurso de ódio, tanto vindo de lideranças do até então deputado Jair Bolsonaro, como também um crescimento da religião evangélica inserida em território político. "Apocalipse nos Trópicos" (2025) revela que isso não aconteceu ao acaso, mas sim já estava sendo planejado há muito tempo.
No documentário, Petra Costa mergulha na interseção alarmante entre religião e política no Brasil. o longa revela como o movimento evangélico, com sua ideologia apocalíptica, desempenhou um papel crucial na ascensão de Jair Bolsonaro à presidência e levanta questões sobre a ameaça de uma teocracia nacional. Ao mesmo tempo revela um cenário assustador, levando o país para um cenário quase distópico.
Petra Costa procura não vilanizar a religião evangélica, mas sim destacar os seus líderes com interesses políticos e que anseiam pelo controle das instituições. Dentre eles se destaca o Pastor Silas Malafaia, cujo seus seguidores seguiram aumentando ao longo dos anos de forma vertiginosa e fazendo obter poder através de sua palavra. Por conta disso, é notório que tanto ele, como outros líderes dessa área, buscassem alguém que pudesse representar eles para alcançar o poder e Bolsonaro foi esse homem que eles usaram em potência máxima.
Petra Costa não se debruça em teorias da conspiração, mas sim indo em direção ao foco principal e, portanto, é sempre interessante ver as palavras de Malafaia e do próprio Bolsonaro sendo que ambos usaram a palavra de Deus para atrair não somente conservadores, como também jovens desinformados com relação aos verdadeiros fatos da história e assim podendo manipulá-los de modo fácil através de fake news a todo momento. O resultado parece até uma espécie de lavagem cerebral, principalmente onde vemos diversas pessoas orando nas ruas cegamente e mal se importando na possibilidade do nascimento de um governo ditatorial por meio da religião.
O resultado disso foi em crer em qualquer coisa em que o Presidente dizia, principalmente quando ele ignorou todos os alertas sobre os tempos da Pandemia e gerando milhares de mortes, tudo porque os seus seguidores seguiam com a sua desinformação e propagando ainda mais o aumento da doença. É quase como se estivéssemos vendo um filme de ficção cuja realidade era uma distopia, mas que era justamente a nosso mundo real de até alguns anos atrás e fazendo com que as cenas se tornem ainda mais assustadoras. Quem acompanhou de perto tudo isso sabe muito bem o resultado catastrófico e fazendo muitos de nós perderem os seus entes queridos.
O terceiro ato do documentário, portanto, sintetiza a negação, onde vemos seguidores que não aceitam em hipótese alguma o retorno do ex-presidente Lula ao poder. Após a sua última vitória nas eleições presidenciais o que vemos é um país cada vez mais dividido, onde Bolsonaro arquitetou um golpe de estado através dos seus asseclas e resultando nos ataques antidemocráticos no dia 08 de janeiro de 2023. O golpe, porém, falhou, mas revelou o quanto a democracia é frágil perante a persuasão através de determinados líderes e culminando em pessoas que não aceitam mais a verdade por ela não ser mais o suficiente para eles.
Curiosamente, é interessante observar que Petra Costa vai ainda mais a fundo com relação ao nascimento da evangelização, não somente no Brasil, como também nos EUA em tempos em que o governo tornava a palavra comunismo como algo a ser riscado do mapa e usando a religião como uma das principais armas. Ao final, constatamos que, seja religião evangélica ou qualquer outra, ela pode ser facilmente usada como peça primordial para fins políticos e como isso pode mudar o curso da história como um todo. Os livros de história estão aí para nos ensinar a não cometer os erros do passado, mas pelo visto o ser humano está sendo reduzido a seres não pensantes e que podem, infelizmente, serem controlados facilmente.
Apocalipse nos Trópicos é um retrato assustador de uma população sendo doutrinada pelas palavras de falsos profetas e que somente anseiam pelo poder e controle da massa.
De 26 a 30 de novembro, a Cinemateca Capitólio apresenta a Mostra Cinelimite. A programação apresenta 7 sessões gratuitas que destacam obras brasileiras recentemente recuperadas. Desde 2020, a empresa Cinelimite dedica seu trabalho a ampliar o cânone do cinema de repertório brasileiro, atuando nas áreas de preservação e distribuição para construir um acervo digital com mais de mil obras nacionais, muitas delas nunca antes digitalizadas. Agora, pela primeira vez, a Cinelimite traz uma seleção de suas mostras mais emblemáticas, além de novas surpresas, para o Rio Grande do Sul, em uma semana de sessões inéditas e descobertas renovadas sobre a rica e ainda em expansão história do nosso cinema.
De 02 a 07 de dezembro, na Cinemateca Capitólio, a mostra A Vingança dos Filmes B celebra a sua 12º edição com uma maratona de filmes imperdíveis para os fãs do cinema de gênero. Serão exibidos 31 filmes, entre curtas e longas-metragens, compondo um panorama que vai do horror à ficção científica, passando por obras experimentais até o cinema de ação.
No domingo, 30 de novembro, às 16h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial do documentário O Evangelho da Revolução, de François-Xavier Drouet. O diretor participa de um debate após a sessão.