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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 8 de março de 2017

Cine Especial: Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial: Parte 2



Nos dias 11 e 12 de março eu estarei participando do curso de cinema Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e professora nas áreas de Análise, Teoria, Crítica e História do Cinema Fatimarlei Lunardelli. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei falar um pouco desse cineasta que, através dos seus filmes, soube prestar homenagem ao melhor da história do cinema Italiano e do seu próprio país. 



Um Dia Muito Especial (1977)



Sinopse: Roma, 1938. Hitler e Mussolini selam o acordo que unirá Itália e Alemanha nos conflitos da Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, Antonietta, uma dona-de-casa frustrada e infeliz, troca confidências e se aproxima de Gabriele, seu vizinho homossexual.


Scola usa como pano de fundo o dia da visita de Adolf Hitler a Roma em maio de 1938 e o efeito sobre a população italiana para mostrar a opressão sofrida por um radialista homossexual e uma dona de casa, que moram num mesmo conjunto residencial. A repressão oficial do nazismo ao homossexualismo encontra ressonância na tirania exercida por maridos machistas sobre as, aparentemente, conformadas mulheres. O contraste entre as cenas de um documentário, onde se vê toda a pompa das autoridades italianas para receber o Führer, com a tomada - quase sem cortes - da mulher acordando a família, e tentando dar uma certa ordem no caos matinal, é primoroso.
Veteranos de vários filmes juntos, Sophia Loren e Marcello Mastroianni nos brindam aqui com as melhores atuações de duas carreiras. Com justiça, ganhou o Globo de Ouro e o César de melhor filme estrangeiro em 1978.


 

Casanova e a Revolução (1982)



Sinopse:Um retrato da Revolução Francesa sob diferentes ângulos. Um grupo viaja pela mesma estrada, com diferentes motivações. Entre eles estão o famoso sedutor Casanova, o escritor Restif de La Bretonne e a condessa Sophie. Durante a viagem, eles acabam por presenciar a prisão do rei Luís 16 e de sua família e testemunham o desenrolar dos acontecimentos.
 


Casanova e a Revolução é um dos melhores filmes sobre a Revolução Francesa, e um dos grandes trabalhos do cineasta Ettore Scola. Baseado no livro homônimo de Catherine de Rihoit, Scolla fez um verdadeiro road movie ambientado no séc. XVIII. Seguindo a carruagem real, são colocadas figuras díspares, mas de grande importância, como Restif de la Bretonne, o grande escritor e editor pornográfico francês; Giacomo Casanova, já decadente, velho (teria 66 anos), gordo, careca e doente, mas ainda uma lenda por onde passa; o liberal republicano inglês Thomas Payne, que atuou nas revoluções Americana e Francesa; e até uma viúva que produz champagne, numa clara alusão à veuve Clicquot. 
A partir dessa idéia original, Scola retrata os diversos olhares daquele momento em relação à Revolução Francesa. Destaque também para o ótimo elenco, que inclui os astros Marcello Mastroianni, Hanna Schygulla e Harvey Keitel.

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Cine Curiosidade: Sucesso de bilheteria nos EUA, novo suspense de M. Night Shyamalan ganha cartaz nacional

“Fragmentado” traz James McAvoy como protagonista
e estreia em 23 de março nos cinemas brasileiros
Com mais de US$ 126 milhões arrecadados nos Estados Unidos, “Fragmentado” (Split) – novo longa de M. Night Shyamalan, de “O Sexto Sentido” e “Corpo Fechado” – acaba de ganhar cartaz nacional. O pôster faz alusão aos fragmentos de Kevin, personagem de James McAvoy, que é portador de 23 personalidades distintas.
Parceria inédita entre Shyamalan e o produtor Jason Blum, de “Atividade Paranormal”, o filme permaneceu por três semanas consecutivas em primeiro lugar nos Estados Unidos. A história retrata o dia a dia de Kevin, um homem que sofre de multiplas personalidades que se manifestam aleatoriamente.
Embora esse quadro clínico seja conhecido pela psicóloga de confiança de Kevin, Dr. Fletcher (Betty Buckley), existe uma outra personalidade submersa que está programada para surgir e dominar todas as outras. Forçado a sequestrar três garotas, entre elas Casey (Anya Taylor-Joy, de “A Bruxa”), Kevin se vê em uma guerra pela sobrevivência contra as forças que existem dentro dele – e também contra as que estão ao seu redor.                               
Com distribuição da Universal Pictures, a produção ainda traz Haley Lu Richardson, Brad William Henke, Kim Director, Sterling K. Brown e Sebastian Arcelus no elenco. A estreia está marcada para 23 de março em circuito nacional.

terça-feira, 7 de março de 2017

Cine Especial: Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial: Parte 1



Nos dias 11 e 12 de março eu estarei participando do curso de cinema Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e professora nas áreas de Análise, Teoria, Crítica e História do Cinema Fatimarlei Lunardelli. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei falar um pouco desse cineasta que, através dos seus filmes, soube prestar homenagem ao melhor da história do cinema Italiano e do seu próprio país.  
 
 Nós Que Nos Amávamos Tanto (1974)



Sinopse:Três italianos, Gianni (Vittorio Gassman), Nicola (Stefano Satta Flores) e Antonio (Nino Manfredi) se tornam muito amigos durante o ano de 1944 enquanto combatem os nazistas. Cheio de ilusões, eles se estabelecem depois da guerra. Os três amigos idealistas precisam lidar com a inevitável desilusões da vida no pós-guerra da Itália.
Nós que nos Amávamos Tanto é uma das obras máximas de Ettore Scola. O filme retrata trinta anos na história da Itália (1945-1975) e na vida de três grandes amigos: Gianni, Antonio e Nicola. Da resistência à ocupação nazista ao engajamento político nos anos 60, acompanhamos as aventuras, desventuras e desilusões amorosas de uma geração que sonhava em mudar o mundo. Com uma linda homenagem a Federico Fellini, Nós que nos Amávamos Tanto tem como destaque ainda as atuações memoráveis de Vittorio Gassman, Nino Manfredi e Stefania Sandrelli. Um filme para ver e rever muitas vezes.

