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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Cine Dica: Programação de 17 a 23 de novembro do CineBancários

 O CineBancários terá dois grandes eventos essa semana: a sessão especial e a estréia do filme "Castanha", elogiado e premiado em festivais internacionais, e a mostra Consciência do Cinema Negro, comemorando a Semana Nacional da Consciência Negra.
"Castanha", de Davi Pretto, terá sua estreia no CineBancários no dia 20 de novembro (sexta-feira), às 15h, e uma sessão especial no dia 17 (segunda-feira), às 19h, com a presença da equipe do filme e um debate após a exibição. A sessão especial faz parte da programação da 18ª Parada Livre da cidade e terá entrada franca. 
A mostra Consciência do Cinema Negro terá início no dia 18 de novembro (terça-feira) e irá até o dia 20 (domingo). O evento, que conta com o apoio da Cinemateca da Embaixada da França, da Casa de Criação Cinema, do Centro Afro Carioca de Cinema e do realizador da mostra Joel Zito Araújo, tem como objetivo mostrar os trabalhos dos cineastas brasileiros como o próprio Joel Zito Araújo, Zozimo Bubul e o maliense Cheick Oumar Sissoko. A entrada será franca.
Os ingressos para ver o filme "Ritos de Passagem" e a estreia do filme "Castanha" custam R$6,00 e, para estudantes, idosos e jornalistas e bancários sindicalizados, R$3,00
GRADE DE HORÁRIOS:
17 de novembro (segunda-feira)
19h – Castanha (sessão especial com bate-papo com a equipe do filme)
18 de novembro (terça-feira)
15h - Ritos de Passagem, de Chico Liberato
17h – Finzan, de Cheick Oumar Sissoko
19h – Raça, de Joel Zito Araújo e Megan Mylan
19 de novembro (quarta-feira)
15h - Ritos de Passagem, de Chico Liberato
17h – Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado, de Joel Zito Araújo
19h – Guimba, de Cheick Oumar Sissoko
20 de novembro (quinta-feira)
15h – Catanha, de Davi Pretto
17h – Raça, de Joel Zito Araújo e Megan Mylan
19h – Abolição, de Zozimo Bulbul
21 de novembro (sexta-feira)
15h - Catanha, de Davi Pretto
17h – Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado, de Joel Zito Araújo
19h – Finzan, de Cheick Oumar Sissoko
22 de novembro (sábado)
15h - Catanha, de Davi Pretto
17h – Guimba, de Cheick Oumar Sissoko
19h – Raça, de Joel Zito Araújo e Megan Mylan
23 de novembro (domingo)
15h - Catanha, de Davi Pretto
17h – Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado, de Joel Zito Araújo
19h – Abolição, de Zozimo Bulbul 






C i n e B a n c á r i o s 


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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Cine Especial: O Novo Cinema Argentino: Parte 1


Em minha 42ª participação dos cursos criados pelo Cena Um, o tema dessa vez será sobre o Novo Cinema Argentino. A atividade irá acontecer nos dias 25 e 26 desse mês de novembro e será ministrado por Rosângela Fachel de Medeiros, que ministrou o curso sobre "David Cronenberg: Seu Cinema e Suas Obsessões". Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui estarei postando sobre os melhores filmes dessa nova fase que o cinema de nossos hermanos vive atualmente.   

 O Segredo dos Seus Olhos


Sinopse:Após trabalhar a vida toda num Tribunal Penal, Benjamín Espósito se aposenta. Seu tempo livre o permite realizar um sonho longamente postergado: escrever um romance baseado num acontecimento que vivera anos antes. Em 1974, foi encarregado de investigar um violento assassinato. A Argentina entrava num ciclo de extrema violência política e a investigação colocou em risco sua vida. Ao escavar velhos traumas, Benjamín confronta o intenso romance que teve com sua antiga chefe, assim como decisões e equívocos passados. Com o tempo, as memórias terminam por transformar novamente sua vida.

