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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Cine Dicas: Estreias do final de semana (08/12/16)



A Última Ressaca do Ano
Sinopse: O Natal está chegando e a tradicional festa da empresa vai acontecer. Tem algumas pessoas que não suportam a data, mas muitos funcionários aguardam a celebração ansiosamente para enfiar o pé na jaca e no dia da festa dá tudo errado.


Como Você É

Sinopse:Início da década de 1990. A releitura de uma relação entre três adolescentes, enquanto a trajetória da amizade é construída através das lembranças díspares revividas e desencadeadas por uma investigação da polícia.
 
É Apenas o Fim do Mundo
Sinopse: O escritor Louis (Gaspard Ulliel) passou 12 anos longe de casa e retorna para um almoço em família. Mas para ele não é nada fácil, pois feridas reabrem, principalmente porque terá de rever o irmão (Vincent Cassel), com quem nunca se deu bem.

 
Fallen

Sinopse: Responsabilizada pela misteriosa morte de seu namorado, Luce é mandada para o reformatório Sword & Cross, onde se aproxima de Daniel Grigori, sem saber que ele é um anjo apaixonado por ela há milênios. Ao mesmo tempo, a protagonista da trama não consegue se manter afastada de Cam Briel, que também é um anjo e há tempos luta pelo amor de Luce.

 
Masha e o Urso

Sinopse:Masha é uma pequena criança que não consegue parar quieta, sempre arrumando uma forma de se meter em várias grandes enrascadas. O único que pode salvá-la ou ajudá-la em suas divertidas aventuras é Urso, um grande urso que vive na floresta ao lado da casa de Masha e um grande amigo da pequena menina. 

 
Michelle e Obama

Sinopse:Chicago. Verão de 1989. O estudante de direito Barack Obama (Parker Sawyers) busca Michelle Robinson (Tika Sumpter) em casa para um encontro. Os dois passam o dia juntos, se conhecendo melhor, e eles revelam seus sonhos, como o de Obama ingressar na política.
 
O Vendedor de Sonhos

Sinopse: Um homem desconhecido tenta salvar um suicida. Segundo ele, a sociedade se tornou um hospício global e busca cativar pessoas para lhe ajudar a vender sonhos. Mas isso não é visto com bons olhos por algumas pessoas que julgam o homem como um louco.

 
Para Sempre
Sinopse:Paige e Leo (Rachel McAdams e Channing Tatum) formam um feliz casal recém-casado cujas vidas são transformadas por um acidente de carro que deixa Paige em coma. Ao acordar com uma perda de memória severa, Paige não se lembra de Leo, mas apenas da confusa relação com seus pais (Sam Neil e Jessica Lange) e do ex-noivo (Scott Speedman) por quem ela talvez ainda sinta algo. Apesar destas complicações, Leo luta para conquistar seu coração novamente e reconstruir seu casamento.
 
Tamo Junto

Sinopse:Depois de um longo relacionamento, um cara se vê solteiro pela primeira vez. Se sentindo livre, ele planeja cair na gandaia e recuperar o tempo perdido, mas logo descobre que o novo estado civil não é tão divertido quanto ele achava que seria.






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Cine Dica: nédito “Lampião da Esquina” entra em cartaz no CineBancários

Lampião da Esquina, documentário sob direção de Lívia Perez e coprodução de Doctela e Canal Brasil, estreia em Porto Alegre na sala do no CineBancários no dia 08 de dezembro, na sessão das 19h. O filme mostra o surgimento do movimento homossexual no país durante os anos 1970 e 1980, em plena ditadura militar, através do jornal "Lampião", contando com entrevistas de personágens icônicos da época.
Os ingressos são R$ 10,00 (inteiras) para público geral, e R$ 5,00 (meias) para estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados. Aceitamos os cartões Vale Cultura do Banrisul, Banricompras, Visa e Mastercard.

SINOPSE

Com a participação do dramaturgo Aguinaldo Silva, do escritor João Silvério Trevisan, do poeta Glauco Macoso, do produtor cultural Celso Curi, do antropólogo Petr Fry o documentário conta como um grupo de jornalistas, intelectuais e escritores criou o Lampião, um jornal crítico, pluralista e partidário, que expôs o descaso e preconceito contra os homossexuais e as minorias sociais, exibindo um ponto de vista homossexual sobre diversas questões inclusive a sexualidade. O filme ainda traz entrevistas com figuras constantes nas páginas do Lampião como o cantor Ney Matogrosso, a cantora Leci Brandão e o cantor Edy Star, além da participação de Winston Leyland, editor do Gay Sunshine, publicação americana gay pioneira no mundo e que influenciou o Lampião. Os entrevistados expõem os fatos, mas também emitem reflexões pertinentes sobre o conservadorismo da época, as brechas na censura e o papel de libertação representado por um veículo dedicado aos gays, lésbicas e transexuais. Os entrevistados partem do Lampião para efetuar um panorama rico dos costumes de um país em transformação.