 

Feios, sujos e malvados (1976)


Sinopse:Roma, Itália. Giacinto Mazzatella (Nino Manfredi) vive em um barraco com sua esposa, dez filhos e diversos outros parentes. Devido ao pouco espaço disponível, eles dormem praticamente um ao lado do outro. Giacinto guarda uma boa quantia em dinheiro mas, temendo ser roubado, sempre o mantém escondido. Isto irrita sua família, que não pode usá-la para melhorar um pouco de vida. A situação chega ao limite quando Giacinto leva para casa sua amante, o que faz com que a família passe a planejar seu assassinato.
Resistindo com vigor à passagem do tempo, Feios, Sujos e Malvados traz uma visão claustrofóbica e cruel da miséria revelada com frescor político e social. Ettore Scola é um cineasta de características neo-realistas, com abordagem crítica da realidade italiana, cuja maestria fílmica transforma a produção em obra envolvente para todos os espectadores. O elemento que serve de guia para dinamizar o enredo é a relação conflituosa dessa família extremamente pobre.
Nesse aspecto, outros aspectos são tratados como a questão da violência doméstica, o machismo, a banalização da vida e a idéia do individualismo. Embora fosse uma família o único momento em que há uma “confraternização” digna desse nome é o almoço com Giacinto em que todos se reúnem para uma macarronada em que pese a do velho estivesse temperada com veneno de rato. Cenas que traduzem em cinema a  brutalizarão do homem pelo homem, e a violência indistinta entre os membros da família. 
O filme convida também a uma reflexão por analogia. Ele ensina que seja na Itália da década de 70, seja nas favelas do Brasil do século XXI, essa realidade persiste intocada. E a resposta da sociedade também se mantém a mesma, isto é, repressão, estigmatizarão social e descaso político.

 

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Cine Dica: Curso - Literatura Policial no Cinema



Apresentação

Os crimes, e as pessoas que os investigam e combatem, têm sido uma fonte inesgotável de histórias fascinantes. Histórias essas que nos acompanham desde a antiguidade, mas ganharam sua forma definitiva nos Estados Unidos da América a partir do século XIX. Nas primeiras décadas do século XX, a já consolidada Literatura Policial tornou-se um dos gêneros mais populares do mundo, e, os EUA, seu principal produtor.



Desde seu princípio, o cinema bebeu em fontes literárias para encantar os espectadores. Com a Literatura Policial não poderia ser diferente. De Edgar Allan Poe, considerado o pai do detetive moderno, até Dennis Lehane, um dos principais autores da atualidade, mais de um século e meio de boa escrita gerou material para clássicos da tela grande.


Mestres de diversas gerações do cinema, como Howard Hawks e Billy Wilder, passando por Sam Peckinpah e Robert Altman até chegar a Quentin Tarantino, demonstraram suas paixões literárias em excelentes adaptações. Mesmo fora dos EUA, com François Truffaut, Wim Wenders e tantos outros, o poder dessas páginas criminosas se fez sentir.


Objetivos

O Curso À Queima-Roupa – A Literatura Policial Americana no Cinema, deCésar Almeida, tem como objetivo analisar a evolução e as diversas facetas da produção literária americana sobre crimes através das adaptações de obras produzidas por autores clássicos como Dashiell Hammett, Patricia Highsmith e James Ellroy.



Conteúdos

Aula 1

- Breve história do crime na literatura.

- O destino bate à sua porta: a escola Hardboiled
Raymond Chandler / James M. Cain / Dashiell Hammett / Cornell Woolrich / Dorothy B. Hughes / Charlotte Armstrong

- Os implacáveis: a geração pós-pulp
Jim Thompson / Chester Himes / Ross Macdonald / David Goodis / Mickey Spillane



Aula 2

- O sol por testemunha: os modernizadores
Patricia Highsmith / Elmore Leonard / Donald E. Westlake / James Lee Burke / Lawrence Block / George V. Higgins

- Atração perigosa: os mestres contemporâneos
James Sallis / James Ellroy / Joe R. Lansdale / Walter Mosley / Dennis Lehane / Chuck Hogan



Ministrante: CÉSAR ALMEIDA

Publica artigos sobre cinema desde 2008. Lançou, em 2010, o livro "Cemitério Perdido dos Filmes B", que compila 120 resenhas de sua autoria. Em 2012, organizou "Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation" com textos próprios e de outros 11 críticos de cinema. Escreve ficção, com o pseudônimo Cesar Alcázar, e atua como editor e tradutor. Já ministrou os cursos “Mestres & Dragões: A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema”; “Sam Peckinpah – Rebelde Implacável”; “Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70”; “Zumbis no Cinema – Eterno Retorno” e “Era Uma Vez o Spaghetti Western” pela Cine UM.


Curso
À Queima-Roupa:
A Literatura Policial Americana no Cinema

de César Almeida


Datas: 25 e 26 / Março (sábado e domingo)

Horário: 9h30 às 12h30

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 85,00
* À Vista (p/depósito bancário): R$ 80,00 (desc. 6%)

Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714


Realização

Patrocínio
B&B Games

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