Em 2009 chegou aos nossos cinemas, um filme argentino que surpreendeu até o mais crédulo dos cinéfilos. Vencedor do Oscar de melhor filme em língua estrangeira, o filme foi dirigido por  Juan José Campanella (O Filho da Noiva) e estrelado por Ricardo Darín, que se tornaria o rosto conhecido pelos cinéfilos gaúchos. 
Darín vive Benjamin Esposito, um investigador criminal aposentado. Ele vai encontrar Irene que atualmente é juíza. Quando ele estava na ativa e ela era apenas assistente, eles foram responsáveis pela investigação de um crime bárbaro: um estupro e espancamento seguido de assassinato. Benjamin lhe conta que pretende escrever um livro sobre o caso e assim o filme vai se desenvolvendo em Buenos Aires de 1974, época do crime e o presente que se passa nos anos 2000. 
Benjamin e Irene tem um amor pelo outro nunca consolidado. Fica claro desde o primeiro instante essa atração mútua. Em uma das primeiras cenas, ele passa por uma mulher e faz uma brincadeira. Logo depois, quando é apresentado a Irene ele simplesmente não consegue dizer nada. Diante dela, ele fica sem palavras e nem uma brincadeira como a que ele disse antes sai de sua boca. Aquela mulher realmente o fascina. E remexer com aquela história do passado, é remoer todos esses sentimentos novamente.
Como assistente, Benjamin conta com um alcoólatra e amigo, Sandoval. Ele pode parecer muitas vezes incompetente, mas com certeza é de muita ajuda, apesar de dar muito trabalho. Se eles conseguem resolver o caso, grande parte da culpa é de Sandoval. Que ao final da trama,  também é responsável por uma das cenas mais emocionantes do filme. Não serve apenas de parte cômica, é realmente um personagem essencial. 
Juan José Campanella, o diretor e escritor faz um filme competente e emocionante. Os personagens vão crescendo durante a história e nós vamos os acompanhando. As duas histórias, presente e passado, vão se aproximando do clímax juntas até a sua resolução. Os atores estão ótimos. Darín é sempre competente. Soledad, como Irene está ótima, e ambos conseguem representar muito bem as duas fases separadas por grande diferença de tempo. Muitos ficaram surpresos pela vitória deste filme no Oscar, já que A fita branca era a grande favorita.

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sábado, 15 de novembro de 2014

Cine Especial: II Festival de Curtas A Hora do Cinema: FINAL

Enfim, começa nessa semana (do dia 19 até o dia 21) o segundo festival de curtas metragens de A Hora do Cinema que irá acontecer no Santander Cultural. Como sendo um dos divulgadores do evento, desejo que todos os cinéfilos de plantão participem, pois em alguns casos, um curta metragem chega a ser muito mais criativo do que um longa metragem habitual. Abaixo, segue as minhas ultimas criticas de três curtas metragens que foram exibidos no ano passado.

Pra onde ninguém mais olha 

Sinopse: Três amigos numa mesa de bar começam a levantar teorias de uma série popular. Logo depois, um deles começa a contar uma historia aparentemente verídica.
Divertida historia que presta homenagem ao universo Tarantinesco. O curta mescla ingredientes vistos nos filmes do cineasta americano e tenta criar algo similar, embora um tanto que amador. O final já até advínhamos o que irá acontecer, mas assistimos até o fim.


As Coisas

Sinopse:  A vida rotineira de um grupo de jovens amigos começa a mudar no momento que fatos inexplicáveis começam a surgir no país.
Jardel Machado Hermes usa criatividade e doses de nostalgia, para criar uma trama que nada mais é do que uma teia cheia de referencias de outros filmes do gênero de horror e suspense. Com um elenco jovem, que claramente se apresenta como eles mesmos, o filme dispara inúmeras referencias, como Invasores de Corpos, A Noite dos Mortos Vivos, Nevoeiro, A Morte do Demônio, Bruxa De Blair e até mesmo Psicose.

Tarde Demais

Sinopse: Nerd comemora o fato do apocalipse zumbi finalmente aconteceu, mas o seus planos não saem como esperado. 
Divertido curta que pega ideias já usadas em filmes como Todo Mundo Quase Morto e Zumbilândia, mas tenta ir por um outro caminho. Mesclando referencias,não só dos filmes citados, como também usando a linguagem das HQ, o curta foca a monotonia do dia a dia e o desejo para acontecer algo de diferente. Contudo dá entender não estamos preparados para encarar determinados sonhos, que no fim se tornam verdadeiros pesadelos. 