O filme revisita o Brasil do final dos anos 70, quando todos buscavam desesperadamente um pouco de liberdade, inclusive a comunidade homossexual. É assim que em 1978, pré-epidemia da aids e pré-abertura política, chegava às bancas brasileiras o primeiro jornal destinado ao público gay. Inspirado por um lado no jornal Gay Sunshine, e por outro nas publicações “nanicas” brasileiras (como Pasquim), o Lampião levantava a bandeira da diversidade, sem ser chato ou acadêmico mas sendo anárquico e debochado. Bom humor e autocrítica faziam parte da receita editorial, refletindo o jeito de ser da própria comunidade que retratava.

"A volta do esquadrão mata‐bicha", "Repressão: essa ninguém transa", "Louca e muito da baratinada" e "Fortíssimo babado" eram algumas das manchetes publicadas no Lampião, que desfrutava libertinamente da língua portuguesa. A publicação não só celebrava a cultura homossexual, como também denunciava crimes de ódio contra gays, mulheres, negros e índios. "Há uma linguagem da subcultura gay. E é essa que vamos usar pra falar no jornal", relata no filme o escritor e cineasta João Silvério Trevisan, que compunha a equipe.

O Lampião causou polêmica denunciando o machismo dentro da esquerda. Em julho de 1979, publicaram uma entrevista com Lula chamada “Alô , alô classe operária: e o paraíso, nada?”. Eles passaram alguns dias no ABC paulista ouvindo operários e dirigente sindicais e, entre as muitas declarações polêmicas, estão as de Lula que afirmou que “feminismo é coisa de gente que não tem o que fazer” e que homossexualidade na classe operária era algo que ele “não conhecia”.

Assim o filme traz um pouco da personalidade arrojada de seus membros e da expansão de temas que o Lampião trouxe para a pauta da imprensa brasileira: Racismo, aborto, drogas e prostituição: tudo interessava ao jornal Lampião, que estreou em abril de 1978 e durou por mais 37 polêmicas edições, até 1981.
Em formato tablóide o jornal tinha editorias fixas como “Cartas na Mesa”, onde as cartas dos leitores eram publicadas e respondidas, “Esquina” onde eram reunidas notícias, “Reportagem”, onde sempre a matéria de capa estava localizada, e a partir do número cinco a coluna “Bixórdia”. Além das editorias fixas sempre havia espaço para informações culturais, como indicações de livros, exposições, shows e filmes; e também para entrevistas. A produção do conteúdo era feira pelos conselheiros editoriais e também por convidados que variavam a cada edição. O Lampião inicialmente estava mais preocupado em retirar o gay da margem social, e aos poucos foi abrindo também o discurso às minorias.
  
FICHA TÉCNICA
Duração: 85 min
Produção: Doctela
Coprodução: Canal Brasil
Direção: Lívia Perez
Produção Executiva: Giovanni Francischelli
Codireção: Noel Carvalho
Fotografia: Felipe Vieira, André Menezes
Montagem: Henrique Cartaxo
Apoio: Rio Film Commission, DOTCINE, Termas for Friends, Cantina Piolim
Realização: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, ProAC
Entrevistados: Aguinaldo Silva, Ney Matogrosso, João Silvério Trevisan, Luiz Carlos Lacerda (Bigode), Glauco Mattoso, Celso Curi, Antônio Carlos Moreira, Peter Fry, João Carlos Rodrigues, Winston Leyland, Dolores Rodrigues, Leci Brandão e Edy Star.

GRADE DE HORÁRIOS

08 de dezembro (quinta-feira)
15h – Maresia
17h – Maresia
19h – Lampião da Esquina

09 de dezembro (sexta-feira)
15h – Maresia
17h – Maresia
19h – Lampião da Esquina

10 de dezembro (sábado)
15h – Maresia
17h – Maresia
19h – Lampião da Esquina

11 de dezembro (domingo)
15h – Maresia
17h – Maresia
19h – Lampião da Esquina

13 de dezembro (terça-feira)
15h – Maresia
17h – Maresia
19h – Lampião da Esquina

14 de dezembro (quarta-feira)
15h – Maresia
17h – Maresia
19h – Lampião da Esquina

C i n eB a n c á r i o s
Rua General Câmara, 424, Centro
Porto Alegre | RS | CEP 90010-230
Fone: (51) 34331204

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: O FILHO ETERNO



Sinopse: O casal Roberto (Marcos Veras) e Cláudia (Débora Falabella) aguarda ansiosamente pela chegada de seu primeiro bebê. Roberto, que é escritor, vê a chegada do filho com esperança e como um ponto de partida para uma mudança completa de vida. Mas toda a áurea de alegria dos pais é transformada em incerteza e medo com a descoberta de que Fabrício, o bebê, é portador da Síndrome de Down. A insatisfação e a vergonha tomam conta do pai, que terá de enfrentar muitos desafios para encontrar o verdadeiro significado da paternidade.

Filmes brasileiros recentes como, por exemplo, Pequeno Segredo, é criado plasticamente para nos emocionar, mas que não vai muito além. Independente do gênero, o filme é predestinado a criar uma reação em nós, mas ao mesmo tempo deixar uma mensagem nas entrelinhas, como se fosse uma mensagem dentro de uma garrafa e para que então fosse decifrada com o passar do tempo. O Filho Eterno é uma obra que nos conduz a emoção, mas que soa previsível e com o tempo dispensável.
Dirigido por Paulo Machline (do bom Trinta), o filme começa com o casal Roberto (Marcos Veras) e Cláudia (Débora Falabella) indo para o hospital para darem a luz ao seu primeiro filho e em plena decisão da Copa do Mundo de 1982. A criança nasce, mas logo são avisados que o pequeno bebê é portador da Síndrome de Down. Imediatamente Roberto fica sem chão e perde até mesmo o gosto de assistir futebol.
A trama em si possui começo, meio e fim, onde ela é dividida em capítulos e que cada uma começa com uma decisão de Copa do Mundo como pano de fundo. O futebol em si acaba meio que sendo ignorado pelo protagonista, já que ele entra num longo período de não conseguir aceitar o fato que o seu filho Fabrício (Pedro Vinícius) sofrer de Síndrome de Down, mesmo quando ele tenta administrar essa situação ao lado de sua esposa. No decorrer da trama, Roberto passa por fases desse percurso, do qual faz com que fiquemos com raiva dele, mas que ao mesmo tempo compreendemos o peso que ele sente.
É o típico personagem que o público irá gostar ou odiar pelas suas ações, mas também muito se deve isso graças ao bom desempenho do ator Marcos Veras. Com pouco menos de uma hora de projeção, o ator passa toda uma camada de interpretação com relação ao seu personagem que, transita em tentar praticar o bem para cuidar do seu filho, mas ao mesmo tempo com o desejo de largar tudo e abraçar uma nova vida ao lado de uma nova mulher (Uyara Torrente, ótima). Embora soe, por vezes, exagerado esse calvário, Veras se sai muito bem ao dizer através de sua interpretação que seu personagem é apenas humano, cheio de falhas, mas que aprenderá com o tempo com os seus próprios erros.
Contudo, Débora Falabella é que acaba roubando a cena, mesmo quando ela dava sinais de que sua personagem seria apenas uma coadjuvante. Quando a gente, por exemplo, acha que sua Cláudia leva até mesmo tudo muito na esportiva, sua personagem se entrega ao desabafo quando vê o seu marido numa total fase de mesquinharia. É um momento singelo, forte e que sintetiza todo amor que sua personagem tem pelo seu filho. 
Infelizmente quando Roberto começa a demonstrar interesse e amor por Fabrício, é numa situação, cuja solução é uma das mais previsíveis e já vistas muito bem em outros filmes.  Isso causa uma sensação de artificialidade e até mesmo fazendo nos dar conta que os seus realizadores se esforçam para a gente ter que se emocionar nesse momento chave da trama. E se isso soa um tanto que artificial, o retorno do interesse de Roberto pelo futebol só não é pior porque, tanto o interprete Marcos Veras como também  o pequeno interprete Pedro Vinícius se esforçam para que a sequência final se encerre com certa dignidade e se case com a proposta inicial do prólogo da trama. 
O Filho Eterno pode até valer o ingresso, mas que infelizmente fica a sensação após a sessão que nos foi passado algo meio insípido.
 



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