Leia também: Outras criticas sobre os curtas metragens do ano passado clicando nas partes  1,2,3,4,5,6 e 7



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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: Debi & Lóide 2


Sinopse: Mais nova aventura dos inseparáveis Lloyd Christmas (Jim Carrey) e Harry Dunne (Jeff Daniels). Desta vez, Harry descobre que teve uma filha ilegítima, que hoje precisa dele para um transplante de rim. Ele leva o amigo Lloyd para conhecer a garota, e os dois percebem que não têm a responsabilidade necessária para serem pais.


Debi e Lóide: Dois Idiotas em Apuros, eu havia assistido tantas vezes em casa (após ter gravado no canal da Globo com a sua dublagem clássica)  que eu perdi as contas de quantas vezes eu assistir, pois  além de eu adorar a obra dos irmãos Bobby Farrelly e Peter Farrelly (Quem vai ficar com Mary), minha mãe fazia questão de ver e rever inúmeras vezes. Ao longo dos anos o filme foi um dos mais reprisados na TV aberta e a cabo e muitos se perguntavam por que não havia uma continuação para que voltássemos a ver as estripulias da dupla novamente. Vinte anos depois, os cineastas decidem trazer Lloyd Christmas (Jim Carrey) e Harry Dunne (Jeff Daniels) de volta em mais uma viagem louca que, embora não seja superior ao original, pelo menos o espírito e nostalgia com relação ao filme de 1994 se mantém intactos.
Verdade seja dita: um raio não se pode cair duas vezes no mesmo lugar e dificilmente a produção conseguiria superar as piadas do filme original. A solução ficou a cargo de seis roteiristas (mau sinal?), que fizeram questão de levar em conta que se passaram vinte anos desde a ultima trama, mas que ao mesmo tempo mantivessem intactas as mesmas fórmulas de sucesso do filme original. Após uma mirabolante pegadinha, Debi revela a Lóide que precisa o quanto antes operar um rim antes que seja tarde para ele. A solução cai no colo deles, quando ambos descobrem que Debi tem uma filha que mal tinha idéia de sua existência. 
A desculpa para fazer a trama engrenar é o que menos importa por aqui, sendo que os fãs querem mesmo é rever a dupla na estrada e é exatamente isso que acontece. O grande charme do filme original que, além das piadas politicamente incorretas e inesquecíveis, a obra também era um delicioso roadie movie (filme de estrada), embalado com uma trilha sonora contagiante e que se casava muito bem com cada momento do filme. Aqui a formula se repete descaradamente, mas isso é proposital, para que o “público fã” se sinta em casa em cada cena apresentada na tela.
Porém, essa preocupação em respeitar a geração de vinte anos atrás que viu e amou o filme original, acabou meio que prejudicando um pouco na elaboração de uma trama mais criativa e se entregando então para as piadas politicamente incorretas habituais, mas que infelizmente nos faz rir de uma maneira forçada em alguns momentos. Porém, isso é facilmente contornado graças à dupla de protagonistas: Jim Carrey e Jeff Daniels que, para mim, representam uma das melhores duplas de humor da historia do cinema (perdendo, claro, para O Gordo e o Magro), sendo que os erros cometidos no roteiro, além de coadjuvantes sem sal, não tiram o brilho da dupla central.
Outro ponto a favor foi o fato das referencias, lugares e personagens apresentados no filme anterior ganharem novos contornos por aqui: o destino do garoto cego; uma das primeiras namoradas da dupla Fraida Felcher (Kathleen Turner) tem papel de grande destaque por aqui e como não podia deixar de ser, é revelado o paradeiro do cão móvel. Tudo isso, embalado com piadas de sexo, escatologia e muitas gags por parte dos dois protagonistas. Carrey, aliás, mesmo tendo se passado vinte anos, ainda mantém os mesmos trejeitos e caretas que ele havia injetado no seu personagem e Jeff Daniels que, mesmo tendo se dedicado boa parte da carreira em filmes dramáticos (como Lula e a Baleia) não fica muita atrás de seu companheiro em termos de humor.
Com um final que possui inúmeras reviravoltas, revelações e uma pegadinha bem sacana, Debi & Lóide 2 nada mais é do que uma janela para revisitar velhos queridos personagens e sem exigir muito deles.